NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
[justificar]Cavalheiros
O CMFDB compreende que os ânimos políticos estão bastante exaltados na internet, isso não é "privilégio" do FDB mas informamos que aqui há um Regulamento.
Temos olhado para o lado por um número que começa a ser excessivo de vezes, há flames aqui que não poderão ser ignoradas por muito mais tempo; há propaganda político-partidária (expressamente proibida) idem.
Assim, e justamente porque não é nosso desejo sancionar ninguém, apelamos pela ÚLTIMA vez ao bom senso: pensem antes de postar; usem o cérebro, não o fígado para isso.
Lembramos ainda que apodar colega de TROLL não é de domínio público, deve ser denunciado via MP ao referido Conselho.
Assim, lembrar dos dois grandes valores morais do FDB: EDUCAÇÃO E CIVILIDADE.
PS.: este post se destina apenas aos que fazem o oposto do que foi citado.[/justificar]
O CMFDB compreende que os ânimos políticos estão bastante exaltados na internet, isso não é "privilégio" do FDB mas informamos que aqui há um Regulamento.
Temos olhado para o lado por um número que começa a ser excessivo de vezes, há flames aqui que não poderão ser ignoradas por muito mais tempo; há propaganda político-partidária (expressamente proibida) idem.
Assim, e justamente porque não é nosso desejo sancionar ninguém, apelamos pela ÚLTIMA vez ao bom senso: pensem antes de postar; usem o cérebro, não o fígado para isso.
Lembramos ainda que apodar colega de TROLL não é de domínio público, deve ser denunciado via MP ao referido Conselho.
Assim, lembrar dos dois grandes valores morais do FDB: EDUCAÇÃO E CIVILIDADE.
PS.: este post se destina apenas aos que fazem o oposto do que foi citado.[/justificar]
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Percebi sim...tanto que devido a dúvida em relação a veracidade das rúbricas, aplicaram vários testes complementares. Quanto a perícia lhe parecer simples, não me parece o caso, se algum colega trabalha na polícia/justiça, certamente pode se posicionar melhor, mas a mim me parece bem completa e sólida. No mais não estou nem questionando a suposta honestidade do tal do Bolsonaro (pra mim um político folclórico e irrelevante), visto que ele nem é o principal alvo da investigação.O parecer do laudo sugere fortemente que o documento é verdadeiro e não tem que convencer a mim nem a ti, tem que convencer a justiça. Isso claro, se as investigações forem adiante. Garanto que uma aplicação do "método Moro" em alguns citados sem foro privilegiado trariam bastante luz a questão, mas sabe com é...Isso não vem ao caso .Frederico Vieira escreveu:Deixa eu ver se eu entendi: Voce posta aqui um documento tentando alegar que as 5 paginas em questao, que segundo os acusadores, sao de fato veridicas. Pra isso voce, logicamente, conta com o veredicto dos pertios da policia federal.
Nao sei se vc percebeu mais no segundo item das respostas aos quesitos. Os proprios peritos em questao sugerem que as varias rubricas presentes podem ser passiveis de falsificacao, devido a natureza das grafias dela. O unico fato que se pode ter convergencia eh a respeito da assinatura (primeiro item).
Nesse ponto vale o bom senso de cada um. Na minha humilde opiniao o que esta em jogo aqui eh coisa grande, Eh uma ferramenta articulada para desmoralizar de adversarios politicos e retirar a atencao de algo muito maior. Nao me faca querer acreditar que alguem disposto a fasificar um documento dessa natureza e importancia va deixar muitas brechas plausiveis. Aqui cabe outras provas como movimentacao bancaria, mais testemunhas... estamos falando de profissionais.
Moral da historia: Nao convenceu, nao so a mim mas a qualquer um que usa um pouco de sensatez antes de sair acusando as pessoas. E dadas os contextos em que aparecem tais acusacoes tudo ainda fica muito mais nebuloso. (nao desmerecendo a policia federal e os seus peritos que fizeram um otimo trabalho), mas a questao eh muito mais profunda.
Em relacao ao colega Nveras, aqui em casa, caso Bolsonaro saia como candidato em 2018, ele pode contar com nossos votos. Tento fazer propaganda dele pros meus colegas de trabalho e mostrar o quao injusta a midia e advesarios tem sido com ele, nas mais diversas acusacoes.
Frederico
Fico no aguardo por provas mais concretas do que uma simples pericia, no qual em alguns pontos os proprios peritos admitem divergencia dos fatos.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Qual o melhor momento para dar uma surra em Anderson Silva? Hoje, ou quando ele tinha dez anos de idade?kirk escreveu:Como todos sabem, Dilma assinou um decreto uma portaria retirando dos Comandantes Militares o poder de assinar atos relativos ao Pessoal militar ... pra quem acha que isso é pouco, dá à Presidência o poder de "colocar gente sua" no Comando das Forças ... coisa parecida aconteceu na Venezuela.
Como sabem também foi orchestrada pela Sra. Eva Maria Chiavon que pediu à Casa Civil que encaminhasse o decreto 8515, que tirava poder dos comandantes, para que a presidente Dilma Rousseff o assinasse, antes do dia 7 de setembro ...
Qual o melhor momento para a presidente Roussef botar em ação o plano satânico de tirar o papel higiênico da bunda de todos os brasileiros, "transformando o Brasil em Venezuela"? Hoje, quando ela tem 7 % de popularidade, ou lá atrás, em 2012 quando ela tinha 80 %?
Então, Roussef quis dar um "golpe nas Forças Armadas" estando na beira do precipício do "impeachment"?
Isso faz sentido?
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Como disse, o grande guru Emir Sader, tem gente que tá no papo e não sabe. Vem saber se vc está;
O enigma chamado Lula
Os que não conseguem decifrá-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.
Lula é um enigma, que não é fácil de ser decifrado. Os que não conseguem fazê-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.
Mais além das sua extraordinária biografia – com que nos acostumamos, mas que associa um caráter épico de sobrevivência das famílias pobres do Brasil, com a combatividade do Lula para se projetar como líder politico incomparável -, ele soube, como ninguém, intuitivamente, decifrar as condições contraditórias que ele herdava da era neoliberal e construir um modelo econômico e político que tornou possível a maior transformação social do pais que era o mais desigual do continente mais desigual.
Mas que enigma é esse? É o da capacidade de construir alternativa ao neoliberalismo em tempos de absoluta hegemonia neoliberal, em escala mundial, regional e local. Lula soube traduzir a posição histórica do PT – a prioridade do social -, em políticas concretas, para o que teve que construir o esquema político que viabilizasse um governo com essa prioridade, em condições em que não tinha maioria no Congresso e a esquerda não era maioria no país. Soube construir uma aliança com setores do empresariado, para possibilitar a superação da longa e profunda recessão herdada do governo de FHC.
Lula soube localizar, antes de tudo, as dificuldades deixadas pelo neoliberalismo. Não apenas a recessão econômica, a desarticulação do Estado, a abertura da economia, a desindustrialização, o peso do agronegócio, a precarização das relações de trabalho, uma política externa de subordinação absoluta aos EUA. Mas também que haveriam de ser mantidos, como o controle da inflação.
Por isso Lula combinou um ajuste das contas publicas com a promoção das políticas sociais como a centralidade da ação do seu governo. Os que só olharam para o primeiro aspecto, ficaram na denúncia da “traição” de Lula – a ultra esquerda – ou de seu fracasso – a direita.
Lula articulou um ajuste com a promoção das politicas sociais – de combate à fome na sua primeira fase. Quando a direita e a ultra esquerda se uniram numa campanha de denuncias na mídia com acusações no Congresso, acreditavam que tinham derrotado o Lula – não se atreveram a tentar o impeachment com medo da reação popular -, mas tentaram sangrar seu governo até derrota-lo nas eleições de 2006 – os efeitos das políticas sociais começavam a se fazer sentir. Lula os derrotou e conseguiu sua reeleição, apoiado na prioridade das políticas sociais.
