Mais provável é que seja usado em missão kamikaze.J.Ricardo escreveu:Vai ser alvo fácil se sair do chão...
Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A Jordânia admitiu ter permitido (ou participado diretamente) o treinamento de jihadistas em seu próprio território, para que enfrentassem o regime de Bashar al Assad. Mas eles não deveriam depois ter ido lutar no Iraque, e agora são uma ameaça à própria Jordânia.
Crie corvos, e eles te comerão os olhos... .
Crie corvos, e eles te comerão os olhos... .
Leandro G. CardFearing ISIL threat, Jordan asks for help
Amman has asked for international support fearing that the brutal militancy that has been raging in neighboring Iraq and Syria may spill over to Jordan.
PressTV - MR/HJL/SL - Tue Jul 1, 2014
“It is important that the international community continue to support Jordan to deal with challenges and developments in the region,” a palace statement quoted King Abdullah II as saying on Monday.
Amman fears that the offensive spearheaded by militants from the so-called Islamic State of Iraq and the Levant (ISIL) in Iraq might spread to Jordan. The Takfiri militants have also been operating inside Syria.
The Jordanian king also warned against “repercussions of the crisis for Iraq and the entire region.”
The comments come as unnamed Jordanian officials recently revealed to American news website WorldNetDaily (WND) that dozens of ISIL members received training at a secret base in Jordan in 2012 as part of covert aid to the militants fighting to overthrow the Syrian government.
The Jordanian officials said the training of the ISIL operatives was not supposed to be used for any future offensive in Iraq.
German weekly Der Spiegel had also reported last March that Americans were training militants in Jordan for fighting in Syria.
Iraqi armed forces have been engaged in fierce clashes with the ISIL terrorists, who have threatened to take their acts of violence to the capital, Baghdad. However, advances by the ISIL militants have been slowed down as Iraqi military and volunteer forces have begun engaging them on several fronts.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Esquecida no Iraque, cidade sitiada enfrenta destruição pelo Estado Islâmico .
O mundo percebeu quando os yazidis precisaram de ajuda. Mas, desde junho, uma cidade turcomana no norte do Iraque está sitiada pelo (EI) Estado Islâmico. O número de mortos continua crescendo, porém, até o momento, a população de Amirli está enfrentando o EI por conta própria.
"Eu recebo todo dia cerca de 100 pacientes. Há bombardeios todo dia. Alguns dos ferimentos são muito complicados, pernas amputadas, ferimentos na cabeça. Mas eu não disponho de materiais para fornecer um tratamento sério. Há casos em que coloco os pacientes com vida no helicóptero e eles morrem quando chegam a Bagdá."
O dr. Khaldoun Mahmoud fala extremamente rápido, por um bom motivo. Resta apenas um lugar na cidade de Amirli, no norte do Iraque, onde ainda resta um pouco de sinal de celular: no heliponto no alto da cidade. E a cada chamada, ele está arriscando sua vida. Os combatentes do Estado Islâmico cercaram a cidade e estão a apenas um quilômetro de distância.
Os jihadistas estão tentando cortar o último elo de Amirli com o mundo exterior e posicionaram sua artilharia à vista do heliponto. Um helicóptero do exército iraquiano ainda pousa aqui duas vezes por semana, trazendo à cidade um mínimo de suprimentos. No caminho de volta, ele transporta os feridos. Sem os voos, a população de Amirli estaria completamente abandonada à própria sorte e sucumbiria rapidamente ao sítio.
"É como genocídio", diz Mahmoud. "O Da'esh" –a abreviação em árabe do Estado Islâmico– "ataca mulheres, crianças, soldados, ele não faz diferença entre eles. De uma família que tentou escapar, apenas duas crianças voltaram com vida. Elas carregavam os cadáveres do restante da família com elas. Pessoas estão morrendo de desnutrição. Elas estão bebendo água suja e tendo úlceras, sangramento e diarreia".
O médico recita rapidamente os casos que viu. Como o do pequeno Hussein: "Ele estava com fome e me pediu comida. Eu comecei a chorar porque ele estava com fome demais e lhe dei um pouco de comida. Dois dias depois, ele foi morto em um ataque com morteiro. O morteiro explodiu acima do pai dele e depois só pudemos encontrar pedaços dele."
Ele então riu, uma expressão maníaca de desespero de um médico responsável por 13 mil pessoas. "Talvez eu enlouqueça se não conseguir manter meu senso de humor. Eu tento brincar com as crianças que trato. As pessoas precisam acreditar que alguém as está ajudando. Mas às vezes eu não disponho de conhecimento para ajudar as pessoas", ele lamenta. "Eu sou apenas um dentista."
