SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1336 Mensagem por akivrx78 » Seg Jan 05, 2015 4:44 pm

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1337 Mensagem por Clermont » Seg Jan 05, 2015 5:37 pm

A primeira providência tomada ao capturar-se japoneses era despí-los. Isto pelo hábito que eles tinham de ocultar explosivos, granadas e outras armas para atacar os americanos de surpresa.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1338 Mensagem por Lirolfuti » Seg Jan 05, 2015 5:38 pm

Um dos métodos do famoso ataque - BANZAI :!:




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1339 Mensagem por Lirolfuti » Seg Jan 05, 2015 9:08 pm

Hoje na História: 1945 - Pilotos japoneses receberam primeira ordem para se tornar um kamikaze
Max Altman | São Paulo - 05/01/2014 - 08h00
Blitz dos kamikazes revelavam o desespero do Japão nos meses finais da Segunda Guerra Mundial no Pacífico.

Em 5 de janeiro de 1945, pilotos japoneses receberam a primeira ordem para se tornar um kamikaze – Vento Divino, em japonês. A blitz dos kamikazes revelava o desespero do Japão nos meses finais da Segunda Guerra Mundial no Pacífico. A maior parte dos pilotos de ponta havia morrido, e pilotos jovens precisavam de pouco treinamento para fazer explodir seus aviões carregados de explosivos contra navios aliados. Em Okinawa conseguiram afundar 30 navios em que morreram cerca de 5 mil marinheiros norte-americanos.

O termo kamikaze foi utilizado originalmente pelos estadunidenses para referir-se aos ataques suicidas efetuados por pilotos de uma unidade especial da Armada Imperial Japonesa contra embarcações da frota dos Aliados no final da Segunda Guerra Mundial. Os ataques pretendiam deter o avanço dos aliados no Oceano Pacífico e evitar que chegassem às costas japonesas. Aviões carregados com bombas de 250 quilos impactariam contra os objetivos com o fim de afundá-los ou avariá-los severamente. A origem do mito kamikaze data do século 13, quando uma frota procedente da Mongólia, sob o comando de Kublai Kahn, se aproximou da costa japonesa com o fim de invadir o país. Afortunadamente, um tufão arrasou a frota invasora. Dito tufão foi chamado de Vento Divino, como sinal de que o Japão era o eleito pelos deuses a garantir sua segurança e sobrevivência.

O Japão viveu um crescimento acelerado durante a dinastia Meiji, pasando de país agrário a uma potência industrializada, enfocado no desenvolvimento da tecnologia. Criou um exército forte e moderno, o que levou a uma forte militarização do país. Baseado no modelo colonialista europeu, empreendeu uma quantidade de conflitos armados no continente asiático como a Primeira Guerra Sino-Japonesa de 1894, a Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905 e a Segunda Guerra Sino-Japonesa de 1937.

Durante o verão de 1941, Estados Unidos, Reino Unido e Holanda exerceram embargo petroleiro como protesto contra a ocupação japonesa da China. Fracassados os esforços diplomáticos, o Imperador deu ordem para atacar Pearl Harbor em 7 de dezembro. No dia seguinte os Estados Unidos declararam guerra ao Japão.

Nos 6 meses seguintes, o Japão havia conseguido quase todos os seus objetivos navais, tendo afundado ou danificado seriamente importante quantidade de barcos inimigos.

Porém, em 5 de junho de 1942, bombardeiros estadunidenses avistaram uma poderosa força japonesa e afundaram 4 de seus melhores porta-aviões, um encouraçado e 275 aviões durante a Batalha de Midway, a um custo de um só porta-aviões, o Yorktown. Foi uma vitória decisiva e marcou o ponto de inflexão na Guerra do Pacífico.

Depois de Midway, as forças dos Estados Unidos iniciaram um avanço implacável. Rapidamente os aviões de combate japoneses se viram superados tanto em número como em características técnicas pelos novos aviões norte-americanos. Somente durante a Batalha do Mar das Filipinas, os japoneses perderam mais de 400 aviões e pilotos. Desde 1942, vozes dentro do exército japonés defenderam o recurso a táticas suicidas para tratar de reverter a situação. Um dos principais opositores era o vice-almirante Yokoi. Eram 3 os motivos fundamentais: alto custo para adestrar um piloto e destruir o avião em uma única missão; os aviões não teriam força para destruir um porta-aviões a menos que se estrelasse contra a pista coalhada de aviões; dificuldade de analisar os resultados.

