O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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talharim
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8341 Mensagem por talharim » Sex Mai 29, 2015 5:08 pm

O lema da AAAe do EB é :

ACOMPANHA DESGRAÇA !!!




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8342 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Mai 29, 2015 6:58 pm

Túlio escreveu:Francamente, enjoei de ler ROB e ver Powerpoint maravilhoso. Não vejo como não ser o BAMSE. E com duas razões (suposições, em verdade) e uma pergunta:
Quanto ao primeiro ROC, esses itens:
8.3) Requisitos Ambientais
b) os meios orgânicos do Sistema transportados nas aeronaves C-130 ou KC-390 da FAB devem manter as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de choque mecânico, de vibração, de radiação e interferência eletromagnética, de acordo com as condições determinadas em seus Manuais Técnicos, no ambiente operacional.

8.5) Função Engajar Alvos
b) o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 30.000 (trinta mil) metros de alcance horizontal e entre 30 (trinta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.
c) o Sistema deve engajar no mínimo 4 (quatro) alvos simultaneamente na zona de emprego do sistema.

Entendo que o BANSE não atende ao item 8.5c, na verdade, não encontrei nenhum sistema europeu que atendesse a esses três requisitos absolutos, entrando nos requisitos desejáveis e complementares a coisa fica ainda mais absurda, queria saber do Juarez quais sistemas atendem a esses requisitos.

De certa forma eles são contraditórios, aerotransportabilidade puxa para a simplicidade, enquanto que os requisitos de performance pedem mais sofisticação, nos requisitos desejáveis e complementares eles pedem ainda mais simplicidade e mais sofisticação, o segundo ROC limpou um pouco isso deixando claro o tipo de sistema desejado.
A PERGUNTA: o que o EB espera abater em FL500 e/ou a até 30 km? Caça e Ataque é que não é, já terão lançado suas munições bem antes de entrar na área de risco. Só me ocorre UCAV do tipo Reaper, que voa alto, ou Predator, que voa mais baixo. Fora isso, só disparar míssil para abater munição. Alguém aí sabe de algo diferente?
Caças de ataque e helicópteros que se aproximem de suas unidades blindadas... Se elas existissem...

Os requisitos do primeiro ROC deixaram o sistema meio deslocado, parece que pediram para diversas pessoas diferentes escreverem os requisitos da AAAe que precisavam depois juntaram tudo e criou-se o ROC, o programa todo deveria ter sido conduzido de outra forma, em módulos, e claro, não se limitar a ridículas três baterias.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8343 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sáb Mai 30, 2015 7:48 pm

Será que eu estou a ver quem estar a cair de amores pelo BAMSE?

Vamos relembrar:
1) É monocanal;
2) Sua cabeça de guerra é de MANPAD;
3) Suas unidades de tiro dependem de um radar, também rebocado.
4) Recarga feita no muque...

Nada é mais antigo e menos funcional. Sé para optar por um sistema mais simples, que se olhe, então, para o HQ-7...
Chines, barato, cópia licenciada do Crotale..
https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR3d8gA9sfGPBYFEYNsQdx8HrfMpFkqfobVOLv_dwmA4Krg5wZ6.
;)




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8344 Mensagem por Túlio » Dom Mai 31, 2015 12:55 pm

Desde quando é CRIME gostar de um sistema, Ilya? Ou não gostar?

No meu caso não é uma coisa nem outra, apenas acho - e ilustrei com o exemplo da ALAC (bobear e vais preferir RPG-30 ou algo assim, tudo tri) - que o escopo do EB seria o mesmo, ou seja, partir de tecnologias que já conhece bem, comprar algumas unidades de um equipamento parecido e fazer algo similar para não ter que importar. Ou de que forma explicas isso de apenas 3 baterias?

Até ser desmentido com ARGUMENTOS/PROVAS e não com PRECONCEITOS, mantenho minha ilação.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8345 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Dom Mai 31, 2015 3:09 pm

Túlio escreveu:Desde quando é CRIME gostar de um sistema, Ilya? Ou não gostar?

No meu caso não é uma coisa nem outra, apenas acho - e ilustrei com o exemplo da ALAC (bobear e vais preferir RPG-30 ou algo assim, tudo tri) - que o escopo do EB seria o mesmo, ou seja, partir de tecnologias que já conhece bem, comprar algumas unidades de um equipamento parecido e fazer algo similar para não ter que importar. Ou de que forma explicas isso de apenas 3 baterias?

Até ser desmentido com ARGUMENTOS/PROVAS e não com PRECONCEITOS, mantenho minha ilação.
Não é crime.
Nem preconceito.
O BAMSE é ruim. Os argumentos eu listei. Vou repeti-los:
1) Monocanal: um míssil guiado ao alvo por vez.
2) Cabeça de guerra de MANPAD.
3) Unidades de Tiro rebocadas.
4) Unidades de Tiro dependentes da Unidade de Aquisição/rastreio, também rebocada.
5) Recarga feita no muque.

Se você for questionar um sueco, ele vai responder da seguinte maneira:

1) Dado que é um sistema de defesa de ultima instância, crítico, não adianta ser multicanal, pois dificilmente haveria tempo e capacidade para os artilheiros se ocuparem de alvos múltiplos.
2) Que uma cabeça de guerra pequena, dado a precisão do sistema, é efetiva.
3) O sistema foi concebido como destinado a proteger sítios e não colunas em progressão.
4) A vulnerabilidade advinda da dependência de uma única unidade de rastreio e aquisição, pode ser contornada pela agregação à bateria de uma outra unidade de aquisição e rastreio...
5) O sistema é leve o bastante para recarga manual, ainda que seja necessário um atleta para tal...

E vai completar que é aero-transportável.

