MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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- Matheus
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Que nada, segundo Mathias é só esquecerem do "golpe" que a fadinha do dente vai recolocar a economia nos trilhos, é só liberar mais empréstimos e se endividar mais um pouquinho...depois, pra ajustar, é só cortar um zerinho, rsrsrs.
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
As previsões lá em 2014 diziam que o governo não faria ajuste devido não ter base no congresso e não ter pressão para isso.
O partido, os militantes e parte expressiva do eleitorado achavam uma enorme bobagem ajuste fiscal. A posição suportada pelos seus "técnicos campineiros" que faziam malabarismos em 2014 para dizer que havia nenhum problema. Em seguida porém a culpa no Levy e o ajuste que "destruiu a economia". Agora ficaram encorajam em não fazer nada e tocar o barco no aguardo da recuperação. As declarações da dona Gleisi Hoffman, do líder do governo no Senado, da comissão que discutia limitação da dívida no congresso, do Presidente do PT são sintomáticos. A declaração da Dilma pode ser lida assim. Não fazem isso por mal, mas acreditam que vai dar certo.
O que vai acontecer é a piora da situação fiscal, mais pressão do endividamento, mais juros e maior inflação. Se acostumem com inflação de dois dígitos nos próximos anos. A origem é fiscal e cresce como bola de neve devido a economia ser indexada. A inflação acima de 10% hoje vai fundamentar o aumento de preços administrados e salários lá em 2016, 2017 e 2018. A crescimento deve ter relances de 2-3% depois de todas as quedas em 2014/2015 e 2016, mas com inflação lá em cima e governo mais quebrado que agora.
Não sei se é bom, mas lá em 2019 vem o governo reformando e arrebentando tudo para estabilidade fiscal de curto e longo prazo. Vão ter apoio da população, congresso e lideres da FIESP que descubriram que não ganham dinheiro com país estagnado e inflacionado.
Pobre Nelson Barbosa. Não vai conseguir fazer nada. Ainda vai levar a culpa por ter quebrado o país. Vamos rezar para ele conseguir fazer o que levy não fez e levar todo mundo na conversa. Ou seja que Barbosa engane o PT e não nós
O partido, os militantes e parte expressiva do eleitorado achavam uma enorme bobagem ajuste fiscal. A posição suportada pelos seus "técnicos campineiros" que faziam malabarismos em 2014 para dizer que havia nenhum problema. Em seguida porém a culpa no Levy e o ajuste que "destruiu a economia". Agora ficaram encorajam em não fazer nada e tocar o barco no aguardo da recuperação. As declarações da dona Gleisi Hoffman, do líder do governo no Senado, da comissão que discutia limitação da dívida no congresso, do Presidente do PT são sintomáticos. A declaração da Dilma pode ser lida assim. Não fazem isso por mal, mas acreditam que vai dar certo.
O que vai acontecer é a piora da situação fiscal, mais pressão do endividamento, mais juros e maior inflação. Se acostumem com inflação de dois dígitos nos próximos anos. A origem é fiscal e cresce como bola de neve devido a economia ser indexada. A inflação acima de 10% hoje vai fundamentar o aumento de preços administrados e salários lá em 2016, 2017 e 2018. A crescimento deve ter relances de 2-3% depois de todas as quedas em 2014/2015 e 2016, mas com inflação lá em cima e governo mais quebrado que agora.
Não sei se é bom, mas lá em 2019 vem o governo reformando e arrebentando tudo para estabilidade fiscal de curto e longo prazo. Vão ter apoio da população, congresso e lideres da FIESP que descubriram que não ganham dinheiro com país estagnado e inflacionado.
Pobre Nelson Barbosa. Não vai conseguir fazer nada. Ainda vai levar a culpa por ter quebrado o país. Vamos rezar para ele conseguir fazer o que levy não fez e levar todo mundo na conversa. Ou seja que Barbosa engane o PT e não nós
- Mathias
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Matheus, onde foi que eu escrevi qualquer dessas coisas?Matheus escreveu:Que nada, segundo Mathias é só esquecerem do "golpe" que a fadinha do dente vai recolocar a economia nos trilhos, é só liberar mais empréstimos e se endividar mais um pouquinho...depois, pra ajustar, é só cortar um zerinho, rsrsrs.
Cite aqui, por favor.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Você disse que resolvendo o problema político a economia volta a crescer, não? o "só liberar empréstimo e se endividar mais uma pouquinho" foi dito pelo líder do governo. e o "só cortar mais um zerinho" foi licença poética. rsrsMathias escreveu:Matheus, onde foi que eu escrevi qualquer dessas coisas?Matheus escreveu:Que nada, segundo Mathias é só esquecerem do "golpe" que a fadinha do dente vai recolocar a economia nos trilhos, é só liberar mais empréstimos e se endividar mais um pouquinho...depois, pra ajustar, é só cortar um zerinho, rsrsrs.
