MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4756 Mensagem por Bourne » Seg Out 13, 2014 1:53 pm

Os apadrinhados do Aécio.

Também vejo alguns que não deveriam estar aí. :roll:

Aécio reúne nove pessoas em embrião de equipe econômica

http://oglobo.globo.com/brasil/aecio-re ... a-14216690

BRASÍLIA — Animado com o apoio que vem recebendo de partidos políticos e com o resultado das últimas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, já formou o núcleo de colaboradores que poderia ajudá-lo a administrar a economia caso seja eleito. Além de Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, são tidos como nomes prontos para apoiá-lo num possível governo o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); o pesquisador Samuel Pessôa, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV); Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e hoje forte crítico da política econômica, como vice-presidente do Insper; e Eduardo Loyo, diretor e economista-chefe do Banco UBS Pactual.

O time de Aécio Neves — formado por pessoas que mantêm algum tipo de vínculo com a campanha presidencial do PSDB ou que foram ligadas ao governo tucano vigente até o fim de 2002 — reúne ainda os idealizadores do Plano Real, como os economistas Edmar Bacha e Pérsio Arida, que também foi presidente do Banco Central.

Da equipe participaria, ainda, Monica de Bolle, sócia da Galanto Consultoria e integrante da Casa das Garças — o instituto de pesquisas econômicas que é reduto dos economistas tucanos. Especula-se que Bacha, Arida e Gustavo Franco, outro que ajudou a montar o Plano Real, poderiam ser consultores informais do governo, em caso de vitória de Aécio.

Segundo fonte ligada à campanha do PSDB, em termos de cargos, o único definido até o momento é o de Arminio, tido como o mais cotado para assumir a Fazenda. Outra especulação é a que põe Loyo à frente do BC, órgão do qual foi diretor de estudos especiais. Ele também foi diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI).

— Loyo é extremamente competente e discreto, além de muito preparado e respeitado — explicou a fonte.

O eixo econômico é considerado o principal desafio para um possível governo tucano. Há um pacote de medidas em preparação, cuja intensidade e alcance dependem de discussões com a equipe de transição que seria designada pela presidente Dilma Rousseff (PT). A ideia é “melhorar o ambiente macroeconômico”.

Entre as tarefas previstas da equipe estão um ajuste fiscal nas contas públicas e, ao mesmo tempo, a definição de medidas para melhorar a taxa de crescimento da economia brasileira. As regiões do país mais fragilizadas deverão receber tratamento especial, com programas de fomento econômico.

Na área de política externa, Aécio conta com a ajuda, principalmente, dos embaixadores Rubens Barbosa e Sergio Amaral. Em Saúde, destacam-se o senador eleito José Serra (SP) e Barjas Negri, ambos ex-ministros de Fernando Henrique. Em Educação, a principal responsável pela campanha é Maria Helena Guimarães de




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4757 Mensagem por Sterrius » Seg Out 13, 2014 5:36 pm

Pelo menos maioria presta ? ISso ja seria reconfortante.

Pq dilma tb nao tem acertado 100%, se brincar nem 50% ja que nao adianta por a pessoa no cargo e deixa-la sem poder.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4758 Mensagem por Bourne » Seg Out 13, 2014 7:24 pm

Meu temor é trocar a maldição da Unicamp pela maldição da PUC-Rio. :|

Outra coisa que assusta é metade ser consultorias financeiras. Tudo bem que todos tem o direito e dever de garantir o leitinho das crianças, mas fica estranho. Essa promiscuidade não pega bem em lugar nenhum do mundo devido ao conflito de interesses.

Não precisa ser nenhuma gênio em um eventual governo Aécio. Só não inventar.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4759 Mensagem por cassiosemasas » Ter Out 14, 2014 1:08 am

pois é...ai é trocar 6 por meia dúzia, mas essa história dos vínculos, também me deixa de cabelo em pé, concordo com o colega Bourne que não tem nada de errado em garantir o leite(eu trocaria leite por wisk) das crianças...mas realmente não pega bem...e não é por falta de gente competente na área que não esteja vinculado a nada do gênero, o que tem que mudar mesmo é a forma que se faz as coisas em "Pindorama" .