Combinando a centralidade das politicas sociais, o papel ativo do Estado como indutor do crescimento econômico e a prioridade dos processos de integracso regional e dos intercâmbios Sul-Sul, Lula conseguiu reverter o essencial da herança maldita que ele tinha recebido de 10 anos de neoliberalismo no Brasil: superar a recessão economica e articular o crescimento economico com a distribuição de renda.
Essa é a chave do enigma Lula – a construção de alternativas de saída do modelo neoliberal, mesmo com a herança recebida, mesmo em um marco internacional com hegemonia neoliberal. Lula agiu pela ação nos elos de menos resistência da hegemonia neoliberal. Por isso a direita foi derrotada sucessivamente em quatro eleições, por isso a ultra esquerda fracassou sem construir uma alternativa própria, a opção contra os governos iniciados por Lula seguem – no Brasil, como nos outros países com governos progressistas – na direita.
Por isso também Lula mencionou recentemente sua disposição de lutar por um novo mandato presidencial em 2018. Mas esta vez não bastará a menção dos inquestionáveis sucessos das políticas dos governos desde 2003, será necessário propor um novo programa ao país, com o Brasil que queremos, em todos os planos, e construir as alianças políticas, sociais e econômicas que viabilizem esse novo projeto.
http://cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do ... la/2/34423
As fronteiras nos divide. A classe nos une.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Talvez o amigo não tenha entendido.Clermont escreveu:Qual o melhor momento para dar uma surra em Anderson Silva? Hoje, ou quando ele tinha dez anos de idade?kirk escreveu:Como todos sabem, Dilma assinou um decreto uma portaria retirando dos Comandantes Militares o poder de assinar atos relativos ao Pessoal militar ... pra quem acha que isso é pouco, dá à Presidência o poder de "colocar gente sua" no Comando das Forças ... coisa parecida aconteceu na Venezuela.
Como sabem também foi orchestrada pela Sra. Eva Maria Chiavon que pediu à Casa Civil que encaminhasse o decreto 8515, que tirava poder dos comandantes, para que a presidente Dilma Rousseff o assinasse, antes do dia 7 de setembro ...
Qual o melhor momento para a presidente Roussef botar em ação o plano satânico de tirar o papel higiênico da bunda de todos os brasileiros, "transformando o Brasil em Venezuela"? Hoje, quando ela tem 7 % de popularidade, ou lá atrás, em 2012 quando ela tinha 80 %?
Então, Roussef quis dar um "golpe nas Forças Armadas" estando na beira do precipício do "impeachment"?
Isso faz sentido?
A Dilma nem sabia a gravidade do que estava assinando, seus "assessores" provavelmente indicaram algo corriqueiro ... o problema é """quem cerca o gov. Dilma Roussef ??? """ ... se aquela Eva tem coragem de manipular a Presidente da República ... até que ponto tem "coragem" de ir ???
No Governo DR pulula de radicais, marxistas da velha guarda ... os mesmos da primeira tentativa lá em 1963/64 ... é a mesma corja ... e sim pegam em armas sem pestanejar ... e quando acontecer quero só ver as caras dos "puritanos" que hoje dizem ... que isso ? ... forças armadas ?? ... estão todos loucos ??? ... blá, blá, blá ...
Pois, entenda a gravidade do assunto : Não importa que DR não queria tal desgaste, importa a TENTATIVA ... importa que o Sr. Jacques Wagner colocou na chefia do Ministério da Defesa uma militante do MST ... sim, aquele que o Lula disse que iria "convocar" ...
Agora te pergunto : Acredita que as FFAAs não sabem disso ??? ... acredita mesmo que estão "dormindo" na caserna com a clara intenção de defender o seu(a) Comte. Supremo ??? ...
Se as FFAAs vão ou não interferir, vai depender MUITO de ATÉ ONDE VAI A CORAGEM desses calhordas ... se precisar ... acontece tudo de novo ... infelizmente !
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Gosta de viver perigosamente, né ???YOHAM escreveu:Como disse, o grande guru Emir Sader, tem gente que tá no papo e não sabe. Vem saber se vc está;
O enigma chamado Lula
Os que não conseguem decifrá-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.
Lula é um enigma, que não é fácil de ser decifrado. Os que não conseguem fazê-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.
Mais além das sua extraordinária biografia – com que nos acostumamos, mas que associa um caráter épico de sobrevivência das famílias pobres do Brasil, com a combatividade do Lula para se projetar como líder politico incomparável -, ele soube, como ninguém, intuitivamente, decifrar as condições contraditórias que ele herdava da era neoliberal e construir um modelo econômico e político que tornou possível a maior transformação social do pais que era o mais desigual do continente mais desigual.
Mas que enigma é esse? É o da capacidade de construir alternativa ao neoliberalismo em tempos de absoluta hegemonia neoliberal, em escala mundial, regional e local. Lula soube traduzir a posição histórica do PT – a prioridade do social -, em políticas concretas, para o que teve que construir o esquema político que viabilizasse um governo com essa prioridade, em condições em que não tinha maioria no Congresso e a esquerda não era maioria no país. Soube construir uma aliança com setores do empresariado, para possibilitar a superação da longa e profunda recessão herdada do governo de FHC.
Lula soube localizar, antes de tudo, as dificuldades deixadas pelo neoliberalismo. Não apenas a recessão econômica, a desarticulação do Estado, a abertura da economia, a desindustrialização, o peso do agronegócio, a precarização das relações de trabalho, uma política externa de subordinação absoluta aos EUA. Mas também que haveriam de ser mantidos, como o controle da inflação.
Por isso Lula combinou um ajuste das contas publicas com a promoção das políticas sociais como a centralidade da ação do seu governo. Os que só olharam para o primeiro aspecto, ficaram na denúncia da “traição” de Lula – a ultra esquerda – ou de seu fracasso – a direita.
Lula articulou um ajuste com a promoção das politicas sociais – de combate à fome na sua primeira fase. Quando a direita e a ultra esquerda se uniram numa campanha de denuncias na mídia com acusações no Congresso, acreditavam que tinham derrotado o Lula – não se atreveram a tentar o impeachment com medo da reação popular -, mas tentaram sangrar seu governo até derrota-lo nas eleições de 2006 – os efeitos das políticas sociais começavam a se fazer sentir. Lula os derrotou e conseguiu sua reeleição, apoiado na prioridade das políticas sociais.
Combinando a centralidade das politicas sociais, o papel ativo do Estado como indutor do crescimento econômico e a prioridade dos processos de integracso regional e dos intercâmbios Sul-Sul, Lula conseguiu reverter o essencial da herança maldita que ele tinha recebido de 10 anos de neoliberalismo no Brasil: superar a recessão economica e articular o crescimento economico com a distribuição de renda.
Essa é a chave do enigma Lula – a construção de alternativas de saída do modelo neoliberal, mesmo com a herança recebida, mesmo em um marco internacional com hegemonia neoliberal. Lula agiu pela ação nos elos de menos resistência da hegemonia neoliberal. Por isso a direita foi derrotada sucessivamente em quatro eleições, por isso a ultra esquerda fracassou sem construir uma alternativa própria, a opção contra os governos iniciados por Lula seguem – no Brasil, como nos outros países com governos progressistas – na direita.
Por isso também Lula mencionou recentemente sua disposição de lutar por um novo mandato presidencial em 2018. Mas esta vez não bastará a menção dos inquestionáveis sucessos das políticas dos governos desde 2003, será necessário propor um novo programa ao país, com o Brasil que queremos, em todos os planos, e construir as alianças políticas, sociais e econômicas que viabilizem esse novo projeto.
