NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11191 Mensagem por Viktor Reznov » Dom Ago 16, 2015 7:46 pm

Eu acho ótimo que a Globo está colhendo o que plantou com sua traição ao povo brasileiro, tentou se aliar ideologicamente ccom a esquerda mas é igualmente odiada por ambos os extremos espectros da política.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11192 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 16, 2015 7:56 pm

mmatuso escreveu:E você acha que se desse para um norte coreano escolher ele não estaria na coreia do sul? Ninguém mandou eles nascerem na terra do koreano de 1,5m.

Você é da terra de Lula e toda a turma comunista.
Mas eu nem sou daqui, sou do Rio, só vim aqui para trabalhar e ainda assim porque fui chamado.

Pô, pelo menos me dá um aviso antes de fecharem o muro para eu poder voltar pra casa!


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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11193 Mensagem por Viktor Reznov » Dom Ago 16, 2015 8:03 pm

LeandroGCard escreveu:
mmatuso escreveu:E você acha que se desse para um norte coreano escolher ele não estaria na coreia do sul? Ninguém mandou eles nascerem na terra do koreano de 1,5m.

Você é da terra de Lula e toda a turma comunista.
Mas eu nem sou daqui, sou do Rio, só vim aqui para trabalhar e ainda assim porque fui chamado.

Pô, pelo menos me dá um aviso antes de fecharem o muro para eu poder voltar pra casa!


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Não se preocupa, cara. Nós vamos te resgatar, com uma coluna de Abrams e Bradleys liderada pelo Talharim.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11194 Mensagem por Brasileiro » Dom Ago 16, 2015 8:06 pm

Túlio, nós acabamos de sair de uma copa do mundo em que já se tem um senso comum (além de fatos e provas) há bastante tempo de que foi um festival de corrupção. Temos também uma operação internacional contra líderes da FIFA e CBF, além de denúncias que ainda precisam ser apuradas. O povo conhece isto, passou no JN, saiu na Veja (que é onde quase todo mundo se informa), não se pode alegar ignorância.
PORÉM, o meu ponto é outro: É estar passando distraidamente com uma camisa vermelha e correr o risco de ser agredido e estar no lado esquerdo do peito da maioria dos protestadores o emblema de uma organização corrupta, numa passeata contra a corrupção, e isto ser ok! Alguma coisa deve estar um pouco errada, concorda?
----------------
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11195 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 16, 2015 8:07 pm

Viktor Reznov escreveu:Não se preocupa, cara. Nós vamos te resgatar, com uma coluna de Abrams e Bradleys liderada pelo Talharim.
Xiii...,

Se envolverem o Talha nisso ele vai acabar é arranjando uma nuke israelense para jogar em SBC, na tentativa de começar a Terceira Guerra Mundial já que os EUA não foram machos o suficiente para fazerem isso quando era responsabilidade deles :shock: .


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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11196 Mensagem por chris » Dom Ago 16, 2015 8:12 pm

FORA DILMA! FORA DILMA! FORA PT!

Fora Dilma, que quer implantar o Banco dos BRICS!

Fora Dilma, que fica dando dinheiro para esses miseráveis nordestinos, via bolsa família, desviando dinheiro que deveria ir para o seu legítimo dono, os bancos e as empresas estrangeiras!

Fora Dilma e PT malditos, que querem criar um desenvolvimento independente dos EUA! Os EUA e a Europa são o paraíso na Terra, a terra da eficiência, da eficácia, da democracia, da liberdade, da livre escolha da orientação sexual. Os americanos são o povo mais inteligente da Terra e nós, tupiniquins, temos que nos colocar no nosso lugar, que é sob suas asas!

Fora Dilma, Fora BRICS, fora esses comunas malditos!

Viva os EUA, ops, quero dizer, viva o Brasil.

(Só estou repetindo os reais motivos pelo qual querem tirar a Dilma, mas não tem coragem de falar!).
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11197 Mensagem por Túlio » Dom Ago 16, 2015 8:28 pm

Tigrada, não vou responder mais até aparecer uma chance de elaborar um post FEROZ (tipo respondendo a Mestres como o Leandro véio, Nauta, Bacchi, etc) e não uma frase inócua ou com verdinha! Serei o 1º a ter 40 mil no DB, quero que meu quadragésimo milésimo post CONTE!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11198 Mensagem por mmatuso » Dom Ago 16, 2015 8:31 pm

Dilma passeou de mão dadas com o Obama há pouco tempo nos EUA, não vejo ela tão errada nesse quesito.