Ninguém para protegê-las
Nas últimas semanas, o destino de milhares de yazidis de Sinjar dominou as manchetes mundiais, enquanto buscavam escapar do EI. Os Estados Unidos continuam realizando ataques aéreos e a lançar suprimentos pelo ar. Até mesmo o governo alemão pretende entregar armas aos curdos em dificuldades no norte do Iraque. Mas a apenas 250 quilômetros ao sul, uma catástrofe semelhante está fermentando, e a resposta até o momento é mínima.
Não há yazidis em Amirli. Dois terços dos habitantes da cidade são turcomanos cujos ancestrais vieram de áreas que fazem parte da atual Turquia. Eles são xiitas, de modo que são vistos pelos combatentes sunitas do EI como piores que hereges. Eles são apóstatas da verdadeira fé –uma sentença de morte aos olhos dos jihadistas. E os turcomanos não têm aliados no Iraque.
Depois que o EI assumiu o controle das cidades iraquianas de Mosul, Tikrit e Hawijah com pouca resistência, eles lançaram ataques contra as aldeias ao redor de Amirli em meados de junho. Bem equipados com material capturado dos depósitos de armas pertencentes a várias divisões do exército iraquiano, eles tomaram rapidamente várias cidades na área. Em meados de julho, apenas Amirli ainda resistia.
Cerca de 400 milicianos, juntamente com alguns poucos soldados e policiais, estão defendendo a cidade. Mustafa al-Bayati, um coronel da polícia natural de Amirli, está no comando. "O EI tem tanques, dushkas (metralhadoras), katyushas (lançadores de foguetes) e é muito forte", ele diz. "Eles atacam de toda parte ao redor de Amirli: sul, norte, leste e oeste. Eles vêm todo dia, mais e mais."
Em 22 de julho, o EI cortou o fornecimento de energia elétrica para Amirli e interrompeu o fornecimento de água dois dias depois. Todas as torres de celular foram igualmente explodidas ou feitas em pedaços por tiros.
"No início, as pessoas tinham o que comer", diz Mohammed Isma, da Cruz Vermelha Iraquiana. Isma é de Amirli e está tentando mobilizar ajuda para a cidade, de sua base em Bagdá. "Mas dois meses é tempo demais e agora esgotou. Há um mês, acabou tudo."
Morrendo de fome
Amirli nunca foi abastada, mas agora as famílias mais pobres não têm nada. Também há mulheres grávidas na cidade –o dr. Mahmoud diz que há 300– além dos muitos feridos e doentes, acrescenta. "Se nada mudar, levará no máximo três semanas até que muitas pessoas comecem a morrer de fome."
A única ajuda às pessoas presas em Amirli vem pelo ar. A cada dois ou três dias, um velho helicóptero do exército de Bagdá pousa com munições, alimentos e medicamentos, mas nunca é o suficiente. Há duas semanas, Isma, o representante da Cruz Vermelha se juntou a um dos voos. Quando pousaram, diz, os feridos com suas famílias estavam com "seus braços estendidos, com pessoas se afogando na água", ele lembra.
O tempo todo, diz Isma, os combatentes do EI disparavam granadas contra o heliponto. Mas todo mundo quer escapar, o motivo para se exporem ao risco. "Elas dizem, 'Nós vamos morrer de qualquer jeito'", diz Isma. Sete pacientes embarcaram no voo em que Isma estava. Não havia lugar para mais.
Isma fala com voz calma quando conta sua história, mas ele está doente de preocupação. Seus parentes, seis irmãs e um irmão, todos continuam presos em Amirli. Ele poderia evacuá-los com um helicóptero. Mas as pessoas em Amirli os conhecem e estão cientes do trabalho de Isma com a Cruz Vermelha. Ele teme que se as pessoas os vissem sendo evacuados, elas "saberiam que o jogo acabou" e o pânico tomaria conta.
Faz mais de um mês desde que os últimos habitantes conhecidos conseguiram escapar por conta própria. "Nós partimos a pé", carregando apenas uma pequena mala, lembra Ali Abd al-Rida, que fugiu com 32 parentes. Eles partiram em segredo, não ousando nem mesmo contar seus planos para amigos ou vizinhos, temendo que se pessoas demais tentassem escapar pela trilha discreta que levava para além das posições do EI, os islamitas certamente os descobririam. Ali Abd al-Rida, diz que o EI descobriu a trilha três dias depois e a fechou.
O idoso e sua família conseguiram chegar a um campo de refugiados em Kirkuk, a cidade mais próxima de Amirli, imaginando que estariam seguros ali. Mas duas semanas atrás, um carro-bomba explodiu ao lado do canteiro de obras de uma mesquita na cidade onde os refugiados, a maioria de Amirli, buscou refúgio. Doze pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas.
