Caro FCarvalho !FCarvalho escreveu:Kirk, a produção nacional por si só não garante a queda dos preços. Há outras variáveis que devem ser consideradas, como inflação no período, importação de insumos, impostos e considerações de cunho legal, a fim de saber se os aviões fabricados aqui serão beneficiados pelo pacote de bondade do atual governo em relação a BID.kirk escreveu: Boa noite, FCarvalho !
Fabricados aqui, sem custos adicionais de treinamento de pilotos e mecânicos, sem simuladores, sem ToT, com os custos dos investimentos iniciais já absorvidos, estrutura de produção e cadeia de fornecimento maduras o caça fica substancialmente mais barato ... penso que os custos caiam para US$ 45 / 50 milhões ... assim os mesmos US$ 4,5 bi que pagamos em 36, pagaremos em mais 100 células ...
abs
kirk
Alguém lá adiante pode não gostar da idéia de o GF bancar "empresas de armas".
Porque achas que o KC-390 tem todo o apoio escancarado do governo enquanto o FX, mesmo depois de decidido, ninguém sabe, ninguém viu (e nem quer ver ou saber) dentro do governo?
Enfim, mesmo que o cenário que tu demonstra se mostre viável, nada no curto ou médio prazo nos autoriza a crer o futuro do Gripen E/F seja tão auspicioso quanto.
Como já ressaltei aqui várias vezes, não existe, como nunca existiu, compromisso de fato e de direito do governo ou do congresso com a área da defesa.
Tratar com ela é apenas questão de casuísmo e oportunidade. Vide a Helibrás.
Eu não tenho até agora, salvo prova em contrário, qualquer sentimento de expectativa com relação a este processo.
Se chegarmos aos 36 requeridos no primeiro lote, o que penso será conseguido caso a DR ganhe o atual pleito eleitoral, teremos que substituir ainda 53 A-1 que voarão até pouco depois de 2030, os F-5M que sobraram, e que já disseram aqui 'ene' vezes podem voar até 2026 se necessário, além dos A-4M que também voarão até 2028; são 133 caças que ainda estarão por aí voando pelos próximos 15/20 anos. Sabendo disso, acreditas mesmo que algum presidente neste período se arvorará a não cortar as verbas do MD sempre que necessário e de praxe for, só para que se possa dispor das verbas anualmente necessárias para a substituição de mais de cem aviões, que no final das contas, tirando um bando de loucos foristas de internet, ninguém nesta país dá a mínima se existem ou não?
Eu tendo a crer que não.
A não ser que alguma coisa de muito estranho venha nos acontecer neste entretempo.
Mas aí ao conversa já será totalmente outra.
abs
Sobre essa visão político-partidário que sempre norteou nossos governos, sobre ausência de visão de Estado, sobre o descaso geral com nossa Defesa ... eu concordo plenamente contigo ... a prioridade número "1" de qualquer governo nesse país é se reeleger ... é manter-se no poder ... e dar bolsa esmola pra população carente e se perpetuar no poder ... isso é fato ...
Porém há duas particularidades na escolha do FX-2 que podem e devem mudar a visão dos futuros governantes, seja de qual partido forem:
1) A geração de grande quantidade de empregos de alta tecnologia;
2) O envolvimento e investimento de grandes conglomerados industriais.
No primeiro caso a manutenção dessa grande massa de empregos passa a ser uma questão social, haverá uma grande pressão junto ao GF para a manutenção desses empregos ... esse é um fator relevante para a economia que nenhum governo poderá se dar ao luxo de despresar ... nenhum governo vai querer ser responsável pelo desmantelamento de uma base industrial de alto nível ... pense ter que fechar a futura fábrica de fuselagem de SBC ... somente lá serão 2.000 trabalhadores que nos próximos 10 - 15 anos serão mantidos por novos pedidos do GF e exportações ...
No segundo caso esses conglomerados envolvidos no projeto, como a Odebrecht por exemplo tem grande poder de pressão junto a quaisquer governo que venha a ser eleito, além de também serem financiadores de campanha ... assim, várias empresas que geram grande quantidade de empregos e impostos farão pressão para a continuidade da produção ... "lembrando" constantemente aos governos sobre seus investimentos e da importância de um sistema de defesa eficaz cuja ideia será amplamente apoiada pelos militares ...
Com toda uma cadeia de fornecedores dentro do país, pronta e operante, os investimentos já absorvidos o equipamento ficará mais barato e ao mesmo tempo gerando riquezas com grande parte dos valores envolvidos ficando dentro do próprio país não é a mesma coisa de que se abrir uma concorrência internacional e pagarmos um absurdo por 36 aeronaves ...
Creio, seja esse, o maior acerto dessa escolha.
Sds
kirk