A destruição de um idioma
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Re: A destruição de um idioma
Uma informação que pode ser interessante sobre o tema.
A empresa multinacional em que trabalho mantém escritórios em vários países do mundo, e todo ano temos algumas reuniões que juntam o pessoal de vários países ao mesmo tempo. Nestas reuniões fiz amizade com um colega indiano de nome Ajai Gupta (acho que mais da metade dos indianos tem sobrenome Gupta), e certa vez perguntei a ele qual dos múltiplos idiomas e dialetos indianos ele falava como língua materna.
Para meu espanto a resposta foi "nenhum" . Na cidade onde ele nasceu e cresceu (não me lembro qual) a população inteira fala apenas inglês há mais de um século, devido à dominação inglesa no passado.
Imaginem a situação, um território onde só se fala inglês dentro de um país onde o inglês não é a língua original.
Leandro G. Card
A empresa multinacional em que trabalho mantém escritórios em vários países do mundo, e todo ano temos algumas reuniões que juntam o pessoal de vários países ao mesmo tempo. Nestas reuniões fiz amizade com um colega indiano de nome Ajai Gupta (acho que mais da metade dos indianos tem sobrenome Gupta), e certa vez perguntei a ele qual dos múltiplos idiomas e dialetos indianos ele falava como língua materna.
Para meu espanto a resposta foi "nenhum" . Na cidade onde ele nasceu e cresceu (não me lembro qual) a população inteira fala apenas inglês há mais de um século, devido à dominação inglesa no passado.
Imaginem a situação, um território onde só se fala inglês dentro de um país onde o inglês não é a língua original.
Leandro G. Card
Re: A destruição de um idioma
Ter inglês "fluente" (quem já conversou com indianos sabe que não é bem assim ...), boa educação e salários baixíssimos faz com que os indianos estejam presentes em grande número na maioria das empresas multinacionais, sem falar das universidades ao redor do mundo.LeandroGCard escreveu:Uma informação que pode ser interessante sobre o tema.
A empresa multinacional em que trabalho mantém escritórios em vários países do mundo, e todo ano temos algumas reuniões que juntam o pessoal de vários países ao mesmo tempo. Nestas reuniões fiz amizade com um colega indiano de nome Ajai Gupta (acho que mais da metade dos indianos tem sobrenome Gupta), e certa vez perguntei a ele qual dos múltiplos idiomas e dialetos indianos ele falava como língua materna.
Para meu espanto a resposta foi "nenhum" . Na cidade onde ele nasceu e cresceu (não me lembro qual) a população inteira fala apenas inglês há mais de um século, devido à dominação inglesa no passado.
Imaginem a situação, um território onde só se fala inglês dentro de um país onde o inglês não é a língua original.
Leandro G. Card
A India é um caso muito particular, pois praticamente não existe uma língua nativa. Com as centenas de idiomas e dialetos falados no país, o inglês torna-se um verdadeiro fator de integração nacional.
Abs,
JT
- LeandroGCard
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Re: A destruição de um idioma
Isso é verdade.JT8D escreveu:A India é um caso muito particular, pois praticamente não existe uma língua nativa. Com as centenas de idiomas e dialetos falados no país, o inglês torna-se um verdadeiro fator de integração nacional.
Abs,
JT
A coisa por aquelas bandas pode ser bem complicada mesmo. Em meus últimos passeios pela Europa eu cruzei com um casal paquistanês na Suíça, que também estava de viagem por lá. A esposa mal falava o inglês (língua oficial do país), mas dava para entender alguma coisa. Ela disse que a língua nativa dela era o Urdu (língua franca do Paquistão), mas que ela também falava o Punjabi e o Pashtun (embora logo em seguida fizesse questão de afirmar que ela não era de etnia pashtun - parece que estes estão com moral baixo por lá).
O mais engraçado que é que minha esposa só fala português (nem arranha outra língua), mas as duas pareciam que estavam conseguindo se entender, sei lá como .
Leandro G. Card
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Re: A destruição de um idioma
LeandroGCard escreveu:JT8D escreveu: O mais engraçado que é que minha esposa só fala português (nem arranha outra língua), mas as duas pareciam que estavam conseguindo se entender, sei lá como .
Leandro G. Card
É impressionante com duas pessoas que não falam a mesma língua conseguem se entender.
