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Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: NOTICIAS

#8671 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 17, 2015 8:52 pm

Avança o desenvolvimento do torpedo brasileiro pela Mectron
11 de novembro de 2015

http://www.naval.com.br/blog/2015/11/11 ... a-mectron/

abs




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Tikuna
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#8672 Mensagem por Tikuna » Qui Nov 19, 2015 5:03 pm

Video do voo mais longo já realizado por ospreys e a chegada ao Brasil

http://www.youtube.com/watch?v=3w8jX2h8eFQ




"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
- Stephen R. Covey
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Fábio Machado
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#8673 Mensagem por Fábio Machado » Qui Nov 19, 2015 6:25 pm

Tikuna escreveu:Video do voo mais longo já realizado por ospreys e a chegada ao Brasil

http://www.youtube.com/watch?v=3w8jX2h8eFQ
Não consigo gostar do OV22, eu acho o custo/beneficio dele muito baixo.




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#8674 Mensagem por akivrx78 » Dom Dez 06, 2015 5:18 am

http://news.searchina.net/id/1592143?page=1

Mídia chinesa sugere a Rússia descartar o Mig-29k e comprar o J-15 que é muito melhor.
Diz também que as plantas do Su-33 foram compradas da Ucrânia pela China e o J-15 além de mais barato que o Mig-29K tem desempenho superior.




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Mathias
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Re: NOTICIAS

#8675 Mensagem por Mathias » Qui Dez 10, 2015 12:59 am

Mectron prepara-se para o lançamento do primeiro Míssil Antinavio brasileiro (MAN-SUP)
O lançamento está previsto para ocorrer no segundo semestre de 2016, a partir de um navio da Marinha do Brasil
Defesanet

Imagem

A Mectron, empresa brasileira controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), anuncia a aproximação da conclusão do desenvolvimento do MAN-SUP, o primeiro Míssil Antinavio brasileiro Superfície-Superfície e se prepara para o seu primeiro lançamento de qualificação. A realização deste lançamento será um marco inédito no país e deverá ocorrer no segundo semestre de 2016 a partir de um navio da Marinha do Brasil.

Além de dotar a armada brasileira de mísseis antinavios nacionais, atendendo às suas necessidades operacionais, o Programa MAN-SUP da Marinha do Brasil tem o objetivo de garantir ao Brasil o domínio e a autonomia tecnológica em todo o ciclo de vida de armamentos desta classe, desde o desenvolvimento até a operação e a manutenção, sempre em parceria com a indústria nacional de defesa.

Na Mectron, as atividades estão focadas na finalização do projeto, fabricação, integração e testes dos protótipos que serão utilizados para os lançamentos a partir de navios da Marinha, no litoral brasileiro, contra um alvo simulado posicionado a aproximadamente 70 km do navio lançador. Flavio Gesca, Diretor do Contrato do MAN-SUP na Mectron, esclarece que “embora não tenhamos ainda uma data precisa para o lançamento, estamos entrando na reta final de um evento que será histórico para a Marinha do Brasil e para a indústria nacional de defesa. Será a materialização de uma decisão estratégica tomada há alguns anos pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM): investir no desenvolvimento da tecnologia nacional. Ver hoje a capacidade de nossas equipes e os resultados de altíssimo valor agregado que estão sendo gerados, é muito gratificante".

O programa de desenvolvimento do MAN-SUP teve início em dezembro de 2011, numa divisão de trabalho com outras duas empresas brasileiras. Foi atribuída à Mectron a responsabilidade pelo o que é considerado o “cérebro do míssil”, o Sistema de Guiagem Navegação e Controle, que reúne os subsistemas que proporcionam autonomia e inteligência ao controle do míssil ao longo de todo o seu voo, numa trajetória de característica “sea skimming” (voo rente ao mar) em direção ao alvo.