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[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
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Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
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- YOHAM
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Primeiro quero falar com o companheiro, camarada, colega de fórum e também um grande herói dos Pampas, nosso Sepé Tiarajú moderno; tamo juntos nessa; fazer do DB um espaço de debate, de construção de ideias e que estimule o conhecimento. É nossa principal motivação de retornar aqui. Ante visto, no passado, atitudes que não corroboravam com esse objetivo. De nossa parte, observando as regras e estimulando o contraponto, estarei por aqui, pois entendo que masturbação coletiva de ideias, só estimulam orgasmos de gueto, solitários, que só fazem "virar o zóinho" de alguns.Cavalheiros
O CMFDB compreende que os ânimos políticos estão bastante exaltados na internet, isso não é "privilégio" do FDB mas informamos que aqui há um Regulamento.
Temos olhado para o lado por um número que começa a ser excessivo de vezes, há flames aqui que não poderão ser ignoradas por muito mais tempo; há propaganda político-partidária (expressamente proibida) idem.
Assim, e justamente porque não é nosso desejo sancionar ninguém, apelamos pela ÚLTIMA vez ao bom senso: pensem antes de postar; usem o cérebro, não o fígado para isso.
Lembramos ainda que apodar colega de TROLL não é de domínio público, deve ser denunciado via MP ao referido Conselho.
Assim, lembrar dos dois grandes valores morais do FDB: EDUCAÇÃO E CIVILIDADE.
PS.: este post se destina apenas aos que fazem o oposto do que foi citado.
Segundo, falando com o moderador Túlio; ilustre colaborador deste espaço, não seja ingênuo de cair como pato, nas alegações de quem gosta viajar na maionese (como também posso, né?!), mas que é intolerante com a diversidade de ideias. Quando os argumentos (fantasiosos) não são suficientes para convencer, partem para a vitimização. (Ô coitado!) Fazer campanha político-partidária é bem explícito no código eleitoral brasileiro, que espero que a moderação use, como parâmetro. Não estamos em campanha eleitoral, não faço defesa de nenhum partido político neste espaço, nem de seu número eleitoral, nem de sua legenda. Não estou fazendo campanha neste espaço, para promover governos, mas para defender a democracia. Estou apenas denotando minha opinião sobre figuras públicas, controversas para alguns, admiradas por outros. Quem não gosta disso, que ignore, não se façam de vítimas. Aguente o tranco, pois a cada post em que se masturbam ideias, elas são desnudadas. Que melhorem suas argumentações. A concorrência se dá no debate, também. Não são os capitalistas que defendem isso na economia?! Mas depois correm para mamar no Estado. Aqui, no caso, no da moderação. Que parem de fazer isso e venham debater ideias. Enquanto este espaço, não tomar o caminho de um gueto, estaremos contribuindo com elas. Sei que o maior desejo de quem chora por conta da intolerância e de minhas publicações, é não querer concorrência com suas ideias, que já foram enterradas na década de de 90 (defesa de governos neoliberais). É um direito de fazê-los aqui, como é um direito, também dos nossos contra pontos, que desmascaram essa ideologia. Ideologia que são patrocinadas por quem têm privilégios e deles não querem largar.
Portanto coleguinhas, vamos ao debate e menos choradeira, hein?! Mais ideias e menos "mimimi".
A moderação já foi alertada e estamos de olho:
Editado pela última vez por YOHAM em Seg Set 14, 2015 10:04 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
PSDB discute apoio e participação em eventual governo de Temer.
Daniela Lima - Folha de São Paulo, 14.09.15.
O agravamento da crise no governo Dilma Rousseff intensificou o contato de membros do PMDB aliados ao vice-presidente, Michel Temer, com integrantes da oposição e levou o PSDB a discutir, internamente, que papel a sigla deve exercer caso a petista deixe a Presidência e o peemedebista assuma.
Nesse cenário, é consenso entre os tucanos que o partido será obrigado a participar de um "acordo para dar sustentação política" à nova gestão no Congresso. Em contrapartida, há uma expectativa de que Temer se comprometa a não disputar a reeleição.
Há divergências, no entanto, se devem integrar ministérios num eventual mandato de Temer. Segundo a Folha apurou, dois dos principais nomes da sigla, o senador Aécio Neves (MG), presidente do partido, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, avaliam que o PSDB não deve indicar quadros.
Em reuniões com aliados ao longo da última semana, Aécio deixou claro que, ainda que seja inevitável a sigla pactuar um acordo em torno de um programa de governo de Temer no Congresso, não quer que o partido endosse indicações na Esplanada.
Alckmin também defendeu a auxiliares que o PSDB não participe de uma eventual gestão Temer. Publicamente, o governador deu pistas de sua posição sobre o assunto.
No último dia 7, questionado se o vice teria condições de "reagrupar" as forças políticas, elogiou Temer. Mas ressaltou que a crise que dragou Dilma Rousseff é "governista", estendendo-a aos demais integrantes da gestão.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participa dessas discussões.
Ele esteve com Temer recentemente, num encontro privado. Em artigo publicado no último dia 6, avaliou que a queda de Dilma por si só não cessaria a instabilidade no país e defendeu a formação de "um novo bloco de poder".
A aliados, FHC disse que, caso Dilma caia, "o PSDB poderá se ver obrigado" a participar de um acordo com Temer "para não parecer que joga contra o país". O ex-presidente avaliou que "chega uma hora que você não faz o que quer, faz o que é preciso".
O quarto elemento na discussão é o senador José Serra (SP), tucano que tem mais contato com Temer. Ele foi o primeiro a declarar que o partido deveria ajudar um novo governo. "Como foi com o Itamar [Franco]", lembrou, em agosto, em entrevista ao programa de TV "Roda Viva".
Serra já vem conversando com Temer e aliados do peemedebista sobre a situação da economia e saídas para equilibrar o Orçamento.
Dentro do PSDB, é visto como o nome que seria cobiçado para ocupar um ministério, pela boa relação com Temer e a proximidade com outros integrantes da sigla, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).
TEMOR
A ideia de que Serra possa vir a integrar uma possível administração peemedebista é vista com reservas por seus colegas. Se ocorrer, afirmam, terá de ficar claro que se trata de uma adesão individual e não partidária.
Os tucanos temem que o envolvimento com o PMDB possa ter um alto custo eleitoral. Ponderam que, se estiverem dentro do governo, também passarão a ser cobrados pela eficácia da nova gestão, que, nas palavras de um cardeal do partido, "não sabemos se vai dar certo e nem quanto tempo dura".
Há outro fator: a Lava Jato. Nomes do PMDB foram citados como beneficiários de propina, caso de Renan e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Ambos negam.
Os tucanos avaliam que o desfecho da operação é imprevisível e pode acabar com o PMDB tão comprometido quanto o PT no escândalo.
Esses fatores fazem com que, embora o debate interno esteja acelerado, as conversas dos principais nomes da sigla com o Temer ainda estejam engatinhando.
Procurado por aliados do vice, Aécio disse que "ainda não era o momento" de falar sobre o desenrolar da crise.
AFASTAMENTO
As conversas se intensificaram à medida que o vice se afastou da presidente e começou a expressar sua discordância com algumas propostas do governo.
Temer nega que esteja movendo "uma palha sequer" para agravar a situação de Dilma, mas o distanciamento foi tão visível que até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou o vice para falar sobre o assunto e mostrar preocupação.
O encontro, que ocorreu no último dia 5, foi revelado domingo (13) pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
Daniela Lima - Folha de São Paulo, 14.09.15.
O agravamento da crise no governo Dilma Rousseff intensificou o contato de membros do PMDB aliados ao vice-presidente, Michel Temer, com integrantes da oposição e levou o PSDB a discutir, internamente, que papel a sigla deve exercer caso a petista deixe a Presidência e o peemedebista assuma.