Viu que a casa para cuba caiu e foi rápido pedir desculpas para o mestre Obama não punir ela.

Obama o generoso como será conhecido no futuro, relevou todas as burradas que ela fez nos últimos anos e deu a outra face perdoando e aceitando ela no grupo de países alinhados e que não cooperam com a URSS e a cortina de ferro.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11199 Mensagem por kirk » Dom Ago 16, 2015 8:45 pm

prp escreveu:
kirk escreveu: Valente mesmo é esse calhorda do Vagner Freitas que disse que vai pegar em armas pra atirar na população ... incluso crianças ... porque ele não experimenta ... INCLUSO TODOS OS CORNOS E CALHORDA MAU CARÁTER QUE O APOIAM ???

TAMU ESPERANDO CUMPADRE !
Tá peidando farofa agora! :lol: :lol:
Também fazendo coro com esse tal de Vagner ??? ... vai defender corrupto de colarinho branco e bandido de vermelho agora ???

E o tal do Vagner botou o nariz pra fora ??? ... ou enfiou o rabinho entre as pernas e começou a "explicar" as asneiras que disse ??? ... tá rindo de que ???
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11200 Mensagem por YOHAM » Dom Ago 16, 2015 8:48 pm

Faz parte Túlio. Temos que ter paciência com quem tem mente colonizada. Não sabem o que pensam, muito menos o que dizem. A doutrinação é sempre sublinhar. Sei que vais me dizer, que mesmo vendo isso, devemos não qualificá-los, mas quer algo mais ofensivo do que num forum voltado a política de Defesa (eu disse Defesa), espera-se um mínimo de nacionalismo e menos um tanto de "lambe botas", né?!
"Complexo de vira latas" é "fods". E se deixarmos sem resposta, contamina. Tem de haver contra ponto, na linguagem que entendem. Naquelas que os fazem pensar.


Lambe botas em todas as esferas. Entreguismo total.
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Entreguismo se faz assim. Conheça o Ficha Corrida.
https://fichacorrida.wordpress.com/category/tio-sam/



Em tempos de PSDB no governo federal;
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11201 Mensagem por kirk » Dom Ago 16, 2015 8:56 pm

YOHAM escreveu:Túlio criticou e pediu:
Vou pedir novamente ao Amigo que mostre algum respeito por opiniões divergentes. Aliás, é lastimável ter que PEDIR algo assim, não?
Calma ó grande Sepé Tiaraju dos Pampas. Não houve intenção de ofender ninguém ali. A expressão remota, apenas, a identificação de um comportamento infantil. Pode parecer ofensivo, mas não é. Inocência, ingenuidade, seria mais preciso. Enxergar, seletivamente, corrupção de um lado, mas não de outro é um sintoma. Mas seguirei sua orientação. Moderação é pra isso, né?! Todos podem espernear aqui, desde que o regulamento seja respeitado. É isso aí.

delmar perguntou:
"O que está previsto para o dia 20? ..."
Túlio reforçou:
Não será 20/08? Pergunto porque não sei mesmo, sem querer zoar ninguém...
Amigos, coleguinhas (coleguinhas, pode, né?!). Diferentemente, protestos organizados, convocados e divulgados através da mídia corporativa e seus financiadores, juntamente com a oposição, derrotada nas últimas 4 eleições, os atos convocados e organizados pela frente de esquerda e que defendem a ordem institucional, está agendado para o dia 20 de agosto. É, também, um ato em defesa da democracia, contra o vazamento seletivo de informações, dessas investigações e contra o golpe. Também pedem o aprofundamento das investigações, doa a quem doer.

