TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74926 Mensagem por Carlos Lima » Seg Mai 18, 2015 2:44 pm

knigh7 escreveu:
Carlos Lima escreveu:

Não foi bem assim... foi deixado claro na época que tudo estava condicionado ao acordo de salvaguardas.

Da mesma forma que a FAB esperou a Hilary Clinton dar o "Ok" para anunciar a short-list, algo semelhante poderia ter sido feito com os russos.

Não foi feito... o resto é história.

[]s
CB_Lima
Tá bom, com representantes da Rosoboronexport dizendo à FlightGlobal que as exigências de off-set do FX2 eram irrealistas... :roll: :roll: :roll:
:lol: :lol:

Pois é... sem as salvaguardas... sem dúvidas as exigências do F-X2 eram irrealistas... e honestamente existiam uma meia dúzia de ítens (que eram pura viagem na maionese sim... ;) ).

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74927 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 18, 2015 2:48 pm

Penguin escreveu:Quando o Gripen foi anunciado, uma figura histórica importante no meio, não ligada ao PT, escreveu um artigo no qual afirmava que o Gripen sempre havia sido o preferido da FAB...
Desde que acompanho a RFA, isso lá por 1995, e quando se começou a falar em FX, por volta de 1996/1997, sempre li aqui e ali, declarações de que a FAB, ou grande parte importante dela, sempre teve como seu preferido o Gripen, seja na versão C/D oferecida no primeiro tempo do FX, seja o NG, no FX-2. Nem tanto pelo avião em si, mas muito mais pelo aprendizado que o negócio proposto pelos suecos nos possibilitaria em termos tecnológicos e industriais.

A coisa sempre foi simples. A FAB queria repetir no FX as experiências com o Tucano, Super-Tucano, Xavante e o AMX, de forma a proporcionar a industria nacional a capacitação necessária não somente para manter, mas sobretudo, suprir a força de soluções nacionais em termos de defesa aeroespacial.

Tanto assim que os suecos lá pelos anos 80's chegaram a oferece participação no projeto do Gripen original à Embraer/Governo brasileiro, o que foi descartado pelo simples fato de que não tínhamos, já naquela época, os recursos ($ e vontade, como sempre) necessários e suficientes para manter dois projetos de tal envergadura no país ( AMX e Gripen).

Como se pode ver, as decisões da FAB sempre mantiveram-se em linha com a coerência histórica de investimento contínuo e paulatino na capacitação da industria local, a fim de, no longo prazo, podermos auferir soluções próprias na área de defesa. De fato, como fazem, e sempre fizeram, as potencias de hoje... e fazem a de amanhã.

Pena não estarmos incluídos em nenhum destes dois grupos.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74928 Mensagem por kirk » Seg Mai 18, 2015 3:00 pm

Carlos Lima escreveu:
knigh7 escreveu: E eles poderiam oferecer essas tecnologias condicionadas a assinatura de acordo de salvaguardas. Simples.

O que ocorreu foi o que disseram a FligtGlobal: consideraram irrealistas as exigências do FX2. Eles consideraram irrealistas, mas os franceses, suecos e americanos não.
Não foi bem assim... foi deixado claro na época que tudo estava condicionado ao acordo de salvaguardas.

Da mesma forma que a FAB esperou a Hilary Clinton dar o "Ok" para anunciar a short-list, algo semelhante poderia ter sido feito com os russos.

Não foi feito... o resto é história.

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CB_Lima
Desculpe Lima, mas essa desculpa foi inventada por um flankeiro incorrigível (nós o conhecemos) e ela não tem a mínima sustentação.

Em princípio porque Americanos, Franceses e Suécos não precisaram do tal acordo de salvaguardas? ... porque é balela ... não se transfere tecnologia por meio de RFP, apenas demonstra disposição de transferir ou não tal e tal tecnologia ... e os Russos consideraram as pretensões brasileiras "irreais" os demais não.

E ainda por cima EXTERNARAM isso via imprensa internacional.