Nesse cenário, é consenso entre os tucanos que o partido será obrigado a participar de um "acordo para dar sustentação política" à nova gestão no Congresso. Em contrapartida, há uma expectativa de que Temer se comprometa a não disputar a reeleição.
Há divergências, no entanto, se devem integrar ministérios num eventual mandato de Temer. Segundo a Folha apurou, dois dos principais nomes da sigla, o senador Aécio Neves (MG), presidente do partido, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, avaliam que o PSDB não deve indicar quadros.
Em reuniões com aliados ao longo da última semana, Aécio deixou claro que, ainda que seja inevitável a sigla pactuar um acordo em torno de um programa de governo de Temer no Congresso, não quer que o partido endosse indicações na Esplanada.
Alckmin também defendeu a auxiliares que o PSDB não participe de uma eventual gestão Temer. Publicamente, o governador deu pistas de sua posição sobre o assunto.
No último dia 7, questionado se o vice teria condições de "reagrupar" as forças políticas, elogiou Temer. Mas ressaltou que a crise que dragou Dilma Rousseff é "governista", estendendo-a aos demais integrantes da gestão.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participa dessas discussões.
Ele esteve com Temer recentemente, num encontro privado. Em artigo publicado no último dia 6, avaliou que a queda de Dilma por si só não cessaria a instabilidade no país e defendeu a formação de "um novo bloco de poder".
A aliados, FHC disse que, caso Dilma caia, "o PSDB poderá se ver obrigado" a participar de um acordo com Temer "para não parecer que joga contra o país". O ex-presidente avaliou que "chega uma hora que você não faz o que quer, faz o que é preciso".
O quarto elemento na discussão é o senador José Serra (SP), tucano que tem mais contato com Temer. Ele foi o primeiro a declarar que o partido deveria ajudar um novo governo. "Como foi com o Itamar [Franco]", lembrou, em agosto, em entrevista ao programa de TV "Roda Viva".
Serra já vem conversando com Temer e aliados do peemedebista sobre a situação da economia e saídas para equilibrar o Orçamento.
Dentro do PSDB, é visto como o nome que seria cobiçado para ocupar um ministério, pela boa relação com Temer e a proximidade com outros integrantes da sigla, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).
TEMOR
A ideia de que Serra possa vir a integrar uma possível administração peemedebista é vista com reservas por seus colegas. Se ocorrer, afirmam, terá de ficar claro que se trata de uma adesão individual e não partidária.
Os tucanos temem que o envolvimento com o PMDB possa ter um alto custo eleitoral. Ponderam que, se estiverem dentro do governo, também passarão a ser cobrados pela eficácia da nova gestão, que, nas palavras de um cardeal do partido, "não sabemos se vai dar certo e nem quanto tempo dura".
Há outro fator: a Lava Jato. Nomes do PMDB foram citados como beneficiários de propina, caso de Renan e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). Ambos negam.
Os tucanos avaliam que o desfecho da operação é imprevisível e pode acabar com o PMDB tão comprometido quanto o PT no escândalo.
Esses fatores fazem com que, embora o debate interno esteja acelerado, as conversas dos principais nomes da sigla com o Temer ainda estejam engatinhando.
Procurado por aliados do vice, Aécio disse que "ainda não era o momento" de falar sobre o desenrolar da crise.
AFASTAMENTO
As conversas se intensificaram à medida que o vice se afastou da presidente e começou a expressar sua discordância com algumas propostas do governo.
Temer nega que esteja movendo "uma palha sequer" para agravar a situação de Dilma, mas o distanciamento foi tão visível que até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou o vice para falar sobre o assunto e mostrar preocupação.
O encontro, que ocorreu no último dia 5, foi revelado domingo (13) pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
E enquanto prossegue a "briguinha de torcidas" políticas que afunda nossa economia, as modificações da legislação que garantirão para sempre a mamata dos péssimos políticos (e empresários) que temos neste país, seja de que partido forem, vão sendo aprovadas sem que ninguém diga sequer um ai .
E agora vê-se um dos motivos a câmara dos deputados, sob a batuta de Eduardo Cunha, insistir em manter a presidente em uma saia justa perpétua, lixando-se para o país:
Leandro G. Card
E agora vê-se um dos motivos a câmara dos deputados, sob a batuta de Eduardo Cunha, insistir em manter a presidente em uma saia justa perpétua, lixando-se para o país:
Extremamente lamentável.Reforma política oficializa doação oculta
Nesse tipo de repasse, não é possível saber que empresas doaram para quais políticos
Daniel Bramatti - O Estado de S. Paulo, 14 Setembro 2015
Graças à reforma política aprovada na Câmara dos Deputados, as próximas eleições serão as primeiras em que 100% do financiamento empresarial de campanhas será feito por meio de doações ocultas – aquelas em que é impossível detectar o vínculo entre empresas financiadoras e políticos financiados.
A reforma votada na última terça-feira pelos deputados sepulta a transparência nas relações entre doadores e candidatos, que atingiu seu ápice nas eleições de 2014, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrou uma brecha para banir as doações ocultas.
Até o ano passado, uma empresa que não queria ter seu nomes vinculado a determinado candidato fazias doações não diretamente a ele, mas a seu partido. Depois, o partido repassava os recursos ao candidato. Este, ao prestar contas de sua campanha, registrava ter recebido recursos não da empresa, mas do partido. Assim, ocultava a identidade de seus financiadores.
Em 2014, porém, o TSE editou uma resolução que obrigou os candidatos a registrar em sua contabilidade o “doador original” do dinheiro que transitou pelo partido – ou seja, mesmo nos casos em que o partido atuou como intermediário, foi possível detectar quais empresas doaram recursos para cada campanha.
A partir de 2016, as empresas estarão proibidas de doar diretamente aos candidatos, mesmo que quiserem – os recursos obrigatoriamente terão de ir para os partidos, que depois os distribuirão entre as campanhas. E o TSE não poderá mais determinar a identificação dos doadores originários, porque isso estará vetado pela legislação. A reforma política estabelece que “os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores”.
O fim da transparência nas doações impedirá o mapeamento dos interesses empresariais nos governos e no Congresso. Também atrapalhará determinadas investigações sobre corrupção. Se essa regra já estivesse valendo nas eleições passadas, por exemplo, não seria possível identificar os políticos que tiveram suas campanhas financiadas por empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.
Aprovada tanto na Câmara como no Senado, a reforma seguiu para a sanção da presidente Dilma Rousseff. Em tese, ela pode vetar o artigo que trata das doações ocultas, mas é improvável que o faça, para evitar mais desgastes políticos. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o principal articulador do acordo que resultou no texto aprovado pelos deputados.
Reação. A institucionalização das doações ocultas foi apenas uma das dezenas de alterações promovidas pelo relator da reforma política na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no projeto aprovado na semana anterior pelos senadores. O texto que saiu do Senado, por exemplo, nem sequer admitia a participação de empresas no financiamento de campanhas.
Os senadores aprovaram uma proposta de reforma com vários dispositivos que tendiam a reduzir a fragmentação partidária no Congresso e a fortalecer os maiores partidos. Esses aspectos foram quase todos eliminados quando os deputados votaram a reforma, na terça-feira passada.
A Câmara impediu, por exemplo, que 23 partidos médios e pequenos perdessem acesso aos recursos públicos do Fundo Partidário. Somadas, essas legendas teriam deixado de receber R$ 350 milhões por ano se os deputados não tivessem eliminado uma regra, aprovada pelos senadores, que reservava os recursos do Fundo Partidário apenas aos partidos com diretórios permanentes em pelo menos 10% dos municípios brasileiros até 2016, e em 20% até 2018. Atualmente, apenas 9 dos 32 partidos atendem a essa exigência (PT, PMDB, PSDB, PDT, PC do B, PP, PPS, DEM e PSB).
