SYRIA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Beronha
Sênior
Sênior
Mensagens: 2954
Registrado em: Ter Mar 27, 2007 5:37 pm
Agradeceram: 7 vezes

Re: SYRIA

#1546 Mensagem por Beronha » Dom Dez 06, 2015 9:16 am

Bolovo escreveu:
Beronha escreveu:Mesmo quebrados, os Gregos podem fazer alguma "arte" contra seu companheiro de otan? tipo, derrubar um f16? Seu presidente é mais putin que obama, seria improvavel?
Em 1996 os dois países quase entraram em guerra pelo ilhéu Imia/Kardak. A situação escalou tanto que um Mirage 2000 grego derrubou um F-16D turco. Olha a bandeirinha debaixo do cockpit.

Imagem
Derrubou sim, mas seria possivel uma escaramuça via grecia? estao com centenas de muculanos em seu territorio, devendo ate a chave do rabo, brigados com o resto da UE

sei nao... pode ser que saia um abatezinho proporcional, apesar de serem disputas territorias, acho os gregos odeiam turcos tanto quanto os curdos;




Grep
Sênior
Sênior
Mensagens: 1816
Registrado em: Dom Nov 25, 2012 3:21 pm
Agradeceram: 37 vezes

Re: SYRIA

#1547 Mensagem por Grep » Dom Dez 06, 2015 12:13 pm

silverstone2 escreveu:
wagnerm25 escreveu:Rapaz, isso aqui às vezes é muito divertido. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
divertido e muito louco também ... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

É muito divertido mesmo esse pessoal que compra o "status quo midiático ocidental" e acredita no porta voz da casa Branca sem questionar.

E ainda acham que estão bem informados a ponto de apontar graça nos comentários alheios, vocês tão sabendo muito, só que não. :lol:




DSA
Avançado
Avançado
Mensagens: 672
Registrado em: Ter Jan 04, 2011 12:47 am
Localização: Raia Minhota, Portugal
Agradeceram: 26 vezes

Re: SYRIA

#1548 Mensagem por DSA » Dom Dez 06, 2015 1:27 pm

Grep fala nao!!! voce e igual so que acredita em tudo que vem do outro lado da barricada. nao e melhor que eles




VivaRussia
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 169
Registrado em: Seg Nov 16, 2015 10:54 pm

Re: SYRIA

#1549 Mensagem por VivaRussia » Dom Dez 06, 2015 3:44 pm

DSA escreveu:Grep fala nao!!! voce e igual so que acredita em tudo que vem do outro lado da barricada. nao e melhor que eles

Você diz que os dois lados são iguais. Mas e você? já fez auto-crítica? Se você é diferente do Grep, se está realmente próximo à verdade, me responda então umas questõezinhas básicas:

1- Como e porque se formou o Daesh (me recuso a chamar de Estado Islâmico, porque não é nem Estado e muito menos Islâmico);

2- Porque mesmo todas as potências do mundo (Estados Unidos, Rússia, Europa, países árabes, todo mundo) se juntando e é tão difícil derrotá-lo?

3- Não acha no mínimo perigoso que toda a imprensa brasileira (e também a européia, sulamericana, norte-americana, etc) ter uma só voz e só defender um único lado?

4- Existe democracia verdadeira, sem imprensa isenta?

VR




Editado pela última vez por VivaRussia em Dom Dez 06, 2015 6:06 pm, em um total de 1 vez.
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 55154
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceram: 2403 vezes

Re: SYRIA

#1550 Mensagem por P44 » Dom Dez 06, 2015 5:37 pm

Imagem




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
Naval
Sênior
Sênior
Mensagens: 1505
Registrado em: Dom Jul 27, 2003 10:06 am
Agradeceram: 43 vezes

Re: SYRIA

#1551 Mensagem por Naval » Seg Dez 07, 2015 4:39 am

Há exatamente um ano, Arin Mirkan, soldada voluntária no exército de resistência popular kurda, foi emboscada por soldados do ISIS com seu regimento enquanto patrulhava os arredores da cidade de Kobanê, Síria...

Após várias horas de combate feroz armado, sem munição e em menor número... Ela decide se "render" e pede para sair e negociar a rendição do seu grupo...

O que ninguém esperava, (nem sua equipe) é que ela tinha amarrado ao próprio corpo várias capsulas de explosivos e ao chegar no meio dos seus inimigos, detonou a carga, suicidando-se e levando 7 soldados junto, além de ferir gravemente outra dezena, permitindo que suas camaradas escapassem e buscassem reforços.

Analisando de fora, ela tinha certeza que se caísse nas mãos dos soldados da ISIS seria estuprada, torturada e ainda executada como exemplo em um dos seus vídeos semanais que produzem.... Então, aceitou seu inevitável destino e converteu-o numa segunda chance para seus companheiros.

Uma heroína que Hollywood nunca fará filme a respeito, mas que merece ter seu feito e bravura gravados na história do seu povo e cultura... E global também.

Imagem

Abraços.




"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
Grep
Sênior
Sênior
Mensagens: 1816
Registrado em: Dom Nov 25, 2012 3:21 pm
Agradeceram: 37 vezes

Re: SYRIA

#1552 Mensagem por Grep » Seg Dez 07, 2015 8:05 am

DSA escreveu:Grep fala nao!!! voce e igual so que acredita em tudo que vem do outro lado da barricada. nao e melhor que eles
Que que tu quer te meter a patrulha de forum, só vejo escrever bobagem em toda postagem que faz.