Acho que isso sim é ser coerente. Mas principalmente não se deixar levar por interesses que querem a continuidade do esquema da corrupção, pois foi nestes últimos governos é que não há ingerência no papel constitucional dos responsáveis em investigar. Justamente o contrário de quem organiza o golpe e vai pra rua fazer discursos demagógicos, pra cooptar incautos. Com o apoio da mídia corporativa, transformando tudo em espetáculo. Estou em SP novamente e, diferentemente do dia 15 de março, não acordei com sons de helicópteros sobrevoando a cidade. Talvez pq dividiu os golpistas, né?! Tirar o pé do acelerador pode contribuir para que a democracia, tão duramente conquistada nos últimos anos, não seja perdido por conta de derrotados obcecados em voltar ao poder.
Uma coisa é fato, a diminuição desses protestos se tornou visível nestas manifestações. Mesmo com colunistas e jornalistas apresentadores, das grandes redes de televisão, tentando relevar isso. Como se não fosse algo sintomático. Fazer povo de idiota têm limites, né?! Talvez as pessoas acordaram e começaram a enxergar, para não serem usados como massa de manobra.
POR DEMOCRACIA
Manifestações do dia 20 podem ampliar diálogo de movimento social com população

"Temos uma Câmara de Deputados reacionária, homofóbica e fundamentalista, que tenta reduzir a maioridade penal, mas os meios de comunicação estão focados sempre na Lava Jato", diz ativista

Imagem

São Paulo – Ao contrário de manifestações contra o governo Dilma Rousseff, como a que ocorreu em 15 de março e a que será realizada no próximo domingo (16), com forte apoio da mídia, atos políticos da sociedade civil estão longe de ter destaque nos meios de comunicação. Para militantes e ativistas, se o ódio ao PT e o clima de impeachment artificialmente criado a partir da crise decorrem também da parcialidade da mídia, a mobilização para o dia 20, em defesa da democracia, podem significar a ampliação do diálogo com a sociedade.

“O dia 20 vai significar para a gente, não um divisor de águas, mas talvez a ampliação de um diálogo melhor com a população, que ainda está bastante perdida, confusa, por ter a versão só de um lado, e muitas vezes de forma distorcida”, avalia Rosina Conceição, da União Brasileira de Mulheres (UBM). “Acho que temos uma mídia hoje que está jogando um papel muito ruim no sentido de diálogo com a sociedade.”

A constatação não é mera retórica política de grupos em busca de espaço político. É um fato verificado por instituições insuspeitas. Em debate promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira, no Sindicato dos Jornalistas no Rio de Janeiro, por exemplo, o diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil, Giancarlo Summa, sugeriu que no Brasil não há liberdade de expressão democrática. “A liberdade de expressão é um direito humano e não significa somente ausência de censura, mas também a diversidade de ideias e jornalistas trabalhando sem ameaças econômicas ou, até mesmo, contra sua integridade física.”

“A América Latina tem alguns pontos incomuns. De forma geral, a mídia é muito concentrada na mão de poucas empresas, o que não é bom para a democracia”, disse à repórter Marina Vianna, da TVT. No Brasil, seis famílias controlam 90% de toda a receita publicitária pública e privada dos meios de comunicação.

“Na atual conjuntura, a mídia está sinalizando que há uma crise no Brasil. Nós não temos ainda o significado dessa crise. Sabemos que a população e os trabalhadores não estão de acordo com medidas que o governo federal implementou. No entanto, temos uma Câmara de Deputados reacionária, homofóbica e fundamentalista, que tenta reduzir a maioridade penal, por exemplo, mas eles (os meios de comunicação) estão focados sempre na Lava Jato. E em criminalizar o PT e o governo da presidenta Dilma”, lembra Sandra Mariano, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).

Para ela, um dos principais significados das manifestações do dia 20 é que “a população vai para a rua e falar ‘não concordamos com o que a mídia está fazendo’”. Um dos recados da data será “reforçar que temos uma presidenta que foi eleita pela maioria da população brasileira e ela vai governar até o final”, diz.

Uma das principais críticas de entidades civis, como o coletivo Intervozes, aos governos petistas desde os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) é a falta da “vontade política” que impediu a regulamentação dos meios de comunicação, prevista na Constituição de 1988. O parágrafo 5° do artigo 220 prevê que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.

Cinco anos e meio depois de encerrada a Conferência Nacional de Comunicações (Confecom), em dezembro de 2009, e 27 anos após a promulgação da Constituição, a mídia continua oligopolizada e antidemocrática, e os efeitos disso todos conhecem.

Enquanto isso, boa parte dos ativistas aposta na internet como alternativa. “Para nós, a internet é um instrumento fundamental, pelo papel que tem na vida das pessoas e pela autonomia que a gente tem na internet”, disse Sarah de Roure, da Marcha Mundial das Mulheres.


http://www.redebrasilatual.com.br/polit ... -5081.html
Cara o PT tem que financiar até passeata em favor da Dilma, gastaram R$ 800 mil da Caixa e outras instituições ...