Adicionalmente, a Mectron tem a responsabilidade pelo desenvolvimento do Sistema de Telemetria que será utilizado em apoio à verificação da funcionalidade dos protótipos em seus lançamentos reais. A figura a seguir ilustra os subsistemas de responsabilidade da Mectron no desenvolvimento do MAN-SUP:

A Marinha do Brasil estrategicamente adotou requisitos que são fundamentais para o seu objetivo de soberania nacional, através da autonomia tecnológica. Em primeiro lugar, o MAN-SUP deve ser desenvolvido sem a utilização de qualquer componente que tenha restrição em seu fornecimento, ou seja, que requeira “End-User Certificate”. Em segundo, o MAN-SUP deve ter plena compatibilidade com os meios de lançamento existentes hoje na Marinha do Brasil para mísseis deste mesmo emprego, reduzindo significativamente seus custos de integração.

Em referência ao requisito de uso de componentes sem necessidade de “End-User Certificate”, a Mectron venceu um grande desafio ao desenvolver uma solução de bateria para o MAN-SUP livre de qualquer restrição de fornecimento. Tipicamente, armamentos como este utilizam Baterias Térmicas que em todo o mundo só são fornecidas mediante aprovação de End-User.

Flavio Gesca comenta que “a equipe da Mectron, com sua altíssima competência e criatividade, pôde desenvolver uma solução inovadora que atende aos requisitos de desempenho, ambientais e de segurança, sem quaisquer restrições comerciais”. No caso da plataforma inercial, foi adotada uma solução projetada e fabricada pela própria Marinha do Brasil, através do CTMSP - Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo.

No que diz respeito à compatibilidade, a Mectron é responsável pelo desenvolvimento da completa integração do MAN-SUP aos meios de lançamentos existentes em embarcações da Marinha do Brasil, não sendo necessárias quaisquer modificações no atual sistema de disparo. Este trabalho capacitou a Mectron para futuros fornecimentos de sistemas de lançamentos completos do MAN-SUP à Marinha do Brasil e a outras nações.

A Mectron avança na conclusão do desenvolvimento do MAN-SUP, estando hoje na fase de integração e testes dos subsistemas, incluindo os Algoritmos de Guiagem Navegação e Controle, o Computador de Bordo, o Radioaltímetro, a integração do Sistema de Navegação Inercial, os Atuadores e Profundores, a Telemetria Embarcada, entre outros.

Esta verificação ocorre através de uma moderna técnica, utilizada por empresas detentoras de alta tecnologia, o HILS (Hardware In-the-Loop Simulation). Esta técnica consiste em testar, em ambiente de laboratório, a integração completa entre software e hardware do míssil e o meio, este último, simulado por computador.

Rodrigo Carnaúba, Diretor de Sistemas e Armas Navais da Mectron salienta que “o MAN-SUP será um produto brasileiro; fornecido e suportado por empresas nacionais, beneficiando a Marinha do Brasil na redução dos elevados custos de manutenção e no aumento da disponibilidade da arma (MTTR – Mean Time To Repair) pela praticidade em ter seus fornecedores/parceiros a poucas horas de distância”. Tendo sob sua liderança na Mectron outro projeto estratégico para a Marinha do Brasil, o TPNer - Torpedo Pesado Nacional em escala reduzida, este, por sua vez, para equipar os submarinos do PROSUB e em parceria com a empresa alemã ATLAS ELEKTRONIK, ele complementa: “conforme necessidades e orientações estratégicas dos nossos Clientes, seja com parcerias nacionais ou internacionais, estamos aqui para desenvolver e reter conhecimento, contribuir para o avanço tecnológico do Brasil e de nossas Forças Armadas”.

Recentemente, a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) anunciou o início da busca de um parceiro tecnológico e estratégico para a Mectron. A companhia busca um parceiro internacional, mantendo sua característica de Empresa Estratégica de Defesa (EED). Diante das restrições orçamentárias momentâneas que estão afetando os projetos da área de defesa no Brasil, a ODT, consciente de seu importante papel estratégico-político para o nosso país no campo da defesa e tecnologia, busca um parceiro que contribua com o acesso direto à tecnologia, com uma estrutura de capital robusta e com atuação no mercado global. Com a integração deste novo parceiro tecnológico, a Mectron estará ainda mais preparada para atender as demandas estratégicas do Governo Brasileiro, das Forças Armadas do Brasil, bem como de Clientes internacionais.
Será que a grana gasta nos Harpoon ajudaria a acelerar esse programa nacional?