Agora fica complicado entender porque você, Luis Henrique dentre outros, são tão condescendentes e complacentes com os Russos já que os caras deixaram bem claro que não iriam transferir tecnologia e ponto final ... ademais não há novidade nisso, considerando que os indianos já compraram trocentos SU-30 e não conhecem nada do equipamento que não seja apertar parafusos e montar kits ... e reclamaram publicamente que estavam pagando METADE dos investimentos no PAK e não tinham acesso as tecnologias.

Chego a conclusão que para o Gripen NG ser bem visto por aqui deveria ter nascido um pouquinho mais a leste ... daí seria o melhor caça da história ! :roll:




[] kirk

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74929 Mensagem por Alcantara » Seg Mai 18, 2015 3:07 pm

Só assistindo... um bando de fãs (de esquerda, de direita, pró Rússia, pró ocidente, etc) se achando mais conhecedor do que alguém que vivenciou toda a sua vida na área e sabe das vivicitudes do orçamento, entusiastas que sabem mais que caçadores com 5000 horas de voo, pitaqueiros com mais conhecimento do que oficiais com Escola Superior de Guerra... em fim... fazer o que, né? Melhor ler isso do que ser cego.

Difamar e depreciar aquele que não tem o mesmo ponto de vista é a praxe por aqui. Vou me embora antes que as pedras cheguem. :roll:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74930 Mensagem por kirk » Seg Mai 18, 2015 3:15 pm

Carlos Lima escreveu:
knigh7 escreveu:
Existe uma enorme diferença entre ficar "ficar parado" e construir um novo avião com apenas 10% de aproveitamento de sistemas em comum... Se o Consórcio GIE Rafale ou o consórcio do Eurofighter algum dia planejarem fazer isso com o Rafale e o Typhoon você avisa. Caso contrário não adianta vir tentar nivelar...

O GripenNG terá uma nova arquitetura na aviônica de hardware e software, novo radar, novo decoy (BriteCloud), a nova geração de MAWS da Elisra, cuja geração anterior é utilizada nos caças da IAF, o IRST mais avançado que se conhece, capaz de atuar na distância de 3 dígitos (100 a 145km), etc.

E ainda por cima teremos o Meteor.
:shock:

Peraí...

Estamos comparando projetos novos de 4 geração, pensando do zero em evolução constante com a Terceira versão e reconstrução do Gripen e ainda tendo atitude com relação a isso achando que estamos realmente arrebentando a boca do balão?? É isso mesmo?

Não sei se existe o entendimento de que quando o tempo vai passando e você vai esticando e puxando o avião, você está de fato chegando aos limites do desenvolvimento do mesmo. Bom... tanto o Rafale quanto o Typhoon ainda tem muitos e muitos anos até que isso aconteça. O Gripen está na sua Terceira reedição.

Cada um que chegue as suas conclusões.

Realmente você tem razão em uma coisa... "Não adianta vir tentar nivelar..."

[]s
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"Não adianta vir tentar nivelar..."

Lima, nas buenas, cara, Typhoon, Rafale, SU-35 vão ter que comer muito feijão para se equiparar ao Gripen NG ... está embarcando com tudo que há de mais inovador, sensores no "state of art", NCW e interoperabilidade a anos luz dos concorrentes ...

Pode continuar dizendo que os demais vão ficar melhorando ad-infinitum ... mas não vai dar pra eles não, meu amigo ! 8-]




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74931 Mensagem por Carlos Lima » Seg Mai 18, 2015 3:17 pm

kirk escreveu: Lima, nas buenas, cara, Typhoon, Rafale, SU-35 vão ter que comer muito feijão para se equiparar ao Gripen NG ... está embarcando com tudo que há de mais inovador, sensores no "state of art", NCW e interoperabilidade a anos luz dos concorrentes ...

Pode continuar dizendo que os demais vão ficar melhorando ad-infinitum ... mas não vai dar pra eles não, meu amigo ! 8-]
Não esperava opinião diferente de você Kirk :lol:

Sem problemas... [100] Embora não seja essa a realidade ;) .