Avatar do usuário
wagnerm25
Sênior
Sênior
Mensagens: 3590
Registrado em: Qui Jan 15, 2009 2:43 pm
Agradeceram: 198 vezes

Re: SYRIA

#1553 Mensagem por wagnerm25 » Seg Dez 07, 2015 8:35 am

VivaRussia escreveu:
DSA escreveu:Grep fala nao!!! voce e igual so que acredita em tudo que vem do outro lado da barricada. nao e melhor que eles

Você diz que os dois lados são iguais. Mas e você? já fez auto-crítica? Se você é diferente do Grep, se está realmente próximo à verdade, me responda então umas questõezinhas básicas:

1- Como e porque se formou o Daesh (me recuso a chamar de Estado Islâmico, porque não é nem Estado e muito menos Islâmico);

2- Porque mesmo todas as potências do mundo (Estados Unidos, Rússia, Europa, países árabes, todo mundo) se juntando e é tão difícil derrotá-lo?

3- Não acha no mínimo perigoso que toda a imprensa brasileira (e também a européia, sulamericana, norte-americana, etc) ter uma só voz e só defender um único lado?

4- Existe democracia verdadeira, sem imprensa isenta?

VR

Amigo, DAESH é o acrônimo em Árabe para Islamic State in Iraq and Siria (ISIS)? Ou seja, tu falando ISIS ou DAESH é a mesma coisa.




Avatar do usuário
Clermont
Sênior
Sênior
Mensagens: 8842
Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
Agradeceram: 644 vezes

Re: SYRIA

#1554 Mensagem por Clermont » Seg Dez 07, 2015 12:16 pm

(Aparentemente, ainda restam alguns estadistas sensatos na Europa...)

---------------------------------------------------------------

PRIMEIRO-MINISTRO DA ITÁLIA: "NÃO, OBRIGADO" AO PEDIDO DE PARTICIPAR DA GUERRA CONTRA O ISIS.

Avisa que não quer outra Líbia.

Jason Ditz - Antiwar.com, 6 de dezembro de 2015.

O primeiro-ministro italiano Mateo Renzi rejeitou apelos para participar da guerra liderada pelos Estados Unidos contra o ISIS ordenando ataques aéreos contra alvos no interior da Síria, dizendo que mais ataques aéreos apenas aumentarão o caos na região.

Renzi vem enfrentando crescente pressão da oposição de centro-direita para participar da guerra e disse a um jornal que estava interessado em derrotar o ISIS, mas não apenas "multiplicando reações imediatistas, sem uma visão estratégica".

"Se a condição para ser um protagonista significa entrar correndo nos bombardeios de outras pessoas, então eu digo "não, obrigado", insistiu Renzi, comparando os novos ataques à ofensiva da OTAN em 2011, e dizendo que não quer uma "repetição da Líbia."

Era esperado que a Líbia se tornasse um enorme reforço para a Itália, sua vizinha além do Mediterrâneo, com empresas italianas fazendo fila para enormes acordos comerciais na Líbia pós-Khadaffi, só para assistir essas oportunidades escorrerem pelo ralo com o crescimento das lutas. Com o ISIS e outros estabelecendo-se na Líbia, a Itália está descobrindo que o pais é menos uma fonte para oportunidades comerciais e mais um fornecedor interminável de navios de refugiados.




VivaRussia
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 169
Registrado em: Seg Nov 16, 2015 10:54 pm

Re: SYRIA

#1555 Mensagem por VivaRussia » Seg Dez 07, 2015 1:09 pm

É, como eu previa, o quadro pinta negro. Vejam essa artigo escrito pelo "The Saker":

[centralizar]9°Semana da intervenção russa na Síria: O Império contra-ataca 1[/centralizar]
7 dez 2015 | Guerra · Turquia Tags:Bósforo; · EUA · Otan · responsabilidade de proteger (R2P); · Rússia · Siria · SU-24;
Share Button


5/12/2015, The Saker, Unz Review
Considerando o notável sucesso da intervenção russa na Síria, pelo menos até agora, não deve surpreender ninguém que o Império Anglo-sionista contra-ataque. A questão era como e quando. Agora já temos a resposta.Dia 24 de novembro, a Força Aérea da Turquia fez coisa absolutamente sem precedentes na história recente: deliberadamente derrubou uma aeronave militar de outro país, mesmo sendo, como era, absolutamente evidente que aquela aeronave não representava qualquer ameaça à Turquia ou ao povo turco.A internet russa está lotada de vazamentos mais ou menos oficiais sobre como foi feito. Segundo essas versões, os turcos mantiveram 12 F-16s em patrulha ao longo da fronteira prontos para atirar, guiados por aviões equipados com sistemas AWACS (Airborne Warning And Control System) e “cobertos” por F-15s da Força Aérea dos EUA, para o caso de a Rússia contra-atacar imediatamente. Pode ser. Pode não ser.Mas nada disso interessa, porque já é absolutamente inegável que EUA e OTAN imediatamente “tomaram posse” do ataque, dando total apoio à Turquia. A OTAN chegou ao cúmulo de declarar que enviaria força aérea e força naval para proteger a Turquia, como se a Rússia tivesse atacado a Turquia. Quanto aos EUA, não só apoiaram integralmente a Turquia: agora já estão negando categoricamente que haja qualquer prova de que a Turquia compra petróleo dos terroristas do Daesh. Finalmente, e como era de esperar, os EUA estão mandando o Grupo de Ataque Porta-aviões Harry S. Truman Carrier para o leste do Mediterrâneo, oficialmente para atacar o Daesh, mas, na realidade, para apoiar a Turquia e ameaçar a Rússia. Até os alemães já estão mandando para lá a própria Força Aérea, mas com ordens específicas para não partilhar nenhum tipo de informação com os russos.Assim sendo, o que está realmente acontecendo até aqui?Simples: o Império identificou, corretamente, a fragilidade da força russa na Síria, e decidiu usar a Turquia para garantir para negabilidade plausível para si mesmo. Esse ataque é provavelmente apenas o primeiro passo de campanha muito maior para “fazer retroceder” a Rússia para longe da fronteira turca. O próximo passo, aparentemente, inclui despachar forças ocidentais para a Síria, de início só como ‘conselheiros’, mas eventualmente como forças especiais e controladores avançados de voo. As Forças Aéreas de EUA e Turquia serão protagonistas, com sortimento variado de aviões alemães e britânicos para garantir diversidade suficiente que permita falar de uma “coalizão internacional”.Quanto aos franceses, encurralados entre contrapartes russos e ‘aliados’ da OTAN, continuarão irrelevantes como sempre: Hollande desmoronou mais uma vez (qual é a novidade?). Eventualmente, a OTAN criará um paraíso seguro de-facto para seus “terroristas moderados” no norte da Síria e o usará como base para atacar Raqqa. Dado que qualquer dessas intervenções sempre será completamente ilegal, o argumento de que defendem a minoria turcomena servirá, responsabilidade de proteger (R2P) e tudo. A criação desse paraíso seguro para terroristas ‘moderados’ protegidos pela OTAN garantirá o primeiro passo para quebrar a Síria em vários pequenos para-estados.
Se o plano for realmente esse, nesse caso a derrubada do SU-24 é poderosa mensagem enviada à Rússia: estamos arriscando iniciar uma guerra para empurrá-los para trás – estão prontos para a guerra? A dolorosa resposta será “Não, a Rússia não está preparada para guerra contra todo o Império, pela Síria”, simplesmente porque a Rússia não tem as capacidades indispensáveis para isso.