Você não faz ideia de quão antagônica está a população brasileira a essa bandeirinha vermelha ... acabou a farra ... a polarização se instalou no País e quem perdeu terreno ??? ... bom colega é só ver quanta gente se junta de verde amarelo ... e quanta gente tá de vermelhinho ... a casa caiu prosseis !

Não veremos mais doravante bandeirinhas vermelhas infiltradas em aglomerados verdeamarelos ... a esquerda do país tá no lixo e cairá no ostracismo já nas próximas eleições ... a mascara caiu a pele de cordeiro se desgastou e o lobo ficou em evidência ...

Dilma não termina esse mandado, porque permaneceu no poder enganando ludibriando com dinheiro público e propina ... torrou US$ 400 BI pra se manter no poder ... jogou o país numa crise sem precedentes ... e você ... bom você se agarrando a manifestações compradas ... como se isso apagasse essa bandidagem implementada pelo PT e pela própria Dilma ... lamentável !
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11202 Mensagem por Túlio » Dom Ago 16, 2015 9:35 pm

Se me permitem, posso sugerir? Aguardemos as municipais do ano que vem, se o PT se criar nas Prefeituras e Câmaras Municipais não vai adiantar nada esbravejar no DB e bater panela, correto? Já se for o contrário... 8-]
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11203 Mensagem por Bourne » Dom Ago 16, 2015 9:50 pm

UMA CRISE, DUAS FACES
Home · Economia · Uma crise, duas faces
16 AGO

Diego Viana – Abrucio: desconexão entre os organizadores e as demandas da maior parte da população, além da incapacidade de articulação política, retiram efetividade a protestos

A crise no Brasil é dupla. Há uma camada conjuntural, que se manifesta nos indicadores econômicos preocupantes de 2015. Por baixo, uma crise ainda maior, que é estrutural e envolve a necessidade de reformas administrativas, para fazer frente ao compromisso social consagrado pela Constituição de 1988. A avaliação é do cientista político Fernando Abrucio, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

Segundo Abrucio, os meios empresarial e político perceberam, nas últimas semanas, que a crise estrutural é a mais grave. Desde então, preferem resolver o problema conjuntural através do pacto de governabilidade, com a chamada “agenda Brasil” que resultou de reunião do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Como resultado, diz Abrucio, a perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff perdeu força e o maior interessado em prosseguir insuflando a ideia de sua derrubada é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Apoiando-se em pesquisas de opinião, Abrucio afirma que, hoje, “o nome da crise não é Dilma Rousseff, mas Eduardo Cunha”.

Ainda assim, manifestações contra a presidente estão marcadas para domingo. Para o cientista político, a perceptível desconexão entre os organizadores da manifestação e as demandas da maior parte da população – apesar do descontentamento generalizado com a presidente -, além da incapacidade de articulação política, retiram efetividade aos protestos. Uma consequência é a perpetuação de um clima tenso no país, sobretudo nas classes médias do Sudeste. As manifestações da esquerda, marcadas para o dia 20, só ganhariam corpo, na avaliação de Abrucio, caso o processo de impeachment fosse realmente levado adiante.

Com o atual cenário, de profunda incerteza, Abrucio considera que a alternativa de aceitação mais ampla talvez seja um pacto de governabilidade que faça dos três anos de mandato que restam a Dilma Rousseff um governo de transição, como foi o de Itamar Franco.

Valor: O sistema político parece ter se afastado da perspectiva do impeachment, com o acordo costurado entre Joaquim Levy e Renan Calheiros. O acordo traz calma ao cenário?

Fernando Abrucio: O Brasil vive duas crises. Uma é a conjuntural e tem a ver com a governabilidade do sistema, que está em um cenário de completa incerteza. Esse cenário contribui para afastar o impeachment. Isso tem a ver com a operação Lava-Jato, com a base enfraquecida do governo no Congresso, com a crise econômica, com o cenário internacional e também com a crise hídrica, que teve um efeito brutal nas contas públicas, não afetou só São Paulo. É a tempestade perfeita, em que, de um lado, não se consegue avançar para organizar a governabilidade e, de outro, não se consegue organizar um desfecho que envolva a retirada da presidente. O grau de incerteza é tal que nenhuma das peças consegue se mexer para a frente, só para o lado. Quem tenta jogar para a frente é obrigado a retroceder, como Aécio Neves e agora Eduardo Cunha.