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74932 Mensagem por Bolovo » Seg Mai 18, 2015 3:20 pm

Alcantara escreveu:Só assistindo... um bando de fãs (de esquerda, de direita, pró Rússia, pró ocidente, etc) se achando mais conhecedor do que alguém que vivenciou toda a sua vida na área e sabe das vivicitudes do orçamento, entusiastas que sabem mais que caçadores com 5000 horas de voo, pitaqueiros com mais conhecimento do que oficiais com Escola Superior de Guerra... em fim... fazer o que, né? Melhor ler isso do que ser cego.

Difamar e depreciar aquele que não tem o mesmo ponto de vista é a praxe por aqui. Vou me embora antes que as pedras cheguem. :roll:
Absolutamente normal. Isso acontece nos países verdadeiramente democráticos. Nos EUA todos estão questionando os envolvidos com o F-35. O General James Post, com 5000 horas de voo em F-4 e F-16, com missões em combate real, foi dispensado por acusar de traição os defensores do A-10, que são contra a sua substituição pelo F-35. Qual o problema de se fazer parecido por aqui? Tem mais que se questionar mesmo, ainda mais de uma força como a FAB.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74933 Mensagem por Alcantara » Seg Mai 18, 2015 3:26 pm

Ser contra a substituição dos A-10 pelo F-35 nas tarefas realizadas pelo primeiro tem fundamentação técnica-operacional bastante válida. O mesmo não se pode dizer das argumentações sobre o Brigadeiro Saito. 8-]




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74934 Mensagem por Bolovo » Seg Mai 18, 2015 3:36 pm

Alcantara escreveu:Ser contra a substituição dos A-10 pelo F-35 nas tarefas realizadas pelo primeiro tem fundamentação técnica-operacional bastante válida. O mesmo não se pode dizer das argumentações sobre o Brigadeiro Saito. 8-]
Claro que tem. Eu dei um exemplo de como o comando pode estar errado num assunto qualquer. Na minha opinião, o Gripen NG é um dos maiores, senão o maior erro da história da FAB. E tem que ser criticado, para sempre, até a eternidade. Essa entrevista do Saito é patética. Graças a deus não é mais o CA.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74935 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 18, 2015 3:53 pm

Bolovo, mesmo em uma micro-empresa pessoas não costumam tomar decisões unilateralmente ou a esmo, sem ao menos dar uma olhada no jornal do dia, ou "pitocar" a opinião de um compadre ou conhecido. Na FAB não é, e nem poderia ser diferente. Como de fato não o é em nenhuma das demais ffaa's do Brasil. Quem determinou o caça a ser selecionado no FX-2 não foi o Bgdo Saito, independentemente, mas ele junto ao assessoramento de seu estado maior. É para isso que eles existem.

Atribuir a um único homem o peso de uma decisão como esta, se certa ou errada só o tempo dirá, é no mínimo desconhecer como funcionam as instituições públicas e seus mecanismo de decisão.

A FAB, como disse no post anterior, tem um histórico de coerência em relação as decisões pensadas, e tomadas, tendo como pano de fundo os interesses maiores da força, e do país. E isto nem sempre significa que se estará em consoante com a opinião pública ou a de interessados nos negócios da força aérea. Mas isso são ossos do ofício de quem comanda. Nem sempre se pode agradar a gregos e troianos.

A FAB tomou uma decisão. Para ela, se não a melhor, foi a possível e mais viável naquele momento histórico. E até onde me consta, olhando a história da FAB e de suas decisões, quanto a este quesito, ainda estamos no lucro.

Ainda bem. :wink:

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74936 Mensagem por EduClau » Seg Mai 18, 2015 6:51 pm

O gripinho não precisa ser adequado ao tamanho do Brasil, basta ser ao tamanho da nossa mentalidade.

Acho que no fundo sua escolha representa o que o Brasil é, um arremedo de país que não consegue chegar a lugar nenhum: nem se aliou ao chefe do pedaço com o vespão, nem teve coragem para assumir o 'lado negro da força' escolhendo um russo e nem mesmo se arriscou à "independencia" gaulesa.

Resultou nisso, um processo que demorou tanto tempo e se perderam tantas oportunidades pelo caminho, com tanta interferencia política e comercial que chegou a um final melancólico tipo 'vai esse mesmo que tá bom demais, senão o que vai ter é nada'.