Como já mencionei várias vezes, a Síria está além do ponto até onde os russos tem capacidade para projetar a própria capacidade (cerca de 1.000km), especialmente se essa projeção de poder tiver de ser feita através de território hostil (que a Turquia é, absolutamente). Até agora, os russos conseguiram com grande brilho organizar e apoiar sua pequena força na Síria, mas isso absolutamente não indica uma capacidade russa para apoiar grande operação aérea em céus sírios ou, muito menos, uma operação em solo.

Fato é que a intervenção russa na Síria sempre foi arriscada e difícil, e o Império não precisou de muito tempo para capitalizar a seu favor essa fraqueza. Ouço muita vaia de desfraldadores de bandeirão e de “hurrah-patriotas” por dizer isso, mas o fato é que a Rússia não pode ‘proteger’ a Síria contra os EUA, a OTAN ou mesmo contra o CENCTOM. Não, pelo menos, em termos puramente militares. Não significa que a Rússia não tenha alternativas para retaliar. Tem, e já iniciou as seguintes ações de retaliação:

Sanções Econômicas: Rússia já declarou várias sanções contra a Turquia, entre as quais congelamento do projeto do gasoduto Ramo Turco.

Além disso, o turismo russo na Turquia – imensa fonte de renda para os turcos – com certeza cairá para microscópica fração do que costumava ser: os russos não serão proibidos de viajar à Turquia, mas nenhuma agência russa de viagens venderá pacotes ou tours. Alguns produtos turcos serão banidos na Rússia, e empresas turcas não serão convidadas a participar de vários tipos de projetos e contratos. As sanções, todas somadas, ferirão a Turquia, mas sem muita gravidade.

Sanções políticas: Nesse campo, a Rússia uma de suas armas mais poderosas: a verdade.

Os militares russos já divulgaram série devastadora de fotos e vídeos fotografados e filmados por equipamento aéreo e espacial russo, que prova que a Turquia, sim, compra petróleo que o Daesh extrai em território sírio. O mais impressionante dessas imagens é que mostraram a dimensão verdadeiramente descomunal do contrabando: numa das fotos, veem-se 1.722 caminhões-tanques para transporte de petróleo, na região de Deir Ez-Zor; noutra, veem-se 8.500 caminhões-tanques que o Daesh utiliza para transportar mais de 200 mil barris de petróleo. O que esses números mostram não é só o contrabando organizado e ativo com participação do estado turco; eles também mostram que é absolutamente certo e óbvio que os EUA sabem tudo sobre a ‘operação’.

Previsivelmente, a mídia-empresa ocidental nada mostrou das provas reais. Limitou-se a repetir que “haveria imagens que os russos dizem [na ‘Internacional’ (só rindo),

de O Estado de S.Paulo)] que mostrariam”

Putin acusou a Turquia de derrubar caça para proteger tráfico de petróleo do EI

[naFolha de S.Paulo,

repetido, sem tirar nem pôr, o mesmo bla-bla-blá também no ridículo insuperável O Globo (NTs)]. Mas desnoticiem o quanto queiram, não há dúvidas de que o golpe acertou fundo, o que todos verão, com certeza, no longo prazo.

Hoje, em todo o planeta, qualquer pessoa com um mínimo de inteligência ainda ativa sabe que Erdogan não passa de escroque mentiroso. Mais importante, já é hoje inegável que a Turquia não é só ‘aliada’, mas patrão e patrocinador do Daesh. Finalmente, à luz do que se viu, também já é perfeitamente claro por que a Turquia decidiu derrubar o SU-24 russo: porque os russos estavam bombardeando as rotas de contrabando do Daesh até a Turquia.

O golpe final no prestígio e credibilidade da Turquia de Erdogan veio do próprio Vladimir Putin, que disse, em sua fala anual, de final de ano, à Assembleia Federal russa:
“Sabemos quem enche os bolsos na Turquia e enriquece terroristas com a compra/venda do petróleo que roubam da Síria. Os terroristas usam essas receitas para recrutar mercenários, comprar armas e planejar ataques terroristas desumanos contra cidadãos russos e contra povos, na França, no Líbano, no Mali, em outros países. Não esquecemos os militantes que operaram no Norte do Cáucaso nos anos 1990s e 2000s encontraram abrigo e assistência moral e material na Turquia. Até hoje os encontramos lá.

