MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Vai ter que ser um político garganteador tipo Ciro Gomes ou um teórico da demanda agregada.
Se o Levy não aguentou e ignoraram o programa dele e da equipe dele. Não vai ser outro do mesmo perfil por saber que não tem capacidade de ação.
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- mmatuso
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Dilma é uma espécie de Ahab, eloquente e descontrolada em sua intenção de levar o país para o fundo do mar sem ignorar o poder do cachalote econômico.
- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Esse tipo de noticia me faz meio que querer que o impeachment obtenha sucesso.
Não que eu seja a favor, mas não sou uma pessoa muito afim de ver um retorno aos anos 80 daqui a 15 anos.
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- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O problema é se acham um novinho falador engajado como Axel Kicillof, ex-ministro das finanças argentino. O cara não sabia o que fazia. Apenas recebia ordens e cumpria, sempre bradando como estava certo e os críticos não sabiam nada. A grande tarefa dele foi montar a aberração de câmbio valorizado, imposto sobre exportações agrícolas e industriais, enfiar burocracia para evitar importação, mais uns acordos aleatórios para arranjar briga dentro do mercosul.
Gostaria que o otaviano canuto assumisse. Um cara gente boa, bem relacionado, humildão, escorregadio que conversa com todo mundo. Só não sei se quer aguentar a pressão.
Gostaria que o otaviano canuto assumisse. Um cara gente boa, bem relacionado, humildão, escorregadio que conversa com todo mundo. Só não sei se quer aguentar a pressão.
- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Canuto foi sondado mas recusou.
Em busca do sucessor de Levy
Desde que ficou acertada esta semana a saída de Joaquim Levy do primeiro escalão, a presidente Dilma Rousseff iniciou um processo de consulta a assessores e aliados em busca de um nome para comandar o Ministério da Fazenda.
Diante da dificuldade para atrair alguém de fora para o governo, a opção pode ser por uma "solução doméstica": o deslocamento do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para a Fazenda; e no Planejamento, um nome político, como o do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Também frequentam a lista de Dilma para a Fazenda nomes como o do ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, e até Alexandre Tombini, do Banco Central.
Luciano Coutinho, que na avaliação de assessores do Palácio do Planalto tem as credenciais para o cargo, estaria fora da lista porque alguns consideram que ele está "cansado", depois de tantos anos à frente do BNDES.
De fora do governo, entram na lista Henrique Meirelles (a resistência de Dilma a ele já teria diminuído); Otaviano Canuto, que chegou a ser sondado, mas recursou; e até o ex-ministro Delfim Netto, como um nome de referência, que poderia montar uma "tremenda equipe", na avaliação de um auxiliar da presidente.
O Planalto avalia que está ultrapassando o pior momento da crise política depois que o STF definiu o rito do processo de impeachment com um protagonismo maior do Senado, onde tem situação mais confortável e, no momento, bom relacionamento com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Mas, no período da crise, percebeu a importância de ter na equipe econômica alguém com bom relacionamento político e que conheça o funcionamento do Congresso.
Daí surgiu a ideia de levar Romero Jucá para suceder Nelson Barbosa no Planejamento. Dilma e Jucá já se estranharam e a presidente o destituiu do cargo de líder do governo no Senado.
O senador de Roraima esteve alinhado com Michel Temer e ajudou na elaboração do programa "Uma ponte para o futuro", lançado pelo PMDB, que representa crítica à política econômica de Dilma e Levy.
Jucá esteve no Palácio do Planalto nesta semana e elogiou o trabalho de Nelson Barbosa na elaboração do Orçamento de 2016.
O desgaste de Joaquim Levy acabou precipitando a troca que, inicialmente, estava prevista para o começo do ano que vem. Nesta quinta-feira (17), no final da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), Levy se despediu dos participantes e disse que não estaria na próxima reunião, no fim de janeiro.
A declaração foi interpretada como a senha pública de que tem pressa de sair. O governo considerou uma imprudência tal despedida feita diante de dezenas de assessores da área econômica.
Na substituição de Joaquim Levy, que chegou ao governo para dar o aval de uma política fiscal equilibrada, a presidente Dilma quer mostrar que tal compromisso é dela, e não apenas do ministro da Fazenda. Com Nelson Barbosa na Fazenda, nada iria mudar, disse um auxiliar.
"Quem foi que brigou com o PT para fazer essa política econômica", questiona um petista próximo à presidente, para dizer que Dilma enfrentou o PT, discordou do ex-presidente Lula e fez prevalecer sua decisão de cortar gastos e buscar o equilíbrio fiscal.