Agora não está agradando ninguém, nem os que curtem passar as férias na disneylandia, nem os rafalovers, nem os que sonham em ver o país afrontar a 4a frota no atlantico sul com o supercaça russo de alcance interplanetário e capaz de carregar nas asas um poder de fogo equivalente a umas duas ou três bombas de hiroshima.

Sds. céticos para todas as torcidas e rezar para que tudo de certo.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74937 Mensagem por Bourne » Seg Mai 18, 2015 7:42 pm

Bolovo escreveu:
Alcantara escreveu:Ser contra a substituição dos A-10 pelo F-35 nas tarefas realizadas pelo primeiro tem fundamentação técnica-operacional bastante válida. O mesmo não se pode dizer das argumentações sobre o Brigadeiro Saito. 8-]
Claro que tem. Eu dei um exemplo de como o comando pode estar errado num assunto qualquer. Na minha opinião, o Gripen NG é um dos maiores, senão o maior erro da história da FAB. E tem que ser criticado, para sempre, até a eternidade. Essa entrevista do Saito é patética. Graças a deus não é mais o CA.
O problema que é formado por um grupo de oficiais graduados ao qual o Saito é um porta-voz. A questão é se a nova safra de oficiais pensa como os anteires ou considera o gripen um erro. O ponto é a relação de forças dentro da FAB e quem vende melhor seu peixe.

Ainda tenho fé que Levy nos salva.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74938 Mensagem por Penguin » Seg Mai 18, 2015 7:53 pm

Alcantara escreveu:Só assistindo... um bando de fãs (de esquerda, de direita, pró Rússia, pró ocidente, etc) se achando mais conhecedor do que alguém que vivenciou toda a sua vida na área e sabe das vivicitudes do orçamento, entusiastas que sabem mais que caçadores com 5000 horas de voo, pitaqueiros com mais conhecimento do que oficiais com Escola Superior de Guerra... em fim... fazer o que, né? Melhor ler isso do que ser cego.

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Realmente isso é impressionante :x




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74939 Mensagem por Penguin » Seg Mai 18, 2015 8:00 pm

FCarvalho escreveu:Bolovo, mesmo em uma micro-empresa pessoas não costumam tomar decisões unilateralmente ou a esmo, sem ao menos dar uma olhada no jornal do dia, ou "pitocar" a opinião de um compadre ou conhecido. Na FAB não é, e nem poderia ser diferente. Como de fato não o é em nenhuma das demais ffaa's do Brasil. Quem determinou o caça a ser selecionado no FX-2 não foi o Bgdo Saito, independentemente, mas ele junto ao assessoramento de seu estado maior. É para isso que eles existem.

Atribuir a um único homem o peso de uma decisão como esta, se certa ou errada só o tempo dirá, é no mínimo desconhecer como funcionam as instituições públicas e seus mecanismo de decisão.

A FAB, como disse no post anterior, tem um histórico de coerência em relação as decisões pensadas, e tomadas, tendo como pano de fundo os interesses maiores da força, e do país. E isto nem sempre significa que se estará em consoante com a opinião pública ou a de interessados nos negócios da força aérea. Mas isso são ossos do ofício de quem comanda. Nem sempre se pode agradar a gregos e troianos.

A FAB tomou uma decisão. Para ela, se não a melhor, foi a possível e mais viável naquele momento histórico. E até onde me consta, olhando a história da FAB e de suas decisões, quanto a este quesito, ainda estamos no lucro.

Ainda bem. :wink:

abs.
Querem um judas para culpar pelas suas frustrações aeronáuticas do mundo virtual.
Se a história se repetisse e no lugar do Gripen estivesse Rafale ou Su-35, Saito seria considerado por esses o implacável Samurai, herói patriótico nipo-brasileiro, guardião da Amazônia Azul e da Verde também :mrgreen:

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Seg Mai 18, 2015 8:33 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#74940 Mensagem por Penguin » Seg Mai 18, 2015 8:20 pm

