Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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saullo
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1216 Mensagem por saullo » Qui Abr 23, 2015 4:19 pm

Lá atrás, se falou em 6 Brigadas de Infantaria Mecanizada, conforme o Lywis postou, que poderiam ser a 15ª, a 3ª, a 13ª, a 9ª, a 8ª e a 11ª.
Ficava até interessante.
2 no Sul, 1 no Centro-Oeste, 1 no Planalto (pra mim a menos necessária dessas 6), 1 no Sudeste (RJ) e 1 no Leste (SP).
Mesmo assim sentia falta de 1 no Nordeste e 1 no Norte, ali por Rondônia.
Já agora falam em cortar pra só 4 Brigadas de Infantaria Mecanizada e mantendo essa do Planalto, parece que vai ficar tropa leve demais.
Se pelo menos transformassem a 13ª em Mecanizada e deixassem a 3ª como Leve parece que faria mais sentido.

Abraços




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1217 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 4:42 pm

RobsonBCruz escreveu:No artigo O GRUPO DE COMBANTE DO PELOTÃO DE INFANTARIA MECANIZADA, de Alex Alexandre de Mesquita – TC, Comandante do Centro de Instrução de Blindados, com a colaboração do 2° Sgt Rangel Panichi Flôres - Monitor, disponível http://www.defesanet.com.br, há o relato da composição da brigada de infantaria mecanizada, como se segue:


"No ano de 2010, o Exército Brasileiro criou a Brigada de Infantaria Mecanizada[1], uma Grande Unidade organizada a três Batalhões de Infantaria Mecanizados (BI Mec), um Regimento de Carros de Combate (RCC) sobre Rodas, um Grupo de Artilharia Autopropulsado (GAC AP), um Batalhão de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec) e demais elementos de uma brigada de Infantaria."

Como já discutido em algum lugar nesse FDB, parece que, de acordo com o PEEX 2016-2019, serão ao todo quatro brigadas de infantaria mecanizadas (a 15ª em implantação, a 3ª apontada no PEEX como a próxima, a 9ª muito provavelmente e mais uma, a 8ª ou a 11ª).

Para a 15ª BdaInfMec temos o 14ºRCM próximo, que pode se tornar sua unidade orgânica como RCC.

Para a 9ª BdaInfMec igualmente temos o 15ºRCM.

Para a 8ª (se essa for transformada em BdaInfMec) igualmente temos o 12ºRCM.

Para a 11ª (se essa for transformada em BdaInfMec) igualmente temos o 13ºRCM.

Mas para a futura (e próxima) 3ª BdaInfMec não temos nenhum RCM próximo.

Em alguns textos (não lembro aonde) consta uma possível transferência da 3ªBdaCavMec (lembro-me que citava a brigada) para o CMP.

Será que não houve um equívoco e o que se planeja é a a transferência do 3ºRCM (Bagé) da 3ª BdaCavMec para o CMP, para compor a futura 3ª BdaInfMec ?

Alguém sabe melhores informações?
Deve haver algum engano, Robson. Pelo menos até 2019 nada consta nos Planos (PEEx) a esse respeito.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1218 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 5:13 pm

FCarvalho escreveu:Salvo engano, todas essas undes estão dispostas entre RJ e RGS. Pior, são apenas quatro, o que já bem ruim, pois queriam cinco, agora tem menos uma. A exceção é a 3a BIMec que fica no planalto central. Pra defender o quê não sei. Nenhuma no nordeste, e também nada no centro-oeste(MT/MS). Na região norte, nem pensar.

Pelo jeito essa conversa de interiorização do EB vai continuar coisa pra boi dormir mesmo. Por muito tempo... :?

abs
Não é para defender nada, são apenas disposições estratégicas, já que taticamente existem outras GU dispostas.
Quem tem um Exército pequeno, como o Brasil, tem que dispor estrategicamente suas Forças e, dentro do estratégico, taticamente.
Para isso: Forças de Vigilância e Fronteira (F Fron); Forças de Ação Estratégica (F A E) e Forças de Emprego Geral e Reserva (F E Ge). Está lá no PEEx 2016 a 2019.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1219 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 5:46 pm

RobsonBCruz escreveu:Ainda em relação a uma possível transferência de RCM do RS para o CMP, para compor a futura 3ª BdainfMec, se for transferido o 3º RCM e também ocorrer a transformação da 8ªBdaInf p/Mec com a incorporação do 12ºRCM, a 3ªBdaCavMec passaria de 3 RCM para apenas 1, o que não me parece razoável.