Mas o povo turco é gentil, trabalhador, talentoso. Temos amigos muito confiáveis na Turquia. Permitam-me enfatizar que nós queremos que eles saibam que não os equiparamos a determinada parte do establishment hoje governante e que é a responsável pela morte de nossos soldados na Síria.

Nós nunca esqueceremos a colusão desses, com terroristas. Sempre consideramos a traição como o ato pior, o mais vergonhoso de que são capazes alguns, e isso jamais mudará. Quero que saibam disso para sempre – os que, na Turquia, atiraram pelas costas contra nossos pilotos, aqueles hipócritas que tentaram justificar as próprias ações e a cobertura que dão a terroristas.

Na verdade, sequer consigo entender o que fizeram. Problemas que tenham tido, desacordos dos quais nós nada sabíamos, poderiam ter sido resolvidos de outro modo. Além do mais, sempre estivemos prontos a cooperar com a Turquia nas questões mais difíceis que os turcos enfrentaram; nos dispusemos a fazer mais, a ir até onde aliados deles recusavam-se a ir. Só Alá há de saber, suponho, por que fizeram o que fizeram.

E é provável que Alá, para punir a claque governante na Turquia, os tenha privado de razão e inteligência. WANTED, O Procurado: Tayyeep Bin Ardogan (derrubou o jato e bloqueou o Bósforo) 4/12/2-15, Moon of Alabama

Claro que em sociedade longamente habituada às mentiras, à desonestidade e à hipocrisia tudo isso são “apenas” palavras. Mas no Oriente Médio e no resto do mundo são palavras muito poderosas, que os turcos terão muita dificuldade para “lavar” de sua reputação.

Medidas militares: São limitadas, claro, mas não irrelevantes. Primeiro, a Rússia já admitiu que os S-400 estão agora na Síria (desconfio que já estivessem lá desde o início). Segundo, a Rússia começou a construir uma segunda base aérea, dessa vez em Shaayrat, no centro da Síria. Se essa base for realmente construída, fará muito sentido levar para lá uns poucos AWACS e/ou MiG-31s. Terceiro, a Rússia usará agora SU-34s mais modernos e equipados com mísseis ar-ar no norte da Síria; e a força aérea russa de ataque passou a ser escoltada por jatos de combate SU-30SMs dedicados. Essa combinação de medidas tornará muito mais difícil para os turcos repetir ataque do mesmo tipo, mas eu, pessoalmente, duvido que cogitem repetir coisa alguma, pelo menos no futuro imediato.

Avaliação:

Para compreender a fundo o que está acontecendo nesse momento, é preciso examinar o grande quadro.

A primeira importante consequência da derrubada do SU-24 russo é que a OTAN já está convertida em aliança pró-ilegalidade/impunidade. Agora que o precedente foi criado, com o ato de guerra da Turquia contra a Rússia – porque o que a Turquia fez foi, inegavelmente, ato de guerra – qualquer membro da OTAN pode fazer o mesmo e sentir-se protegido pela Aliança. Digamos que, amanhã, os latvianos decidam afundar um navio russo no Mar Báltico, ou que os poloneses derrubem um avião russo sobre Kaliningrado, imediatamente terão a ‘proteção’ da OTAN, como a Turquia acaba de fazer: os EUA endossarão integralmente a versão latviana/polonesa de qualquer evento, o secretário-geral da OTAN oferecerá mais navios e aviões para Latvia/Polônia para “proteger” esses países contra qualquer “ameaça” que lhes venha do “oriente”, a mídia-empresa em todo mundo fingirá que não teve notícias de prova alguma de agressão alguma partida de latvianos/poloneses.

Esse é desenvolvimento muito gravemente perigoso, porque é forte incentivo para que qualquer país pequeno deixe falar o próprio complexo de inferioridade e decida mostrar “coragem” e “determinação” para desafiar a Rússia, mesmo que tanta coragem e determinação dependam de virem escondidas por baixo da OTAN.

A OTAN também está deliberadamente escalando a guerra contra a Rússia, ao admitir Montenegro como membro da Aliança e ao reiniciar conversações sobre a admissão da Geórgia. Em termos puramente militares, a incorporação de Montenegro na OTAN não faz diferença alguma; mas em termos políticos, é mais um meio para o ‘ocidente’ empinar o nariz para a Rússia (“Estão vendo? Incorporamos até aliados históricos de vocês ao nosso Império. E vocês nada podem fazer para impedir”). Quanto à Geórgia, o principal objetivo por trás da discussão sobre sua incorporação à OTAN é vingar a “linha Saakashvili”, quer dizer, recompensar a agressão contra a Rússia. Tampouco nesse caso, nada há que a Rússia possa fazer.

Tudo isso para dizer que estamos diante de situação extremamente perigosa:

As forças russas na Síria são comparativamente fracas e isoladas.
A Turquia pode prosseguir, e prosseguirá, nas provocações, sob a cobertura da OTAN.
O ‘ocidente’ está agora preparando uma intervenção (ilegal) dentro da Síria.
A intervenção ocidental será feita contra a Síria e contra a Rússia.
Políticos da OTAN têm agora via fácil para ganhar pontos “patrióticos”, provocando a Rússia.
Se se apaga toda a verborreia da OTAN sobre “defender nossos membros”, o que está acontecendo agora é que o Império, parece, resolver que é seguro partir para a guerra, porque a Rússia não ousará “começar” uma guerra. Em outras palavras, é um clássico Jogo da Franga [orig. game of chicken], no qual um lado faz alguma coisa e desafia o outro a tomar alguma medida no mesmo campo. Foi precisamente a isso que Putin fez referência, quando disse à Assembleia Federal russa, semana passada:
“Mas se contavam com reação nervosa ou histérica cá de nós, os russos, se queriam nos ver convertidos em perigo para nós mesmos e para o mundo, nada conseguiram. Não receberão qualquer resposta para efeito de espetáculo ou, mesmo, para obter algum ganho político. Não. Nada disso.

