Carlos, desde o inicio do programa HX na FAB, sabia-se à boca pequena que ela queria os BlackHawk a fim de substituir os H-1, e no médio prazo os CH-34 do 3o/8o Gav. E também interessava a aquisição do CH-47, para transporte pesado na Amazônia. Esse sempre foi o objetivo prático da força aérea neste programa. Nunca houve entre as ffaa's algum tipo de conversa sobre um programa conjunto para um helo médio. Cada uma estava cuidando dos seus próprios problemas.Mathias escreveu:Mas e aquela história de que "é caro mas vem com ToTs", que justifica nossos Gripen-NGBr custarem + 100 milhas cada um, aqui não serve?
E que garantias havia de que não havendo esses helis se disponibilizaria a grana para outras coisas?
Que programa cancelado reverteu em verbas para respectiva Força, alguém pode citar um caso?
Melhor ficar com nada do que receber 15 ótimos helicópteros 50% nacionais.
Em todo caso, o que era um programa isolado e particular de renovação da FAB acabou sendo usado como base para algo maior que serviu para acantonar os interesses do GF à época. Apenas isso. E aí se utilizou as mesmos argumentos na END e PND's defendidos pelo MD e ffaa's para justificar a decisão. Simples assim.
E isso não desmerece em nada a decisão tomada e nem seus objetivos. Pelo contrário. O problema foi que fizeram isso sem nenhum planejamento, e/ou arguição dentro das regras da administração pública. Simplesmente aproveitaram a oportunidade que apareceu e resolveram fazer uma média com os franceses com o dinheiro público, e o fizeram. Ponto. Nada contra os helos e os mecanismos do contrato em si.
Seria muito bom que os governos brasileiros tivesses sempre esta mesma disposição e interesse em relação a todos os projetos da defesa. Mas isso sabemos que não há. Com ou sem planejamento.
Agora, sabemos que não existia verba do GF para a FAB comprar os helos daquele programa. Mas apesar disso, ela independente dos H-225M continuou comprando os BH que queria a seu próprio custo. Os H-225M vieram financiados como sempre, com verba do exterior. Sem este programa, com certeza continuaríamos do jeito que estávamos, com cada força se virando para fazer o que pode.
E tenha certeza que sim, é bem melhor ter 50 helos com metade de tecnologia nacional do que nada. Mesmo sendo um programa feito a revelia do planejamento das forças. E isso não pode ser tratada como uma questão menor. Não em termos de gestão pública do pão nosso de cada dia.
Aliás, o que se espera do Estado é que ele seja tão previdente, quanto providente no trato da coisa pública. Os H225M são muito bem vindos. Mas a forma e o contexto em que foram adquiridos definitivamente não podem ser o padrão de referência para se tratar dos investimento em defesa. Como um caso isolado é até aceitável, mas não como regra geral.
Para isso nós temos END, PND, Livro Branco... é só ao menos tentar fazer o que está descrito lá. Já seria um bom começo para nós.
abs.