Os deputados também contrariaram o Senado ao revalidar as coligações na eleição para a Câmara. Os senadores haviam tornado inócuas essas coligações ao determinar que as vagas de deputados fossem distribuídas de acordo com o desempenho de cada partido, independentemente de sua participação em aliança ou não.
A medida prejudicaria as legendas menores. Se não houvesse coligações nas eleições de 2014, por exemplo, apenas 22 partidos conquistariam cadeiras na Câmara, em vez dos 28 que hoje estão lá representados. Além disso, haveria ampliação do peso dos maiores partidos: juntos, PT, PMDB e PSDB ganhariam 84 cadeiras.
Leandro G. Card
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Bingo!!!!!LeandroGCard escreveu:E enquanto prossegue a "briguinha de torcidas" políticas que afunda nossa economia, as modificações da legislação que garantirão para sempre a mamata dos péssimos políticos (e empresários) que temos neste país, seja de que partido forem, vão sendo aprovadas sem que ninguém diga sequer um ai .
E agora vê-se um dos motivos a câmara dos deputados, sob a batuta de Eduardo Cunha, insistir em manter a presidente em uma saia justa perpétua, lixando-se para o país:
Extremamente lamentável.Reforma política oficializa doação oculta
Nesse tipo de repasse, não é possível saber que empresas doaram para quais políticos
Daniel Bramatti - O Estado de S. Paulo, 14 Setembro 2015
Graças à reforma política aprovada na Câmara dos Deputados, as próximas eleições serão as primeiras em que 100% do financiamento empresarial de campanhas será feito por meio de doações ocultas – aquelas em que é impossível detectar o vínculo entre empresas financiadoras e políticos financiados.
A reforma votada na última terça-feira pelos deputados sepulta a transparência nas relações entre doadores e candidatos, que atingiu seu ápice nas eleições de 2014, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrou uma brecha para banir as doações ocultas.
Até o ano passado, uma empresa que não queria ter seu nomes vinculado a determinado candidato fazias doações não diretamente a ele, mas a seu partido. Depois, o partido repassava os recursos ao candidato. Este, ao prestar contas de sua campanha, registrava ter recebido recursos não da empresa, mas do partido. Assim, ocultava a identidade de seus financiadores.
Em 2014, porém, o TSE editou uma resolução que obrigou os candidatos a registrar em sua contabilidade o “doador original” do dinheiro que transitou pelo partido – ou seja, mesmo nos casos em que o partido atuou como intermediário, foi possível detectar quais empresas doaram recursos para cada campanha.
A partir de 2016, as empresas estarão proibidas de doar diretamente aos candidatos, mesmo que quiserem – os recursos obrigatoriamente terão de ir para os partidos, que depois os distribuirão entre as campanhas. E o TSE não poderá mais determinar a identificação dos doadores originários, porque isso estará vetado pela legislação. A reforma política estabelece que “os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores”.
O fim da transparência nas doações impedirá o mapeamento dos interesses empresariais nos governos e no Congresso. Também atrapalhará determinadas investigações sobre corrupção. Se essa regra já estivesse valendo nas eleições passadas, por exemplo, não seria possível identificar os políticos que tiveram suas campanhas financiadas por empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.
Aprovada tanto na Câmara como no Senado, a reforma seguiu para a sanção da presidente Dilma Rousseff. Em tese, ela pode vetar o artigo que trata das doações ocultas, mas é improvável que o faça, para evitar mais desgastes políticos. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o principal articulador do acordo que resultou no texto aprovado pelos deputados.
Reação. A institucionalização das doações ocultas foi apenas uma das dezenas de alterações promovidas pelo relator da reforma política na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no projeto aprovado na semana anterior pelos senadores. O texto que saiu do Senado, por exemplo, nem sequer admitia a participação de empresas no financiamento de campanhas.
Os senadores aprovaram uma proposta de reforma com vários dispositivos que tendiam a reduzir a fragmentação partidária no Congresso e a fortalecer os maiores partidos. Esses aspectos foram quase todos eliminados quando os deputados votaram a reforma, na terça-feira passada.
A Câmara impediu, por exemplo, que 23 partidos médios e pequenos perdessem acesso aos recursos públicos do Fundo Partidário. Somadas, essas legendas teriam deixado de receber R$ 350 milhões por ano se os deputados não tivessem eliminado uma regra, aprovada pelos senadores, que reservava os recursos do Fundo Partidário apenas aos partidos com diretórios permanentes em pelo menos 10% dos municípios brasileiros até 2016, e em 20% até 2018. Atualmente, apenas 9 dos 32 partidos atendem a essa exigência (PT, PMDB, PSDB, PDT, PC do B, PP, PPS, DEM e PSB).
Os deputados também contrariaram o Senado ao revalidar as coligações na eleição para a Câmara. Os senadores haviam tornado inócuas essas coligações ao determinar que as vagas de deputados fossem distribuídas de acordo com o desempenho de cada partido, independentemente de sua participação em aliança ou não.
A medida prejudicaria as legendas menores. Se não houvesse coligações nas eleições de 2014, por exemplo, apenas 22 partidos conquistariam cadeiras na Câmara, em vez dos 28 que hoje estão lá representados. Além disso, haveria ampliação do peso dos maiores partidos: juntos, PT, PMDB e PSDB ganhariam 84 cadeiras.
Leandro G. Card
Para isso não tem manifestação e protesto, enquanto a presidenta é achincalhada e encurralada dioturnamente, esses sanguessugas deitam e rolam...aprovando todo tipo de medida nociva e fisiológica para se beneficiarem. Mas eu ainda aposto que ela vai vetar...não é mulher de se encurralar, governabilidade é uma coisa, isso aí já é desaforo.
- Mathias
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Estou aqui na janela de casa esperando o panelaço da nossa classe média e média alta politicamente esclarecida.
Esse é um exemplo perfeito do que é ideologia e retórica.
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“Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar, de sonhar e de querer! Levantem suas bandeiras, mesmo quando não puderem levantar!”.
Mujica.
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- cassiosemasas
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Eu já me cansei de de tentar mostrar para alguns, que a "maquina" é muito mais complexa, do que muitos pensam, mas não adianta, a concepção de organização e feitos políticos são tão medíocres, que acabam deixando o debate muito pobre, isso sem contar os que querem ver o circo pegar fogo!!!
Quando tu tentas ser sensato, te chamam de governista, quando criticas te chamam de coxinha...aff...
Deveríamos ter aula de educação política na grade curricular das nossas crianças, quem sabe, daqui algumas gerações isso mude.
Quando tu tentas ser sensato, te chamam de governista, quando criticas te chamam de coxinha...aff...
Deveríamos ter aula de educação política na grade curricular das nossas crianças, quem sabe, daqui algumas gerações isso mude.
...
- YOHAM
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Um de nossos gurus escreveu em seu blog as razões da crise política no brasil, lambuzada por mais uma crise econômica capitalista.
Talvez não no mesmo patamar, mas ao lado de Mauro Santayana, Sader nos brinda com uma análise categórica onde se pode identificar os personagens que transitam, sem incômodos e sem os rufar dos moralistas vesgos, de nossos analistas de conjunturas.
Talvez não no mesmo patamar, mas ao lado de Mauro Santayana, Sader nos brinda com uma análise categórica onde se pode identificar os personagens que transitam, sem incômodos e sem os rufar dos moralistas vesgos, de nossos analistas de conjunturas.
As razões da crise presente
Aceitar os erros não revela fraqueza. Fraqueza é ceder interminavelmente às pressões conservadoras. Grandeza é reconhecer os problemas e mudar.
por Emir Sader
Na crise atual se cruzam razões de fundo, herdadas dos governos neoliberais, e questões que os governos do PT não souberam superar e que agora os afetam de maneira profunda.