Quando estive na colômbia fiquei por um tempo tentando falar espanhol nas lojas, era um parto os atendentes entenderem alguma coisa, mas foi só eu começar a falar português que pareceu mágica, eu falava português o atendente espanhol e todo mundo se entendia, kkkkkkkkkk
- Wingate
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Re: A destruição de um idioma
Tive também um colega indiano e, numa ocasião, perguntei se ele tinha alguma "bronca" dos ingleses por estes terem ocupado seu país por tanto tempo.LeandroGCard escreveu:Uma informação que pode ser interessante sobre o tema.
A empresa multinacional em que trabalho mantém escritórios em vários países do mundo, e todo ano temos algumas reuniões que juntam o pessoal de vários países ao mesmo tempo. Nestas reuniões fiz amizade com um colega indiano de nome Ajai Gupta (acho que mais da metade dos indianos tem sobrenome Gupta), e certa vez perguntei a ele qual dos múltiplos idiomas e dialetos indianos ele falava como língua materna.
Para meu espanto a resposta foi "nenhum" . Na cidade onde ele nasceu e cresceu (não me lembro qual) a população inteira fala apenas inglês há mais de um século, devido à dominação inglesa no passado.
Imaginem a situação, um território onde só se fala inglês dentro de um país onde o inglês não é a língua original.
Leandro G. Card
Ele respondeu que não tinha nenhum ressentimento contra eles e que deixaram um grande bem que era a língua comum (inglês) visto que o país era (e é ainda) uma colcha de retalhos em termos de idiomas. Isto ajudou, de certa forma a unificar o país.
Além disso, brincou dizendo que ficaram também as ferrovias, os tribunais, o cricket, o polo e o squash, heranças dos britânicos.
Wingate
Re: A destruição de um idioma
Mais um exemplo de como traduções erradas destroem o português. Já vi aqui mesmo no forum frases do tipo "a invasão foi realizada por 2 mil tropas". Obviamente trata-se de uma tradução errada do inglês "troops", que significa algo como "soldados". Tropa, em português já é um coletivo, então 2 mil tropas não faz sentido.
Abs,
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JT
Re: A destruição de um idioma
É interessante o assunto.
Só lembrando que o português surgiu dessa maneira. Uma população de língua celta (provavelmente, há discordância sobre isso), que adotou o latim (ou melhor, o latim dos soldados que, numa analogia, era como o português usado na internet, ou chamado "inculto" das ruas e do campo).
Como houve com o francês, árabe, gótico..., que muitas palavras e sentidos foram incorporados aos português e outros desprezados com o tempo, com o inglês acho que será o mesmo.
Também há uma questão que se está começando a discutir é que o português brasileiro está se tornando outro idioma.
Só lembrando que o português surgiu dessa maneira. Uma população de língua celta (provavelmente, há discordância sobre isso), que adotou o latim (ou melhor, o latim dos soldados que, numa analogia, era como o português usado na internet, ou chamado "inculto" das ruas e do campo).
Como houve com o francês, árabe, gótico..., que muitas palavras e sentidos foram incorporados aos português e outros desprezados com o tempo, com o inglês acho que será o mesmo.
Também há uma questão que se está começando a discutir é que o português brasileiro está se tornando outro idioma.
- Wingate
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Re: A destruição de um idioma
Exato! Exemplo: "Tropas aliadas avançam no continente europeu..." (ou seja, divisões, batalhões, etc...)..JT8D escreveu:Mais um exemplo de como traduções erradas destroem o português. Já vi aqui mesmo no forum frases do tipo "a invasão foi realizada por 2 mil tropas". Obviamente trata-se de uma tradução errada do inglês "troops", que significa algo como "soldados". Tropa, em português já é um coletivo, então 2 mil tropas não faz sentido.
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Re: A destruição de um idioma
JT8D escreveu:Concordo totalmente. Em países como Holanda, Suécia e Alemanha estudantes e profissionais dominam o inglês, já que seus idiomas nativos são pouco falados ao redor do mundo. Nem por isso eles são negligentes com sua própria cultura. Quanto mais línguas entendermos melhor, mas a principal será sempre a nossa língua nativa. É por isso que eu fico p*to quando vejo alguém falando "quarter" ao invés de trimestre ou "budget" ao invés de orçamento. Infelizmente parece que a capacidade intelectual de alguns é tão limitada que para aprender um idioma estrangeiro eles precisam esquecer o idioma nativo (se é que já o dominaram algum dia).Bourne escreveu:As traduções tendem a perder informação original.