...
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4760 Mensagem por Grep » Ter Out 14, 2014 11:28 pm

Aécio vai mesmo insistir na burrice de criticar o financiamento do porto de Mariel com esses argumentos.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4761 Mensagem por prp » Qua Out 15, 2014 12:03 am

Resumo do debate:
Dilma: "AECIO VC PERDEU EM MINAS" Aécio: "MENTIRA EU GANHEI VC ESTA ENGANADA" agora só repetir isso infinitas vezes

dilma ''eu criei empregos'' aecio ''os empregos estao indo embora''

:lol: :lol: :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4762 Mensagem por knigh7 » Qua Out 15, 2014 1:00 am

Bourne escreveu:Meu temor é trocar a maldição da Unicamp pela maldição da PUC-Rio. :|
Bourne,

É necessário tomar cuidado que ideias que dão certo são cheias de pais e aquelas que dão errado não encontram ninguém. Principalmente na economia onde prestígio significa muita grana. Inclusive no meio acadêmico com as consultorias.

O Maílson da Nóbrega e o Bresser Pereira são 2 que fazem cara de paisagem com as besteiras que eles fizeram na década de 80. Bom, mas como eu disse, é difícil encontrar responsável...

No início da década de 90, o Brasil era considerado um país em colapso dadas as sucessivos pacotes econômicos que não davam certo. Era 1 moeda por ano. Mas eu acho que vc estudou isso em economia. O FHC assumiu o Min. da Fazenda assim. Eu me lembro da Veja, da Folha e do Estadão que ele ficava trancado com os economistas da PUC do Rio de Janeiro.

Quando o Plano Real foi lançado o Mattoso, Beluzzo & Cia da Unicamp, bem como o Antônio Lanzana, o Anuatti Neto & Cia da USP criticavam o plano. E nem considero os da UFRJ pq aquilo lá é uma natureza morta.

Eu me lembro que o Bresser Pereira tentava puxar paternidade em estudos que ele havia feito na década de 80. Bobagem. Só para alimentar o ego e minimizar o fracasso dele. Ou figuras políticas que caíram de paraquedas como o Ciro Gomes e o Itamar Franco. O que esses 2 fizeram foi não atrapalhar.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4763 Mensagem por knigh7 » Qua Out 15, 2014 1:02 am

prp escreveu:Resumo do debate:
Dilma: "AECIO VC PERDEU EM MINAS" Aécio: "MENTIRA EU GANHEI VC ESTA ENGANADA" agora só repetir isso infinitas vezes

dilma ''eu criei empregos'' aecio ''os empregos estao indo embora''

:lol: :lol: :lol:
Eu gostei do debate.

O Aécio dizendo que pediam para ele para "libertar o Brasil do PT".

Ele não estava mentindo, não...há uma sensação de acirramento e sufoco no país.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4764 Mensagem por Bourne » Qua Out 15, 2014 7:49 am

knigh7 escreveu:
Bourne,

É necessário tomar cuidado que ideias que dão certo são cheias de pais e aquelas que dão errado não encontram ninguém. Principalmente na economia onde prestígio significa muita grana. Inclusive no meio acadêmico com as consultorias.

O Maílson da Nóbrega e o Bresser Pereira são 2 que fazem cara de paisagem com as besteiras que eles fizeram na década de 80. Bom, mas como eu disse, é difícil encontrar responsável...

No início da década de 90, o Brasil era considerado um país em colapso dadas as sucessivos pacotes econômicos que não davam certo. Era 1 moeda por ano. Mas eu acho que vc estudou isso em economia. O FHC assumiu o Min. da Fazenda assim. Eu me lembro da Veja, da Folha e do Estadão que ele ficava trancado com os economistas da PUC do Rio de Janeiro.

Quando o Plano Real foi lançado o Mattoso, Beluzzo & Cia da Unicamp, bem como o Antônio Lanzana, o Anuatti Neto & Cia da USP criticavam o plano. E nem considero os da UFRJ pq aquilo lá é uma natureza morta.

Eu me lembro que o Bresser Pereira tentava puxar paternidade em estudos que ele havia feito na década de 80. Bobagem. Só para alimentar o ego e minimizar o fracasso dele. Ou figuras políticas que caíram de paraquedas como o Ciro Gomes e o Itamar Franco. O que esses 2 fizeram foi não atrapalhar.
Olhe bem,

O Brasil possui um grande problema é que não tem gente qualificada em economia na quantidade e qualidade desejável para um pais que está entre as 10 economias do mundo. Isso só começou a mudar em meados da década de 1990, quando passaram a serem mandados para o exterior gente boa, que agora formam novos quadros ou tentam.