Entre as razões estruturais estão a desindustrialização promovida pela abertura escancarada do mercado interno feita pelos governos Collor e FHC, que além de enfraquecer o poderio industrial do pais, gerou a dependência da exportação de produtos primários. Por outro lado, paralelamente, não se alterou o papel hegemônico do capital financeiro, que reproduz a especulação como fenômeno central no processo de acumulação de capital.
Além desses fatores econômicos, com todas suas consequências no plano social e político, o governo não avançou nem na democratização dos meios de comunicação, nem no fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. Não afetou assim dois elementos políticos e ideológicos fundamentais que jogam fortemente contra o governo. A mídia, com seu terrorismo econômico e denuncismo seletivo e reiterado, o Congresso com seu cerco fisiológico sobre o governo.
A combinação desses fatores gerou as condições da crise atual. A eles se acrescenta um diagnóstico errado do governo, que o tem levado na direção oposta da forma como atuou na crise de 2008, levando a cortes reiterados de gastos, que só aprofundam e prolongam a recessão, isolando ainda mais o governo das suas bases populares, tornando-o mais frágil e mais prisioneiro da direita. O mercado, como se viu esta semana, vai sempre querer mais sangue, sempre vai impor novos cortes, que levam a novos cortes. O governo fica assim prisioneiro do mercado e da direita. Entrou no despenhadeiro interminável de responder à direita e ao capital especulativo com mais cortes, que é o que eles pedem.
O governo faz tudo isso, mas foi rebaixado pelas agências de risco, prevê recessão pelo menos até o fim de 2016, a inflação persiste, o desemprego aumenta. Um ano e meio a mais de clima de pessimismo e de deterioração dos índices sociais é a pior perspectiva possível. O ajuste nunca leva à retomada econômica, ao contrário, leva a mais recessão, com mais desemprego.
Esse não é o caminho com que reagimos vitoriosamente à crise de 2008, recuperando o pais da crise, retomando o desenvolvimento e aprofundando as políticas de distribuição de renda, ao invés de cortar recursos das políticas sociais. Assim, o caminho oposto é que deveria ser trilhado.
Reabrir créditos para reativar a economia, terminar de vez com cortes nos recursos das políticas sociais e nos custos do governo, taxar as grandes fortunas, combater dura e abertamente a sonegação. Além de propor um plano de saída da crise, coerente com esse projeto de retomada do crescimento econômico, sem ficar sujeito às iniciativas da oposição e de outros setores adversos ao governo, que cobram mais concessões políticas em troca do fim do risco do impeachment.
Não se é governo sem ter capacidade de iniciativa política, senão se é governado pelos outros, só se reage às ofensivas reiteradas do capital especulativo e da direita política. Falta coordenação política para isso e um plano econômico que não assopre na direção da tempestade mas que, ao contrário, mediante medidas anticíclicas, resista a ela. A via adotada só aprofunda a necessidade de mais cortes, a recessão, o isolamento e a fragilidade do governo. Com todos os cortes, não se impediu o rebaixamento da avaliação do governo e o retorno à ofensiva sobre o impeachment. Além de não se superar a recessão, com mais desemprego.
Essas são as raízes da crise presente. Um diagnóstico errado sobre ela levou ao pacote de ajuste, socialmente injusto, economicamente ineficaz e politicamente desastroso. Sem uma virada no plano econômico, o governo não terá mínimas condições de enfrentar a crise política, que se expressa na ofensiva permanente sobre ele. Desde dezembro o governo colocou a agenda do ajuste e nunca mais pôde sair dela. Já é tempo de fazer um balanço dos seus resultados, que só pioraram a situação, e dar uma virada no governo, a partir das experiências positivas do passado.
Aceitar os erros não revela fraqueza. Fraqueza é ceder interminavelmente às pressões conservadoras. Grandeza é reconhecer os problemas, os erros cometidos e dar uma virada econômica e política. É aprender do passado, para superar a crise presente e projetar um futuro de continuidade e não de ruptura com os governos iniciados em 2003. Não se pode colocar em risco tudo o que foi construído desde então, pela insistência equivocada no caminho oposto ao trilhado no passado.
http://cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do ... te/2/34480
As fronteiras nos divide. A classe nos une.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
13/09/2015 - Copyleft
Delegado da Polícia Federal fez manipulação grotesca para incriminar Lula
A instrumentalização de investigações policiais para fins partidários ou privados é incompatível com a democracia.
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Jeferson Miola
Ricardo Stuckert/Presidência da República
O delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Souza fez uma manipulação grotesca no despacho entregue ao STF com o objetivo principal de incriminar o ex-presidente Lula e livrar a barra do PSDB.
O documento de 218 páginas não é uma peça técnica de investigação criminal, mas um libelo recheado com apreciações e ilações políticas. É um texto que dispensa a oposição golpista e o chefe da conspiração, FHC, de fazer o serviço sujo.
O despacho foi protocolado no STF às 13:34 horas de 10/09, mas não surpreende se tiver sido entregue antecipadamente na redação da revista Época, do grupo Globo, porque antes do próprio Lula saber da armação, a “denúncia” já bombava no noticiário online.
A manifestação do delegado Josélio integra o volume XII do Inquérito nº 3989, instaurado no STF para investigar políticos implicados na Operação Lava Jato que gozam de foro privilegiado. O volume XII vai da página 2442 à 2660 do Inquérito, cujo arquivo podendo ser acessado aqui; nele faltam as folhas 2466, 2467 e 2468 – pode ser um detalhe irrelevante, mas em se tratando da PF, toda cautela é recomendável.
Adiante são reproduzidos alguns trechos, conservando os destaques e grafias do calhamaço original:
- em depoimento, Pedro Henry Neto, do PP, afirmou “QUE jamais tratou da nomeação de PAULO ROBERTO COSTA com o então Presidente LULA; QUE, igualmente, não tem conhecimento se PEDRO CORRÊA e JOSÉ JANENE trataram deste assunto com o Ex-Presidente; ...” [pág. 2446 do Inquérito];
- depoimento de Paulo Roberto Costa: “QUE, indagado sobre os motivos que lhe levam a crer que a Presidência da República tinha conhecimento sobre os comissionamentos proporcionados a partir da Diretoria de Abastecimento da PETROBRÁS, afirma que decorre ‘do tempo em que PAULO ROBERTO COSTA ficou na Diretoria de Abastecimento, e do conhecimento de vários integrantes do partido, tanto do PP, quanto do PT e do PMDB sobre o assunto’; QUE apesar disso o declarante afirma não dispor de nenhum elemento concreto que permita confirmar tal suposição” [pág 2650].
Apesar disso, o delegado da PF, numa lógica capciosa, conclui: “Vê-se, portanto, que os colaboradores PAULO ROBERTO COSTA e ALBERTO YOUSSEF presumem que o ex-Presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção descortinado na PETROBRÁS em razão das características e da dimensão do mesmo. Os colaboradores, porém, não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente LULA nos fatos” [na mesma página 2650].
Em depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou “QUE, com relação ao mesmo [Deputado Eduardo da Fonte, do PP], sabe ainda que este participou, juntamente com SERGIO GUERRA, das reuniões para pôr fim à CPI da PETROBRÁS, e que resultaram no pagamento de Dez milhões de reais pagos pela Construtora QUEIROZ GALVÃO, na pessoa de IDELFONSO COLARES, conforme já explicitado em Termo de Colaboração próprio” [pág 2594].
O delegado Josélio, entretanto, livra o PSDB, apesar da implicação direta do ex-presidente do partido: “Segundo se depreende dos fatos que ensejaram sua instauração, houve a construção de um esquema de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos de pelo menos três partidos políticos, PP, PMDB e PT, ..” [pág 2537].