Cite aqui, por favor.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
aproveitar uma janela do dólar, investir em Tesouro Direto IPCA+juros, LCI/LCA antes de tributarem (não sei se é possível já que a MP está em vigor) e pra quem tem sangue frio, tentar a sorte em ações. A médio prazo pode aparecer oportunidades em imóveis. A sangria do setor imobiliário está enorme. Por exemplo, Porto Alegre, tem 37 anos de estoques no ritmo atual de vendas...Sterrius escreveu:alguma dica pra ganhar dinheiro nessa turbulencia? hehe.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
http://economia.uol.com.br/noticias/red ... raguai.htm
Estrela critica leis, imposto e programa social e estuda ir para o Paraguai
Aiana Freitas
Colaboração para o UOL, em São Paulo 19/12/201517h43
Uma das mais tradicionais indústrias de brinquedos do Brasil, a Estrela estuda abrir fábricas no Paraguai. O objetivo, segundo o presidente da empresa, Carlos Tilkian, é fugir dos impostos e das leis trabalhistas do Brasil, que, segundo ele, aumentam o custo de produção.
Ele critica o foco nos programas sociais aqui e elogia o fato de o Paraguai ter um presidente empresário.
"No Brasil, entendemos que o desenvolvimento das classes mais baixas deve ser por programas sociais, e não por geração de emprego. O atual presidente do Paraguai [Horacio Cartes] é um empresário. Ele entende a importância e a valorização de um emprego, diferentemente do que ocorre no Brasil."
Sobre impostos, ele diz que a possível volta da CPMF vai comprometer as empresas. "No Brasil, nos últimos anos, acostumamos a resolver nossos problemas aumentando impostos. Qual é a grande solução que está sendo dada para todos os problemas do Brasil? A volta da CPMF. A CPMF vai punir a produção e aumentar o custo das empresas."
Economia crescendo
Entre os atrativos do país vizinho, está uma previsão de crescimento de 3% na economia neste ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), ante uma queda prevista de 3% no PIB brasileiro.
Além disso, segundo Tilkian, o Paraguai tem outras vantagens, como baixo custo de energia e de mão de obra.
Uma lei local prevê, ainda, isenção de impostos de importação de máquinas e matéria-prima para produtos destinados a exportação. A empresa precisa pagar um tributo de 1% sobre o faturamento obtido com a exportação.
Atualmente, a Estrela possui fábricas em Itapira (SP), Três Pontas (MG) e Ribeirópolis (SE). Recentemente, Tilkian decidiu fechar o capital da empresa, uma das mais antigas da Bolsa brasileira. O processo está sob análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o executivo não comenta o assunto.
'Made in Paraguai'
A fama que costumava rondar os produtos "Made in Paraguai", de falsificação e pouca qualidade, diz Tilkian, não é mais um problema. Ele compara o país vizinho à China, que também já foi sinônimo de cópia e de produto de baixa qualidade (e de onde a Estrela hoje importa matéria-prima e brinquedos prontos).
"Hoje, existem empresas de mão de obra intensiva que estão quase sendo expulsas do sul da China, porque lá existe uma área de tecnologia de primeiro mundo. Existe uma imagem de Paraguai ainda atrelada a algumas ações de falta de controle e de contrabando, mas esse projeto industrial que eles querem vender é absolutamente legal e formal."
País atrai outras empresas
O movimento rumo ao Paraguai tem sido seguido por outras empresas brasileiras. Em 2014, outra fabricante de brinquedos, a Homeplay, deixou Atibaia, no interior paulista, e instalou sua fábrica lá. A reportagem não conseguiu contato com a empresa.
"Muitas empresas manifestaram o interesse de estudar nossas propostas", diz Sebastian Bogado, adido comercial do Paraguai. Funcionário do Ministério da Indústria e Comércio no Paraguai, ele tem convidado empresários brasileiros a participar de missões para conhecer o país vizinho.
Segundo Bogado, o custo da energia elétrica no Paraguai chega a ser 80% menor do que no Brasil. Isso chama a atenção de indústrias que têm muito maquinário, como as de brinquedo.
"Além disso, apesar de o salário mínimo lá ser maior do que o daqui, os encargos trabalhistas são mais baixos. Eles são de 30% a 35% do salário, enquanto que em São Paulo, por exemplo, ficam entre 100% e 105%", afirma.
Empresários dos setores têxtil e de autopeças também têm participado das missões lideradas por Bogado.
Brasil perde empregos
Pedro Costa Júnior, professor de relações internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco e especialista em América Latina, diz que o movimento é semelhante ao que tem ocorrido na fronteira entre México e Estados Unidos.
"Muitas empresas produzem no México porque usam mão de obra mais barata, porque o país tem leis ambientais mais flexíveis do que as dos Estados Unidos e, sobretudo, por causa de isenções fiscais", diz.