Valor: E a outra crise?

Abrucio: Todos parecem achar que o cenário conjuntural é o mais grave. Não é. Desde a semana passada, começou a tomar corpo, nos meios empresariais e políticos, a percepção de que a crise maior é estrutural. Nos últimos 27 anos, o Brasil conduziu uma série de agendas bem-sucedidas. A redemocratização, a estabilidade econômica, a inclusão social. Sobretudo os governos de Fernando Henrique e Lula tiveram, comparando com o resto da história do Brasil, um sucesso muito grande. O Brasil nunca foi democrático como é hoje, nunca incluiu tantas pessoas como agora, fez uma reorganização da sua base econômica muito forte, a despeito da crise. A maior parte dos países comparáveis não tem isso. Só que outras agendas foram nascendo e foram sendo postergadas. É a agenda da qualidade da gestão pública, da produtividade da economia brasileira, da inserção internacional do país. É a agenda de como garantir direitos sociais que não sejam meramente direitos corporativos. Mesmo que tirem Dilma, a crise estrutural vai estar presente. Nas duas últimas semanas, o empresariado começou a se dar conta disso.

“Desde a semana passada, começou a tomar corpo a percepção de que a crise mais grave é estrutural, e não conjuntural”

Valor: Então, o pacto reflete os interesses da classe empresarial?

Abrucio: As lideranças econômicas veem o pacto como possível. O PMDB sai reforçado, talvez se incluam grupos de esquerda. O ato definidor ocorreu na segunda-feira, quando Renan e Levy se juntaram. Eduardo Cunha foi colocado numa sinuca de bico. Virou um consenso que ele está atacando não o governo, mas o país. Nas pesquisas qualitativas que faço, isso já está aparecendo na sua imagem junto à população. Hoje, o nome da crise é Eduardo Cunha, e não Dilma Rousseff.

Valor: O novo acordo pode arrefecer as manifestações marcadas para domingo?

Abrucio: As manifestações exprimem o grande cansaço com a corrupção e a percepção da crise econômica, já que a situação piorou nos últimos seis meses e vai piorar mais antes de melhorar. Também há uma rejeição ao governo em parcelas da classe média, sobretudo no Sudeste. Mas chegaram a uma sinuca de bico, porque apostaram tudo no impeachment, que se torna cada vez mais improvável, já que vários setores econômicos e sociais influentes preferem uma solução razoável, não querem romper com o jogo do voto, sabendo dos apoios que a coligação petista ainda tem e sabendo, sobretudo, que mais importante é começar a atacar o mais rápido possível a crise estrutural. As manifestações começam a não ter onde desaguar. Fica uma tensão no ambiente, mas ela vai ser menor do que em março.

Valor: As manifestações são representativas da atmosfera política do país?

Abrucio: Há uma grande massa da população que está descontente com o governo Dilma, mas não está associada às manifestações. Esses movimentos têm baixíssima capacidade de chegar ao que interessa aos mais pobres da população. Não conseguem falar da pauta dos mais pobres, que é transporte público, saúde, educação, é a vida na periferia, a violência policial. E esses movimentos diversas vezes demonstram sentimentos preconceituosos. Apoiaram coisas muito distantes da agenda dos mais pobres. Na última manifestação, em abril, disseram que iam chegar nas periferias. Chegaram? Não chegam. É preciso separar a enorme insatisfação com o governo Dilma, que acho que não vai mudar muito nos próximos meses, e as manifestações. Elas não foram capazes de captar a insatisfação. Também não souberam organizar-se no sistema político. Até agora, apostaram no Eduardo Cunha. Ele, que daqui a pouco vai ser colocado na mídia como réu. Não souberam se articular. Poderiam ter se articulado no PSDB, mas não perceberam que o PSDB está dividido.

Valor: Podemos ficar três anos e meio com um governo enfraquecido e amarrado?

Abrucio: A melhor das hipóteses para Dilma é ser um governo de transição para 2018. Não é pouca coisa para o país, nem para ela, se souber ter estatura política para isso. O governo de Itamar [Franco] entrou na história como um bom governo de transição. Se não fosse um governo de transição, seria um desastre. Dilma é o Itamar da vez. Se conseguir uma saída no Congresso com a parcela responsável do PMDB, ela consegue ser um bom governo de transição.