Pois.
Prefiro o Crotale.
O míssil francês não teve a sua licença adquirida pelos sinos à toa.
É bom.
Melhor.
E a versão chinesa, HQ-7, é oferecida com um preço ótimo.

É preciso saber, antes, o que você quer.
Quer proteger colunas em progressão?
Quer um sistema que seja autônomo, cuja bateria pode continuar em combate mesmo com unidades de tiro colocadas fora de ação pelo inimigo?
Quer um sistema dotado de um vetor barato, fácil de ser produzido e com custo reduzido?
Quer um sistema capaz de lhe dar com ameaças de baixo RCS, perfil de ataque baixo e com velocidades da ordem de 1000 m/s?

Então você tem que adquirir o Pantsyr, ou o TOR...
Não dá para fugir.
Nestes sistemas os vetores são simples, mas as plataformas complexas. Não pode ser diferente já que a função de defesa assim exige, pois defesa crítica, a ultima barreira antes da destruição.
Em Engenharia não se pode conseguir tudo, alguma concessão você faz.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8346 Mensagem por Túlio » Dom Mai 31, 2015 3:21 pm

Ilya Ehrenburg escreveu: É preciso saber, antes, o que você quer.

Aqui disseste tudo! Aparentemente os caras NÃO SABEM o que querem, nem para quê. Já postei isso mais de uma vez neste mesmo tópico, talvez não tenhas lido, acontece.

Achar que só AAAe garante os céus é maluquice, no fim das contas o que mais vai fazer é impedir heli de ataque de voar no TO (como nos Bálcãs, e para isso basta um montão de IGLAs com Operadores bem treinados e um C2 eficiente) e abater munição. Aeronave tripulada alguma vai chegar perto de sítio de Defesa AAe, vai é mandar um MAR e tchau mesmo.

Caças são a linha definitiva de defesa contra aeronaves capazes de disparar munições stand-off, a AAAe se dedica a atacar as munições que eventualmente forem disparadas antes de a aeronave que as portava ser atacada/afugentada pelos caças. A prova? Para mim não há sistemas AAe melhores do que os feitos na Rússia, mas vai ver se eles esqueceram de fazer caça e comprar bastante... :wink: 8-]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8347 Mensagem por ciclope » Dom Mai 31, 2015 9:44 pm

Nossa antiaérea e só pra defesa de pontos estratégicos, mais nada.
Abater principalmente aviões não tripulados, de espionagem/reconhecimento e misseis de cruzeiro.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8348 Mensagem por Energys » Dom Mai 31, 2015 10:08 pm

O BAMSE recebeu modificações.

Att.

http://saab.com/globalassets/commercial/land/weapon-systems/ground-based-air-defence-missile-systems/bamse/top-image-3.jpg




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8349 Mensagem por osolamaalua » Dom Mai 31, 2015 10:13 pm





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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8350 Mensagem por Carlos Lima » Dom Mai 31, 2015 10:57 pm

Gostaria de pedir à colaboração de todos os usuários para não utilizarem "[img] quando publicarem fotos, e sim [Thumbnail]

Img's deixa a imagem enorme o que prejudica o desempenho do site em dispositivos tipo smart phones e também causa problemas para lugares aonde a conexão é mais lenta.

Obrigado.

Moderação.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8351 Mensagem por Energys » Dom Mai 31, 2015 11:16 pm

Desculpe. Não sabia desta orientação.

Att.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8352 Mensagem por Carlos Lima » Dom Mai 31, 2015 11:24 pm

Sem problemas... eu corrigi o seu post e resolvi dar o toque.

[]s
CB_Lima




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8353 Mensagem por Energys » Dom Mai 31, 2015 11:28 pm

Túlio escreveu: :arrow: Estão querendo aplicar de novo o golpe do AT-4: pegamos um sistema do qual dominamos quase todas as tecnologias, aprendemos a reuni-las e temos o nosso ALAC antiaéreo. Afinal, a guiagem do BAMSE parte do mesmo princípio do MSS 1.2, ou seja, Beam Rider, que dominamos; radar estamos começando a fazer (SABER), falta um diretor de tiro apenas. Depois botamos em cima do que quisermos.
Rápido comentário: o radar SABER M-200 está previsto ser desenvolvido também para guiagem de mísseis.

Att.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8354 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Seg Jun 01, 2015 1:13 am

Energys escreveu:O BAMSE recebeu modificações.

Att.

http://saab.com/globalassets/commercial/land/weapon-systems/ground-based-air-defence-missile-systems/bamse/top-image-3.jpg
Salvo engano da minha parte a alteração visou adotar uma plataforma ao sistema, com radar agregado. No mais, mantém-se as limitações de performance do vetor, que não exibe a manobrabilidade do 57E6, ou mesmo do Crotale. Para se ter uma idéia, o RBS 23 é o praticamente o RBS 70 com um booster...

O que você acha disso?
Quer um projeto limitado quando a função de uma defesa crítica, hoje, é lidar com mísseis de cruzeiro, ogivas e bombas guiadas?

É preciso saber o que se quer. É preciso entender a função de cada vetor e sistema como conceito de AAA...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#8355 Mensagem por FCarvalho » Seg Jun 01, 2015 1:33 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:É preciso saber o que se quer. É preciso entender a função de cada vetor e sistema como conceito de AAA...
[/quote]

Ilya, penso eu que esta sua questão é a pergunta fulcral que os artilheiros do EB estão se fazendo hoje.
Da mesma forma, a infantaria da FAB e do MB estão a pensar no assunto.
Passamos tanto tempo sem pensar nisso que agora, quando o GF simplesmente resolveu arrumar alguma coisa, ninguém simplesmente sabia o que fazer, e nem o que pensar.
Dá nisso quando não se leva a sério as coisas em defesa.

abs




Carpe Diem
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