Para ele, ir para o Paraguai realmente traz benefícios econômicos para empresas brasileiras. "Elas vão conseguir ter uma margem de lucro maior. Mas há o outro lado, o do emprego que deixa de ser gerado aqui no Brasil. A empresa poderia estar pagando imposto aqui dentro, o que traria um benefício social coletivo", diz.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
- Mathias
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Então quando for assim não escreve que "o Mathias" disse, OK?Matheus escreveu:Você disse que resolvendo o problema político a economia volta a crescer, não? o "só liberar empréstimo e se endividar mais uma pouquinho" foi dito pelo líder do governo. e o "só cortar mais um zerinho" foi licença poética. rsrsMathias escreveu: Matheus, onde foi que eu escrevi qualquer dessas coisas?
Cite aqui, por favor.
Minha opinião é que, resolvida a crise política, as medidas de ajuste fiscal, inclusa a CPMF, serão aprovadas e darão confiabilidade e perenidade ao ajuste.
Sem resolver a crise política nada se aprova e nada de relevante se pode fazer na economia.
Como não estamos numa ditadura, o Executivo depende do Legislativo para aprovar novas leis, e quem disser que faria o ajuste fiscal sem o Congresso está no mínimo equivocado.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Meu caro, quem barrou o ajuste do Levy foi a oposição e não o PT.Bourne escreveu:As previsões lá em 2014 diziam que o governo não faria ajuste devido não ter base no congresso e não ter pressão para isso.
O partido, os militantes e parte expressiva do eleitorado achavam uma enorme bobagem ajuste fiscal. A posição suportada pelos seus "técnicos campineiros" que faziam malabarismos em 2014 para dizer que havia nenhum problema. Em seguida porém a culpa no Levy e o ajuste que "destruiu a economia". Agora ficaram encorajam em não fazer nada e tocar o barco no aguardo da recuperação. As declarações da dona Gleisi Hoffman, do líder do governo no Senado, da comissão que discutia limitação da dívida no congresso, do Presidente do PT são sintomáticos. A declaração da Dilma pode ser lida assim. Não fazem isso por mal, mas acreditam que vai dar certo.
O que vai acontecer é a piora da situação fiscal, mais pressão do endividamento, mais juros e maior inflação. Se acostumem com inflação de dois dígitos nos próximos anos. A origem é fiscal e cresce como bola de neve devido a economia ser indexada. A inflação acima de 10% hoje vai fundamentar o aumento de preços administrados e salários lá em 2016, 2017 e 2018. A crescimento deve ter relances de 2-3% depois de todas as quedas em 2014/2015 e 2016, mas com inflação lá em cima e governo mais quebrado que agora.
Não sei se é bom, mas lá em 2019 vem o governo reformando e arrebentando tudo para estabilidade fiscal de curto e longo prazo. Vão ter apoio da população, congresso e lideres da FIESP que descubriram que não ganham dinheiro com país estagnado e inflacionado.
Pobre Nelson Barbosa. Não vai conseguir fazer nada. Ainda vai levar a culpa por ter quebrado o país. Vamos rezar para ele conseguir fazer o que levy não fez e levar todo mundo na conversa. Ou seja que Barbosa engane o PT e não nós
Quero que você mostre um único deputado do PT que votou contra o ajuste.
- cassiosemasas
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sim!prp escreveu:Meu caro, quem barrou o ajuste do Levy foi a oposição e não o PT.Bourne escreveu:As previsões lá em 2014 diziam que o governo não faria ajuste devido não ter base no congresso e não ter pressão para isso.
O partido, os militantes e parte expressiva do eleitorado achavam uma enorme bobagem ajuste fiscal. A posição suportada pelos seus "técnicos campineiros" que faziam malabarismos em 2014 para dizer que havia nenhum problema. Em seguida porém a culpa no Levy e o ajuste que "destruiu a economia". Agora ficaram encorajam em não fazer nada e tocar o barco no aguardo da recuperação. As declarações da dona Gleisi Hoffman, do líder do governo no Senado, da comissão que discutia limitação da dívida no congresso, do Presidente do PT são sintomáticos. A declaração da Dilma pode ser lida assim. Não fazem isso por mal, mas acreditam que vai dar certo.
O que vai acontecer é a piora da situação fiscal, mais pressão do endividamento, mais juros e maior inflação. Se acostumem com inflação de dois dígitos nos próximos anos. A origem é fiscal e cresce como bola de neve devido a economia ser indexada. A inflação acima de 10% hoje vai fundamentar o aumento de preços administrados e salários lá em 2016, 2017 e 2018. A crescimento deve ter relances de 2-3% depois de todas as quedas em 2014/2015 e 2016, mas com inflação lá em cima e governo mais quebrado que agora.