Finalmente, em meados de 1944, o primeiro-ministro Hideki Tojo deu instruções para que os Corpos de Ataque Aéreo organizassem uma unidade especial, que daría nascimento aos kamikazes.

Os japoneses estavam profundamente influenciados por sentimentos ultra-nacionalistas. Em outubro de 1944, o Nippon Times citou o comandante Sekio Nishina: “O espírito da Unidade de Ataque Especial é o grande espírito que corre pelo sangue de todo japonês. A ação de espatifar-se que simultaneamente mata o inimigo e o piloto é chamado Ataque Especial [...] Todo japonês é capaz de converter-se em membro dessa unidade.”

Antes da saída do piloto eram levadas a cabo cerimônias nas quais se lhe entregava a bandeira do sol nascente – insignia da frota naval – com inscrições espirituais, uma pistola e geralmente era oferecido uma taça de sakê ou de chá antes de decolar.

Um grupo especial de ataque suicida formado por caças Zero, carregados com bombas de 250 kg, realizou a primeira missão oficial bem-sucedida, quando a Unidade Shikishima localizou a noroeste da ilha de Suluan uma esquadra norte-americana. O primeiro avião impactou contra um porta-aviões, o mesmo com o segundo, e o navio afundou. O terceiro piloto atirou-se contra outro porta-aviões e o incendiou. O quarto piloto alvejou um cruzador e o afundou.

Desde começos de 1945, os chefes militares discutiam como deter o implacável avanço dos aliados. Após a queda de Iwo Jima, a invasão do territorio nipônico era questão de tempo. As operações suicidas então não só se incrementaram como se coordenou pela primeira vez ataques conjuntos das forças navais e aéreas. Pelo menos 1450 kamikazes saíram das bases japonesas, causando baixa de pelo 5 mil combatentes aliados, as baixas mais numerosas das forças norte-americanas em uma só batalha, Okinawa.

Depois dos dramáticos bombardeios atômicos sobre Hiroshima (6 de agosto) e Nagasaki (9 de Agosto) e a entrada da União Soviética na Guerra do Pacífico, o alto comando começou a preparar a rendição incondicional do Japãp.

Na madrugada de 15 de agosto, o vice-almirante Matome Ugaki convocou 11 bombardeiros para efetuar o último ataque suicida contra a frota inimiga. Quatro desses aviões não conseguiram decolar.

Não há um consenso quanto as cifras definitivas de barcos afundados debido a ação dos kamikazes. Alguns historiadores incluem navios afundados debido aos ataques kaiten (torpedos), pelo que os números vão desde os 34 até os 57 barcos afundados. Uma das listas mais completas e documentadas são as do historiador norte-americano Bill Gordon, quem asegura que a cifra mais exata é de um total de 49 navios afundados.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/h ... aze+.shtml




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1340 Mensagem por brasil70 » Qua Jan 21, 2015 10:13 am

Os amigos concordam que todo o esforço de guerra que foi montado pelo Terceiro Reich para a invasão da URSS tivesse sido direcionado a Inglaterra e o Norte da Africa, o desfecho teria sido outro?
Posteriormente, com o Imperio do Japão atacando em conjunto por um lado e a Alemanha por outro, a União sovietica não sustentaria uma guerra de duas frentes.
Com os alemães em poder dos campos de petroleos das colonias britanicas e do todo o Oriente Medio, poderia se tornar auto suficiente e apoiaria também o Japão na sua expansão. Atacar os EUA por parte do Japão e a atitude de declarar guerra por parte da Alemanha, foi uma total demonstração de falta de planejamento. Deixar o holocausto para depois ou para nunca também ajudaria bastante no esforço de guerra.
Acho que oque realmente levou a queda do Eixo foi a falta de comunicação entre as partes.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1341 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jan 21, 2015 1:54 pm