No passado (ou nem tanto) davam margem para salvadores e gênios individuais o que não é a realidade. Por melhor que seja individualmente, não faz milagres e faz a coisa funcionar, tanto que a politica econômica econômica e grandes debates não tem pai e nem mãe. Seja no governo ou na academia. O que existe é um grupo diversos com posições heterogêneas.

Quanto maior a qualidade e quantidade, menor as margens para planos mirabolantes e aberrações. O motivo é que não existe mágica, a discussão é concentrada em detalhes, mas no geral todos concordam, derivada de longos debates e evidencias. Ninguém faz nada sozinho, mas tem uma assessoria direta que pode debater ideias ou, indiretas, baseadas em estudos independentes de gente seria.

Como exemplo, as ideias mirabolantes do Senhor Maílson da Nóbrega, um enorme picareta que dizem não ter segundo grau e subiu na vida gracas as amizades e politicagem. Hoje se mantem como uma consultoria que nada mais é do que agencia para trafico de influencias.

O Bresser Pereira é melhorzinho. Possui uma boa formação e tem trabalhos antigos razoáveis. Porém é mais político do que técnico, trabalha sozinho e ignora o mundo. Outro na mesma linha é o Delfim Netto que tinha equipe e conhecia o que deveria fazer, mas na real dá belas escorregadas na argumentação e conhecimento nas últimas décadas. Ambos são razoáveis, mas longe de serem de outro mundo, mais baseados em conhecimento do aprendizado do dia-a-dia do que estudos mais aprofundados e debates melhor fundamentados.

Sobre a Unicamp, o pessoal da santigas como belluzo e os escolhidos por eles, nunca foram levados a sério. Quando estiveram no governo fizeram besteira. Um dos motivos é que eles tem uma visão muito particular sobre economia, construída por eles mesmos da obra de Keynes e autores relacionados. Os que chegam mais próximos são parte das universidades francesas, mas atribuído as gerações mais recentes terem descoberto que alguns franceses pensam parecido. Hoje que a parte da teoria econômica que começou a admitir que esta ultrapassada e precisa contratar gente de fora. falo de gente que se obteve seu titulo de PhD na década de 2000. Apesar da resistência interna elevada em relação a qualquer mudança profunda.

por muito tempo, existiam duas instituições que contratavam gente boa, formada no exterior e capaz de debater economia em alto nível: USP e PUC-Rio. Hoje se espraiou para UFMG, UFRJ, UnB, FGV-SP, FGV-Rj e logo o Insper que são os principais centros, mas ainda com deficiências nos quadros em relação as congeneres norte-americanas e europeias. Embora exista um crescimento expressivo em relação ao come;o da década de 2000 e outro mundo se comparada aos anos 1980.

Minha treta em relação a maldição da PUC-Rio é a ligação intima deles co consultorias financeiras. Tecnicamente, eles são bem formados com experiencia acadêmica e em órgãos internacionais, mas colocar um dono de consultoria em cargo de relevância na politica econômica gera conflito de interesses.

Nos EUA e Europa que possuem maior tradição, a origem do pessoal que vai ocupar posições chaves no governo está na academia e burocracia, frequentemente, fortemente relacionando as duas. A passagem pelo mercado financeiro acaba sendo rápida e sem pretensões no inicio de carreira para pagar as contas ou, mais comum, no fim para ganhar dinheiro e garantir um final de vida luxuoso. É claro que existem os ganhos extras como consultorias acadêmicas, mas nada de comprometimento e não criam m laços eternos.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4765 Mensagem por Bourne » Qua Out 15, 2014 11:37 am





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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4766 Mensagem por mmatuso » Qua Out 15, 2014 1:37 pm

knigh7 escreveu:
prp escreveu:Resumo do debate:
Dilma: "AECIO VC PERDEU EM MINAS" Aécio: "MENTIRA EU GANHEI VC ESTA ENGANADA" agora só repetir isso infinitas vezes

dilma ''eu criei empregos'' aecio ''os empregos estao indo embora''

:lol: :lol: :lol:
Eu gostei do debate.

O Aécio dizendo que pediam para ele para "libertar o Brasil do PT".