Bem, é uma ótima notícia, parabéns à empresa e a MB!!!!!!!!




“Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar, de sonhar e de querer! Levantem suas bandeiras, mesmo quando não puderem levantar!”.
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#8676 Mensagem por alex » Qui Dez 10, 2015 8:34 am

É a velha historia de vender o almoço para pagar o jantar. o harpoon chega a FAB com atraso de pelo menos 30 anos e vai levar mais alguns anos para criar doutrina ( de lançamento de aviões). O MAN versão aérea ainda vai levar ANOS para ser concluído. SE ocorrer uma crise nos próximos 02 anos e não tivermos os harpoon disponiveis 100 por cento deste site xingaria a FAB. Para mim os dois processos deveriam ser realizados juntos. Que cortem a verba de outro projeto menos significante.




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#8677 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 10, 2015 7:15 pm

O problema de cobertor curto sempre irá existir na defesa. Não tem como fugir disso. O que se pode fazer é tentar administrar bem os projetos e priorizar pesquisa e desenvolvimento, ao mesmo tempo em que se tenta manter um mínimo de operacionalidade.

Parabéns a Mectron.

abs




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#8678 Mensagem por Mathias » Sex Dez 11, 2015 2:08 am

Quem esperou 50 anos pode esperar mais uns cinco pra ter uma arma nacional livre de Golden Sentry, economizaria até nas acomodações dos inspetores americanos.

Agora, se nem as nossas FAs investem, aí realmente fica difícil!




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#8679 Mensagem por LeandroGCard » Sex Dez 11, 2015 9:21 am

FCarvalho escreveu:Avança o desenvolvimento do torpedo brasileiro pela Mectron
11 de novembro de 2015

http://www.naval.com.br/blog/2015/11/11 ... a-mectron/

abs
Este tipo de ação, contratar uma empresa com experiência para ajudar a desenvolver um novo produto próprio pela equipe interna de engenheiros da empresa é o que eu menciono como CONSULTORIA no meus últimos posts lá no tópico sobre defesa AAe no Brasil.

Esta é a melhor forma de ToT possível. O pessoal da empresa já sabe qual a base industrial disponível no país, quem são os fornecedores de quê, e tem experiência anterior em projetos semelhantes, e vai buscar apenas os conhecimentos mais específicos para fazer a concepção inicial do novo produto. Depois, ao longo do desenvolvimento, caso surja algum problema que eles não encontrem solução podem novamente pedir ajuda à contratada ou de outras empresas, mas a iniciativa é sempre interna. Assim não só o produto já nasce aproveitando ao máximo a base industrial já disponível (reduzindo custos, prazos e dependência do exterior) como o aprendizado no desenvolvimento é incorporado à experiência do pessoal envolvido, e pode ser empregado no aperfeiçoamento de novas versões e nos próximos projetos. E a empresa local ainda tem toda a liberdade para comercializar seu novo produto onde bem entender.

Muito melhor do que comprar algum projeto pronto e simplesmente trazer a fabricação para cá, o que nem pessoal especializado exige. Isso impede qualquer evolução posterior, e trás embutido seríssimas limitações de acesso ao mercado externo.


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#8680 Mensagem por LeandroGCard » Sex Dez 11, 2015 9:32 am

alex escreveu:O MAN versão aérea ainda vai levar ANOS para ser concluído.
Isso não é necessariamente verdade.

Se ao invés de gastar dinheiro com o Harpoon a FAB estivesse usando esta verba para bancar o desenvolvimento da versão aérea do MAN-1, ambas as versões poderiam nascer praticamente ao mesmo tempo.