Nossas ações sempre serão guiadas primeiro pela responsabilidade que temos – para conosco, nosso país, nosso povo. Não nos poremos a agitar sabres de provocação WANTED, O Procurado: Tayyeep Bin Ardogan (derrubou o jato e bloqueou o Bósforo) 4/12/2-15, Moon of Alabama

O que o estado profundo do Império não está vendo é que é possível que a Rússia fique sem escolha, a não ser enfrentar o Império.

Claro. Os russos não querem guerra, mas o problema é que, considerando a arrogância temerária e a húbris imperial da ‘elites’ ocidentais, cada esforço dos russos para evitar guerra é interpretado pelo estado profundo ‘ocidental’ como sinal de fraqueza.

Em outras palavras, cada vez que agem responsavelmente, maduramente, ponderadamente, os russos estão agora fornecendo incentivos para que o ‘ocidente’ aja cada vez mais irresponsavelmente, mais tresloucadamente.

Essa é a dinâmica muito, muito perigosa, com a qual o Kremlin terá de lidar. Putin, parece, já tem alguma coisa em mente, ou, pelo menos, é o que depreendo do seu alerta:
Mas, se alguém ainda supõe que possa cometer crime de guerra odioso, matar russos e safar-se, sem nenhuma outra pena além de tomates embargados ou algumas restrições à sua indústria da construção ou outras… esse alguém delira. Nós os obrigaremos a relembrar o que fizeram mais de uma vez. E eles lamentarão ter feito. Sabemos o que fazer.”WANTED, O Procurado: Tayyeep Bin Ardogan (derrubou o jato e bloqueou o Bósforo) 4/12/2-15, Moon of Alabama (publicado no www.orientemidia.org)

Não tenho ideia de a que Putin se referia nessa passagem, mas confio que não é discurso oco. Nessa passagem, Putin não estava ameaçando inimigos da Rússia; estava fazendo uma promessa ao povo russo. Com certeza tenho esperanças de que haja algum plano, porque nesse momento já estamos em rota de colisão que leva diretamente à guerra.

Na conclusão, mais uma frase de Putin, que teve infância difícil, em Leningrado, e sobre a qual os líderes ocidentais talvez se interessem em refletir um pouco: “Há 50 anos, as ruas de Leningrado ensinaram-me uma lição: se a briga é inevitável, ataque primeiro.”


OU SEJA, TERCEIRA GUERRA MUNDIAL. A MENOS QUE UM DOS LADOS RECUE. O LADO OCIDENTAL, JAMAIAS RECUARÁ, PORQUE SÃO ARROGANTES, TEM SANGUE NAS MÃOS E PARECEM DESESPERADOS.

JÁ O LADO RUSSO, SE RECUAR, ESTARIA ABRINDO O CAMINHO PARA A OTAN FAZER A GUERRA CONTRA A RUSSIA, MAIS CEDO OU MAIS TARDE.

VR




VivaRussia
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 169
Registrado em: Seg Nov 16, 2015 10:54 pm

Re: SYRIA

#1556 Mensagem por VivaRussia » Seg Dez 07, 2015 1:10 pm

É, como eu previa, o quadro pinta negro. Vejam essa artigo escrito pelo "The Saker":

[centralizar]9°Semana da intervenção russa na Síria: O Império contra-ataca 1[/centralizar]
7 dez 2015 | Guerra · Turquia Tags:Bósforo; · EUA · Otan · responsabilidade de proteger (R2P); · Rússia · Siria · SU-24;
Share Button