brasil70 escreveu:Os amigos concordam que todo o esforço de guerra que foi montado pelo Terceiro Reich para a invasão da URSS tivesse sido direcionado a Inglaterra e o Norte da Africa, o desfecho teria sido outro?
Posteriormente, com o Imperio do Japão atacando em conjunto por um lado e a Alemanha por outro, a União sovietica não sustentaria uma guerra de duas frentes.
Com os alemães em poder dos campos de petroleos das colonias britanicas e do todo o Oriente Medio, poderia se tornar auto suficiente e apoiaria também o Japão na sua expansão. Atacar os EUA por parte do Japão e a atitude de declarar guerra por parte da Alemanha, foi uma total demonstração de falta de planejamento. Deixar o holocausto para depois ou para nunca também ajudaria bastante no esforço de guerra.
Acho que oque realmente levou a queda do Eixo foi a falta de comunicação entre as partes.
A decisão de Hitler de abrir uma segunda frente na Rússia foi independente de qualquer posição por parte do Japão. Ele achava que:

1- Os ingleses acabariam aceitando a paz, pois não tinham pendências próprias com a Alemanha e se interessariam também pela queda da URSS.

2- A URSS (na verdade o regime de Stálin) seria derrotada facilmente, sem a necessidade de apoio algum do Japão. E sem Stálin a URSS provavelmente entraria em guerra civil e se desintegraria.


Por parte do Japão, em setembro de 1941 a impressão provavelmente era de que a Rússia estaria em breve derrotada e fora da guerra (os alemães estavam na ofensiva em 1941 - um dia após Pearl Harbor eles fecharam o cerco a Leningrado, e chegaram a Stalingrado no meio do ano seguinte). Após isso, mesmo que a Inglaterra continuasse na luta estaria ocupada com os alemães, e portanto o Japão teria que se concentrar apenas em montar seu perímetro defensivo contra os EUA e esperar que este pedisse a paz com o Eixo após a inevitável desistência da Inglaterra em continuar uma guerra impossível contra uma Alemanha fortalecida.

Esta era a perspectiva não apenas das lideranças da Alemanha e do Japão mas de todo o mundo em finais de 1941. Só que Stálin resistiu e a Inglaterra não desistiu de lutar, e o resto é história. Claro que se os Alemães e Japoneses tivessem vislumbrado isso na época poderiam ter coordenado seus esforços como no seu comentário e vencido a guerra, mas isso não parecia necessário a eles na ocasião. O que só demonstra que a guerra é sempre um assunto arriscado.


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1342 Mensagem por brasil70 » Qua Jan 21, 2015 4:49 pm

LeandroGCard escreveu:
brasil70 escreveu:Os amigos concordam que todo o esforço de guerra que foi montado pelo Terceiro Reich para a invasão da URSS tivesse sido direcionado a Inglaterra e o Norte da Africa, o desfecho teria sido outro?
Posteriormente, com o Imperio do Japão atacando em conjunto por um lado e a Alemanha por outro, a União sovietica não sustentaria uma guerra de duas frentes.
Com os alemães em poder dos campos de petroleos das colonias britanicas e do todo o Oriente Medio, poderia se tornar auto suficiente e apoiaria também o Japão na sua expansão. Atacar os EUA por parte do Japão e a atitude de declarar guerra por parte da Alemanha, foi uma total demonstração de falta de planejamento. Deixar o holocausto para depois ou para nunca também ajudaria bastante no esforço de guerra.
Acho que oque realmente levou a queda do Eixo foi a falta de comunicação entre as partes.
A decisão de Hitler de abrir uma segunda frente na Rússia foi independente de qualquer posição por parte do Japão. Ele achava que:

1- Os ingleses acabariam aceitando a paz, pois não tinham pendências próprias com a Alemanha e se interessariam também pela queda da URSS.

2- A URSS (na verdade o regime de Stálin) seria derrotada facilmente, sem a necessidade de apoio algum do Japão. E sem Stálin a URSS provavelmente entraria em guerra civil e se desintegraria.