COBERTURA ESPECIAL - GRIPEN NG BRAZIL - AVIAÇÃO

18 de Maio, 2015 - 15:45 ( Brasília )
Entrevista com o Brigadeiro Jose Crepaldi – FAB se prepara para receber o Gripen
"A ideia é ter esquadrões padronizaços", diz Brigadeiro
http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... -o-Gripen/

English version

Texto do Defense Industry Bulletin, April 2015
Tradução, adaptação e edição: Nicholle Murmel


Com um efetivo total de 700 aeronaves de asa fixa e helicópteros, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Aviação Naval (AvN) operam o maio contingente aéreo da América do Sul e América Latina, e perde no continente apenas para a Força Aérea Americana (USAF). Como parte da atual Estratégia Nacional de Defesa (END) do país, um dos objetivos cruciais é garantir “a independência nacional através de uma capacidade tecnológica superior e autônoma, e do fortalecimento da base industrial de defesa”, segundo o documento.

O caminho para conquistar essa independência é encorajar e receber bem as parcerias com países e empresas estrangeiras. Durante a última International Fighter Conference, que aconteceu em Londres em novembro do ano passado, GEORG MADER conversou com o Brigadeiro Jose Crepaldi, chefe do Departamento de Projetos da FAB, sobre programas-chave para a Força…

DIB: Semanas após a assinatura do contrato com a Saab no dia 27 de outubro, marcando a decisão final sobre o programa FX-2 e a aquisição de 36 caças Gripen E/F, o senhor afirmou que esse número não era “definitivo” e que poderia aumentar para 108! Foi uma surpresa e tanto para o setor...

CREPALDI: [sorrindo] Sim, com certeza foi! Mas não foi algo sensacional. É claro que os recursos financeiros ainda não foram definitivamente alocados para essa iniciativa, mas temos nossos estudos sobre a viabilidade do número de aeronaves, feito em 2007. Por que 108? A ideia por trás desse número é ter esquadrões padronizados dentro da Força, incluindo os caças. Eles serão introduzidos à FAB em três lotes.

DIB: Mas todos esses lotes terão versões mono e biplace, certo?

CREPALDI: Isso mesmo. Mas ainda não foi decidido quantas unidades de dois lugares serão acrescentadas aos dois próximos lotes. O modelo biplace pode fazer muito mais do que conversão ou treinamento. Temos conversado muito com a Foça Aérea da África do Sul já que eles também operam Gripens com dois lugares e os usam em função C2. É esse o nosso plano também. Por isso, insistimos em uma versão biplace “sob medida”, talvez contrastando com o que a Suécia costuma fabricar e operar.

DIB: O senhor se referiu a um estudo – creio que tenha sido um processo longo. O senhor pode relembrar quais foram os referenciais uadotados nos últimos sete anos?

CREPALDI: Claro. Foi uma jornada longa, o que não é surpresa diante da escala e volume do programa. Tivemos que escolher um caça multifunção para substituir os Mirage 2000Cs e, no longo prazo, os F-5Ms e os A-1Ms (AM-X), tendo como foco a modernização e padronização do contingente de caças da FAB. Nesse contexto, o número 108 da sua pergunta se refere às nossas necessidades operacionais. Certamente esse número pode mudra – não sabemos o que o future nos reserve ou qual realidade orçamentária enfrentaremos. Podemos planejar, mas, como todo mundo, temos que nos ater ao que os recursos nos ditarem ser possível.

Por outro lado, também tivemos que aumentar a capacidade da indústria aeroespacial em termos de desenvolvimento de novas tecnologias. Então o RFP procurou os fabricantes em outubro de 2008 – e após análise de ofertas, reuniões, avaliações, revisão das ofertas e análise final das melhores opções em 2009 – o relatório final foi enviado ao Ministério da Defesa no começo de 2010.

Então tivemos uma pausa política até dezembro de 2013, quanto a Presidente tomou a decisão de seguir em frente. Claro que, àquela altura, foi necessário atualizar as exigencies e especificações – esse processo demorou cerca de dez meses e rendeu mais 45 volumes de documentos e 15 mil horas de trabalho verificando seis áreas potenciais de risco, e assim por diante.

DIB: Alguns meses após a assinatura desse grande contrato com a Saab houve outro acordo firmado em relação ao Gripen brasileiro. Do que se trata?