5/12/2015, The Saker, Unz Review
Considerando o notável sucesso da intervenção russa na Síria, pelo menos até agora, não deve surpreender ninguém que o Império Anglo-sionista contra-ataque. A questão era como e quando. Agora já temos a resposta.Dia 24 de novembro, a Força Aérea da Turquia fez coisa absolutamente sem precedentes na história recente: deliberadamente derrubou uma aeronave militar de outro país, mesmo sendo, como era, absolutamente evidente que aquela aeronave não representava qualquer ameaça à Turquia ou ao povo turco.A internet russa está lotada de vazamentos mais ou menos oficiais sobre como foi feito. Segundo essas versões, os turcos mantiveram 12 F-16s em patrulha ao longo da fronteira prontos para atirar, guiados por aviões equipados com sistemas AWACS (Airborne Warning And Control System) e “cobertos” por F-15s da Força Aérea dos EUA, para o caso de a Rússia contra-atacar imediatamente. Pode ser. Pode não ser.Mas nada disso interessa, porque já é absolutamente inegável que EUA e OTAN imediatamente “tomaram posse” do ataque, dando total apoio à Turquia. A OTAN chegou ao cúmulo de declarar que enviaria força aérea e força naval para proteger a Turquia, como se a Rússia tivesse atacado a Turquia. Quanto aos EUA, não só apoiaram integralmente a Turquia: agora já estão negando categoricamente que haja qualquer prova de que a Turquia compra petróleo dos terroristas do Daesh. Finalmente, e como era de esperar, os EUA estão mandando o Grupo de Ataque Porta-aviões Harry S. Truman Carrier para o leste do Mediterrâneo, oficialmente para atacar o Daesh, mas, na realidade, para apoiar a Turquia e ameaçar a Rússia. Até os alemães já estão mandando para lá a própria Força Aérea, mas com ordens específicas para não partilhar nenhum tipo de informação com os russos.Assim sendo, o que está realmente acontecendo até aqui?Simples: o Império identificou, corretamente, a fragilidade da força russa na Síria, e decidiu usar a Turquia para garantir para negabilidade plausível para si mesmo. Esse ataque é provavelmente apenas o primeiro passo de campanha muito maior para “fazer retroceder” a Rússia para longe da fronteira turca. O próximo passo, aparentemente, inclui despachar forças ocidentais para a Síria, de início só como ‘conselheiros’, mas eventualmente como forças especiais e controladores avançados de voo. As Forças Aéreas de EUA e Turquia serão protagonistas, com sortimento variado de aviões alemães e britânicos para garantir diversidade suficiente que permita falar de uma “coalizão internacional”.Quanto aos franceses, encurralados entre contrapartes russos e ‘aliados’ da OTAN, continuarão irrelevantes como sempre: Hollande desmoronou mais uma vez (qual é a novidade?). Eventualmente, a OTAN criará um paraíso seguro de-facto para seus “terroristas moderados” no norte da Síria e o usará como base para atacar Raqqa. Dado que qualquer dessas intervenções sempre será completamente ilegal, o argumento de que defendem a minoria turcomena servirá, responsabilidade de proteger (R2P) e tudo. A criação desse paraíso seguro para terroristas ‘moderados’ protegidos pela OTAN garantirá o primeiro passo para quebrar a Síria em vários pequenos para-estados.
Se o plano for realmente esse, nesse caso a derrubada do SU-24 é poderosa mensagem enviada à Rússia: estamos arriscando iniciar uma guerra para empurrá-los para trás – estão prontos para a guerra? A dolorosa resposta será “Não, a Rússia não está preparada para guerra contra todo o Império, pela Síria”, simplesmente porque a Rússia não tem as capacidades indispensáveis para isso.

Como já mencionei várias vezes, a Síria está além do ponto até onde os russos tem capacidade para projetar a própria capacidade (cerca de 1.000km), especialmente se essa projeção de poder tiver de ser feita através de território hostil (que a Turquia é, absolutamente). Até agora, os russos conseguiram com grande brilho organizar e apoiar sua pequena força na Síria, mas isso absolutamente não indica uma capacidade russa para apoiar grande operação aérea em céus sírios ou, muito menos, uma operação em solo.

Fato é que a intervenção russa na Síria sempre foi arriscada e difícil, e o Império não precisou de muito tempo para capitalizar a seu favor essa fraqueza. Ouço muita vaia de desfraldadores de bandeirão e de “hurrah-patriotas” por dizer isso, mas o fato é que a Rússia não pode ‘proteger’ a Síria contra os EUA, a OTAN ou mesmo contra o CENCTOM. Não, pelo menos, em termos puramente militares. Não significa que a Rússia não tenha alternativas para retaliar. Tem, e já iniciou as seguintes ações de retaliação:

Sanções Econômicas: Rússia já declarou várias sanções contra a Turquia, entre as quais congelamento do projeto do gasoduto Ramo Turco.

Além disso, o turismo russo na Turquia – imensa fonte de renda para os turcos – com certeza cairá para microscópica fração do que costumava ser: os russos não serão proibidos de viajar à Turquia, mas nenhuma agência russa de viagens venderá pacotes ou tours. Alguns produtos turcos serão banidos na Rússia, e empresas turcas não serão convidadas a participar de vários tipos de projetos e contratos. As sanções, todas somadas, ferirão a Turquia, mas sem muita gravidade.

Sanções políticas: Nesse campo, a Rússia uma de suas armas mais poderosas: a verdade.

Os militares russos já divulgaram série devastadora de fotos e vídeos fotografados e filmados por equipamento aéreo e espacial russo, que prova que a Turquia, sim, compra petróleo que o Daesh extrai em território sírio. O mais impressionante dessas imagens é que mostraram a dimensão verdadeiramente descomunal do contrabando: numa das fotos, veem-se 1.722 caminhões-tanques para transporte de petróleo, na região de Deir Ez-Zor; noutra, veem-se 8.500 caminhões-tanques que o Daesh utiliza para transportar mais de 200 mil barris de petróleo. O que esses números mostram não é só o contrabando organizado e ativo com participação do estado turco; eles também mostram que é absolutamente certo e óbvio que os EUA sabem tudo sobre a ‘operação’.

Previsivelmente, a mídia-empresa ocidental nada mostrou das provas reais. Limitou-se a repetir que “haveria imagens que os russos dizem [na ‘Internacional’ (só rindo),

de O Estado de S.Paulo)] que mostrariam”

Putin acusou a Turquia de derrubar caça para proteger tráfico de petróleo do EI

[naFolha de S.Paulo,

repetido, sem tirar nem pôr, o mesmo bla-bla-blá também no ridículo insuperável O Globo (NTs)]. Mas desnoticiem o quanto queiram, não há dúvidas de que o golpe acertou fundo, o que todos verão, com certeza, no longo prazo.

Hoje, em todo o planeta, qualquer pessoa com um mínimo de inteligência ainda ativa sabe que Erdogan não passa de escroque mentiroso. Mais importante, já é hoje inegável que a Turquia não é só ‘aliada’, mas patrão e patrocinador do Daesh. Finalmente, à luz do que se viu, também já é perfeitamente claro por que a Turquia decidiu derrubar o SU-24 russo: porque os russos estavam bombardeando as rotas de contrabando do Daesh até a Turquia.