Buracos de bala e crateras de granadas
Abd al-Rida diz que os jihadistas tentaram fazer as pessoas de Amirli se renderem, prometendo por meio de intermediários que chegariam a um acordo. "Enviem-nos o coronel Mustafa e o capitão Hassan e nós reabriremos a estrada", eles ofereceram, segundo Abd al-Rida. "Mas as pessoas se recusaram."
Aqueles em melhor posição para ajudar a população sitiada de Amirli estão a apenas 12 quilômetros de distância. Aqui, em uma colina com vista para as linhas de frente, se encontra o posto de controle mais ao sul pertencente aos combatentes peshmerga curdos. Por fora, a parede está cheia de buracos de bala e com duas crateras causadas por granada.
Do lado de dentro, os soldados estão sentados letargicamente sob o forte calor. O comandante não está aqui, diz seu substituto, o coronel Omid Abd al-Karim, acrescentando que não ocorreu muita coisa desde um grande ataque no mês passado.
"Está calmo aqui desde o último ataque há um mês", ele diz. O exército iraquiano, ele diz, tentou salvar a população de Amirli há não muito tempo. "Antes de irem, eu lhes disse que não teriam sucesso, mas eles não deram ouvidos", diz outro oficial. Um ataque ao EI "não seria fácil com boas armas e apoio aéreo, mas não temos isso", diz Abd al-Karim. A mensagem é clara: Amirli é um problema, mas não deles.
Como costuma ser o caso no Iraque, há uma história por trás da história, que recua longe no passado. Sob Saddam Hussein, os turcomanos xiitas eram atormentados antes, de serem aterrorizados pela Al Qaeda. Em 2007, quatro toneladas e meia de explosivos escondidos sob melões foram detonadas na praça do mercado, matando mais de 150 pessoas.
'Todos nós somos de Amirli'
Como os iraquianos não os protegeram, os turcomanos de Amirli permaneceram leais a Turquia e Ancara ficou mais que feliz em agir como benfeitora deles, de modo que o governo turco passou a apoiar os partidos turcomanos no norte do Iraque. Mas a aliança colocou os turcomanos em conflito com os curdos, cuja ajuda eles agora precisam demais. Eles certamente não podem contar com a Turquia, que por ora permanece de fora do conflito, por temer pelas vidas dos 49 reféns turcos atualmente mantidos pelo EI.
O resultado é que ninguém se sente responsável pela população de Amirli. "Seria útil se os Estados Unidos realizassem ataques aéreos aqui", diz Hassan Baram, um funcionário do partido curdo, em seu escritório em Tuz Khormato, a última cidade antes do fronte. "Mas eu acho que não realizarão", ele acrescenta, minimizando a gravidade da situação na cidade, "porque ninguém foi morto em Amirli e ninguém está fugindo".
O escritório de Baram não tem janelas, o resultado de um carro-bomba dois meses atrás, e a fachada está ameaçando ruir. "Nós temos contato quase constante com Amirli. Nós queremos libertá-los, mas não é fácil", diz.
Os Estados Unidos também reconheceram a precariedade da situação em Amirli. "Nós estamos cientes das condições terríveis para a população principalmente turcomana em Amirli e para a crise humanitária nas regiões norte e central do Iraque", diz a declaração de um funcionário do Departamento de Estado, que pediu para que seu nome não fosse citado. Tanto o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Martin Dempsey, quanto o secretário de Defesa, Chuck Hagel, discutiram publicamente a possibilidade de uma operação abrangente contra o EI, incluindo ataques aéreos também na Síria. Mas poderia levar algum tempo até uma ofensiva dessas se tornar realidade.
Na última quinta-feira, o coronel Mustafa al-Bayati estava novamente aguardando pela chegada do próximo helicóptero, dentro do alcance dos combatentes do EI. Ele diz que quase metade da força sob seu comando está ferida e cerca de 20 homens morreram. "Eu não sei por quanto tempo poderemos proteger Amirli. Todos nós somos de Amirli."
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... tiada.html
O mundo percebeu quando os yazidis precisaram de ajuda. Mas, desde junho, uma cidade turcomana no norte do Iraque está sitiada pelo (EI) Estado Islâmico. O número de mortos continua crescendo, porém, até o momento, a população de Amirli está enfrentando o EI por conta própria.
"Eu recebo todo dia cerca de 100 pacientes. Há bombardeios todo dia. Alguns dos ferimentos são muito complicados, pernas amputadas, ferimentos na cabeça. Mas eu não disponho de materiais para fornecer um tratamento sério. Há casos em que coloco os pacientes com vida no helicóptero e eles morrem quando chegam a Bagdá."