Por parte do Japão, em setembro de 1941 a impressão provavelmente era de que a Rússia estaria em breve derrotada e fora da guerra (os alemães estavam na ofensiva em 1941 - um dia após Pearl Harbor eles fecharam o cerco a Leningrado, e chegaram a Stalingrado no meio do ano seguinte). Após isso, mesmo que a Inglaterra continuasse na luta estaria ocupada com os alemães, e portanto o Japão teria que se concentrar apenas em montar seu perímetro defensivo contra os EUA e esperar que este pedisse a paz com o Eixo após a inevitável desistência da Inglaterra em continuar uma guerra impossível contra uma Alemanha fortalecida.

Esta era a perspectiva não apenas das lideranças da Alemanha e do Japão mas de todo o mundo em finais de 1941. Só que Stálin resistiu e a Inglaterra não desistiu de lutar, e o resto é história. Claro que se os Alemães e Japoneses tivessem vislumbrado isso na época poderiam ter coordenado seus esforços como no seu comentário e vencido a guerra, mas isso não parecia necessário a eles na ocasião. O que só demonstra que a guerra é sempre um assunto arriscado.


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Então acha que o que levou a queda da Alemanha frente a URSS não foi uma falta de comunicação por parte do Eixo mas sim de objetivos mais claros e melhores a serem atingidos?
Penso eu que a cidade de Stalingrado não era tão importante quanto Moscou, ao invês de separar o exercito em 03 direções diferentes, recuar, se reorganizar e atacar com tudo em um único local seria um golpe muito mais forte e efeciente.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1343 Mensagem por LeandroGCard » Qua Jan 21, 2015 5:10 pm

brasil70 escreveu:Então acha que o que levou a queda da Alemanha frente a URSS não foi uma falta de comunicação por parte do Eixo mas sim de objetivos mais claros e melhores a serem atingidos?
Não, a derrota da Alemanha para a URSS foi devido a Hitler subestimar a estabilidade do regime soviético e sua capacidade produtiva, bem como a disposição da Inglaterra em não aceitar a Alemanha como potência dominante na Europa continental.
Penso eu que a cidade de Stalingrado não era tão importante quanto Moscou, ao invês de separar o exercito em 03 direções diferentes, recuar, se reorganizar e atacar com tudo em um único local seria um golpe muito mais forte e eficiente.
Moscou só tinha importância política (a leste de Moscou estão apenas os Urais e a planície siberiana, onde os exércitos alemães iriam simplesmente se diluir), mas o governo de Stálin poderia se deslocar para outro lugar (a indústria já estava indo para lá dos Urais) e esta importância desapareceria. Napoleão já havia experimentado a mesmíssima situação.

Já Stalingrado era a porta para o Cáucaso e os campos de petróleo ali existentes, além de um segundo acesso ao oriente médio sem passar pelo Mediterrâneo. Se os alemães conquistassem a região mudariam toda a balança estratégica em dois teatros ao mesmo tempo. Também acho que o esforço deveria ter sido concentrado, mas no sul e não no centro.


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1344 Mensagem por brasil70 » Qui Jan 22, 2015 10:23 am

LeandroGCard escreveu:
brasil70 escreveu:Então acha que o que levou a queda da Alemanha frente a URSS não foi uma falta de comunicação por parte do Eixo mas sim de objetivos mais claros e melhores a serem atingidos?
Não, a derrota da Alemanha para a URSS foi devido a Hitler subestimar a estabilidade do regime soviético e sua capacidade produtiva, bem como a disposição da Inglaterra em não aceitar a Alemanha como potência dominante na Europa continental.
Penso eu que a cidade de Stalingrado não era tão importante quanto Moscou, ao invês de separar o exercito em 03 direções diferentes, recuar, se reorganizar e atacar com tudo em um único local seria um golpe muito mais forte e eficiente.
Moscou só tinha importância política (a leste de Moscou estão apenas os Urais e a planície siberiana, onde os exércitos alemães iriam simplesmente se diluir), mas o governo de Stálin poderia se deslocar para outro lugar (a indústria já estava indo para lá dos Urais) e esta importância desapareceria. Napoleão já havia experimentado a mesmíssima situação.