O golpe final no prestígio e credibilidade da Turquia de Erdogan veio do próprio Vladimir Putin, que disse, em sua fala anual, de final de ano, à Assembleia Federal russa:
“Sabemos quem enche os bolsos na Turquia e enriquece terroristas com a compra/venda do petróleo que roubam da Síria. Os terroristas usam essas receitas para recrutar mercenários, comprar armas e planejar ataques terroristas desumanos contra cidadãos russos e contra povos, na França, no Líbano, no Mali, em outros países. Não esquecemos os militantes que operaram no Norte do Cáucaso nos anos 1990s e 2000s encontraram abrigo e assistência moral e material na Turquia. Até hoje os encontramos lá.

Mas o povo turco é gentil, trabalhador, talentoso. Temos amigos muito confiáveis na Turquia. Permitam-me enfatizar que nós queremos que eles saibam que não os equiparamos a determinada parte do establishment hoje governante e que é a responsável pela morte de nossos soldados na Síria.

Nós nunca esqueceremos a colusão desses, com terroristas. Sempre consideramos a traição como o ato pior, o mais vergonhoso de que são capazes alguns, e isso jamais mudará. Quero que saibam disso para sempre – os que, na Turquia, atiraram pelas costas contra nossos pilotos, aqueles hipócritas que tentaram justificar as próprias ações e a cobertura que dão a terroristas.

Na verdade, sequer consigo entender o que fizeram. Problemas que tenham tido, desacordos dos quais nós nada sabíamos, poderiam ter sido resolvidos de outro modo. Além do mais, sempre estivemos prontos a cooperar com a Turquia nas questões mais difíceis que os turcos enfrentaram; nos dispusemos a fazer mais, a ir até onde aliados deles recusavam-se a ir. Só Alá há de saber, suponho, por que fizeram o que fizeram.

E é provável que Alá, para punir a claque governante na Turquia, os tenha privado de razão e inteligência. WANTED, O Procurado: Tayyeep Bin Ardogan (derrubou o jato e bloqueou o Bósforo) 4/12/2-15, Moon of Alabama

Claro que em sociedade longamente habituada às mentiras, à desonestidade e à hipocrisia tudo isso são “apenas” palavras. Mas no Oriente Médio e no resto do mundo são palavras muito poderosas, que os turcos terão muita dificuldade para “lavar” de sua reputação.

Medidas militares: São limitadas, claro, mas não irrelevantes. Primeiro, a Rússia já admitiu que os S-400 estão agora na Síria (desconfio que já estivessem lá desde o início). Segundo, a Rússia começou a construir uma segunda base aérea, dessa vez em Shaayrat, no centro da Síria. Se essa base for realmente construída, fará muito sentido levar para lá uns poucos AWACS e/ou MiG-31s. Terceiro, a Rússia usará agora SU-34s mais modernos e equipados com mísseis ar-ar no norte da Síria; e a força aérea russa de ataque passou a ser escoltada por jatos de combate SU-30SMs dedicados. Essa combinação de medidas tornará muito mais difícil para os turcos repetir ataque do mesmo tipo, mas eu, pessoalmente, duvido que cogitem repetir coisa alguma, pelo menos no futuro imediato.

Avaliação:

Para compreender a fundo o que está acontecendo nesse momento, é preciso examinar o grande quadro.

A primeira importante consequência da derrubada do SU-24 russo é que a OTAN já está convertida em aliança pró-ilegalidade/impunidade. Agora que o precedente foi criado, com o ato de guerra da Turquia contra a Rússia – porque o que a Turquia fez foi, inegavelmente, ato de guerra – qualquer membro da OTAN pode fazer o mesmo e sentir-se protegido pela Aliança. Digamos que, amanhã, os latvianos decidam afundar um navio russo no Mar Báltico, ou que os poloneses derrubem um avião russo sobre Kaliningrado, imediatamente terão a ‘proteção’ da OTAN, como a Turquia acaba de fazer: os EUA endossarão integralmente a versão latviana/polonesa de qualquer evento, o secretário-geral da OTAN oferecerá mais navios e aviões para Latvia/Polônia para “proteger” esses países contra qualquer “ameaça” que lhes venha do “oriente”, a mídia-empresa em todo mundo fingirá que não teve notícias de prova alguma de agressão alguma partida de latvianos/poloneses.

Esse é desenvolvimento muito gravemente perigoso, porque é forte incentivo para que qualquer país pequeno deixe falar o próprio complexo de inferioridade e decida mostrar “coragem” e “determinação” para desafiar a Rússia, mesmo que tanta coragem e determinação dependam de virem escondidas por baixo da OTAN.

A OTAN também está deliberadamente escalando a guerra contra a Rússia, ao admitir Montenegro como membro da Aliança e ao reiniciar conversações sobre a admissão da Geórgia. Em termos puramente militares, a incorporação de Montenegro na OTAN não faz diferença alguma; mas em termos políticos, é mais um meio para o ‘ocidente’ empinar o nariz para a Rússia (“Estão vendo? Incorporamos até aliados históricos de vocês ao nosso Império. E vocês nada podem fazer para impedir”). Quanto à Geórgia, o principal objetivo por trás da discussão sobre sua incorporação à OTAN é vingar a “linha Saakashvili”, quer dizer, recompensar a agressão contra a Rússia. Tampouco nesse caso, nada há que a Rússia possa fazer.

