Vejo nesta notícia duas coisas.
Uma é que a escolha do EB pela versão 6x6, obviamente objetivando melhorar a relação de custos, tendo em vista a aquisição de uma grande quantidade de veículos, pode ser um fator limitante de futuras e possíveis exportações do Guarani.
Outra é que o atraso no desenvolvimento da versão 8x8, ainda que tutelada sob a perspectiva da versão de reconhecimento, está a diminuir as chances também de exportações para o Guarani.
Tirando o fato de que todos os projetos militares da defesa estão atrasados, em maior ou menor medida, é possível antever que o futuro do VBTP Guarni pode estar sendo enterrado com pá e tudo, tendo em vista a nossa incapacidade de gestar o projeto na velocidade e condições exigidas pelas demandas do mercado externo.
E como o EB, além da Iveco, é claro, propriamente já planejaram o desenvolvimento deste veículo e versões tendo em vista possíveis exportações, aparentemente isto está indo por água abaixo, também.
Até o momento, apenas o Líbano parece ter se interessado no Guarani. E mais ninguém. Venda que é bom, nada.
Muitas fases já deveriam ter sido ultrapassadas a esta altura do programa. Mas sequer estamos conseguindo manter a produção para além do lote de experimentação. A VBR tomou mais uma prorrogação na cabeça. As outras versões planejadas então, nem se fala.
Talvez se o CFN ressolvese adotar adotar a versão 8x8 como VBTP para já, isto poderia acelerar o seu desenvolvimento e gerar novas expectativas de exportação. Mas tem os Piranha III...
Enfim, o programa Guarani parece caminhar para se tornar mais um daqueles projetos que começa e ninguém sabe quando, e se, termina.... bem.
abs