A questão que fica é a das especificações. As do Harpoon são superiores às do MAN-1, porque as do MAN-1 foram feitas pela MB exclusivamente e eles colocaram como prioridade a possibilidade de utilizar exatamente os mesmos lançadores atuais dos Exocet (na minha opinião uma grande bobagem, mas agora não há muito o que fazer). Se o programa tivesse desde o princípio nascido como um projeto de todas as três forças singulares (uma versão adequada poderia ser usada pelo EB também) as especificações poderiam ser outras, as verbas disponíveis maiores, mais gente poderia estar envolvida e os mísseis poderiam até ficar pronto antes.

Mas, isto é Brasil, então a FAB vai de Harpoon, a MB de MAN-1 e o EB de AVMT (que por sua vez tem especificações superiores às do Harpoon :wink: - mas pelo menos na versão inicial não pode ser usados contra navios :? ). Tá sobrando dinheiro mesmo... :roll: .


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#8681 Mensagem por JL » Sex Dez 11, 2015 11:59 am

Na minha opinião de leigo que gosta de assuntos militares, possuir um indústria bélica básica é necessidade número 1 em termos de independência para um país e produzir seus mísseis próprios é tão importante como era dominar as técnicas de metalurgia para produzir armas nos tempos antigos. Quem não domina fica submisso ao que possui a tecnologia, assim foi com a pedra ficando inferior frente as armas de bronze, estas ao ferro e depois ao aço.
Já coloquei antes postagens onde menciono que armas dotadas de sistemas informáticos podem vir com códigos secretos de segurança embutidos nos seus programas, com a finalidade de proteger o seu fornecedor.
Um míssil nacional por pior que seja a sua performance, tem a vantagem de estar livre de programas secretos no software e de embargos.
Sempre estaremos com artefatos inferiores aos produzidos pelos grandes conglomerados bélicos, pois estamos iniciando o nosso desenvolvimento. Então as pessoas devem encarar isto com normalidade.
Quanto a composição destas armas nas nossas forças armadas o recomendado é um mix de produtos de alta tecnologia importados com um número maior de produtos nacionais.




Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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#8682 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 11, 2015 12:29 pm

Carlos, concordo com você. Mas temos um problema sério quanto a isso no Brasil. O MD é quem deveria tratar de oferecer e determinar diretivas para a P&D em defesa, mas não só não o faz como ainda embola o meio de campo ao, não raro, tentar arbitrar, e impor, soluções políticas a questões técnicas fora do escopo de planejamento das forças. Aí realmente fica difícil mesmo. Um único dpto de projetos e pesquisa para juntar tudo que se faz nas forças seria muito bem vindo na minha opinião. Mas vai dizer isso aos militares...

Leandro, faço suas as minhas palavras. Tem coisas que acontecem no meio militar que realmente é difícil de explicar, e menos ainda de engolir em relação ao andamento e modelo de projetos de desenvolvimento. Mas há luzes no fim do túnel.

abs.




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#8683 Mensagem por LeandroGCard » Sex Dez 11, 2015 12:54 pm

JL escreveu:Sempre estaremos com artefatos inferiores aos produzidos pelos grandes conglomerados bélicos, pois estamos iniciando o nosso desenvolvimento. Então as pessoas devem encarar isto com normalidade.
E é preciso contextualizar também esta questão de "inferior".

O que é ser inferior? É necessitar de mais unidades para cumprir a mesma missão? Mas e se a diferença de custo for ainda maior que a de efetividade, não vale à pena? Se, por exemplo, um determinado sistema de mísseis exige o lançamento de apenas 1 unidade para obter 90% de sucesso e outro precisa de 2 mísseis, mas o primeiro custa 4 vezes o valor do segundo, qual é realmente o "inferior"? Ou se um míssil pesa 500kg para levar uma ogiva de 200kg até um alvo a 200km, e o outro pesa 1 ton para fazer o mesmo, porém custa um terço do preço, quem é realmente o inferior? Ou ainda, possuir apenas um estoque pequeno e sem possibilidades de ampliação significativa de um míssil 4 vezes mais efetivo que outro do qual se pode obter quantidades ilimitadas se necessário, é realmente uma condição militarmente "superior"?