Não sei se é bom, mas lá em 2019 vem o governo reformando e arrebentando tudo para estabilidade fiscal de curto e longo prazo. Vão ter apoio da população, congresso e lideres da FIESP que descubriram que não ganham dinheiro com país estagnado e inflacionado.
Pobre Nelson Barbosa. Não vai conseguir fazer nada. Ainda vai levar a culpa por ter quebrado o país. Vamos rezar para ele conseguir fazer o que levy não fez e levar todo mundo na conversa. Ou seja que Barbosa engane o PT e não nós
Quero que você mostre um único deputado do PT que votou contra o ajuste.
Mas ficou claro que a troca, na atual conjuntura é uma forma de tentar quebrar a resistência que foi criada por conta do "plano do Levy", ele ficou com a pecha de malvadão, e qualquer coisa vinda de um malvadão é mau vista, agora entrou o Barbosa, se ele tiver mais traquejo que Levy, quem sabe o ajuste ande, lembrando que o ajuste que será aprovado pelo Barbosa, é praticamente o do Levy, então amigos, estão só mudando o nome do peixe...
Mas o negócio é esse ajuste sair, pois quanto mais demorar, mas vai demorar a estabilização, entende que falo de estabilização e não de crescimento, pelo menos por agora.
A nuvens escuras no horizonte, torçamos para que sejam dissipadas.
...
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Na verdade, o PT quer demitir o Levy desde dezembro de 2014 e culpa o levy por tudo.prp escreveu:Meu caro, quem barrou o ajuste do Levy foi a oposição e não o PT.
Quero que você mostre um único deputado do PT que votou contra o ajuste.
O deputado foi esse na votação da MP 665
No senadoMP 665: Saiba como cada deputado votou o ajuste fiscal
Medida Provisória aprovada pelos parlamentares, parte do ajuste fiscal imposto por Dilma Rousseff, dificulta o acesso ao seguro-desemprego
Weliton Prado MG Não
http://www.cartacapital.com.br/blogs/pa ... -3204.html
O seguro-desemprego não foi o único. Vamos a declaração da senado gleisi Hoffmann demonizando o Levy e atribuindo todos os males provenientes do ajuste fiscal. .Como senadores votaram na primeira medida do ajuste fiscal
Com alterações em benefícios como seguro-desemprego, matéria seguiu para sanção presidencial, mas deixou (ainda mais) cicatrizes na base aliada. E no próprio PT, em que três dos 13 senadores se rebelaram contra a orientação partidária
http://congressoemfoco.uol.com.br/notic ... te-fiscal/
Um pouco antes, o RUi Falcão, presidente do PT, tentando demitir o levy no grito e mudar a política econômicaColuna da Gleisi Hoffmann: Novos rumos para a Economia
Gleisi Hoffmann*
A nomeação de Nelson Barbosa é um alento para aqueles que querem um Estado eficiente, e não mínimo. Para aqueles que acreditam que a vida está acima dos resultados financeiros, para os eleitores da presidenta Dilma, que fizeram uma opção consciente no projeto que ela representava e que, mesmo doendo reconhecer, ficaram frustrados com a mudança de rumo pós-eleição.
Sei das dificuldades que esperam Nelson Barbosa para recuperar a economia. Mas sei também de sua disposição, comprometimento e, acima de tudo, visão de país e de desenvolvimento. Nosso novo ministro não é perdulário, irresponsável financeiramente. Muito pelo contrário, com inegável espírito público, sabe que a sociedade tem limites na sua contribuição para com o Estado, por isso mesmo não é partidário de gastanças. Sabe os custos e as consequências de uma boa política social, assim como o impacto de uma exorbitante taxa de juros para as contas públicas e para a sociedade que a paga, principalmente quando sua elevação é ineficiente para combater a inflação.
O governo da presidenta Dilma teve importante vitória na semana que passou. O golpe, travestido de impeachment, foi contido. Prevaleceu a Constituição, a legalidade, a vontade dos eleitores quando depositaram o voto na urna. Agora precisa dar continuidade ao programa que a sagrou presidenta.
Essa conversa do mercado, de fazer ajustes em cima dos programas sociais, dos investimentos, da aplicação de recursos na educação, na saúde, não tem nada a ver com o que o povo quer e elegeu. Sempre podemos melhorar e eficiência das despesas públicas, mas isso é diferente de diminuí-las em nome de um ajuste que serve para pagar uma conta estratosférica de juros.
Nos primeiros nove meses deste ano, o déficit fiscal foi de R$ 416,7 bilhões, sendo R$ 408,3 bilhões com juros (98%) e R$ 8,4 bilhões (2%) de déficit primário.
É insustentável. O país não aguenta isso. Conhecemos as consequências do ajuste liberal feito pelo PSDB. Travou o crescimento do país, e está travando agora com medidas que privilegiam o ajuste de mercado. Falam de reformas, medidas duras, mas são os primeiros a fazerem discursos fáceis para atacar o governo. Votar contra o que sempre defenderam.