Assim, penso que seria melhor a transferência do 19ºRCM (Santa Rosa-RS), unidade hoje vinculada diretamente à 3ªDE.
Olhando com mais atenção, eu diria que isso pode vir a acontecer, caso a 8ª Bda transforme-se em Leve ao invés de Mec. A 3ª CMec ficaria com o 12º RCMec e o 3º R C Mec iria para o Planalto Central (PC).
E foi exatamente a "criação", ainda que no papel, destes RCC/SR que abortou a criação de duas brigadas Inf Mec.
Quanto ao 3º e 19º RCMec, veja que a faixa de terreno de responsabilidade do 19º RCMec é da ordem de 133Km e a do 3º RCMec é de 80km e seria redividida entre o 12º e o 7º RCMec.
Portanto, é muito menos dispendiosa a transformação e a mudança de sede do 3º RCMec para o PC.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1220 Mensagem por RobsonBCruz » Qui Abr 23, 2015 6:08 pm

Lywis escreveu:
Lywis escreveu: Mas desde o início que se fala que será uma família de blindados de 2044 unidades. Acho que já está estabelecido que este número engloba todas as versões.
Só complementando:

3ª Brigada de Infantaria Motorizada – Cristalina (Passará à 3ª Bda Inf Mec)

8ª Brigada de Infantaria Motorizada – Pelotas (Passará à: 8ª Bda Inf Mec)

9ª Brigada de Infantaria Motorizada (Es) - Rio de Janeiro [Passará à: 9ª Bda Inf Mec (Es)]

11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO) – Campinas (Passará à: 11ª Bda Inf Mec)

13ª Brigada de Infantaria Motorizada – Cuiabá (Passará à 13ª Bda Inf Mec)

15ª Brigada de Infantaria Motorizada – Cascavel (Passará à 15ª Bda Inf Mec)

São 6 e não 4 motorizadas a serem transformadas em mecanizadas, isso é muita gente! Junte isto às Bgdas de Cav Mec e você tem tropa suficiente para 2044 blindados (fora os VBMT-LR).
A transformação acima estava prevista na EBF (Estratégia Braço Forte), de 2009. Posteriormente alguns artigos/matérias foi citodo que não seriam mais 6, mas apenas 5, com a 13ª sendo transformada em leve.

No Plano Estratégico do Exército (PEEX 2016-2019) consta o seguinte em relação a criação ou transformação de brigadas:

1.1.2.1 Prosseguir na implantação, na 6ª RM, do núcleo da 19ª Bda Inf L em Salvador-BA.
1.1.2.2 Prosseguir na implantação, na 10ª RM, do núcleo da 20ª Bda Inf L em Fortaleza/CE.
1.1.2.5 Iniciar a transformação da 13ª Bda Inf Mtz em Bda Inf L.
1.1.2.6 Iniciar a transformação da 18ª Bda Inf Fron em Bda Inf L.
1.1.2.11 Realizar estudos para a implantação de um Cmdo Bda Inf Sl em Rio Branco-AC.
1.1.3.1 Prosseguir na implantação do Cmdo 22ª Bda Inf Sl em Macapá-AP.
1.2.4.4 Prosseguir na transformação da 3ª Bda Inf Mtz em 3ª Bda Inf Mec.

Mais adiante (na PEEX 2016-2019), consta também:

3) CO 06 - Ação Terrestre
- Continuar a implantação da capacidade blindada nas 5ª Bda Cav Bld e 6ª Bda Inf Bld;
- Implantar a capacidade mecanizada em 4 brigadas de infantaria motorizada;
- Modernizar a capacidade mecanizada das brigadas de cavalaria mecanizada; e
- Transformar as demais capacidades de infantaria motorizada em infantaria leve.




Editado pela última vez por RobsonBCruz em Qui Abr 23, 2015 6:22 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1221 Mensagem por RobsonBCruz » Qui Abr 23, 2015 6:19 pm

jauro escreveu:
RobsonBCruz escreveu:Ainda em relação a uma possível transferência de RCM do RS para o CMP, para compor a futura 3ª BdainfMec, se for transferido o 3º RCM e também ocorrer a transformação da 8ªBdaInf p/Mec com a incorporação do 12ºRCM, a 3ªBdaCavMec passaria de 3 RCM para apenas 1, o que não me parece razoável.