O dr. Khaldoun Mahmoud fala extremamente rápido, por um bom motivo. Resta apenas um lugar na cidade de Amirli, no norte do Iraque, onde ainda resta um pouco de sinal de celular: no heliponto no alto da cidade. E a cada chamada, ele está arriscando sua vida. Os combatentes do Estado Islâmico cercaram a cidade e estão a apenas um quilômetro de distância.
Os jihadistas estão tentando cortar o último elo de Amirli com o mundo exterior e posicionaram sua artilharia à vista do heliponto. Um helicóptero do exército iraquiano ainda pousa aqui duas vezes por semana, trazendo à cidade um mínimo de suprimentos. No caminho de volta, ele transporta os feridos. Sem os voos, a população de Amirli estaria completamente abandonada à própria sorte e sucumbiria rapidamente ao sítio.
"É como genocídio", diz Mahmoud. "O Da'esh" –a abreviação em árabe do Estado Islâmico– "ataca mulheres, crianças, soldados, ele não faz diferença entre eles. De uma família que tentou escapar, apenas duas crianças voltaram com vida. Elas carregavam os cadáveres do restante da família com elas. Pessoas estão morrendo de desnutrição. Elas estão bebendo água suja e tendo úlceras, sangramento e diarreia".
O médico recita rapidamente os casos que viu. Como o do pequeno Hussein: "Ele estava com fome e me pediu comida. Eu comecei a chorar porque ele estava com fome demais e lhe dei um pouco de comida. Dois dias depois, ele foi morto em um ataque com morteiro. O morteiro explodiu acima do pai dele e depois só pudemos encontrar pedaços dele."
Ele então riu, uma expressão maníaca de desespero de um médico responsável por 13 mil pessoas. "Talvez eu enlouqueça se não conseguir manter meu senso de humor. Eu tento brincar com as crianças que trato. As pessoas precisam acreditar que alguém as está ajudando. Mas às vezes eu não disponho de conhecimento para ajudar as pessoas", ele lamenta. "Eu sou apenas um dentista."
Ninguém para protegê-las
Nas últimas semanas, o destino de milhares de yazidis de Sinjar dominou as manchetes mundiais, enquanto buscavam escapar do EI. Os Estados Unidos continuam realizando ataques aéreos e a lançar suprimentos pelo ar. Até mesmo o governo alemão pretende entregar armas aos curdos em dificuldades no norte do Iraque. Mas a apenas 250 quilômetros ao sul, uma catástrofe semelhante está fermentando, e a resposta até o momento é mínima.
Não há yazidis em Amirli. Dois terços dos habitantes da cidade são turcomanos cujos ancestrais vieram de áreas que fazem parte da atual Turquia. Eles são xiitas, de modo que são vistos pelos combatentes sunitas do EI como piores que hereges. Eles são apóstatas da verdadeira fé –uma sentença de morte aos olhos dos jihadistas. E os turcomanos não têm aliados no Iraque.
Depois que o EI assumiu o controle das cidades iraquianas de Mosul, Tikrit e Hawijah com pouca resistência, eles lançaram ataques contra as aldeias ao redor de Amirli em meados de junho. Bem equipados com material capturado dos depósitos de armas pertencentes a várias divisões do exército iraquiano, eles tomaram rapidamente várias cidades na área. Em meados de julho, apenas Amirli ainda resistia.
Cerca de 400 milicianos, juntamente com alguns poucos soldados e policiais, estão defendendo a cidade. Mustafa al-Bayati, um coronel da polícia natural de Amirli, está no comando. "O EI tem tanques, dushkas (metralhadoras), katyushas (lançadores de foguetes) e é muito forte", ele diz. "Eles atacam de toda parte ao redor de Amirli: sul, norte, leste e oeste. Eles vêm todo dia, mais e mais."
Em 22 de julho, o EI cortou o fornecimento de energia elétrica para Amirli e interrompeu o fornecimento de água dois dias depois. Todas as torres de celular foram igualmente explodidas ou feitas em pedaços por tiros.
"No início, as pessoas tinham o que comer", diz Mohammed Isma, da Cruz Vermelha Iraquiana. Isma é de Amirli e está tentando mobilizar ajuda para a cidade, de sua base em Bagdá. "Mas dois meses é tempo demais e agora esgotou. Há um mês, acabou tudo."
Morrendo de fome
Amirli nunca foi abastada, mas agora as famílias mais pobres não têm nada. Também há mulheres grávidas na cidade –o dr. Mahmoud diz que há 300– além dos muitos feridos e doentes, acrescenta. "Se nada mudar, levará no máximo três semanas até que muitas pessoas comecem a morrer de fome."
A única ajuda às pessoas presas em Amirli vem pelo ar. A cada dois ou três dias, um velho helicóptero do exército de Bagdá pousa com munições, alimentos e medicamentos, mas nunca é o suficiente. Há duas semanas, Isma, o representante da Cruz Vermelha se juntou a um dos voos. Quando pousaram, diz, os feridos com suas famílias estavam com "seus braços estendidos, com pessoas se afogando na água", ele lembra.