Valor: Qual seria o peso das manifestações à esquerda, programadas para o dia 20?

Abrucio: Têm um sentido de ameaça: olha o que podemos fazer. Mas se começasse um processo de impeachment, essas manifestações cresceriam. Hoje, muita gente as vê como mero puxa-saquismo. Mas, com um processo de impeachment, talvez comecem a olhar de outro modo. Assim como as outras manifestações, quando se centram na corrupção e no fracasso econômico do governo Dilma, angariam apoio. Quando dizem “menos Estado, mais mercado”, não têm ninguém.

Agência Senado
Com o acordo entre Calheiros e Levy (no centro), a perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff perdeu força e agora é ideia que só interessa a Eduardo Cunha, diz Abrucio (à direita, o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento)
Valor: Em que medida podemos dizer que o governo está pagando por fazer uma política econômica oposta ao prometido na eleição?

Abrucio: Este último ano produziu duas grandes mentiras. A primeira é a campanha de Dilma. Já se sabia na equipe econômica o que seria feito. Medidas de ajuste tinham sido preparadas ainda em 2013 e Dilma não deixou aplicar. Vinculadas ao seguro-desemprego, à pensão, essas que estão sendo feitas por Levy e já tinham sido propostas por Mantega. Já se sabia o tamanho da crise e Dilma mentiu. Fez, também, uma campanha mentirosa sobre Marina Silva. O famoso comercial sobre os banqueiros é digno de [Joseph] Goebbels [ministro da Propaganda nazista]. Algo não muito bom para a democracia. A segunda mentira é a oposição dizendo que, se ganhasse a eleição, faria tudo diferente. Faria a mesmíssima coisa. É por isso que a crise estrutural é maior que a conjuntural. Os maiores partidos do país não se deram conta de que o Brasil vai ter que passar por uma nova agenda de reformas, para ajustar nossas instituições à necessidade de produzir mais crescimento e qualidade de políticas públicas. Se não, o desequilíbrio vai ocorrer, porque não vamos ter nem crescimento nem distribuição. Que é, aliás, o que está ocorrendo este ano.

Valor: Falando em reformas, podemos atribuir o crescente aperto à corrupção no Estado ao fortalecimento da atuação do Judiciário, do Ministério Público, à Polícia Federal?

Abrucio: Houve um avanço institucional muito grande no sistema de Justiça e de controle. É inegável. Não que não errem. Tem erros nesse processo, algumas coisas ligadas ao direito de defesa, uma certa pressa na produção de provas. A despeito disso, tivemos muito mais avanços que retrocessos. Parte da nossa crise estrutural tem a ver com isso, porque vai além da dicotomia entre produção e distribuição. Na própria produção há algo que é vinculado ao oferecimento de serviços públicos, educação, saúde, transporte, Justiça. A população percebeu isso. Essa é a crise estrutural. Temos que reformular nosso aparato legal e administrativo para dar conta disso.

Valor: A sociedade está um passo à frente das suas lideranças?

Abrucio: Em algumas coisas, sim. À frente das atuais lideranças políticas, que ainda estão com o discurso de uma era anterior, uma era de grande transformação iniciada em 1994 com o Plano Real, continuada e aperfeiçoada com o lulismo, e que não é mais suficiente para o que precisamos.

Valor: A crise estrutural seria também uma crise de liderança?

Abrucio: Temos uma crise de liderança, que está ligada a duas coisas. Primeiro, uma questão geracional. A elite política que fez o sucesso do país está acabando: Ulysses Guimarães, [Franco] Montoro, Lula, Fernando Henrique, Mario Covas. Todas as lideranças que produziram um período de 30 anos que é um dos melhores da história do país. Boa parte dessas lideranças criou barreiras de entrada que mantiveram os mais novos fora. Segundo: os partidos estão muito distantes da sociedade. Quando se produziu essa geração, entre as décadas de 70 e 90, os partidos estavam mais próximos. Isso me preocupa muito, porque, para começar uma nova agenda de reformas, um pacto de governabilidade razoável, inclusive para transformar mais radicalmente algumas estruturas da sociedade brasileira, vai ser preciso ter mais lideranças novas.

Valor: As lideranças poderiam vir das ruas?