Assim, penso que seria melhor a transferência do 19ºRCM (Santa Rosa-RS), unidade hoje vinculada diretamente à 3ªDE.
Olhando com mais atenção, eu diria que isso pode vir a acontecer, caso a 8ª Bda transforme-se em Leve ao invés de Mec. A 3ª CMec ficaria com o 12º RCMec e o 3º R C Mec iria para o Planalto Central (PC).
E foi exatamente a "criação", ainda que no papel, destes RCC/SR que abortou a criação de duas brigadas Inf Mec.
Quanto ao 3º e 19º RCMec, veja que a faixa de terreno de responsabilidade do 19º RCMec é da ordem de 133Km e a do 3º RCMec é de 80km e seria redividida entre o 12º e o 7º RCMec.
Portanto, é muito menos dispendiosa a transformação e a mudança de sede do 3º RCMec para o PC.
Particularmente acho importante a 3ª ser transformada em Mecanizada, assim como a 9ª e a 11ª (essa última em detrimento da 8ª), porque seriam brigadas fortes e flexíveis, com grande mobilidade, próximas aos principais centros econômicos e político.

Apenas gostaria que fossem 5 e não 4 as brigadas de infantaria mecanizadas, com uma no NE.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1222 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 6:23 pm

FCarvalho escreveu:
Lywis escreveu: Mas desde o início que se fala que será uma família de blindados de 2044 unidades. Acho que já está estabelecido que este número engloba todas as versões.
Até onde eu entendi, seriam 20144 bldos, mas ninguém disse nada sobre serem todos VBTP, ou um misto de VBTP, VBR e outros.
De qualquer forma, penso que com a estrutura planejada para operar as OM mecanizadas que se pretende, mesmo este número é grande demais.

abs
Em 2009 um jornal noticiou:

"O Exército assinou ontem (18/Dez 09) contrato de R$ 6 bilhões com a montadora italiana Iveco, pertencente ao grupo Fiat, para a produção de 2.044 blindados num período de 20 anos, informaram a empresa e o Exército. Segundo a Iveco, os blindados, conhecidos como Veículos Blindados para o Transporte de Pessoal Médio Sobre Rodas (VBTP-MR), substituirão os modelos Urutus, usados atualmente pelos militares brasileiros. A fabricação dos blindados deve começar em 2012 e terminar em 2030."

Como só há um contrato assinado e a VBR 8x8 faz parte da família, então não há dúvidas, as VBR, as VBTP e as VBEsp (Mrt, Cmdo, CTir, Sau, etc) farão parte do pacote de 2044 VBTP-MR.
Aliás, é só ver os folders anteriores com os desenhos das Viaturas, eram 2044 daqueles. A única dúvida era a VBR, que seria 6x6 ou 8x8.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1223 Mensagem por Moonwalker » Qui Abr 23, 2015 6:24 pm

Desculpa, mas pergunta de leigo:

Brigada Cav Blind = Leo e M113
Brigada Inf Blind = Leo e M113
Brigada Mecanizada = Guarani

Mas qual a diferença entre Brigada Leve e Motorizada? Achava que era a mesma coisa (jipes e caminhoes) mas claramente estou errado...




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1224 Mensagem por Clermont » Qui Abr 23, 2015 7:05 pm

Lywis escreveu:11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO) – Campinas (Passará à: 11ª Bda Inf Mec)
Isso está mesmo confirmado?

E se estiver, isto não significará o desperdício de todo o tempo e dinheiro gastos na compra de material especializado em operações policiais e no preparo da tropa na sua utilização?

Diga-se, de passagem, que eu sempre achei um exagero converter uma brigada de ações militares para uma brigada de ações policiais.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1225 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 7:52 pm

Já que estamos em assuntos correlatos este artigo vem a calhar.
No ano de 2010, o Exército Brasileiro criou a Brigada de Infantaria Mecanizada[1], uma Grande Unidade organizada a três Batalhões de Infantaria Mecanizados (BI Mec), um Regimento de Carros de Combate (RCC) sobre Rodas, um Grupo de Artilharia Autopropulsado (GAC AP), um Batalhão de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec) e demais elementos de uma brigada de Infantaria.

Aproximando o foco do texto para os Pelotões de Infantaria Mecanizados (Pel Inf Mec), temos estas frações organizadas em um Grupo de Comando e três Grupos de Combate (GC), e esta Escotilha do Comandante (nota Defesanet: série de artigos publicados pelo CI Bld) enfatizará o estudo sobre o GC Fuz Mec.