O tempo todo, diz Isma, os combatentes do EI disparavam granadas contra o heliponto. Mas todo mundo quer escapar, o motivo para se exporem ao risco. "Elas dizem, 'Nós vamos morrer de qualquer jeito'", diz Isma. Sete pacientes embarcaram no voo em que Isma estava. Não havia lugar para mais.
Isma fala com voz calma quando conta sua história, mas ele está doente de preocupação. Seus parentes, seis irmãs e um irmão, todos continuam presos em Amirli. Ele poderia evacuá-los com um helicóptero. Mas as pessoas em Amirli os conhecem e estão cientes do trabalho de Isma com a Cruz Vermelha. Ele teme que se as pessoas os vissem sendo evacuados, elas "saberiam que o jogo acabou" e o pânico tomaria conta.
Faz mais de um mês desde que os últimos habitantes conhecidos conseguiram escapar por conta própria. "Nós partimos a pé", carregando apenas uma pequena mala, lembra Ali Abd al-Rida, que fugiu com 32 parentes. Eles partiram em segredo, não ousando nem mesmo contar seus planos para amigos ou vizinhos, temendo que se pessoas demais tentassem escapar pela trilha discreta que levava para além das posições do EI, os islamitas certamente os descobririam. Ali Abd al-Rida, diz que o EI descobriu a trilha três dias depois e a fechou.
O idoso e sua família conseguiram chegar a um campo de refugiados em Kirkuk, a cidade mais próxima de Amirli, imaginando que estariam seguros ali. Mas duas semanas atrás, um carro-bomba explodiu ao lado do canteiro de obras de uma mesquita na cidade onde os refugiados, a maioria de Amirli, buscou refúgio. Doze pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas.
Buracos de bala e crateras de granadas
Abd al-Rida diz que os jihadistas tentaram fazer as pessoas de Amirli se renderem, prometendo por meio de intermediários que chegariam a um acordo. "Enviem-nos o coronel Mustafa e o capitão Hassan e nós reabriremos a estrada", eles ofereceram, segundo Abd al-Rida. "Mas as pessoas se recusaram."
Aqueles em melhor posição para ajudar a população sitiada de Amirli estão a apenas 12 quilômetros de distância. Aqui, em uma colina com vista para as linhas de frente, se encontra o posto de controle mais ao sul pertencente aos combatentes peshmerga curdos. Por fora, a parede está cheia de buracos de bala e com duas crateras causadas por granada.
Do lado de dentro, os soldados estão sentados letargicamente sob o forte calor. O comandante não está aqui, diz seu substituto, o coronel Omid Abd al-Karim, acrescentando que não ocorreu muita coisa desde um grande ataque no mês passado.
"Está calmo aqui desde o último ataque há um mês", ele diz. O exército iraquiano, ele diz, tentou salvar a população de Amirli há não muito tempo. "Antes de irem, eu lhes disse que não teriam sucesso, mas eles não deram ouvidos", diz outro oficial. Um ataque ao EI "não seria fácil com boas armas e apoio aéreo, mas não temos isso", diz Abd al-Karim. A mensagem é clara: Amirli é um problema, mas não deles.
Como costuma ser o caso no Iraque, há uma história por trás da história, que recua longe no passado. Sob Saddam Hussein, os turcomanos xiitas eram atormentados antes, de serem aterrorizados pela Al Qaeda. Em 2007, quatro toneladas e meia de explosivos escondidos sob melões foram detonadas na praça do mercado, matando mais de 150 pessoas.
'Todos nós somos de Amirli'
Como os iraquianos não os protegeram, os turcomanos de Amirli permaneceram leais a Turquia e Ancara ficou mais que feliz em agir como benfeitora deles, de modo que o governo turco passou a apoiar os partidos turcomanos no norte do Iraque. Mas a aliança colocou os turcomanos em conflito com os curdos, cuja ajuda eles agora precisam demais. Eles certamente não podem contar com a Turquia, que por ora permanece de fora do conflito, por temer pelas vidas dos 49 reféns turcos atualmente mantidos pelo EI.
O resultado é que ninguém se sente responsável pela população de Amirli. "Seria útil se os Estados Unidos realizassem ataques aéreos aqui", diz Hassan Baram, um funcionário do partido curdo, em seu escritório em Tuz Khormato, a última cidade antes do fronte. "Mas eu acho que não realizarão", ele acrescenta, minimizando a gravidade da situação na cidade, "porque ninguém foi morto em Amirli e ninguém está fugindo".