CREPALDI: Esse contrato foi com o Comando da Aeronáutica (COMAER) e é um suplemento do documento principal. Ele prevê apoio logístico por parte do fornecedor (contractor logistic support – CLS) para os futuros aviões. Esse acordo cobre servições futuros de manutenção e suporte para os Gripen NG e equipamentos associados, mas só passará a valer quando a entrega dos aviões for completa (entre 2021 e 2026)

DIB: Uma pergunta que eu preciso fazer: o Brasil é um país enorme – suas dimensões equivalem a todo o continente europeu e uma boa porção dos Estados Unidos. O Gripen não é a opção de “pernas mais curtas” comparada aos outroc concorrentes, o Super Hornet e o Rafále?

CREPALDI: Não, não. Esse é um ponto de vista equivocado. Durante nossas avaliações dos três caças concorrentes, todos foram capazes de atender às nossas demandas. Tivemos duas formações partindo de uma base da FAB para uma missão específica e retornando em seguida. E nessas duas coasiões todas as aeronaves completaram o percurso sozinhas, sem necessidade de reabastecimento. Então é incorreto afirmar que o Gripen tem menos alcance. É uma aeronave totalmente nova com um motor novo e que não consome combustível no mesmo ritmo que um twin-engine.

DIB: Em Agosto eu visitei o local de treinamento para os Gripen da Força Aérea sueca, em Såtenas, o Flygchef afirmou na época que esperava os primeiros pilotos brasileiros chegando ao país logo após a assinatura do contrato com a Saab. Sendo assim, podemos dizer que já há aviadores brasileiros na Suécia?

CREPALDI: Sim, creio que poucos dias após o anúncio do contrato os primeiros dois futuros instrutores da FAB chegaram em Såtenas. Eles tiveram a primeira missão de treinamento em um Gripen D na metade de novembro e ficarão na Suécia por seis meses.

DIB: O senhor também apresentará em breve a aeronave de transporte/abastecimento EMBRAER KC-390, que realizou seu primeiro rollout em Gavião Peixoto. Quantos desses aviões serão fabricados? Eles devem, pelo que eu entendi, multiplicar e complementar a capacidade operacional dos Gripen, certo?

CREPALDI: Ao todo, 28 unidades serão adquiridas pela Força Aérea Brasileira, e há também encomendas para exportação. É claro que essas aeronaves vão incrementar a atividade do Gripen, da mesma forma que fariam com os outros concorrentes do FX-2. Precisamos de um aviã-tanque, independente de que caça foi escolhido.

O KC-390 será ótimo – é exatamente o que precisamos. Foi desenvolvido especialmente para atender às necessidades nacionais e totalmente conforme a Estratégia Nacional de Defesa. Ele representa um grande salto em termos de capacidade operacional e multiplicação de força.

Trata-se da maior aeronave já projetada e desenvolvida no brasil – resultado de um acordo assinado em 2009 e do acordo para produção em série e entrega firmado na metade de 2014. Em breve o avião fará seu primeiro voo e esperamos que a FAB comece a receber os seus na segunda metade de 2016.

DIB: Já sabemos que o Gripen brasileiro terá armas de fabricação nacional como o míssil anti-radiação MAR-1, fabricado pela Odebrecht D&T, e o míssil míssil IR/WVR A-Darter, da sul-africana ARMSCOR. Mas e quanto ao BVR?

CREPALDI: Ainda não decidimos… Por enquanto. Na verdade estamos tentando estabelecer negociações com o governo da África do Sul para desenvolver em conjunto um míssil BVR, independente do R-Darter já existente. Somos ambas nações “não alinhadas” no Atlântico-Sul e mantemos uma boa relação há tempos. A África do Sul é muito parecida com o Brasil em termos sociais, mas também de realidade orçamentária, então, logicamente, essa cooperação pode servir aos interesses de ambas as partes no setor de defesa.


DIB: Muito obrigado, Brigadeiro – e boa sorte em receber as “asas que protegem o país”.

CREPALDI: [sorrindo] Nosso lema! Muito obrigado pelo interesse!




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