Cada GC Fuz Mec utiliza uma VBTPMR 6X6 GUARANI, que possui capacidade de transportar o grupo até uma posição vantajosa do terreno, fornecendo proteção blindada frente a estilhaços de granadas de Artilharia, morteiro e fogos de armamentos leves, durante a progressão embarcada.

A VBTP oferece, também, meios de observação noturna/diurna, comunicações e comando e controle por meio do Sistema de Gerenciamento do Campo de Batalha (GCB).

O Cmt GC, quando embarcado, é o responsável pela condução da VBTP de forma a garantir seu melhor emprego. Ainda não há ideias conclusivas a respeito do armamento do GC, se o Canhão UT 30 ou o Reparo REMAX .50.

O Grupo de Combate de Fuzileiros Mecanizados é comandado por um 3°Sargento e possui 8 (oito) homens distribuídos em duas Esquadras (Esq). Cada Esq é comandada por um Cb Aux e possui mais 3 (três) Soldados.

A organização do GC Fuz Mec é a seguinte:
http://www.defesanet.com.br/doutrina/no ... ecanizada/


Um debate muito comum a respeito do GC, que ainda persiste, é o fato de uma VBTP dotada de armamento complexo e de alta performance, necessitar de mais um sargento na guarnição, para comandar a viatura e um atirador especialista no sistema de armas, impondo a redução do GC, por falta de espaço na VBTP[2].

A respeito do debate sobre o efetivo ideal para um GC, existe um texto interessante de 2013, publicado pela RAND Arroyo Center, intitulado Understanding Why Ground Combat Vehicle That Carries Nine Dismounts is Important to the Army[3].

O referido trabalho faz uma análise histórica desde a II Guerra Mundial, abordando a influência que um GC ideal tem no desenvolvimento das viaturas de combate de Infantaria do Exército do Estados Unidos da América (EUA).

No estudo, são eleitos quatro pilares fundamentais do GC: capacidade de
liderança[4], habilidade para atirar e manobrar com o GC, letalidade e resiliência. Os GC do Exército dos EUA sempre foram organizados considerando a capacidade de atirar e manobrar com as esquadras, a famosa marcha do papagaio.

O conceito de resiliência do GC está ligado à capacidade de manter-se operacional mesmo com a perda de parte do seu efetivo e está diretamente relacionada à letalidade. Este último pilar guarda significado com o tipo de armamento disponível (fuzil, armas anticarro, lançadores de granada etc).

Diversas organizações foram testadas: GC com 11 militares, retirada do fuzil metralhadora das Esq, redução do efetivo etc.

Ao final, concluiu-se que o efetivo atual, de 9 militares, é o ideal. Outro paradigma que, por vezes, é apresentado como alternativa é a organização do GC da Infantaria Blindada alemã, a Panzergrenadier. Contudo, estas frações não realizam as missões típicas da Infantaria do EB, como por exemplo a manutenção do terreno[5].

Desta maneira, pode-se concluir que a organização dos GC da Inf Mec está adequada ao conceito dos quatro pilares. Entretanto, a adoção de armamento moderno na VBTP impõe militares mais especializados.

Pensar sobre o efetivo ideal da célula mater da Infantaria parece ser um dilema de menor importância, contudo é um assunto de vital interesse para os Comandantes da Infantaria Brasileira.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1226 Mensagem por RobsonBCruz » Qui Abr 23, 2015 8:00 pm

Clermont escreveu:
Lywis escreveu:11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO) – Campinas (Passará à: 11ª Bda Inf Mec)
Isso está mesmo confirmado?

E se estiver, isto não significará o desperdício de todo o tempo e dinheiro gastos na compra de material especializado em operações policiais e no preparo da tropa na sua utilização?

Diga-se, de passagem, que eu sempre achei um exagero converter uma brigada de ações militares para uma brigada de ações policiais.
Clermont, hoje temos 9 BPE, 1 BG, 3 RCG e, de acordo com a PEEX, serão criados mais, conforme a seguir:

3.2.1 Ampliar a capacidade operacional do Exército para atuar na proteção da sociedade.
3.2.1.1 Prosseguir na implantação do 6º BPE em Salvador-BA.
3.2.1.2 Prosseguir na implantação do 11º BPE no Rio de Janeiro-RJ.
3.2.1.3 Prosseguir na implantação do 7º BPE em Manaus-AM.
3.2.1.4 Iniciar a reestruturação do 3º BPE em Porto Alegre-RS.
3.2.1.5 Prosseguir na implantação do 12º BPE em Belo Horizonte-MG.
3.2.1.6 Reequipar os BPE do CML, CMSE e CMP.
3.2.1.7 Reequipar os BPE do CMNE e CMS.
3.2.1.8 Iniciar a implantação do 9º BPE por Tfrm da 14ª Cia PE em Campo Grande-MS.
3.2.1.9 Iniciar a implantação de uma Cia PE em Santa Maria-RS.
3.2.1.10 Estudar a transformação da 15ª Cia PE em BPE em Belém-PA.
3.2.1.11 Estudar a transformação da 5ª Cia PE em BPE em Curitiba-PR.