Já Stalingrado era a porta para o Cáucaso e os campos de petróleo ali existentes, além de um segundo acesso ao oriente médio sem passar pelo Mediterrâneo. Se os alemães conquistassem a região mudariam toda a balança estratégica em dois teatros ao mesmo tempo. Também acho que o esforço deveria ter sido concentrado, mas no sul e não no centro.


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Concordo, mas com a queda de Moscou antes da Batalha de Stalingrado, concerteza a moral e o impeto sovietico seria outro, a desconfiança no sucesso da defesa seria praticamente inexistente.
Não entendo como o alto comando alemão deixou cair por terra todo o sucesso que obtiveram no começo em Stalingrado, a cidade e todo o futuro estavam sob controle e deixaram escapar.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1345 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 22, 2015 12:14 pm

brasil70 escreveu:Concordo, mas com a queda de Moscou antes da Batalha de Stalingrado, concerteza a moral e o impeto sovietico seria outro, a desconfiança no sucesso da defesa seria praticamente inexistente.
Os alemães esperavam desde o início da guerra que a moral e o ímpeto do exército soviético fossem outros, afinal "era apenas um exército de escravos do partido comunista, que lutavam obrigados por seus mestres comissários políticos e não por sua própria vontade". Bem, acabou que não foi bem assim, e não há como saber se a queda de Moscou mudaria qualquer coisa nisso. Talvez acontecesse o contrário, os soviéticos poderiam tomar a reconquista de Moscou como ponto de honra e lutar com ainda maior ímpeto.

Não entendo como o alto comando alemão deixou cair por terra todo o sucesso que obtiveram no começo em Stalingrado, a cidade e todo o futuro estavam sob controle e deixaram escapar.
Chegou o inverno, com as forças alemães presas dentro da cidade e com linhas de suprimentos quase paralisadas. Os generais queriam recuar, encurtar a linha e garantir que suas forças estivessem prontas para retomar a ofensiva na volta da primavera, mas Hitler não permitiu. E a capacidade de mobilização da URSS era maior que a alemã, de forma que o tempo corria contra os nazistas. Quanto mais os meses se passavam menos condições as forças alemães tinham de resistir ao ímpeto do exército vermelho.


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1346 Mensagem por brasil70 » Qui Jan 22, 2015 3:36 pm

Acha que depois de Stalingrado, o Reich alemão ainda tinha chances de revertar a situação?




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1347 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 22, 2015 5:30 pm

brasil70 escreveu:Acha que depois de Stalingrado, o Reich alemão ainda tinha chances de reverter a situação?
Se fosse penas contra a Rússia, talvez. Seria difícil, mas possível, principalmente com a Alemanha mobilizando a capacidade produtiva dos países da Europa que haviam sido dominados ou estavam em sua esfera de influência. Mas tendo que enfrentar também o poderio do Império Britânico e dos EUA, isso era impossível. O melhor que os alemães poderiam ter feito após a queda de Stalingrado era negociar a paz, mesmo que tivessem que abrir mão de todas as suas conquistas desde a reocupação da Renânia. Porém, depois de todas as atrocidades cometidas pelo regime nazista isso só seria possível se sua liderança concordasse em deixar o poder, e isso eles jamais admitiriam (até por medo de serem responsabilizados por seus atos).

A grande chance de vitória que os alemães tiveram foi mesmo quando da invasão da URSS. Os soviéticos estavam despreparados porque Stálin acreditava que Hitler não romperia o tratado de não agressão, e em diversas das repúblicas não russas a população poderia ter acolhido os alemães como libertadores e se voltado contra o regime de Stálin. Se tivessem agido de forma correta com as populações de uma Estônia, de uma Lituânia, de uma Ucrânia e etc... e dado a elas garantias de que teriam direito a um nível de auto-determinação superior ao que tinham sob Stálin, todas estas nações poderiam ter mudado de lado e passado a apoiar maciçamente as forças alemãs, não necessariamente com tropas mas principalmente com recursos e tranquilidade na retaguarda.