Ele não estava mentindo, não...há uma sensação de acirramento e sufoco no país.
Concordo meu caro e falo mais, quando o Aécio vencer deveríamos fazer que nem Polonia e outros países que proibiram símbolos comunistas e baniram o partido, deveriam apagar dos livros de história o nome Dilma e exilar ela no exterior por todos esses danos que ela causou a nossa sociedade.

E também construir uma estátua da Dilma só para o povo derrubar.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4767 Mensagem por Túlio » Qua Out 15, 2014 3:34 pm

Menos, Matuso, menos... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4768 Mensagem por cassiosemasas » Qua Out 15, 2014 8:52 pm

em suma....o investimento de infraestrutura e conhecimento,(valor agregado)não acompanhou a coisa toda...claro que tem mais coisa, mas isso mostra uma grande mazela do atual governo, apesar de enaltecer o período da primeira década de 2000 que querendo ou não caem no mesmo bojo, agora tivemos essa década , não vamos ter mais isso, e quanto tempo será que vamos precisar para responder a altura. e o pior é que isso demanda mais de uma década de investimentos pesados e não temos esse tempo u seja, tamos a caminho da roça. :(




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4769 Mensagem por GustavoB » Qua Out 15, 2014 9:26 pm

Paredón! Paredón!




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4770 Mensagem por Boss » Sex Out 17, 2014 5:08 pm

‘The Economist’: Por que o Brasil precisa mudar
THE ECONOMIST
17 Outubro 2014 | 11h 09
Leia a íntegra do editorial da publicação britânica, que sugere que o Brasil deveria livrar-se de Dilma e eleger Aécio Neves
Reprodução/Economist.com
Imagem
Ilustração na capa da The Economist sobre eleições no Brasil

Em 2010, quando os brasileiros elegeram como presidente Dilma Rousseff, seu país parecia finalmente estar vivendo à altura do seu imenso potencial. A economia cresceu 7,5% naquele ano, selando um período de oito anos de crescimento mais rápido e acentuada queda na pobreza sob o mandato de Luis Inácio Lula da Silva, mentor político de Dilma e líder do Partido dos Trabalhadores (PT), de centro-esquerda. Mas, quatro anos mais tarde, essa promessa desapareceu. Sob o mandato de Dilma a economia perdeu força e o progresso social desacelerou. Excluída a Rússia, afetada por sanções, o Brasil é de longe o país de desempenho mais fraco entre as economias emergentes dos BRICs. Em junho de 2013, mais de um milhão de brasileiros foram às ruas para protestar contra a baixa qualidade dos serviços públicos e a corrupção na política.

Desde as manifestações, as pesquisas têm mostrado que dois terços dos participantes desejam que o próximo presidente seja diferente. Assim, seria de se esperar que eles tivessem se voltado contra Dilma no primeiro turno das eleições presidenciais no dia 5 de outubro. Na data, ela obteve 41,6% dos votos e continua como favorita para vencer no segundo turno em 26 de outubro, por uma pequena margem. Isso ocorre principalmente porque a maioria dos brasileiros ainda não sentiu na pele os efeitos da economia estagnada - mas logo sentirão. E em parte porque o oponente dela, Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), de centro-direita, que obteve 33,6% dos votos, tem dificuldades para convencer os brasileiros mais pobres que as reformas defendidas por ele - muito necessárias ao país - irão beneficiá-los em vez de prejudicá-los. Se o Brasil quiser evitar quatro anos de derrapagem, é vital que ele tenha sucesso em sua missão.

Uma campanha alterada pelo destino
A tarefa de Aécio se tornou mais difícil com uma campanha marcada pela tragédia e alterada pelo destino, tão dramática quanto uma telenovela brasileira. Dois meses atrás, o candidato que ocupava o terceiro lugar nas pesquisas, Eduardo Campos, morreu num acidente de avião a caminho de um comício. Sua ex-colega de chapa e substituta, Marina Silva, aumentou rapidamente sua popularidade para liderar nas pesquisas. Ambientalista, Marina é a queridinha dos manifestantes, o símbolo da "nova política". Mas, por mais atraente que a ausência de maquinário político ao lado dela possa ter parecido, este foi também um ponto fraco. Diante dos ataques às vezes baixos de Dilma, Marina vacilou. Não ajudou o fato de ela ser evangélica num país de maioria católica. No fim, sua parcela de 21% dos votos ficou pouco acima do resultado obtido por ela em 2010. Em lugar da "nova política", o segundo turno vai repetir a batalha entre PT e PSDB que definiu as eleições presidenciais no Brasil desde 1994.