Tudo isso para dizer que estamos diante de situação extremamente perigosa:

As forças russas na Síria são comparativamente fracas e isoladas.
A Turquia pode prosseguir, e prosseguirá, nas provocações, sob a cobertura da OTAN.
O ‘ocidente’ está agora preparando uma intervenção (ilegal) dentro da Síria.
A intervenção ocidental será feita contra a Síria e contra a Rússia.
Políticos da OTAN têm agora via fácil para ganhar pontos “patrióticos”, provocando a Rússia.
Se se apaga toda a verborreia da OTAN sobre “defender nossos membros”, o que está acontecendo agora é que o Império, parece, resolver que é seguro partir para a guerra, porque a Rússia não ousará “começar” uma guerra. Em outras palavras, é um clássico Jogo da Franga [orig. game of chicken], no qual um lado faz alguma coisa e desafia o outro a tomar alguma medida no mesmo campo. Foi precisamente a isso que Putin fez referência, quando disse à Assembleia Federal russa, semana passada:
“Mas se contavam com reação nervosa ou histérica cá de nós, os russos, se queriam nos ver convertidos em perigo para nós mesmos e para o mundo, nada conseguiram. Não receberão qualquer resposta para efeito de espetáculo ou, mesmo, para obter algum ganho político. Não. Nada disso.

Nossas ações sempre serão guiadas primeiro pela responsabilidade que temos – para conosco, nosso país, nosso povo. Não nos poremos a agitar sabres de provocação WANTED, O Procurado: Tayyeep Bin Ardogan (derrubou o jato e bloqueou o Bósforo) 4/12/2-15, Moon of Alabama

O que o estado profundo do Império não está vendo é que é possível que a Rússia fique sem escolha, a não ser enfrentar o Império.

Claro. Os russos não querem guerra, mas o problema é que, considerando a arrogância temerária e a húbris imperial da ‘elites’ ocidentais, cada esforço dos russos para evitar guerra é interpretado pelo estado profundo ‘ocidental’ como sinal de fraqueza.

Em outras palavras, cada vez que agem responsavelmente, maduramente, ponderadamente, os russos estão agora fornecendo incentivos para que o ‘ocidente’ aja cada vez mais irresponsavelmente, mais tresloucadamente.

Essa é a dinâmica muito, muito perigosa, com a qual o Kremlin terá de lidar. Putin, parece, já tem alguma coisa em mente, ou, pelo menos, é o que depreendo do seu alerta:
Mas, se alguém ainda supõe que possa cometer crime de guerra odioso, matar russos e safar-se, sem nenhuma outra pena além de tomates embargados ou algumas restrições à sua indústria da construção ou outras… esse alguém delira. Nós os obrigaremos a relembrar o que fizeram mais de uma vez. E eles lamentarão ter feito. Sabemos o que fazer.”WANTED, O Procurado: Tayyeep Bin Ardogan (derrubou o jato e bloqueou o Bósforo) 4/12/2-15, Moon of Alabama (publicado no http://www.orientemidia.org)

Não tenho ideia de a que Putin se referia nessa passagem, mas confio que não é discurso oco. Nessa passagem, Putin não estava ameaçando inimigos da Rússia; estava fazendo uma promessa ao povo russo. Com certeza tenho esperanças de que haja algum plano, porque nesse momento já estamos em rota de colisão que leva diretamente à guerra.

Na conclusão, mais uma frase de Putin, que teve infância difícil, em Leningrado, e sobre a qual os líderes ocidentais talvez se interessem em refletir um pouco: “Há 50 anos, as ruas de Leningrado ensinaram-me uma lição: se a briga é inevitável, ataque primeiro.”


NOTA DO VR: OU SEJA, TERCEIRA GUERRA MUNDIAL. A MENOS QUE UM DOS LADOS RECUE. O LADO OCIDENTAL, JAMAIAS RECUARÁ, PORQUE SÃO ARROGANTES, TEM SANGUE NAS MÃOS E PARECEM DESESPERADOS.

JÁ O LADO RUSSO, SE RECUAR, ESTARIA ABRINDO O CAMINHO PARA A OTAN FAZER A GUERRA CONTRA A RUSSIA, MAIS CEDO OU MAIS TARDE.

VR




Avatar do usuário
wagnerm25
Sênior
Sênior
Mensagens: 3590
Registrado em: Qui Jan 15, 2009 2:43 pm
Agradeceram: 198 vezes

Re: SYRIA

#1557 Mensagem por wagnerm25 » Seg Dez 07, 2015 1:30 pm

Clermont escreveu:(Aparentemente, ainda restam alguns estadistas sensatos na Europa...)

---------------------------------------------------------------

PRIMEIRO-MINISTRO DA ITÁLIA: "NÃO, OBRIGADO" AO PEDIDO DE PARTICIPAR DA GUERRA CONTRA O ISIS.

Avisa que não quer outra Líbia.

[/size]
Pois é, mas vamos ver em quanto tempo ele muda de opinião assim que o ISIS conseguir perpetrar algum atentado em solo Italiano, em especial contra o Vaticano que desde sempre é alvo. Saiu até na capa do DABIQ.

Imagem




gaia
Avançado
Avançado
Mensagens: 404
Registrado em: Qui Abr 07, 2011 10:14 am
Agradeceram: 15 vezes

Re: SYRIA

#1558 Mensagem por gaia » Seg Dez 07, 2015 2:56 pm





Avatar do usuário
wagnerm25
Sênior
Sênior
Mensagens: 3590
Registrado em: Qui Jan 15, 2009 2:43 pm
Agradeceram: 198 vezes

Re: SYRIA

#1559 Mensagem por wagnerm25 » Seg Dez 07, 2015 3:19 pm

Difícil saber quem está atirando em quem, mas bom vídeo de um míssil tipo TOW sendo usado contra um grupo de pessoas.





Avatar do usuário
Wingate
Sênior
Sênior
Mensagens: 5130
Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
Localização: Crato/CE
Agradeceram: 239 vezes

Re: SYRIA

#1560 Mensagem por Wingate » Seg Dez 07, 2015 3:31 pm

wagnerm25 escreveu:Difícil saber quem está atirando em quem, mas bom vídeo de um míssil tipo TOW sendo usado contra um grupo de pessoas.


Boliche sinistro!


Wingate




Responder