#3812
Mensagem
por Túlio » Sáb Jun 13, 2015 5:10 pm
Cupincha, o problema é que, por algo que vivo dizendo (desenvolvemos o produto mas fundamentalmente baseado em insumos estrangeiros, pois não os desenvolvemos aqui, não fabricamos e nem temos a menor intenção de fazê-lo), dependemos de autorizações estrangeiras para produzir/vender algo. Chega a ser surreal, se a FAB quiser mais alguns Super Tucanos vai primeiro ter que pedir autorização aos EUA para que eles sejam simplesmente fabricados; sem ela, não vem turbinas & quetales e necas de avião.
E não vou entrar naquela charla de "EUA malvadão", nós é que somos relapsos. SE um dia alguém resolver debater A SÉRIO um assunto como Defesa do Brasil, creio que terá sempre de se resumir a uma "Defesa Permitida por Estrangeiros", ou seja, dentro da linha de pensamento que sempre imperou aqui neste pobre País rico, poderemos nos defender mas apenas de quem nos deixarem. Assim, leio em outros tópicos defesas apaixonadas de teses tipo "precisamos de mais esquadrões de caça", "precisamos botar um RCC na Bahia", "precisamos de um GDA em Manaus para defender a Amazônia" e por aí vai. Não tem como debater A SÉRIO, de que adianta torrar bilhões em meios que, ao primeiro embargo, logo ficarão inoperantes por falta de peças e partes? Mesmo meios supostamente Made In Brazil.
Assim, citei o caso do Super Tucano/DSCA como uma ilustração do equivocadíssimo "pensamento estratégico" de quem nos lidera e quem se responsabiliza pela Defesa. Desde sempre, aliás...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)