Nessa disputa, o principal trunfo de Dilma é a gratidão popular pelo pleno emprego, salários mais altos e um conjunto de programas sociais eficazes - não apenas as remessas de dinheiro do Bolsa Família, mas habitação de baixo custo, bolsas para estudantes e programas de fornecimento de eletricidade e saneamento para o Nordeste empobrecido. São feitos concretos. Mas esses são acompanhados por fracassos maiores e menos palpáveis, tanto na economia quanto na política.

Os problemas da economia mundial ao fim do grande boom das commodities prejudicaram o Brasil. Mas o país teve desempenho inferior ao de seus vizinhos latino-americanos. A constante interferência de Dilma nas políticas macroeconômicas e as tentativas de microgerenciar o setor privado levaram a uma queda nos investimentos. Ela fez poucos esforços para remediar problemas estruturais do Brasil: a infraestrutura de péssima qualidade, o alto custo, um sistema fiscal punitivo, burocracia interminável e um rígido código do trabalho copiado de Mussolini.

Em vez disso, ela deu vida nova ao estado corporativo no Brasil, distribuindo favores aos mais próximos, como isenções fiscais e empréstimos subsidiados de bancos estatais inchados. Ela prejudicou tanto a Petrobrás, empresa estatal do petróleo, como a indústria do etanol, ao manter baixo o preço da gasolina para aliviar o impacto inflacionário de sua política fiscal relaxada. Um escândalo de suborno na Petrobrás sublinha que é o PT (e não seus adversários, como Dilma afirma) que não pode receber confiança à frente daquela que já foi uma das joias do país.

O estado corporativo de vorazes aliados é simbolizado pelo tamanho absurdo da coalizão de Dilma e seu gabinete de 39 membros. Isso custa aos brasileiros cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) em impostos - muito mais do que o observado em países com estágio comparável de desenvolvimento. Não surpreende que o governo dela tenha sido incapaz de encontrar dinheiro adicional para o sistema de saúde e transporte como exigido pelos manifestantes. E o pior: desprovida do toque político de Lula, Dilma não mostra sinais de ter aprendido com seus erros.

Mais do mesmo não será suficiente
Dilma se fortalece com as fraquezas de Aécio como candidato. A insinuação descabida divulgada pela esquerda segundo a qual ele acabaria com o Bolsa Família teve impacto porque ele é membro do establishment político brasileiro - seu avô morreu na véspera de se tornar presidente em 1985 - e ele traz consigo o ranço da velha política: como governador de Minas Gerais, ele gastou dinheiro público na construção de um pequeno aeroporto próximo à sua fazenda. Nos 12 anos mais recentes, Lula, que ainda goza de influência entre os pobres, descreveu o PSDB como um partido de ricaços insensíveis.

Mas as políticas de Aécio beneficiariam os brasileiros pobres e também os mais prósperos. Ele prometeu colocar o país no rumo do crescimento econômico. Seu histórico pessoal e também o do partido dão credibilidade às suas propostas. Nas presidências de Fernando Henrique Cardoso nos anos 1990, o PSDB eliminou a inflação e criou os alicerces para o recente progresso do Brasil; e, em seus dois mandatos como governador, Aécio transformou Minas Gerais, o segundo estado mais populoso do Brasil e conhecido pela má administração, num exemplo de bom governo, com algumas das melhores escolas do país. Ele o fez principalmente com a redução da burocracia. O candidato conta com uma impressionante equipe de conselheiros liderada por Armínio Fraga, ex-diretor do Banco Central, que conta com o respeito dos investidores. Além de um retorno a políticas macroeconômicas mais sensatas, sua equipe promete cortar o número de ministérios, tornar o congresso mais responsável perante os eleitores, simplificar o sistema tributário e incentivar o investimento privado em infraestrutura.

Aécio merece vencer. Ele travou uma campanha determinada e provou que pode fazer suas políticas econômicas funcionarem. A maior ameaça aos programas sociais é a má administração econômica do PT. Com sorte, a declaração de apoio de Marina, que já integrou o PT e nasceu na pobreza, poderá dar a ele mais força. O Brasil precisa de crescimento e de um governo melhor. É mais provável que isso venha com Aécio em lugar de Dilma./ TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

http://economia.estadao.com.br/noticias ... ar,1578351




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