Luís Henrique escreveu:juarez castro escreveu:
Caro Carvalho, o melhor na minha modesta opinião era o escolhido no 1º ROB e que não era o Banse.
Grande abraço
Juarez, parece que você quer criticar o Pantsir por não ser aerotransportável por aeronaves como o KC-390, mas não quer falar qual o melhor sistema em sua opinião, para evitar as críticas.
Desembucha logo.
Até o meu antivírus sabe que é o BAMSE...
Mas não estou ironizando o cupincha véio, a coisa toda faz sentido, ao menos
para mim, pois ajuda a definir que tipo de cenário as nossas FFAA vêem diante de si: em linhas gerais, me parece que estamos interessados em manter o principal protagonismo com base na principal capacidade dissuasória na região (América do Sul) e fim! Qualquer outra possibilidade me parece ILÓGICA! Querem ver?
Essa exigência aparentemente maluca de o sistema AAe ter de ser aerotransportável. Todo mundo aqui sabe mas vou lembrar: como e por onde as guerras e invasões começam, hoje em dia?
1 - Se forem potências de primeiro mundo (que usam o que de melhor e mais moderno há em EOD - Equipamentos, Operadores e Doutrina), tudo começa do céu (seja a partir de bases terrestres, navais ou ambos); mísseis de cruzeiro, caças, UCAVs e bombardeiros detonam o que tiver de sensores, capacidade C4ISR, infraestrutura e os principais meios de combate do alvo. Isso inclui, claro, botar no chão a Força Aérea adversária: sem capacidade de voar, como se vai transportar carrocinha de derrubar avião daqui para lá? Necas, já era, nem pelo chão vai poder se deslocar. Liquidada a capacidade aérea e o filé das capacidades terrestres e navais, só então se lembram daquele sujeito com o fuzil e a baioneta, que é quem arranca da toca o que sobrar, aniquila e depois ocupa o terreno. Eis que começa a parte terrestre. E tchau pra nós. Assim, não é esta a capacidade que buscamos.
2 - Se forem os paisecos da vizinhança, bueno, somos o paiseco maior, mais rico e mais forte. Umas dúzias de Gripens, AMX e STs, vetorados pelos 99, bastam para mantê-los bem quietinhos e resolvendo as tretas conosco (e entre si) apenas pelas vias diplomáticas, como tem que ser mesmo, sob a ameaça de serem arrasados a partir do ar. E aí passa a fazer sentido essa exigência de a gente poder pegar uma carrocinhas em algum ponto, botar nos 130/390 e, poucas horas depois, desdobrar tudo em uma possível área-problema. Vai que alguma aeronave inimiga passa pela nossa
no-fly-zone de pobre e causa algum estrago, melhor prevenir do que remediar, não? Aí sim, parece ser claramente a capacidade que buscamos.
Tá, mas e o Pantsir? Necas, de jeito nenhum, pois, além de ser
SOVIÉTICO (
ARGH!
) e nos atrelar ao comunismo internacional
, é praticamente desnecessário no cenário 2, que aposto todas as fichas como é o que prevemos: Gaypard dá e sobra contra algo que ainda consiga decolar, se esgueirar da FAB e ameaçar uma unidade terrestre nossa em deslocamento ou estacionada. É só ver o que tem voando no entorno; Pucará, Pilatus, Tucaninho e/ou algum heli enjambrado para disparar algum míssil AC muquirana (ou, mais provavelmente, bomba burra/foguete tipo FFAR 2.75) dificilmente vai ter RWR que sequer o avise de que tem um radar travado nele, vai voar na sorte e no braço e a tripulação vai morrer alegremente, aos brados de
Pátria o Muerte. Nem vou falar daqueles jatinhos xing-ling, nem precisa AAAe, eles costumam cair sozinhos (falo dos que sobreviverem a um "amável" encontro com algum Gripen). Assim, necas de Pantsir. Para o bem do Mundo Livre...
Assim, se eu fosse VOSMEÇÊS, nem esquentava com essas bobagens de AAAe, estamos trilhando o Bom Caminho e nos preparando para lutar o Bom Combate.
E querem saber? Com o apreço que temos por Defesa, já é muito. MY CONGRATZ às nossas FFAA, por estarem perseguindo e conseguindo, ainda que em doses homeopáticas, a capacidade definitiva de RULAR na AS, mesmo que por procuração ou mediante permissão. Se não queremos/sabemos ser LOBO, pelo menos sejamos a OVELHA-ALFA...