Abrucio: Esses movimentos que vão para as ruas, em vez de produzir lideranças que entram nos partidos, produz lideranças contra os partidos. O que me dá a impressão de que estão mais preocupados com o status quo do que com a mudança. Esse status quo que foi pressionado pelo lulismo com a inclusão social. Essas pessoas não estão pensando além disso. Poderiam estar produzindo uma agenda mais ampla, mas não conseguem sair de um ou dois pontos. Têm uma visão muito estreita do Brasil. O Brasil vai muito além da crise do lulo-petismo. Se não tivermos consciência disso, a gente acha que, substituindo Dilma, no dia seguinte vai estar melhor. Não é assim.

Valor: O PSDB não está ocupando o espaço que se espera da oposição. O bipartidarismo aparente das últimas décadas está ameaçado?

Abrucio: Embora esteja cometendo uma série de erros, o PSDB tem uma perspectiva eleitoral boa em 2018. A não ser que continue acreditando nas apostas aventureiras de Aécio. Se não, o PSDB tem grande chance de ganhar a eleição em 2018. Não nego que há chance de um aventureiro ou um candidato do PMDB ganharem a eleição. Mas, se não cair na aventura, o PSDB tem boas chances. O eleitor não vai aceitar um discurso à direita na eleição presidencial, mas pode aceitar um discurso mais de centro, ao estilo de [Geraldo] Alckmin. Ele não vai propor acabar com o Estado de bem-estar social. A não ser que a crise piore muito. Não por acaso, para Alckmin e talvez [José] Serra, interessa menos um sinal de crise muito forte, porque aí eles têm chance de ganhar a eleição em 2018.

Valor: Já o PT está em crise profunda…

Abrucio: Está e não tem chances para 2018, mas tem chance de se reconstruir, nem que seja com outro nome, mais adiante. Por uma razão simples: o Brasil é um país muito desigual, com um grande espaço para a agenda de centro-esquerda.

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11204 Mensagem por YOHAM » Dom Ago 16, 2015 10:15 pm

kirk vomitou;
"...Não veremos mais doravante bandeirinhas vermelhas infiltradas em aglomerados verdeamarelos ... a esquerda do país tá no lixo e cairá no ostracismo já nas próximas eleições ... a mascara caiu a pele de cordeiro se desgastou e o lobo ficou em evidência..."

Dilma não termina esse mandado, porque permaneceu no poder enganando ludibriando com dinheiro público e propina ... torrou US$ 400 BI pra se manter no poder ... jogou o país numa crise sem precedentes ... e você ... bom você se agarrando a manifestações compradas ... como se isso apagasse essa bandidagem implementada pelo PT e pela própria Dilma ... lamentável !
Ihihihihihihiihih. Só torcida, coleguinha. Torcida, torcida, torcida!!!!

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#11205 Mensagem por YOHAM » Dom Ago 16, 2015 10:37 pm

Neste domingo;
CORREÇÃO DE ROTA
Ato no Instituto Lula vai da 'recuperação do debate' à retomada das ruas

Movimentos defendem mandato de Dilma e reafirmam que não aceitarão 'golpe', mas cobram reformas e nova agenda para a política econômica

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São Paulo – Questão recorrente na cobertura jornalística de eventos, a quantidade de pessoas diante do Instituto Lula, durante toda a tarde de hoje (16), foi uma pergunta várias vezes repetida aos organizadores, que durante a manifestação chegaram a falar em 5 mil presentes. Mas o fator numérico, ali ou na Avenida Paulista, era uma questão menor, nas palavras da cartunista Laerte Coutinho, que viu no ato no Ipiranga uma reação da sociedade. "O que está acontecendo é a recuperação do espaço de debate, da nobreza da política", comentou, em uma das várias mesas organizadas no local, que sediou a terceira edição da Jornada pela Democracia. O ato terminou exatamente às 18h, com uma versão moda de viola do Hino Nacional.

Durante aproximadamente cinco horas, a discussão foi da postura tida como "golpista" de parte da oposição até à necessidade de mudanças nas diretrizes econômicas do governo Dilma, que também precisaria retomar e fortalecer suas pontes com os movimentos sociais. Estes defendem a manutenção do mandato da presidenta, mas cobram uma política que preserve e amplie direitos sociais, na contramão do atual ajuste.