Por isso que nas pós-graduações a preferência é sempre pela obra original, normalmente inglês e forçar o estudante entender as expressões e o palavreado da área. Aliás, dizem que no brasil começa a ser disseminado nos cursos de graduação de exatas e saúde. Justificado pelo fato do aluno precisar entender o que se faz na ponta do conhecimento e precisar entender como falar.
Sabiam que a Universidade de Shangai, a maior da china e melhor do mundo emergentes, prevê uma educação de elite toda em inglês. O motivo é facilitar trazer professores, pesquisadores e alunos estrangeiro que são importantes para fazer o centro funcionar. Além de facilitar a padronização da comunicação devido as diversos dialetos entre as regiões chinesas.
Na Alemanha e na Itália, quando tinha pesquisado uns cursos, boa parte deles era em inglês para facilitar a vida dos estrangeiros e fazer a produção ser de impacto mundial.
Abs,
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x2
...
- Wingate
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Re: A destruição de um idioma
Na brincadeira, já Lamartine Babo, o grande compositor brasileiro, criticava, em 1945, esse uso exagerado e pernóstico do inglês no Brasil:
A letra da "salada" do genial Lamartine segue abaixo do vídeo:
I love you, forget sclaine maine Itapiru
Morget five underwood I shell
No bonde Silva Manuel
Manuel, Manuel...
I love you, to have Steven via Catumbai
Independence lá do Paraguai
Studebaker, Jaceguai!
Yes my glace, yes my glace
Salada de alface, salada de alface
Fly tox my till
Standard Oil
Forget not me, oi!
I love you, abacaxi whisky of chuchu
Malacacheta, Independence Day
No street-flash me estrepei...
Elixir de Inhame, elixir de inhame
Reclame de andaime, reclame de andaime,
Mon Paris je t’aime
Sorvete de creme!
My girl goodnight, oi!
Double fight
Isto parece uma canção do Oeste
Coisas horríveis lá do Far-West
Do Tomas Meiga com manteiga!
My sanduiche
Eu nunca fui Paulo Escriche
Meu nome é Lasky and Claud
Johnny Philip Canaud
Light and Power Companhia Limitada
I! You!
The boy scotcht avec boi zebú
Lawrence Tibbett com feijão tutu
Trem de cozinha não é trem azul!
------
Wingate
A letra da "salada" do genial Lamartine segue abaixo do vídeo:
I love you, forget sclaine maine Itapiru
Morget five underwood I shell
No bonde Silva Manuel
Manuel, Manuel...
I love you, to have Steven via Catumbai
Independence lá do Paraguai
Studebaker, Jaceguai!
Yes my glace, yes my glace
Salada de alface, salada de alface
Fly tox my till
Standard Oil
Forget not me, oi!
I love you, abacaxi whisky of chuchu
Malacacheta, Independence Day
No street-flash me estrepei...
Elixir de Inhame, elixir de inhame
Reclame de andaime, reclame de andaime,
Mon Paris je t’aime
Sorvete de creme!
My girl goodnight, oi!
Double fight
Isto parece uma canção do Oeste
Coisas horríveis lá do Far-West
Do Tomas Meiga com manteiga!
My sanduiche
Eu nunca fui Paulo Escriche
Meu nome é Lasky and Claud
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Wingate
- Carlos Lima
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Re: A destruição de um idioma
Esse é de fato um tópico super interessante!
Na prática o que vai acontecer ao longo do tempo é que mais e mais palavras em português serão substituídas por equivalentes do inglês ou variações.
De um modo é como os idiomas evoluem, no nosso caso esse também é um reflexo da nossa 'pobre' educação, colidindo com a avalanche de conteúdo (não necessariamente com qualidade ) que a 'mídia social' empurra em cima das pessoas nos dias de hoje.
Para piorar muita gente que 'traduz' informação apela mais e mais para o uso de "Traduções automáticas" seguidas de revisão "manuais"... ou seja, a primeira vez que muito tradutor vai realmente lidar com o conteúdo é durante a revisão, mas como 'velocidade' é tudo (pois revisão paga menos $$ e com isso a pessoa tem que revisar mais conteúdo), a qualidade vai caindo e caindo e caindo de um texto que originalmente foi 'traduzido' por um computador (eu posso falar por horas sobre isso, mas enfim...).