O escritório de Baram não tem janelas, o resultado de um carro-bomba dois meses atrás, e a fachada está ameaçando ruir. "Nós temos contato quase constante com Amirli. Nós queremos libertá-los, mas não é fácil", diz.
Os Estados Unidos também reconheceram a precariedade da situação em Amirli. "Nós estamos cientes das condições terríveis para a população principalmente turcomana em Amirli e para a crise humanitária nas regiões norte e central do Iraque", diz a declaração de um funcionário do Departamento de Estado, que pediu para que seu nome não fosse citado. Tanto o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Martin Dempsey, quanto o secretário de Defesa, Chuck Hagel, discutiram publicamente a possibilidade de uma operação abrangente contra o EI, incluindo ataques aéreos também na Síria. Mas poderia levar algum tempo até uma ofensiva dessas se tornar realidade.
Na última quinta-feira, o coronel Mustafa al-Bayati estava novamente aguardando pela chegada do próximo helicóptero, dentro do alcance dos combatentes do EI. Ele diz que quase metade da força sob seu comando está ferida e cerca de 20 homens morreram. "Eu não sei por quanto tempo poderemos proteger Amirli. Todos nós somos de Amirli."
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- rodrigo
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Eu acho que estão faltando os defensores dos direitos humanos, tão atuantes em casos específicos, irem à região do conflito exigir que os radicais islâmicos respeitem os direitos humanos das populações atingidas pelo avanço da horda radical.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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- J.Ricardo
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
De preferência enviar esse povo que fica acampado na frente dos presídios defendendo os coitadinhos que estão hospedados lá...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- FCarvalho
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Eu tenho acompanhado pela tv e outras mídias os acontecimentos no Iraque e no oriente médio quanto ao tal ISIS, e me parece tudo isso mais um daqueles momentos de idiossincrasia vividos pela humanidade, tão temente quanto resistente ao fator religioso quanto um lado da moeda dista do outro.
O problema desse grupo, que é mais um filhote, dos vários criados e sustentados pela hipocrisia política reinante na região, é o mesmo de todos. São alimentados e instigados para um determinado fim, e acabam por si mesmos, descontrolados e transloucados em função da complexidade de interesses e barganhas político-religiosa do oriente médio.
Fato é, é que este tipo de lunáticos, e de fanatismo, são tão comuns e corriqueiros na região, como suas práticas medievais, quanto somos viciados em nossas pseudo liberdades, e libertinagens, ocidentais. Nada do que vem se mostrando espalhafatosamente na tv e outros meios consta efetivamente como novidade, mesmo para o séc XX e este início de XXI.
O processo de barbárie do ISIS nada mais é uma constante da instrumentalização da violência contumaz com que regimes ditatoriais e reinados árabes costumam tratar os seus desafetos. Ou alguém acha que Sadam Hussein ou algumas das monarquias do golfo costumavam ser mais complacentes?
Nenhuma novidade afinal. O que temos de novo é o fato de que por agora o interesse da grande mídia mundial está posto lá por assim dizer, menos pela violência das mortes impostas, do que propriamente pelo perigo que tal grupo possa levar a uma instabilidade nas relações de poder que equilibram os interesses político-econômicos que desde sempre dirigiram os destinos daquela região.
Sejamos honestos. Ninguém com algum poder real de intervenção no mundo, e nesta questão, se importa realmente se o tal do ISIS mata 10, 100 ou 1000 em um dia no Iraque e Síria. Simplesmente porque a vida de cristãos, Iazid, turcomanos ou Curdos e iraquianos interessa menos do que a porcaria da queda da bolsa em Wall Street se ele chegarem a tomar uma refinaria ou mesmo Bagdá.
Aí sim haverá preocupações reais no ocidente com as vidas que se perdem no oriente médio. Mesmo porque, ninguém gosta de perder dinheiro, não é mesmo...
abs
O problema desse grupo, que é mais um filhote, dos vários criados e sustentados pela hipocrisia política reinante na região, é o mesmo de todos. São alimentados e instigados para um determinado fim, e acabam por si mesmos, descontrolados e transloucados em função da complexidade de interesses e barganhas político-religiosa do oriente médio.
Fato é, é que este tipo de lunáticos, e de fanatismo, são tão comuns e corriqueiros na região, como suas práticas medievais, quanto somos viciados em nossas pseudo liberdades, e libertinagens, ocidentais. Nada do que vem se mostrando espalhafatosamente na tv e outros meios consta efetivamente como novidade, mesmo para o séc XX e este início de XXI.
O processo de barbárie do ISIS nada mais é uma constante da instrumentalização da violência contumaz com que regimes ditatoriais e reinados árabes costumam tratar os seus desafetos. Ou alguém acha que Sadam Hussein ou algumas das monarquias do golfo costumavam ser mais complacentes?