Mas a política nazista era oposta a isso. Os territórios das nações da Europa oriental eram vistos com espaço para expansão da raça germânica, e as populações de origem eslava vivendo lá eram tratadas como sub-raças a serem eliminadas ou na melhor das hipóteses, escravizadas. E os nazistas nem esperaram a consolidação de sua vitória na URSS para iniciar o processo, eles já enviaram na esteira das tropas da wehrmacht unidades de extermínio e colonos para ocupar o lugar dos habitantes mortos/expulsos. Isso espalhou o terror por toda a população das áreas ocupadas, e fechou a possibilidade de que estas áreas da retaguarda alemã pudessem ser pacificadas. A partir daí ou a Alemanha vencia a URSS em campo rapidamente ou com o tempo seria obliterada pelos soviéticos.

E esta última hipótese foi a que aconteceu.


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1348 Mensagem por Clermont » Qui Jan 22, 2015 7:39 pm

LeandroGCard escreveu:(...) O melhor que os alemães poderiam ter feito após a queda de Stalingrado era negociar a paz, mesmo que tivessem que abrir mão de todas as suas conquistas desde a reocupação da Renânia. Porém, depois de todas as atrocidades cometidas pelo regime nazista isso só seria possível se sua liderança concordasse em deixar o poder, e isso eles jamais admitiriam (até por medo de serem responsabilizados por seus atos).
Já li algo sobre Stalin estar desejoso de um acordo de paz com a Alemanha, mesmo tão tarde quanto 1943. Aliás, Mussolini, por esta época, estava apelando à Hitler que fizesse a paz com a URSS, o que não deixa de ser uma coincidência interessante. Ou pode ser que tais conversas de paz fossem, somente, um engôdo soviético para arrancar concessões dos Aliados ocidentais que sabiam bem, o quão difícil - se não impossível - seria uma vitória contra a Alemanha, sem o apoio soviético. De qualquer modo, sendo o jogador que era, Hitler não queria nada com isso, ele ainda iria dobrar as apostas na mesa e tentar virar o jogo pelas armas. As suas "Armas-Maravilhas", caças à jato, submarinos com "Schnorkel" etc e tal.

Agora, quem poderia ter tentado conquistar uma paz com a Alemanha - não com o regime nazista - eram os Aliados ocidentais, caso não tivessem adotado aquela asneira da política de "rendição incondicional". Se tivessem prometido garantir uma paz respeitosa para uma Alemanha pós-nazista, é muito provável que tivessem impulsionado os movimentos antinazistas político-militares, ocasionando uma derrubada do regime de Hitler e o fim da guerra.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1349 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 22, 2015 8:11 pm

Clermont escreveu:Agora, quem poderia ter tentado conquistar uma paz com a Alemanha - não com o regime nazista - eram os Aliados ocidentais, caso não tivessem adotado aquela asneira da política de "rendição incondicional". Se tivessem prometido garantir uma paz respeitosa para uma Alemanha pós-nazista, é muito provável que tivessem impulsionado os movimentos antinazistas político-militares, ocasionando uma derrubada do regime de Hitler e o fim da guerra.
Também acredito que a melhor opção no longo prazo para os países ocidentais teria sido fazer a paz em separado com a Alemanha e deixar que ela e a URSS se digladiassem uma contra a outra pelos anos seguintes, até ambas estarem tão fracas que não representariam mais perigo algum para ninguém. E enquanto isso a Europa ocidental poderia ter começado sua recuperação bem antes e sem o peso da reconstrução alemã, enquanto os americanos ficariam livres para esmagar o Japão.

O problema era esta história de "pós-nazismo". Isso não existiria a menos que o próprio povo alemão se rebelasse e derrubasse o regime, contra toda a opressão da Gestapo e da SS e contra sua própria convicção anterior ao apoiar o governo de Hitler. Possibilidade pequena. Os próprios atentados contra Hitler foram obra de militares, muitos dos quais nunca engoliram bem os nazistas. Mas o povo alemão mesmo praticamente não se manifestou até o amargo final.


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1350 Mensagem por Lirolfuti » Qui Jan 22, 2015 8:19 pm

Leandro não foram todos os atentados sofridos por hitler obra dos militares alemães, o primeiro deles se não me falha a memoria foi antes de um discurso em que um carpinteiro plantou uma bomba improvisada embaixo do palanque. O que quero dizer é que das inúmeras tentativas de assassina-lo algumas partirão de gente comum.




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