Mas tudo isso, que o governo considera "grande esforço fiscal", não foi suficiente para Joaquim Levy. Ele discordou da meta de superávit aceita pelo governo, de 0,5% do PIB, e abreviou sua permanência no cargo – como, aliás, vinha publicamente avisando.
"A diferença entre o remédio e o veneno é a dose", diz outro ministro, tentando explicar o ponto de vista dos petistas.
"O ajuste fiscal é necessário, mas, se houver uma catástrofe, uma epidemia ou alguma coisa parecida, é preciso compreender; entre ficar temporariamente com a conta no vermelho ou deixar pessoas morrerem, é melhor ficar no vermelho e depois corrigir mais adiante", explicou esse auxiliar da presidente da República.
Para o núcleo do governo, Joaquim Levy, além da pouca experiência política e da dificuldade de relacionamento, "é muito dogmático" – não faz concessões e não flexibiliza nem mesmo diante de um cenário de recessão como o que vive o Brasil.
Na troca de comando no Ministério da Fazenda, o governo Dilma quer, ao mesmo tempo, declarar seu compromisso com a preservação da política fiscal e adotar medidas de estímulo à economia. Combinação que Levy não viu possibilidade de acontecer.
- EduClau
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Arrogancia típica desses tipos doutrinados, aqui no fórum mesmo vemos muito disso... a continuar acho que devemos mudar o título desse tópico para "Para ONDE vai o Brasil?".Bourne escreveu: Apenas recebia ordens e cumpria, sempre bradando como estava certo e os críticos não sabiam nada.
sds
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Imagina que louco se novo ministro for o Marcos Lisboa. Vão achar o Levy ameno até.
Não vejo uma revolução na política econômica, perceptível pelos nomes cotados e reações diversas. O problema central é que o governo não consegue governar. Assim qualquer um que entrar está de mãos amarradas.
Calma, senhores. Não há indicações até o momento que algum "teórico da demanda agregada" tenha sido cotado.
Não vejo uma revolução na política econômica, perceptível pelos nomes cotados e reações diversas. O problema central é que o governo não consegue governar. Assim qualquer um que entrar está de mãos amarradas.
Calma, senhores. Não há indicações até o momento que algum "teórico da demanda agregada" tenha sido cotado.
Dilma decide acelerar escolha de sucessor de Levy; Nelson Barbosa entra na lista de cotados
POR PAINEL
O próximo Após Joaquim Levy se despedir em reunião na Fazenda, Dilma Rousseff resolveu acelerar a escolha do sucessor. Pode anunciar o novo ministro já nesta sexta ou, no máximo, na próxima semana. Nelson Barbosa (Planejamento) entrou fortemente nas cotações de quinta (17).
Apostas Preocupados com a reprovação do nome de Barbosa entre investidores, ministros buscavam outras opções, entre elas: Armando Monteiro (Mdic), Marcos Lisboa (Insper) e Otaviano Canuto (FMI).
Sem amarras “Já perdemos o selo de bom pagador, já não temos um voto banqueiro. Há razão para colocar um nome do mercado?”, reclamava um integrante da cúpula do governo.
Budget Avisados pelo Executivo de que poderia haver espaço para Romero Jucá na equipe econômica, o PMDB do Senado ficou de decidir se indicaria o parlamentar para a Esplanada.
Perfil Senadores avaliam que Jucá se encaixaria mais no Planejamento e menos na Fazenda.
http://painel.blogfolha.uol.com.br/2015 ... a-do-pmdb/
- Matheus
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Daqui a pouco cortarmos uma zero da moeda, e tá resolvido nossos problemas econômicos.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A Venezuela nos espere. Chegaremos lá. Vou começar meu estoque de papel higiênico.Matheus escreveu:Daqui a pouco cortarmos uma zero da moeda, e tá resolvido nossos problemas econômicos.
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Nós só temos e tivemos um ministro da fazenda nos governos Dilma, a sabe tudo. Seu nome, por acaso, é Dilma e ela é a responsável por toda esta cagada homérica.Matheus escreveu:Só falta o Delfin virar Min Faz...aí sim vamos para os 80'
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
- Matheus
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Ontem eu tava brincando com o pessoal aqui, "Dilma anuncia medidas para enxugar gastos, demite equipe do Levy e assume a pasta já que ninguém faz nada certo mesmo".
- Wingate
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Eu acho que ela está mais para Moby Dick!mmatuso escreveu:Dilma é uma espécie de Ahab, eloquente e descontrolada em sua intenção de levar o país para o fundo do mar sem ignorar o poder do cachalote econômico.
E nós, navegando no Pequod Brasil...