Ou seja, não vai faltar OM para redistribuir o material especializado para GLO.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1227 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 8:22 pm

Moonwalker escreveu:Desculpa, mas pergunta de leigo:

Brigada Cav Blind = Leo e M113
Brigada Inf Blind = Leo e M113
Brigada Mecanizada = Guarani

Mas qual a diferença entre Brigada Leve e Motorizada? Achava que era a mesma coisa (jipes e caminhoes) mas claramente estou errado...
Bda Bld (Cav ou Inf): 216 Leopard1A5 e mais de 320 M113.

Bda Inf Mec: 210 VBTP (Guarani); 41 VBC,CC,SR; 07 VBR (EsqdCMec/Bda). As VBR inicialmente serão EE-9 e posteriormente as mesmas VBC.

A diferença de Bda Lv e Mtz está na redução do efetivo (de 5667 na Mtz para 3063 na Lv) e na diminuição dos trens de combate (armamento leve, munição, viaturas armamento pesado, etc).
Toda Bda Leve tem que ter condições de ser Aeromóvel.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1228 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 8:38 pm

RobsonBCruz escreveu:
Clermont escreveu: Isso está mesmo confirmado?

E se estiver, isto não significará o desperdício de todo o tempo e dinheiro gastos na compra de material especializado em operações policiais e no preparo da tropa na sua utilização?

Diga-se, de passagem, que eu sempre achei um exagero converter uma brigada de ações militares para uma brigada de ações policiais.
Clermont, hoje temos 9 BPE, 1 BG, 3 RCG e, de acordo com a PEEX, serão criados mais, conforme a seguir:

3.2.1 Ampliar a capacidade operacional do Exército para atuar na proteção da sociedade.
3.2.1.1 Prosseguir na implantação do 6º BPE em Salvador-BA.
3.2.1.2 Prosseguir na implantação do 11º BPE no Rio de Janeiro-RJ.
3.2.1.3 Prosseguir na implantação do 7º BPE em Manaus-AM.
3.2.1.4 Iniciar a reestruturação do 3º BPE em Porto Alegre-RS.
3.2.1.5 Prosseguir na implantação do 12º BPE em Belo Horizonte-MG.
3.2.1.6 Reequipar os BPE do CML, CMSE e CMP.
3.2.1.7 Reequipar os BPE do CMNE e CMS.
3.2.1.8 Iniciar a implantação do 9º BPE por Tfrm da 14ª Cia PE em Campo Grande-MS.
3.2.1.9 Iniciar a implantação de uma Cia PE em Santa Maria-RS.
3.2.1.10 Estudar a transformação da 15ª Cia PE em BPE em Belém-PA.
3.2.1.11 Estudar a transformação da 5ª Cia PE em BPE em Curitiba-PR.

Ou seja, não vai faltar OM para redistribuir o material especializado para GLO.
E digo mais, isso foi uma imposição que foi feita pelo Cmt do Ex (Chiquinho do PT, como era conhecido o Gen Francisco Albuquerque) antes do Gen Enzo. Imposição esta, para agradar políticos do.............. .
Ainda bem que foi investido pouco, pois havia uma reação interna muito grande. Não perdeu-se nada com este desvirtuamento de função. Uma Bda inteira para GLO é muito, nem existe respaldo doutrinário para amparar tal despropósito.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1229 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Abr 23, 2015 8:42 pm

jauro escreveu:Bda Bld (Cav ou Inf): 216 Leopard1A5 e mais de 320 M113.
Isso somando as duas brigadas, certo?
jauro escreveu:de 5667 na Mtz para 3063 na Lv
Como essas tropas são distribuídas nessas brigadas?




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1230 Mensagem por jauro » Qui Abr 23, 2015 9:51 pm

jauro escreveuColon
Bda Bld (Cav ou Inf): 216 Leopard1A5 e mais de 320 M113.

Isso somando as duas brigadas, certo?
Certo




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