Nenhuma novidade afinal. O que temos de novo é o fato de que por agora o interesse da grande mídia mundial está posto lá por assim dizer, menos pela violência das mortes impostas, do que propriamente pelo perigo que tal grupo possa levar a uma instabilidade nas relações de poder que equilibram os interesses político-econômicos que desde sempre dirigiram os destinos daquela região.
Sejamos honestos. Ninguém com algum poder real de intervenção no mundo, e nesta questão, se importa realmente se o tal do ISIS mata 10, 100 ou 1000 em um dia no Iraque e Síria. Simplesmente porque a vida de cristãos, Iazid, turcomanos ou Curdos e iraquianos interessa menos do que a porcaria da queda da bolsa em Wall Street se ele chegarem a tomar uma refinaria ou mesmo Bagdá.
Aí sim haverá preocupações reais no ocidente com as vidas que se perdem no oriente médio. Mesmo porque, ninguém gosta de perder dinheiro, não é mesmo...
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ontem, 12:26
Irã vai mandar suas tropas para Iraque caso EI ameace santuários dos xiitas
Foto: es.wikipedia.org/Masoud Bahadouri/
O Irã não permitirá aos extremistas do grupo sunita Estado Islâmico, que realiza agora ofensiva no Iraque, profanar santuários xiitas, situados nas cidades e An-Najaf e Karbala e está pronto a mandar para lá as suas tropas.
O site Entekhab informou quinta-feira que esta declaração foi feita pelo ministro do Interior do país Abdolreza Rahmani Fazli.
“O presidente Hassan Rohani declarou na reunião do governo que o Irã vai mandar tropas de elite caso venha surgir ameaça real de aproximação do Estado Islâmico destas cidades a fim de protegê-las. A intromissão será concatenada rigorosamente com a parte iraquiana e terá por objetivo a liquidação do Estado Islâmico”, declarou Fazli.
O portal Entekhab informa que atualmente o Irã se prepara para realizar exercícios especiais das suas forças armadas para o caso de intromissão extraordinária na situação no Iraque vizinho. Destas manobras irão participar a aviação e aeronaves não tripuladas do Irã.
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_ ... itas-9208/
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
“Ainda não temos estratégia” para o Iraque, admite Barack Obama
28/8/2014, 22:13
Para derrotar os fundamentalistas islâmicos será necessário entrar na Síria, defende o secretário da defesa de Obama, que preferiu, para já, não se comprometer com futuras ações militares.
Obama tem-se reunido frequentemente com os seus conselheiros de segurançaAlex Wong/ Getty Images
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“Ainda não temos uma estratégia”. Foi assim que o presidente dos Estados Unidos se referiu ao combate aos extremistas do Estado Islâmico esta quinta-feira à noite, numa declaração que fez ao país. Barack Obama respondia a uma pergunta de jornalistas relativamente à entrada de forças militares americanas na Síria e preferiu não se comprometer. “Não quero pôr o carro à frente dos bois”, disse, acrescentando que a estratégia a seguir ainda está a ser pensada.
Esta quinta-feira à noite, Obama e o seu vice-presidente, Joe Biden, reúnem-se com os seus conselheiros de segurança, mas não é expectável que do encontro saiam decisões concretas sobre ações de combate ao Estado Islâmico. Durante o dia, os Estados Unidos fizeram mais bombardeamentos no Iraque, o que, defende Obama, está a reduzir a capacidade bélica do grupo extremista. “Devido aos nossos bombardeamentos, os terroristas do ISIS estão a perder armas e equipamento. Em algumas zonas, o governo iraquiano e as forças curdas já começaram a fazê-los abrandar”, afirmou.
O que está atualmente em cima da mesa é o combate do Estado Islâmico diretamente na Síria, onde o Secretário de Estado da Defesa Chuck Dempsey acredita estar a chave para a derrota total do grupo. “Trata-se de uma organização que tem uma visão estratégica apocalíptica e que terá de ser vencida a dada altura. Podemos derrotá-los sem atacar a parte que está na Síria? A resposta é: não”, disse o responsável.
Para já, Obama não confirma nem exclui nenhum cenário, dizendo apenas que, nos próximos dias, John Kerry deverá viajar para o Médio Oriente, no âmbito de um esforço político e diplomático que decorre a par com a ação militar. “As nossas tropas são as melhores do mundo. Podemos aniquilar o ISIS no terreno e conter os acontecimentos temporariamente, mas assim que sairmos os mesmos problemas regressarão”, afirmou o presidente americano.
28 de agosto de 2014 • 17h15 • atualizado às 17h21
Por que os EUA não usam drones para atacar jihadistas?