Um novo momento inicia-se para o governo. Tenho certeza de que a presidenta Dilma saberá estruturá-lo com o objetivo de atender àqueles que confiaram na sua palavra. Todos nós passamos por momentos difíceis. Muitas vezes, por pressão, apostamos em soluções que não são as melhores. Errar é humano e faz parte do processo. Corrigir o erro e evitá-lo é compromisso inafastável para quem tem responsabilidade pública! Estamos juntos presidenta Dilma; estamos juntos Nelson Barbosa!
*Gleisi Hoffmann é senadora da República pelo Paraná. Foi ministra-chefe da Casa Civil e diretora financeira da Itaipu Binacional. Escreve no Blog do Esmael às segundas-feira
http://www.esmaelmorais.com.br/2015/12/ ... -economia/
O PT sabota o ajuste fiscal desde o começo. Não quer que ocorre. Simplesmente acham uma enorme bobagem. E os assessores que eles acham na unicamp falam o mesmo.Rui Falcão, sobre Levy: “Ou muda, ou sai”
O presidente do PT fez, em entrevista, duras críticas à política econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy; “Está errada a política de contenção exagerada do crédito. Precisamos devolver esperança à população”, disse, reforçando que Dilma deve substituí-lo se ele não estiver disposto a mudar os rumos
Por Brasil 247
http://www.revistaforum.com.br/2015/10/ ... da-ou-sai/
Na audiência no senado, o PT levou o especialista chamado paulo Bastos, o cara é campineiro maluco, nunca escreveu um artigo sobre política fiscal. Acha o limite do endividamento uma bobagem. Apesar de na reunião o Levy e equipe não serem não avessos.
Por isso que o pessoal não confia no Nelson Barbosa. Ele vai ter que mostrar que não é maluco e nem um mero leva e tras da Dilma e do s malucos do PT. E o PT comemorando e soltando fogos pela mudança é um péssimo sinal. Apesar do Barbosa disser que o foco é o mesmo do Levy.Limite a endividamento da União volta à discussão no Senado
Dívida terá restrição em relação à receita corrente líquida, a exemplo do que ocorre com estados e municípios. Projeto de resolução compõe Agenda Brasil, conjunto de propostas anticrise
http://congressoemfoco.uol.com.br/notic ... no-senado/
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
[/quote]Sentido de urgência aumentou, mas poucos se preocupam: crise vai ter que piorar ainda mais
Para Mansueto Almeida, o Brasil terá um 2016 bastante ruim e isso já está dado, mas a questão a ser feita é se vamos conseguir transformá-lo em um ano de mudanças reais para a economia
SÃO PAULO - A economia está em derrocada, a dívida bruta só cresce e é muito difícil vermos um superávit nos próximos anos. Mas acredite: para realmente haver mudanças estruturais, a situação precisa piorar ainda mais.
Em entrevista exclusiva ao InfoMoney para o "Especial Cenários para 2016", o economista especialista finanças Mansueto Almeida ressalta que, apesar de haver sentimento de urgência em segmentos do governo, ainda não há um consenso geral sobre as mudanças mais radicais, como mexer em questões sensíveis para toda a população, como previdência e gastos sociais. Assim, avalia, com a crise devendo chegar ao seu ponto crítico no segundo trimestre, o grande desafio será transformar em 2016 de um ano já dado como perdido em um ano de mudanças reais para a economia. (Vale destacar que a entrevista foi feita pouco antes da saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, para a entrada de Nelson Barbosa, podendo haver alterações no sentido de urgência).
Quer saber onde investir em 2016? Veja no Guia Especial InfoMoney clicando aqui!
Para fazer as mudanças que importam no Brasil, situação tem que piorar ainda mais, avalia Mansueto Almeida (PSDB/ George Gianni)
Para fazer as mudanças que importam no Brasil, situação tem que piorar ainda mais, avalia Mansueto Almeida (PSDB/ George Gianni)
Confira abaixo a entrevista com Mansueto Almeida:
InfoMoney - No começo do ano, a expectativa é de que haveria um superávit de R$ 66,3 bilhões. Agora em dezembro, o Congresso aprovou um déficit para este ano de R$ 120 bilhões. O que deu de tão errado nesse ano para ter chegado nesse ponto?
Mansueto Almeida - De fato, é uma frustração muito grande em relação ao que estava planejado. Entre as coisas que deram errado, está a queda tão grande do PIB, que está impactando a arrecadação muito mais do que o esperado. Até outubro, houve uma perda real de arrecadação de R$ 52 bilhões. Então, apesar do corte de despesa de R$ 32 bilhões que o governo fez, o déficit primário do governo central aumentou em R$ 20 bilhões. Mas a grande frustração foi a queda de arrecadação: o corte de investimentos foi controlado do jeito que estavam planejando, mas a arrecadação decepcionou.