Em termos de material militar, muitas vezes a especificação e a própria disponibilidade em quantidades adequadas é mais importante que o avanço tecnológico embutido no "produto final" em si.


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Re: NOTICIAS

#8684 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 11, 2015 7:58 pm

LeandroGCard escreveu:Em termos de material militar, muitas vezes a especificação e a própria disponibilidade em quantidades adequadas é mais importante que o avanço tecnológico embutido no "produto final" em si.
Leandro G. Card
Algumas pessoas no alto comando de EB, FAB e MB deveriam prestar mais atenção nisso. :|

abs.




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#8685 Mensagem por Penguin » Sex Dez 11, 2015 10:47 pm

Mathias escreveu:
Mectron prepara-se para o lançamento do primeiro Míssil Antinavio brasileiro (MAN-SUP)
O lançamento está previsto para ocorrer no segundo semestre de 2016, a partir de um navio da Marinha do Brasil
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A Mectron, empresa brasileira controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), anuncia a aproximação da conclusão do desenvolvimento do MAN-SUP, o primeiro Míssil Antinavio brasileiro Superfície-Superfície e se prepara para o seu primeiro lançamento de qualificação. A realização deste lançamento será um marco inédito no país e deverá ocorrer no segundo semestre de 2016 a partir de um navio da Marinha do Brasil.

Além de dotar a armada brasileira de mísseis antinavios nacionais, atendendo às suas necessidades operacionais, o Programa MAN-SUP da Marinha do Brasil tem o objetivo de garantir ao Brasil o domínio e a autonomia tecnológica em todo o ciclo de vida de armamentos desta classe, desde o desenvolvimento até a operação e a manutenção, sempre em parceria com a indústria nacional de defesa.

Na Mectron, as atividades estão focadas na finalização do projeto, fabricação, integração e testes dos protótipos que serão utilizados para os lançamentos a partir de navios da Marinha, no litoral brasileiro, contra um alvo simulado posicionado a aproximadamente 70 km do navio lançador. Flavio Gesca, Diretor do Contrato do MAN-SUP na Mectron, esclarece que “embora não tenhamos ainda uma data precisa para o lançamento, estamos entrando na reta final de um evento que será histórico para a Marinha do Brasil e para a indústria nacional de defesa. Será a materialização de uma decisão estratégica tomada há alguns anos pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM): investir no desenvolvimento da tecnologia nacional. Ver hoje a capacidade de nossas equipes e os resultados de altíssimo valor agregado que estão sendo gerados, é muito gratificante".

O programa de desenvolvimento do MAN-SUP teve início em dezembro de 2011, numa divisão de trabalho com outras duas empresas brasileiras. Foi atribuída à Mectron a responsabilidade pelo o que é considerado o “cérebro do míssil”, o Sistema de Guiagem Navegação e Controle, que reúne os subsistemas que proporcionam autonomia e inteligência ao controle do míssil ao longo de todo o seu voo, numa trajetória de característica “sea skimming” (voo rente ao mar) em direção ao alvo.

Adicionalmente, a Mectron tem a responsabilidade pelo desenvolvimento do Sistema de Telemetria que será utilizado em apoio à verificação da funcionalidade dos protótipos em seus lançamentos reais. A figura a seguir ilustra os subsistemas de responsabilidade da Mectron no desenvolvimento do MAN-SUP:

A Marinha do Brasil estrategicamente adotou requisitos que são fundamentais para o seu objetivo de soberania nacional, através da autonomia tecnológica. Em primeiro lugar, o MAN-SUP deve ser desenvolvido sem a utilização de qualquer componente que tenha restrição em seu fornecimento, ou seja, que requeira “End-User Certificate”. Em segundo, o MAN-SUP deve ter plena compatibilidade com os meios de lançamento existentes hoje na Marinha do Brasil para mísseis deste mesmo emprego, reduzindo significativamente seus custos de integração.