Para piorar mais ainda, de um modo geral as nossas traduções não são protegidas já que 'qualquer um' pode ser um tradutor.
Como a velocidade e o volume do que o 'consumidor' absorve e 'exige' é gigante, uma parcela enorme de conteúdo chega as mãos dos usuários finais sem o devido cuidado linguístico.
Mesmo países citados em outros posts como Suécia, Alemanhã e até a França (que é assim como o Japão países que de fato tem um cuidado extremo com qualidade), sofrem com o volume de informação "não revisada", e quanto mais abrangente, mais frequente são esses problemas linguisticos, pior é para o idioma 'original'.
Esses países não sentem mais do que o Brasil, porque justamente a sua educação primária é de um modo geral bem melhor do que a nossa, e mesmo os imigrantes nas escolas tem que saber falar o idioma do país corretamente.
Tendo dito isso, realmente é um problema real a velocidade com que isso vem acontecendo e a falta de qualidade das traduções de um modo geral, já que o fenomeno em si é algo natural, pois mesmo no nosso caso, o nosso "Português" original no Brasil foi contaminado por uma série de outros idiomas ao longo dos séculos e por isso que somos 'diferentes'.
A contaminação dos idiomas hoje em dia é bem mais rápida e a mudança vai ser sentida ao longo de décadas e não de séculos.
Mas é um fenomeno global.
Eu tenho amigos por exemplo na Malásia que praticamente só falam Chinês por conta da invasão chinesa por lá.
Hoje aqui nos EUA o Espanhol é tido como o Segundo idioma e diversos estados já oficialmente falam nas escolas 2 idiomas (espanhol e inglês).
Eu trabalhei algum tempo desenvolvendo programas educativos (crianças e adultos) para preservação linguística e cultural. Em um dos estudos que eu tive acesso o número de 'idiomas' (e consequentemente toda uma cultura) que deixam de existir a cada 5 anos é algo gigante.
Enfim, fico por aqui por enquanto...
PS: Um problema super hiper gigante que ainda não vi sendo debatido nesse tópico que eu diria hoje em dia ser maior do que a 'invasão' inglesa são as "mensagens de texto". Esses são verdadeiros cursos de "analfabetismo".
[]s
CB_Lima
Na prática o que vai acontecer ao longo do tempo é que mais e mais palavras em português serão substituídas por equivalentes do inglês ou variações.
De um modo é como os idiomas evoluem, no nosso caso esse também é um reflexo da nossa 'pobre' educação, colidindo com a avalanche de conteúdo (não necessariamente com qualidade ) que a 'mídia social' empurra em cima das pessoas nos dias de hoje.
Para piorar muita gente que 'traduz' informação apela mais e mais para o uso de "Traduções automáticas" seguidas de revisão "manuais"... ou seja, a primeira vez que muito tradutor vai realmente lidar com o conteúdo é durante a revisão, mas como 'velocidade' é tudo (pois revisão paga menos $$ e com isso a pessoa tem que revisar mais conteúdo), a qualidade vai caindo e caindo e caindo de um texto que originalmente foi 'traduzido' por um computador (eu posso falar por horas sobre isso, mas enfim...).
Para piorar mais ainda, de um modo geral as nossas traduções não são protegidas já que 'qualquer um' pode ser um tradutor.
Como a velocidade e o volume do que o 'consumidor' absorve e 'exige' é gigante, uma parcela enorme de conteúdo chega as mãos dos usuários finais sem o devido cuidado linguístico.
Mesmo países citados em outros posts como Suécia, Alemanhã e até a França (que é assim como o Japão países que de fato tem um cuidado extremo com qualidade), sofrem com o volume de informação "não revisada", e quanto mais abrangente, mais frequente são esses problemas linguisticos, pior é para o idioma 'original'.
Esses países não sentem mais do que o Brasil, porque justamente a sua educação primária é de um modo geral bem melhor do que a nossa, e mesmo os imigrantes nas escolas tem que saber falar o idioma do país corretamente.
Tendo dito isso, realmente é um problema real a velocidade com que isso vem acontecendo e a falta de qualidade das traduções de um modo geral, já que o fenomeno em si é algo natural, pois mesmo no nosso caso, o nosso "Português" original no Brasil foi contaminado por uma série de outros idiomas ao longo dos séculos e por isso que somos 'diferentes'.