Adicionalmente, toda a agenda mais microeconômica, que não tem nada a ver com ajuste fiscal, avançou muito pouco, principalmente no setor de petróleo e gás. Desde o início do ano temos tido um debate que o Brasil tinha um índice de conteúdo nacional muito alto que não funcionava, que a nova legislação de petróleo e gás estava prejudicando a Petrobras, que não estava com caixa de sobra para fazer todos os investimentos necessários, que poderia acabar com aquela obrigatoriedade da estatal ser a única operadora do pré-sal. Mas absolutamente nada disso avançou.
IM - Então você não vê melhora do ajuste fiscal nem na parte estrutural, nem na imediata?
MA - Não. E além disso, tivemos vários agravantes: a situação das grandes empreiteiras do Brasil, com praticamente todas envolvidas com a questão da Lava Jato, e a situação fiscal de empresas grandes como a Petrobras, que por conta dos problemas de caixa teve que cortar ainda mais investimentos.
É uma série de coisas negativas que uma alimenta a outra e desembocou de forma mais clara na crise política. Isso aumentou ainda mais a incerteza e postergou muitas decisões de investimentos. É quase um ciclo vicioso que está sendo agravado agora pela questão política. Ou seja, se tivesse algum consenso político para fazer as reformas que o país precisa, poderíamos ter uma onda, mesmo que pequena, de otimismo por parte dos empresários. Mas quando olhamos para frente, as incertezas são até maiores que as de hoje.
IM - As projeções de mercado já apontam para um déficit primário superior a 1% em 2016. Há chance de reverter isso para um superávit?
MA - A tendência [de déficit] é essa porque o governo está terminando o ano com um déficit de 1% do PIB. O ano que vem já começa com o governo estimando que o crescimento da despesa nominal seja de R$ 75 bilhões, já cortando R$ 30 bilhões do orçamento original que foi enviado para o Congresso em 31 de agosto. Somando uma despesa de R$ 75 bilhões com a expectativa da despesa crescer 0,3%, caminha-se para um déficit primário entre 1,3% e 1,5% do PIB. Como o governo vai reverter ainda é muito incerto.
A gente sabe que a situação fiscal do Estado vai se agravar, não é claro como o governo vai ter superávit primário no próximo ano porque depende de uma receita, que é a CPMF, que nem tem relator. É uma incerteza tão grande que alimenta essas decisões de postergar investimentos, o que agrava a crise, leva a um aumento de desemprego e queda de renda real e com todos os efeitos perversos no crescimento de curto prazo. Tem alguma indicação hoje de que vai mudar? Não, assim como a gente olha pra frente e está todo mundo apostando é que a situação não pode se prolongar por muito tempo. A forma como sairemos dessa crise e quais acordos serão costurados para aprovar a agenda de reformas que permita para o Brasil tenha algum resultado primário, pelo menos 2% do PIB com o governo até 2018 tudo isso é muito incerto.
IM - Você defende a aprovação da CPMF como uma medida importante para conseguir o ajuste?
MA - Defendo, mas só se ela for parte de um pacote mais amplo que faça reformas. Alguma reforma de regra de gastos, regra de desvinculação, algumas regras possíveis de postergar indexação. E a CPMF seria parte de um pacote para entregar algum número positivo no curto prazo, mas desde que simultaneamente sejam aprovadas mudanças de regras que determinam o crescimento da despesa. Porque se for CPMF sozinha, aí eu sou contra, porque daqui um ano a gente estará discutindo a mesma coisa.
IM - Atualmente, tem se voltado à tese da Curva de Laffer (teoria que mede a relação entre o valor arrecadado com o imposto em diferentes taxas, chegando a um ponto que aumenta a carga de impostos e a arrecadação poderia diminuir). Já chegamos neste ponto?
MA - Eu acho que não. A arrecadação está caindo hoje porque se tem uma recessão muito grande. Com a recessão, as empresas têm prejuízo e não têm que pagar imposto de renda. Assim, mesmo num momento em que a economia voltar a crescer, ela ainda estará abatendo prejuízos passados. A queda de arrecadação possivelmente é muito mais efeito da recessão do que curva de Laffer. Se fosse a hipótese de Curva de Laffer, deveria ter tido queda da arrecadação antes e não teve isso. O governo aumentava a alíquota e a arrecadação aumentava junto. Assim, o problema agora é muito mais efeito recessivo.
IM - O que poderia ser feito nesse momento de crise política?
MA - Não tem uma saída muito fácil nem muitas alternativas, porque se tivéssemos superávit primário de 1% ou 2% do PIB, conseguiríamos atravessar a crise reduzindo o primário, como foi feito em 2009. Não é o caso de agora: entramos na crise com um déficit primário. E com a queda do PIB, a despesa pública cresce.