Na página 2654, outra conclusão tendenciosa do delegado tucano: “Ainda segundo PEDRO BARUSCO (fls. 156), o esquema foi institucionalizado no ano de 2003, ou seja, trata-se de um esquema que perdurou por quase 10 anos”. É bem conhecido o depoimento deste funcionário corrupto neste mesmo inquérito, revelando que o sistema de corrupção na PETROBRÁS – que está sendo decididamente investigado no governo do PT –, nasceu lá em 1997, na gestão do FHC.
A Polícia Federal, a pretexto duma duvidosa “autonomia funcional”, foi aparelhada por setores da corporação que atuam como um Estado dentro do Estado: com regras, procedimentos, princípios e critérios próprios – acima das Leis e da Constituição.
Os precedentes são complicados. Recentemente, o Diretor-Geral da PF, delegado Leandro Daiello concedeu uma entrevista – não desautorizada pelo Ministro da Justiça – na qual se apresentava como um quinto poder da República, ao lado do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e da mídia.
A manipulação da PF no Inquérito da Lava Jato não representa apenas um ataque à figura e à honra do ex-presidente Lula, porque é também uma violência à democracia e à estabilidade política e institucional.
O silêncio oficial ante um ato de tamanha gravidade enfraquece a democracia e o ideal da sujeição das polícias à ordem democrática. A instrumentalização de investigações policiais para fins partidários ou privados é incompatível com a democracia.
Delegado da Polícia Federal fez manipulação grotesca para incriminar Lula
A instrumentalização de investigações policiais para fins partidários ou privados é incompatível com a democracia.
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Jeferson Miola
Ricardo Stuckert/Presidência da República
O delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Souza fez uma manipulação grotesca no despacho entregue ao STF com o objetivo principal de incriminar o ex-presidente Lula e livrar a barra do PSDB.
O documento de 218 páginas não é uma peça técnica de investigação criminal, mas um libelo recheado com apreciações e ilações políticas. É um texto que dispensa a oposição golpista e o chefe da conspiração, FHC, de fazer o serviço sujo.
O despacho foi protocolado no STF às 13:34 horas de 10/09, mas não surpreende se tiver sido entregue antecipadamente na redação da revista Época, do grupo Globo, porque antes do próprio Lula saber da armação, a “denúncia” já bombava no noticiário online.
A manifestação do delegado Josélio integra o volume XII do Inquérito nº 3989, instaurado no STF para investigar políticos implicados na Operação Lava Jato que gozam de foro privilegiado. O volume XII vai da página 2442 à 2660 do Inquérito, cujo arquivo podendo ser acessado aqui; nele faltam as folhas 2466, 2467 e 2468 – pode ser um detalhe irrelevante, mas em se tratando da PF, toda cautela é recomendável.
Adiante são reproduzidos alguns trechos, conservando os destaques e grafias do calhamaço original:
- em depoimento, Pedro Henry Neto, do PP, afirmou “QUE jamais tratou da nomeação de PAULO ROBERTO COSTA com o então Presidente LULA; QUE, igualmente, não tem conhecimento se PEDRO CORRÊA e JOSÉ JANENE trataram deste assunto com o Ex-Presidente; ...” [pág. 2446 do Inquérito];
- depoimento de Paulo Roberto Costa: “QUE, indagado sobre os motivos que lhe levam a crer que a Presidência da República tinha conhecimento sobre os comissionamentos proporcionados a partir da Diretoria de Abastecimento da PETROBRÁS, afirma que decorre ‘do tempo em que PAULO ROBERTO COSTA ficou na Diretoria de Abastecimento, e do conhecimento de vários integrantes do partido, tanto do PP, quanto do PT e do PMDB sobre o assunto’; QUE apesar disso o declarante afirma não dispor de nenhum elemento concreto que permita confirmar tal suposição” [pág 2650].
Apesar disso, o delegado da PF, numa lógica capciosa, conclui: “Vê-se, portanto, que os colaboradores PAULO ROBERTO COSTA e ALBERTO YOUSSEF presumem que o ex-Presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção descortinado na PETROBRÁS em razão das características e da dimensão do mesmo. Os colaboradores, porém, não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente LULA nos fatos” [na mesma página 2650].
Em depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou “QUE, com relação ao mesmo [Deputado Eduardo da Fonte, do PP], sabe ainda que este participou, juntamente com SERGIO GUERRA, das reuniões para pôr fim à CPI da PETROBRÁS, e que resultaram no pagamento de Dez milhões de reais pagos pela Construtora QUEIROZ GALVÃO, na pessoa de IDELFONSO COLARES, conforme já explicitado em Termo de Colaboração próprio” [pág 2594].
O delegado Josélio, entretanto, livra o PSDB, apesar da implicação direta do ex-presidente do partido: “Segundo se depreende dos fatos que ensejaram sua instauração, houve a construção de um esquema de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos de pelo menos três partidos políticos, PP, PMDB e PT, ..” [pág 2537].
Na página 2654, outra conclusão tendenciosa do delegado tucano: “Ainda segundo PEDRO BARUSCO (fls. 156), o esquema foi institucionalizado no ano de 2003, ou seja, trata-se de um esquema que perdurou por quase 10 anos”. É bem conhecido o depoimento deste funcionário corrupto neste mesmo inquérito, revelando que o sistema de corrupção na PETROBRÁS – que está sendo decididamente investigado no governo do PT –, nasceu lá em 1997, na gestão do FHC.
A Polícia Federal, a pretexto duma duvidosa “autonomia funcional”, foi aparelhada por setores da corporação que atuam como um Estado dentro do Estado: com regras, procedimentos, princípios e critérios próprios – acima das Leis e da Constituição.
Os precedentes são complicados. Recentemente, o Diretor-Geral da PF, delegado Leandro Daiello concedeu uma entrevista – não desautorizada pelo Ministro da Justiça – na qual se apresentava como um quinto poder da República, ao lado do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e da mídia.
A manipulação da PF no Inquérito da Lava Jato não representa apenas um ataque à figura e à honra do ex-presidente Lula, porque é também uma violência à democracia e à estabilidade política e institucional.
O silêncio oficial ante um ato de tamanha gravidade enfraquece a democracia e o ideal da sujeição das polícias à ordem democrática. A instrumentalização de investigações policiais para fins partidários ou privados é incompatível com a democracia.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
13/09/2015 - Copyleft
A tropa de choque de Eduardo Cunha
Apesar de estar mais sujo do que pau de galinheiro, o lobista Eduardo Cunha segue com a sua agenda golpista e conservadora em plena atividade.
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Altamiro Borges, em seu blog.
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Apesar de estar mais sujo do que pau de galinheiro, o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, segue com a sua agenda golpista e conservadora em plena atividade. Adepto da tática de que a melhor defesa é o ataque, ele abusa do diversionismo para ofuscar a denúncia de que recebeu US$ 5 milhões em propina no esquema de corrupção da Petrobras, conforme acusação já apresentada pela midiática Operação Lava-Jato. Neste esforço de sobrevivência, ele conta com a cumplicidade de mais de 100 deputados que ajudou a eleger e com a ação de uma ativa e barulhenta tropa de choque.
Entre outras peripécias, nos últimos dias Eduardo Cunha estimulou os deputados do PSDB, DEM, SD e PPS, que anunciaram o ingresso do pedido formal de impeachment de Dilma. Conhecido por suas manobras regimentais, ele já informou que apresentará o projeto diretamente ao plenário da Câmara Federal. Desta forma, o parlamentar que chafurda na lama pretende evitar maiores constrangimentos. Além de atiçar os golpistas, Eduardo Cunha também abanou a proposta ridícula da proibição do uso de minissaias e decotes nos corredores do parlamento. Esta iniciativa foi pura pirotecnia.