A contaminação dos idiomas hoje em dia é bem mais rápida e a mudança vai ser sentida ao longo de décadas e não de séculos.
Mas é um fenomeno global.
Eu tenho amigos por exemplo na Malásia que praticamente só falam Chinês por conta da invasão chinesa por lá.
Hoje aqui nos EUA o Espanhol é tido como o Segundo idioma e diversos estados já oficialmente falam nas escolas 2 idiomas (espanhol e inglês).
Eu trabalhei algum tempo desenvolvendo programas educativos (crianças e adultos) para preservação linguística e cultural. Em um dos estudos que eu tive acesso o número de 'idiomas' (e consequentemente toda uma cultura) que deixam de existir a cada 5 anos é algo gigante.
Enfim, fico por aqui por enquanto...
PS: Um problema super hiper gigante que ainda não vi sendo debatido nesse tópico que eu diria hoje em dia ser maior do que a 'invasão' inglesa são as "mensagens de texto". Esses são verdadeiros cursos de "analfabetismo".
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CB_Lima
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Re: A destruição de um idioma
Na verdade existe um nível de proteção para tradução pelo menos para órgãos públicos e até na justiça.
Para uma tradução ser usada de forma oficial em um processo na justiça ou em edital do governo apenas tradutores juramentados podem fazer.
Que são tradutores com registro na junta comercial e que fazem concurso para ter esse "título".
Manuais técnicos e esse material de empresas ou de sites até passa porque não se preocupam muito, mas para algo oficial não pode ser tradução de qualquer e muito menos automatica.
Para uma tradução ser usada de forma oficial em um processo na justiça ou em edital do governo apenas tradutores juramentados podem fazer.
Que são tradutores com registro na junta comercial e que fazem concurso para ter esse "título".
Manuais técnicos e esse material de empresas ou de sites até passa porque não se preocupam muito, mas para algo oficial não pode ser tradução de qualquer e muito menos automatica.
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Re: A destruição de um idioma
Verdade... esqueci de mencionar isso!mmatuso escreveu:Na verdade existe um nível de proteção para tradução pelo menos para órgãos públicos e até na justiça.
Para uma tradução ser usada de forma oficial em um processo na justiça ou em edital do governo apenas tradutores juramentados podem fazer.
Que são tradutores com registro na junta comercial e que fazem concurso para ter esse "título".
Manuais técnicos e esse material de empresas ou de sites até passa porque não se preocupam muito, mas para algo oficial não pode ser tradução de qualquer e muito menos automatica.
Mas o problema é justamente esse... a quantidade de material não supervisionado é infinitamente maior do que a quantidade de material que passa por Traduções oficiais (que também são bem mais caras).
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Re: A destruição de um idioma
Na prática o que a tradução precisa ter é a assinatura de um tradutor juramentado...mmatuso escreveu:Na verdade existe um nível de proteção para tradução pelo menos para órgãos públicos e até na justiça.
Para uma tradução ser usada de forma oficial em um processo na justiça ou em edital do governo apenas tradutores juramentados podem fazer.
Que são tradutores com registro na junta comercial e que fazem concurso para ter esse "título".
Manuais técnicos e esse material de empresas ou de sites até passa porque não se preocupam muito, mas para algo oficial não pode ser tradução de qualquer e muito menos automatica.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Re: A destruição de um idioma
Sem dúvida que se da um jeito, ainda sim tem escritórios especializados nesse tipo de tradução no brasil, só com tradutores juramentados.
Trabalhei com um indiano que tinha um escritório no centro velho de sp, as grandes traduções de livros e empresas sérias eram feitas por tradutores juramentados fora o conteúdo "oficial", não tinha essa de um juramentado assinar para outra pessoa eles possuíam um exército de tradutores.
Lógico que devem ter alguns que fazem como alguns engenheiros que não fazem nada a não ser assinar trabalho dos outros. rs
Trabalhei com um indiano que tinha um escritório no centro velho de sp, as grandes traduções de livros e empresas sérias eram feitas por tradutores juramentados fora o conteúdo "oficial", não tinha essa de um juramentado assinar para outra pessoa eles possuíam um exército de tradutores.
Lógico que devem ter alguns que fazem como alguns engenheiros que não fazem nada a não ser assinar trabalho dos outros. rs