Wingate
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O BnDES e expansão fiscal beneficiaram os ricos no dilma I. Então, o governo oprimido e dos trabalhadores se vendeu aos empresários que não gostam de pobre e, como pagamento, quebrou o país e perdeu o apoio dos abastados.
Além das boas ou más intenções
POR BERNARDO GUIMARÃES
Em sua coluna de ontem na Folha, Laura Carvalho argumenta que a política econômica do governo Dilma beneficiou o setor industrial e a Fiesp. Em suas palavras, “o setor empresarial foi o maior beneficiado pela expansão fiscal do primeiro governo Dilma Rousseff”.
Estaria então a colunista tardiamente reconhecendo que não devemos enxergar o PT como o defensor dos mais pobres?
De fato, muitas ações do primeiro governo Dilma Rousseff tiveram o efeito direto de beneficiar grandes grupos industriais.
A lei do conteúdo local, de dezembro de 2010, criou uma grande reserva de mercado para fornecedores nacionais de empresas como a Petrobrás.
Para tornar a vida desses empresários ainda mais fácil, o BNDES financiou muitos desses a taxas de juros bem inferiores às de mercado.
Aliás, a enorme expansão do BNDES direcionou crédito para as grandes empresas, o que tem um efeito negativo sobre a oferta de crédito para quem não tem acesso ao crédito subsidiado do BNDES (a maioria da população).
Vou então dizer que Dilma Rousseff tinha como objetivo a defesa do interesse dos mais ricos? Não.
Pelo menos em parte, no início, Dilma Rousseff e sua equipe realmente acreditavam que essas políticas seriam boas para o país como um todo.
Pelo menos em parte, o governo de Dilma de fato acreditava que a Nova Matriz Econômica estimularia a economia sem perder o controle da inflação; que a enorme expansão de crédito do BNDES promoveria o crescimento; que a lei do conteúdo local traria ganhos para a economia no médio e longo prazo.
Essas políticas não funcionaram. Para o país como um todo, foram muito ruins.
O desenvolvimentismo do primeiro governo Dilma foi um obstáculo ao crescimento da economia. A Nova Matriz Econômica foi um fracasso. As políticas monetária e fiscal empurraram parte do problema para o futuro. O futuro chegou em 2015.
É isso que precisamos aprender.
As divergências entre os que defendiam (e defendem) esse tipo de política e aqueles que, como eu, são contrários a elas não têm a ver com seus efeitos sobre ricos ou pobres.
Minha principal objeção a essas políticas é que elas são ruins para o país como um todo — não que elas beneficiam mais este ou aquele grupo.
O que está em jogo é o que é melhor para o país. Nenhum dos lados do debate tem o direito de ser visto como o defensor bem intencionados dos mais pobres, nem deve receber a pecha de mal-intencionado defensor dos ricos. Precisamos começar a discutir política econômica nesses termos.
O frustrante é o governo e os defensores de suas malfadadas políticas têm logrado transformar esse debate sobre o que é melhor para o país como um todo em um embate entre poderosos e oprimidos (com o governo do PT ao lado dos oprimidos).
E muitos dos leitores da coluna de Laura Carvalho vão continuar pensando dessa maneira, mesmo depois de ler que a expansão fiscal do primeiro governo Dilma foi focada nos mais ricos.
Afinal, depois de uma coluna toda sobre os benefícios concedidos pelo governo do PT aos mais ricos (leia-se, aos membros da Fiesp), a colunista coloca a Fiesp ao lado dos maus (a CIA, o governo americano e os golpistas de 1964) contra o governo do PT.
A torcida do PT vibra com a comparação do apoio da Fiesp ao impeachment ao golpe militar de 1964. O PT é mais uma vez colocado como o inimigo dos mal intencionados.
O argumento tem a sofisticação intelectual de um grito de quem assiste futebol (“chupa!”) mas não é preciso mais que isso para dar munição aos torcedores da política.
Mais leitura:
– Para uma explicação mais completa sobre os efeitos dessas políticas sobre a economia como um todo, recomendo meu livro A Riqueza da Nação no Século XXI.
– Sobre o impeachment, não tenho nada interessante a acrescentar sobre o que já foi dito por colunistas como o Hélio Schwartsman (por exemplo, aqui).
– Sobre a Fiesp, escrevi algo neste post.
http://aeconomianoseculo21.blogfolha.uo ... pid=compfb
- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Confirmado nelson barbosa pra fazenda.
Agora torcer pra ele ser bem menos radical que o Mantega e perceber que seguir a receita de 2011-2013 vai só piorar a crise.
Agora torcer pra ele ser bem menos radical que o Mantega e perceber que seguir a receita de 2011-2013 vai só piorar a crise.