A única coisa que se poderia fazer era avançar numa pauta de reforma mais estrutural que, mesmo que o efeito de curto prazo fosse pouco significante em termos de economia fiscal e superávit fiscal e superávit primário, pelo menos sinalizaria que, daqui a cinco ou dez, quinze anos o país teria um crescimento menor da despesa e poderia aumentar a economia que o governo tem que fazer ao longo do tempo.
Mas a gente não está avançando nem na agenda estrutural nem na agenda de curto prazo. Eu só conseguiria ver um grande acordão político para se começar a colocar na mesa e discutir mudanças na dinâmica do gasto, questões tributárias, uma agenda também muito mais de eficiência. Não vejo outra solução, e toda essa solução passa por acordo político e aprovação de reformas no congresso, algo que não se tem hoje.
IM - Você acredita que tem que piorar antes de ser feito alguma coisa? Ainda não há sentido de urgência?
MA - Sim. Acho que o sentido de urgência está aumentando, os políticos hoje estão muito mais preocupados do que estavam há três meses, mas ainda há muita gente, mesmo no setor privado, que não vê e não tem dimensão do tamanho da crise. Então para colocar medidas mais radicais na mesa, como por exemplo a postergação de reajuste de gasto indexado, a possibilidade de estabelecer idade mínima pra aposentadoria, tudo isso vai precisar a crise piorar mais para os políticos e pessoas notarem que não há alternativas a não ser mexer nessas questões mais estruturais.
IM - O ano de 2016 deve ser pior do que 2015? Já se falam em projeções são até meio assustadoras, de que a taxa de desemprego vai chegar a dois dígitos...
MA - Acho que isso tudo vai se definir entre a virada do primeiro e do segundo trimestre. Ou alguma solução que vai levar a um grande acordo político, que de fato vai ter algum avanço, ou então uma solução "mequetrefe", alguma mudança muito pequena, mas que a gente aguenta até final de ano. Os primeiros meses são mais mornos: janeiro é férias, fevereiro é carnaval, então a possível solução para ter um 2016 ou 2017 melhor se daria entre o primeiro e o segundo trimestre.
Mas você pode se perguntar: vamos chegar a um ponto que não tem consciência política e a coisa se agrava ainda mais? Pode… Mas se chegar a esse ponto a inflação vai tentar “consertar” as coisas. Consertar entre aspas, a bagunça vai levar a um ajuste via inflação, que não é ajuste, é um desajuste.
IM - O senhor vê que o governo já tem uma consciência de que precisa fazer as coisas de um modo urgente? Tem um sentido de urgência do Executivo ou ainda não?
MA - Tem sentido de urgência do Ministério da Fazenda, há um sentido de urgência talvez até da própria presidente, mas as outras áreas de governo talvez não tenham ainda esse sentimento de urgência. O Banco Central mostra preocupação, o ministério do Planejamento um pouco menos, mas se você sai da área econômica do governo, não dá pra sentir nos outros ministérios essa sensação de urgência, tampouco no próprio PT, que é o partido principal de apoio ao governo.
IM - O senhor acha que, como defendido por alguns segmentos do governo, realmente vai ter uma política de créditos para impulsionar a economia? Seria uma medida meio populista, na sua opinião?
MA - Eu acho que não vai ter, e se tiver vai ser ineficaz. Quando a gente teve o boom de crédito, a partir de 2005/2006, o nível de endividamento das famílias em relação a suas rendas no Brasil era de 18%. Hoje, ele está em 44%, 45%. É muito alto. E as pessoas que perderam emprego estão tendo perda de renda real. O sujeito que está perdendo emprego e que está com queda de renda real não vai se endividar.
IM - O relator do orçamento da União de 2016 chegou a propor o corte do Bolsa Família, falou que teria mais espaço para corte de outros programas sociais. Você concorda que teria que cortar esses programas?
MA - O Bolsa Família foi um dos poucos programas que teve queda real nos últimos dois anos. Se você ver o que o Brasil gastou no Bolsa Família, de janeiro a outubro, em valores reais de outubro, foi de R$ 23,2 bilhões neste ano. Em 2013, no mesmo período o governo gastou R$ 23,7 bilhões.
Os gastos do governo com o Bolsa Família nos dez primeiros meses desse ano foi menor que os dez primeiros meses de 2013. Então o Bolsa Família está com queda real. O problema não é Bolsa Família. E nesse período teve aumento de vários outros itens do gasto então, não vejo com bons olhos os cortes do Bolsa Família.
IM - Quais programas deveriam ser cortados e que seriam mais decisivos para o ajuste?