"Nós temos de estar vigilantes. A tentativa de golpe não está desarmada", diz o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), agora vice-líder do governo na Câmara. Ao mesmo tempo, acrescenta, "o nosso governo tem de ir ao encontro do povo", sem aceitar agendas que retirem direitos trabalhistas. "Nosso governo tem de estar muito atento para reorganizar a sua base", afirma Teixeira, que também chamou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) de "coordenadores do golpismo".

À esquerda
Para o líder do movimento de moradia Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, da Central de Movimentos Populares (CMP), a eleição de Cunha, no início do ano, deixou o governo "meio fora de compasso" e na retaguarda. Ele avalia que a presidenta deve ter clareza de que só há uma forma de garantir avanços, "justamente com suas bases sociais". Houve recuo, de fato, em relação a promessas da campanha eleitoral, mas as manifestações de rua poderão garantir acenos "mais à esquerda" por parte do governo. Assim, os movimentos podem ir à rua por democracia e pela Petrobras, mas também em defesa dos direitos dos trabalhadores.

"Nós não vamos sair da rua, que é nosso espaço de luta. Não é só "fica, Dilma", não é só essa democracia burguesa, uma faca de dois gumes, mas uma democracia proletária, participativa. A hora de ir para a rua é agora. A democracia é branca e tem lado, está ao lado de quem paga", criticou Gegê, que acredita em crescimento das ações conservadores. "A burguesia não aguenta mais uma nova eleição da esquerda."

Reformas estruturais ficaram por ser feitas, avalia o coordenador estadual da CMP, Raimundo Bonfim. "Essa é uma crítica que os movimentos sociais fazem aos governos Lula e Dilma." Mas os movimentos também se posicionam contra as tentativas de derrubar o atual governo. E querem que Dilma implemente o programa que apoiaram na campanha eleitoral. "A gente quer fazer o debate de qual projeto político queremos." Ele lembrou que na próxima quinta-feira (20) haverá novas manifestações pelo país em defesa da democracia, mas também contra o ajuste fiscal e por reformas.

"Não vamos abrir mão de avanços nas reformas estruturais que ainda não foram feitas neste país", disse o secretário municipal de Desenvolvimento, Trabalhista e Empreendedorismo da prefeitura de São Paulo, Artur Henrique, ex-presidente da CUT. O também secretário municipal Eduardo Suplicy (Direitos Humanos e Cidadania) considerou o ato de hoje uma expressão de "apreço às instituições democráticas", mas também defendeu o direito à liberdade de manifestação, em referência a eventos contra o governo, "desde que o façam de maneira pacífica".

Suplicy elogiou a presidenta Dilma e seu "amor à retidão e à transparência", acrescentando ter certeza de que ela e sua equipe vão acertar e atingir metas de erradicação da pobreza, além de criar um ambiente propício "à melhoria de vida da população brasileira".

O evento foi organizado diante do Instituto Lula, no Ipiranga, na zona sul da capital paulista, também como desagravo ao atentado ocorrido em 30 de julho, quando uma bomba de fabricação caseira foi arremessada em direção ao local, no que a entidade considerou um atentado político. O mesmo local recebeu um "abraço" simbólico no dia 7, com a presença do ex-presidente, que desta vez não participou. "A vinda do Lula transformaria isso em comício", disse o diretor do instituto Celso Marcondes. A preocupação era garantir um espaço para debates.

Durante a tarde, várias mesas de discussão foram formadas em um palco montado diante do instituto, na esquina da avenida Nazareth com a rua Pouso Alegre, bem em frente ao Parque do Ipiranga. Professores, intelectuais, sindicalistas, ativistas se revezavam nas mesas. A frase "Não vai ter golpe" foi a mais repetida. Sem incidentes, o ato incluiu samba e churrasco.

Representantes de movimentos sociais comentaram também o encontro com Dilma na última quinta-feira (13), esperando que esse seja o início de uma nova etapa de diálogo e de correção de rota na política econômica. No início de setembro, será instalado um fórum do trabalho e da Previdência, com participação de trabalhadores e empresários. "Esperamos que o fórum funcione e que tenhamos avanço na pauta trabalhista", comentou o presidente da CUT, Vagner Freitas. No campo político, ele reafirmou que a oposição precisa reconhecer o resultado das urnas e se preparar para a eleição de 2018. "O 'terceiro turno' paralisou o Brasil."


http://www.redebrasilatual.com.br/polit ... -2933.html
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