Pegando o seu gancho, o grande problema que vejo nesta questão da AAe, é que o MD quis, por conveniência política do Planalto, encaixar - na verdade empurrar goela abaixo - em um único requisito, necessidades e parâmetros diferentes para a AAe das três ffaa's.Luís Henrique escreveu:Oras, não sou o dono da verdade, mas se não me engano o requisito de ser aerotransportável em C-130/KC-390 deixou de ser absoluto e passou a ser requisito DESEJÁVEL e sem mencionar a aeronave.
Portanto não vejo porque basear a decisão apenas neste quesito.
Existem outras opções que seria mais fácil o transporte por aeronaves do porte do KC-390, mas também possuem limitações em outras áreas.
Acho a combinação mísseis + canhões um ponto muito importante no Pantsir, assim como o sistema de guiamento do míssil que ajuda a baratear os disparos.
A meu ver o transporte aéreo pode sim ser bem vindo, mas não vejo como algo tão importante como outras características.
E se não me engano o novo ROB também concluiu isto, ou não?
Já disse antes, e insisto, o EB tem necessidade de sistemas nas 3 esferas de abrangência, quer sejam o longo, médio e curto alcance. A FAB necessita de sistemas de médio/curto alcance para a defesa de suas bases aérea e infraestrutura. A MB da mesma forma, precisa de sistemas de curto/médio alcance para o CFN e de médio/longo alcance para a esquadra.
Como é que se consegue uma unanimidade em termos tão díspares, sendo que cada força tem uma idéia própria sobre como usar/dispor de sua própria AAe? Para não falar de doutrinas completamente diferentes, entre EB e MB, e onde a FAB sequer tem uma doutrina sobre isso?
Vamos ser honestos, não temos no Brasil doutrina sequer atualizada sobre a organização de modernas defesas AAe. Então como é que vamos simplesmente do nada adotar um único requisito para atender as demandas das 3 forças, sem antes tentar entender as necessidades e características de cada uma delas neste aspecto?
O Pantsyr pode até se encaixar como uma luva nas necessidades de defesa AAe do EB para as suas undes mec e bldas de inf/cav. Mas isso não quer dizer que ele seja a solução para todas as outras necessidades que a força tem. Da mesma forma para a MB e FAB.
Convenhamos, esta história de comprar material russo de AAe não passa de mais um daqueles "negócios da China" em que o governo simplesmente tenta dar um 'cala-boca' nas ffaa's ao mesmo tempo em que supõe ganhar o seu apoio por 'ajudar na modernização da defesa do Brasil'.
Parafraseando o dito popular, " hipocrisia pouca é bobagem" nesta questão.
E no final, vamos é acabar ficando sem nada mesmo.
abs