Olá Penguim,Penguin escreveu:Carvalho,
Os mísseis da família Python (III e IV) foram adquiridos em momentos diferentes e sairão de serviço com o fim de suas vidas uteis.
O Python III armou o Mirage III e o F-5E.
Quando os F-5E foram modernizados para F-5BR, suas armas tb o foram e adquiriu-se o Python IV e o Derby.
Com a modernização dos AMX, decidiu-se equipá-los com o Piranha.
Os Python III devem estar com a validade perto de vencer ou já vencida.
Logo, restam na FAB 3 tipos de mísseis: Piranha no AMX e PIV e Derby no F-5BR. Um nacional e os israelenses de um mesmo fabricante e compartilhando uma série de componentes comuns.
Não faz sentido integrar novos mísseis nesses vetores. Eles vão continuar usado o que já está em estoque até sair de operação.
É verdade que tivemos muitos problemas com o programa Piranha que atrasou muito. Mas desenvolvemos algum conhecimento.
Se tudo der certo com o A-Darter, em termos financeiros, técnicos e operacionais, teremos antes de 2025 um míssil IR competitivo em operação no Gripen.
Com relação ao BVR, a coisa é mais complicada mesmo. Mas há um caminho e esse caminho passa pela África do Sul. É essa a janela que se abre. Em paralelo a isso, usaremos o Meteor (ou outro BVR a ser selecionado).
No futuro com o Gripen, a FAB estará equipada com mísseis competitivos comparados com os de qualquer país (A-Darter e Meteor), coisa que nunca aconteceu antes na história desse país.
A compra de 10 míseros IRIS-T, cujo custo deve ser inferior a USD 10 milhões, com financiamento de longo prazo, não afeta a capacidade de investimento no A-Darter.
[]s
Eu concordo que o uso de vários mísseis ao mesmo tempo na FAB tem menos a ver com ela do que com a oportunidade do momento. Nosso histórico neste sentido não nos propicia.
Mas creio que algumas decisões poderiam ser repensadas. Contudo, como não somos nós aqui que vamos fazer as coisas mudarem, então podemos debater sobre.
Tenho cá comigo que o A-Dater tem muito em termos de capacidade que o Iris-T apresentará, com algumas diferenças a mais ou a menos que são, obviamente, relativas à capacidade técnica de investimento de seus fabricantes.
Doravante, penso que este investimento no míssil europeu poderá, se muito, nos trazer a percepção de questões superficiais quanto ao uso e atributos deste tipo de míssil, e que por agora, tenho lá minhas dúvidas quanto a nos favorecer no desenvolvimento do A-Dater. Mas claro, posso estar enganado e falando bobagem.
No mais, eu defendi aqui no fórum em varias ocasiões uma parceria mais aprofundada com os sul-africanos não somente no Marlin, mas em toda uma gama de mísseis que eles estão tentando desenvolver, e para os quais procuram parcerias, e que são todos, em maior ou menor medida, de nosso interesse. Mas até hoje o que se viu é basicamente aquele mesmo isolacionismo de sempre com cada força olhando o seu próprio umbigo e agindo por si mesma. Aí depois o pessoal reclama de certas intubações recebidas...
Mas torço pelo Marlin e nossa participação nele. E que possamos nos capacitar para além do mínimo básico necessário como tanto se propala por aqui na mentalidade militar tupiniquim. Esta é a ideia por trás do Gripen E/F. E das parcerias em P&D, off set e tot's afins.
Se não fosse, ele nem sequer teria chegado até aqui.
Boa sorte para nós. Vamos precisar.
abs.