Em referência ao requisito de uso de componentes sem necessidade de “End-User Certificate”, a Mectron venceu um grande desafio ao desenvolver uma solução de bateria para o MAN-SUP livre de qualquer restrição de fornecimento. Tipicamente, armamentos como este utilizam Baterias Térmicas que em todo o mundo só são fornecidas mediante aprovação de End-User.

Flavio Gesca comenta que “a equipe da Mectron, com sua altíssima competência e criatividade, pôde desenvolver uma solução inovadora que atende aos requisitos de desempenho, ambientais e de segurança, sem quaisquer restrições comerciais”. No caso da plataforma inercial, foi adotada uma solução projetada e fabricada pela própria Marinha do Brasil, através do CTMSP - Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo.

No que diz respeito à compatibilidade, a Mectron é responsável pelo desenvolvimento da completa integração do MAN-SUP aos meios de lançamentos existentes em embarcações da Marinha do Brasil, não sendo necessárias quaisquer modificações no atual sistema de disparo. Este trabalho capacitou a Mectron para futuros fornecimentos de sistemas de lançamentos completos do MAN-SUP à Marinha do Brasil e a outras nações.

A Mectron avança na conclusão do desenvolvimento do MAN-SUP, estando hoje na fase de integração e testes dos subsistemas, incluindo os Algoritmos de Guiagem Navegação e Controle, o Computador de Bordo, o Radioaltímetro, a integração do Sistema de Navegação Inercial, os Atuadores e Profundores, a Telemetria Embarcada, entre outros.

Esta verificação ocorre através de uma moderna técnica, utilizada por empresas detentoras de alta tecnologia, o HILS (Hardware In-the-Loop Simulation). Esta técnica consiste em testar, em ambiente de laboratório, a integração completa entre software e hardware do míssil e o meio, este último, simulado por computador.

Rodrigo Carnaúba, Diretor de Sistemas e Armas Navais da Mectron salienta que “o MAN-SUP será um produto brasileiro; fornecido e suportado por empresas nacionais, beneficiando a Marinha do Brasil na redução dos elevados custos de manutenção e no aumento da disponibilidade da arma (MTTR – Mean Time To Repair) pela praticidade em ter seus fornecedores/parceiros a poucas horas de distância”. Tendo sob sua liderança na Mectron outro projeto estratégico para a Marinha do Brasil, o TPNer - Torpedo Pesado Nacional em escala reduzida, este, por sua vez, para equipar os submarinos do PROSUB e em parceria com a empresa alemã ATLAS ELEKTRONIK, ele complementa: “conforme necessidades e orientações estratégicas dos nossos Clientes, seja com parcerias nacionais ou internacionais, estamos aqui para desenvolver e reter conhecimento, contribuir para o avanço tecnológico do Brasil e de nossas Forças Armadas”.

Recentemente, a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) anunciou o início da busca de um parceiro tecnológico e estratégico para a Mectron. A companhia busca um parceiro internacional, mantendo sua característica de Empresa Estratégica de Defesa (EED). Diante das restrições orçamentárias momentâneas que estão afetando os projetos da área de defesa no Brasil, a ODT, consciente de seu importante papel estratégico-político para o nosso país no campo da defesa e tecnologia, busca um parceiro que contribua com o acesso direto à tecnologia, com uma estrutura de capital robusta e com atuação no mercado global. Com a integração deste novo parceiro tecnológico, a Mectron estará ainda mais preparada para atender as demandas estratégicas do Governo Brasileiro, das Forças Armadas do Brasil, bem como de Clientes internacionais.
Será que a grana gasta nos Harpoon ajudaria a acelerar esse programa nacional?

Bem, é uma ótima notícia, parabéns à empresa e a MB!!!!!!!!

Cara, a MB comprou recentemente AM-39B2 para os EC-725.
Por que não investir esses recursos para acelerar um programa nacional dela própria (MAN-1)?




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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