Mais grave ainda foram outras duas sinalizações. Segundo Mônica Bergamo, da Folha, "o presidente da Câmara dos Deputados considera inevitável que os programas sociais sofram cortes profundos no Orçamento de 2016, em discussão no Congresso... 'Muitos programas vão ter que acabar, não tem outro jeito', disse à coluna, citando que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por exemplo, 'tem 2.000 programas'... 'É preciso ter arrecadação [de imposto] para sustentar tudo isso. A sociedade vai ter que decidir se quer manter esses programas'". Outro projeto que ele pretende dar celeridade é o do fim do regime de partilha no pré-sal, segundo festejou o Estadão nesta semana.
Aécio Neves e seus jagunços
A desinibição de Eduardo Cunha só se justifica porque ele sabe que tem as costas quentes. Na ânsia de "derrubar" ou "sangrar" a presidenta Dilma, a oposição demotucana e a mídia venal lhe garantem total respaldo. O cambaleante Aécio Neves até ensaiou um certo distanciamento do lobista, mas logo recuou - confirmando o rótulo "arregão" dado pelos fascistas mirins. "O senador Aécio Neves enviou enviou recados ao presidente da Câmara dos Deputados, pedindo desculpas por dizer que ele deveria deixar o cargo caso virasse réu nas investigações da Lava Jato. Ele informou que chegou a pensar em convocar entrevista coletiva para se explicar, mas depois optou por deixar o assunto morrer na imprensa", confirmou a insuspeita Folha. De fato, o escândalo "morreu na imprensa".
Além do respaldo da oposição e da mídia venal, Eduardo Cunha conta com a sua própria bancada no parlamento. Estimativas modestas apontam que ele ajudou a eleger, com a grana que garfou de várias empresas, mais de 100 deputados federais. O lobista, que obteve quase o monopólio da palavra 'Jesus' na internet, também é seguido pelos fiéis da "bancada da Bíblia". Segundo o delator Júlio Camargo, parte da propina do 'petrolão' foi paga "com transferências à Igreja Evangélica, a pedido de Eduardo Cunha". E na linha de frente destes servos, o presidente da Câmara ainda possui uma estridente tropa de choque. A lista dos seus "jagunços", elaborada pela Folha, explica a coragem do "valentão".
*****
Os homens do presidente
Fiéis seguidores de Eduardo Cunha cuidam de projetos e fazem manobras de seu interesse
- Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Presidiu comissão da reforma política articulada por Cunha e mudou o texto da proposta para atender aos interesses do peemedebista.
- Celso Pansera (PMDB-RJ) - Pediu à CPI da Petrobras para convocar a advogada Beatriz Catta Preta, cujo cliente acusou Cunha, e os familiares do doleiro Alberto Youssef, que também acusou Cunha.
- Paulinho da Força (SD-SP) - Pediu à CPI da Petrobras para quebrar sigilo do procurador-geral Rodrigo Janot, que investiga Cunha, e convocá-lo a depor, ainda tentou barrar sua recondução.
- Hugo Motta (PMDB-PB) - Presidente da CPI da Petrobras, evitou pautar requerimentos contra Cunha e contratou a filha do presidente da Câmara para lhe prestar serviços de comunicação política.
- André Moura (PSC-SE) - Presidente da comissão que apresentou projeto para reduzir maioridade penal; na CPI da Petrobras, pediu acareação entre Dilma Rousseff e Youssef.
A tropa de choque de Eduardo Cunha
Apesar de estar mais sujo do que pau de galinheiro, o lobista Eduardo Cunha segue com a sua agenda golpista e conservadora em plena atividade.
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Altamiro Borges, em seu blog.
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Apesar de estar mais sujo do que pau de galinheiro, o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, segue com a sua agenda golpista e conservadora em plena atividade. Adepto da tática de que a melhor defesa é o ataque, ele abusa do diversionismo para ofuscar a denúncia de que recebeu US$ 5 milhões em propina no esquema de corrupção da Petrobras, conforme acusação já apresentada pela midiática Operação Lava-Jato. Neste esforço de sobrevivência, ele conta com a cumplicidade de mais de 100 deputados que ajudou a eleger e com a ação de uma ativa e barulhenta tropa de choque.
Entre outras peripécias, nos últimos dias Eduardo Cunha estimulou os deputados do PSDB, DEM, SD e PPS, que anunciaram o ingresso do pedido formal de impeachment de Dilma. Conhecido por suas manobras regimentais, ele já informou que apresentará o projeto diretamente ao plenário da Câmara Federal. Desta forma, o parlamentar que chafurda na lama pretende evitar maiores constrangimentos. Além de atiçar os golpistas, Eduardo Cunha também abanou a proposta ridícula da proibição do uso de minissaias e decotes nos corredores do parlamento. Esta iniciativa foi pura pirotecnia.
Mais grave ainda foram outras duas sinalizações. Segundo Mônica Bergamo, da Folha, "o presidente da Câmara dos Deputados considera inevitável que os programas sociais sofram cortes profundos no Orçamento de 2016, em discussão no Congresso... 'Muitos programas vão ter que acabar, não tem outro jeito', disse à coluna, citando que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por exemplo, 'tem 2.000 programas'... 'É preciso ter arrecadação [de imposto] para sustentar tudo isso. A sociedade vai ter que decidir se quer manter esses programas'". Outro projeto que ele pretende dar celeridade é o do fim do regime de partilha no pré-sal, segundo festejou o Estadão nesta semana.
Aécio Neves e seus jagunços
A desinibição de Eduardo Cunha só se justifica porque ele sabe que tem as costas quentes. Na ânsia de "derrubar" ou "sangrar" a presidenta Dilma, a oposição demotucana e a mídia venal lhe garantem total respaldo. O cambaleante Aécio Neves até ensaiou um certo distanciamento do lobista, mas logo recuou - confirmando o rótulo "arregão" dado pelos fascistas mirins. "O senador Aécio Neves enviou enviou recados ao presidente da Câmara dos Deputados, pedindo desculpas por dizer que ele deveria deixar o cargo caso virasse réu nas investigações da Lava Jato. Ele informou que chegou a pensar em convocar entrevista coletiva para se explicar, mas depois optou por deixar o assunto morrer na imprensa", confirmou a insuspeita Folha. De fato, o escândalo "morreu na imprensa".
Além do respaldo da oposição e da mídia venal, Eduardo Cunha conta com a sua própria bancada no parlamento. Estimativas modestas apontam que ele ajudou a eleger, com a grana que garfou de várias empresas, mais de 100 deputados federais. O lobista, que obteve quase o monopólio da palavra 'Jesus' na internet, também é seguido pelos fiéis da "bancada da Bíblia". Segundo o delator Júlio Camargo, parte da propina do 'petrolão' foi paga "com transferências à Igreja Evangélica, a pedido de Eduardo Cunha". E na linha de frente destes servos, o presidente da Câmara ainda possui uma estridente tropa de choque. A lista dos seus "jagunços", elaborada pela Folha, explica a coragem do "valentão".
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Os homens do presidente
Fiéis seguidores de Eduardo Cunha cuidam de projetos e fazem manobras de seu interesse
- Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Presidiu comissão da reforma política articulada por Cunha e mudou o texto da proposta para atender aos interesses do peemedebista.
- Celso Pansera (PMDB-RJ) - Pediu à CPI da Petrobras para convocar a advogada Beatriz Catta Preta, cujo cliente acusou Cunha, e os familiares do doleiro Alberto Youssef, que também acusou Cunha.
- Paulinho da Força (SD-SP) - Pediu à CPI da Petrobras para quebrar sigilo do procurador-geral Rodrigo Janot, que investiga Cunha, e convocá-lo a depor, ainda tentou barrar sua recondução.
- Hugo Motta (PMDB-PB) - Presidente da CPI da Petrobras, evitou pautar requerimentos contra Cunha e contratou a filha do presidente da Câmara para lhe prestar serviços de comunicação política.
- André Moura (PSC-SE) - Presidente da comissão que apresentou projeto para reduzir maioridade penal; na CPI da Petrobras, pediu acareação entre Dilma Rousseff e Youssef.