Paisano escreveu:Percepções de um leigo:
Me passa a impressão de que o MAN é o Plano B da MB para os atuais Exocet por ela utilizados.
E, ainda, que o "verdadeiro MAN" é, na realidade, o missil AV-MT 300.
PS: Novamente informando que não sei absolutamente nada de nada e que estou apenas especulando com base no tenho lido nos tópicos do DB.
Não acredito que o nível de integração entre as 3 forças e o MD chegue a ponto de permitir que os dois programas tenham sido planejados deste jeito desde o princípio, infelizmente.
A impressão que tenho é que a MB, embora tendo conversado com a Avibrás, simplesmente não acreditou que fosse possível partir de cara para um míssil mais sofisticado do que o Exocet Block-II, e colocou pé firme em que este deveria ser o parâmetro usado para o novo desenvolvimento (por duas razões básicas; era sabidamente algo viável pois já funcionava, e seria depois compatível com as instalações já disponíveis nos navios que estavam em operação e ainda estariam operando por muito tempo). Por outro lado a Avibrás desde o início percebeu que um míssil tão limitado não teria mercado fora quem já fosse usuário do MM-40 e ainda tivesse que enfrentar restrições orçamentárias (condições muito pouco auspiciosas em termos de negócios) e para o EB definiu parâmetros bem mais arrojados a serem utilizados no míssil AV-MT.
O resultado é que ambos os projetos foram tocados de forma basicamente independente, o MAN-1 tendo a própria marinha como principal responsável com apoio da fundação Ezute (Atech) e outras empresas, sendo a Avibrás envolvida apenas na parte da propulsão, e o AV-MT pela própria Avibrás, tendo o EB como patrocinador. Mas é claro que quando ambos os mísseis estiverem com seu desenvolvimento completado nada (com exceção de eventuais questões políticas entre as forças e as empresas) impedirá que os desenvolvimentos do MAN-1 em termos de navegação e guiagem final sejam aproveitados em uma versão anti-navio do AV-MT, que seria muito bem vinda para equipar os novos navios que deverão em algum momento substituir os da frota atual, enquanto o conhecimento adquirido com o AV-MT em propulsão por turbinas seria uma adição muito interessante à versão de lançamento aéreo do MAN-1.
Leandro G. Card