MA - Aí é que está. O governo já cortou muita coisa esse ano, programas, inclusive tem cortado bastante algumas despesas na área de saúde e educação. Agora já vê essa queda de R$ 32 bilhões da despesa até outubro, 95% é queda do investimento, que foi quase R$ 30 bilhões. Além do investimento o que o governo pode mais cortar? Muito pouco… Ele tem cortado várias coisas, o resto, a despesa que mais cresceu esse ano foi pagamento do subsídio.
IM - Nesse ano, algumas medidas que vão contra o ajuste fiscal, como o fim do fator previdenciário. Ao mesmo tempo, o Brasil, que é um país relativamente jovem, vê o buraco da previdência aumentar ainda mais. A previdência pode ser um dos pontos fracos do Brasil nos próximos anos?
MA - Sim, o déficit da previdência no próximo ano vai ser um pouco superior a 2% do PIB, que era o déficit esperado para 2034-2035. O Brasil está num processo demográfico em que, daqui 30 anos, terá uma estrutura demográfica de grande proporção de pessoas idosas. A tendência do gasto público de previdência é aumentar, mas o país já gasta muito. Não tenho dúvida que o Brasil fará uma reforma da previdência para estabelecer uma idade mínima, mas não sei se isso vai ocorrer no próximo ano ou em 2017. Mas que isso vai ocorrer, vai. É incompatível com a tendência demográfica.
IM - Pode-se dizer que o Brasil deixou de aproveitar as oportunidades que teve nos anos de boom econômico, anos estes que seriam importantes para a realização de reformas estruturais?
MA - Sim, deixou, por vários motivos: porque se criou muitos programas novos em excesso e porque, no Brasil, em todos os níveis de governo, a grande proporção do gasto é indexado. O nosso crescimento maior foi de 2003 a 2010 quando o Brasil cresceu 4% ao ano, no primeiro e segundo governo Lula e tudo isso se transformou em mais receita e automaticamente em mais gastos. Essas regras de indexação, regra de vinculação, a receita que existe no Brasil, muito disso tudo terá que ser repensado.
IM - Dilma vem enfrentando diversas dificuldades no Congresso e não há indicação de que haverá um fortalecimento do poder dela. O senhor acredita que só havendo uma mudança do poder, com uma nova liderança, haveria um horizonte mais claro para o País, ou há chances de uma mudança mais clara já nesse governo?
MA - Ou a presidente muda ou muda o governo. O que precisa é de algum acordo político que se tenha e seja possível de se fazer e que se chegue a um consenso. Ou a presidente consegue fazer isso ou ela muda a articulação política de governo, como já mudou, ou o partido da presidente muda para ser o líder desse processo. De outra forma, não sei o que sairá disso não. A questão é: sem acordo político não se sai da crise. E como se faz acordo político para mim isso não é claro, mas isso é desafio do governo.
IM - Seguindo na questão política, fala-se muito que a deflagração da Operação Lava Jato, mesmo que indiretamente, estaria levando a uma recessão três vezes maior dado o congelamento de investimentos de empreiteiras. Porém, no longo prazo, as consequências da Lava Jato serão positivas?
MA - Sem dúvida. Vários países passaram por isso e sempre o efeito de longo prazo é positivo. Vários países ao longo da sua historia tiveram grandes casos de corrupção. Coreia do Sul na década de 60, EUA na virada do século XIX para o século XX. Embora isso cause algum tumulto e impacte o crescimento em curto prazo no longo prazo, o país sai muito mais forte desse processo. Todo o efeito da Lava Jato na verdade é muito positivo porque estamos vendo que a Justiça aqui funciona como órgãos independentes que coíbem a malversação de recursos públicos, que é um problema tradicional em países em desenvolvimento. Desse ponto de vista, o Brasil está se destacando em relação a vários países emergentes e vai sair muito mais forte.
IM - Qual é a mensagem e as perspectivas que podemos ter sobre o ano que vem?
MA - O cenário é ruim. Será um ano difícil, mas esse ano pode ter o benefício de ser um ano que se comece ajustes na economia em que, mesmo que não se tenha um efeito a curto prazo, um crescimento positivo, pelo menos começa a retomar investimento privado e alguma coisa do público e começa a contar um cenário melhor para 2017-2018.
Nosso desafio hoje não é de se preocupar tanto se a queda do PIB em 2016 será de 2%, 1,5% ou 3%. O cenário em que devemos focar em 2016 é resolver o problema político para se ter o mínimo de consenso, para se tentar um consenso político, que é claro que vem de um consenso da sociedade, de algumas reformas que apontem para uma retomada do crescimento e do investimento para o futuro. O ano de 2016 está praticamente dado, a preocupação é como tornar um ano em que a gente sabe que será ruim e difícil em um ano que seja um marco na aprovação de algumas reformas que sinalize um potencial de crescimento maior no Brasil a partir de 2017.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Já chegamos no ponto em que os otimistas acham que em 2016 vamos ter que comer fezes. Já os pessimistas acham que não haverá fezes suficiente para todos.