Especialistas explicam o que tem levado o governo americano a adotar "os tradicionais" ataques aéreos em áreas dominadas pelo Estado Islâmico
Predator, um dos drones dos Estados Unidos
Foto: Twitter
Por anos, o governo do presidente americano Barack Obama combateu a rede terrorista Al-Qaeda e seus afiliados no Paquistão, Iemên e Somália com drones (aviões não-tripulados) operados pela CIA e pelo Pentágono.
Contudo, a mesma estratégia não vem sendo adotada contra o Estado Islâmico, grupo extremista islâmico que vem conquistando cada vez mais territórios do Iraque e da Síria, segundo o Mashable.
De acordo com especialistas, isso se explica pelo fato de os drones não serem mais armas eficientes dados o tamanho e o alcance do Estado Islâmico.
De acordo com Phillip Lohaous, ex-analista das Forças Armadas americanas no Iraque, enquanto drones podem ser eficientes para mirar e assassinar indivíduos, ataques aéreos convencionais são mais eficientes para mirar alvos estratégicos, como posições de artilharia.
Para Jeffrey White, ex-funcionário da Agência de Inteligência da Defesa, os ataques aéreos também têm uma importância simbólica: "Eles querem mandar a mensagem de que os Estados Unidos estão fazendo alguma coisa, e os bombardeios públicos enviam essa mensagem, a de que nós continuamos envolvidos na questão da segurança iraquiana".
Os ataques no território sírio, contudo, sejam por meio de drones ou por meio de equipamentos tradicionais, são complicados por questões estratégicas. Teme-se, por exemplo, que a ofensiva americana ajude o regime de Bashar al-Assad, tido como ditatorial e praticante de atrocidades contra a população civil durante três anos de guerra civil.
O regime sírio afirmou nesta semana que os ataques aéreos americanos em solo sírio seriam considerados atos de agressão caso não recebessem o alvo de Damasco.
Editado pela última vez por akivrx78 em Sex Ago 29, 2014 6:06 am, em um total de 1 vez.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Hollande afirma que Assad não pode ser parceiro na luta contra o terrorismo
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 28/08/2014 06:40 Atualização: 28/08/2014 08:47
O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta quinta-feira que o dirigente sírio Bashar al-Assad "não pode ser um sócio na luta contra o terrorismo", nem na Síria nem no Iraque, onde os jihadistas do Estado Islâmico controlam várias regiões. "Precisamos de uma aliança ampla, mas que fique claro: Bashar al-Assad não pode ser sócio da luta contra o terrorismo, é o aliado objetivo dos jihadistas", disse o presidente francês durante o discurso anual para os embaixadores do país no qual estabelece as diretrizes da política externa.
O Estado Islâmico (EI), presente na Síria, cenário de uma guerra civil entre o regime de Assad e os rebeldes, proclamou no fim de junho um "califado" nas regiões que controla no Iraque e Síria. A Síria anunciou disposição a cooperar na luta contra o EI com o governo dos Estados Unidos, que já realizou bombardeios aéreos contra o movimento no Iraque.
Na Síria, os países ocidentais apoiam a chamada oposição moderada, tanto contra o regime de Assad como contra os jihadistas do EI e outros grupos islamitas radicais. No mesmo discurso, Hollande pediu às Nações Unidas um "apoio excepcional às autoridades na Líbia", cenário de combates entre milícias rivais.
Hollande afirmou que se nada for feito, "o terrorismo se estenderá por toda a região".. "Na Líbia a confusão é total", disse o presidente francês, que citou como exemplo a existência de dois parlamentos, dois governos, e no sul uma formação de grupos terroristas".
"A França pede às Nações Unidas que organize um apoio excepcional para as autoridades líbias com o objetivo de restabelecer o Estado", disse. Desde a queda do regime de Muamar Khadafi em 2011, as autoridades interinas não conseguiram restabelecer a ordem ou a segurança no país, onde milícias rivais travam batalhas desde julho.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
O Oriente Médio e seus regimes está ruindo sobre si mesmo.
Estamos vendo a novos tempos históricos, e de mudanças já não ditadas pelas potências mundias ou oligarquias monárquicas e religiosas.
Paira sobre a região uma sombra que há muito se pensava morta e enterrada. Mas ai-la rediviva.
O mundo não será mais o mesmo até o final desta década. A velha ordem do séc XX já está condenada. E outra se levanta para tomar o seu lugar.
A roda da história está a girar. E ela sempre gira.
abs.
Estamos vendo a novos tempos históricos, e de mudanças já não ditadas pelas potências mundias ou oligarquias monárquicas e religiosas.
Paira sobre a região uma sombra que há muito se pensava morta e enterrada. Mas ai-la rediviva.
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- suntsé
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
O Cabeça de Martelo não tinha dito que eles eram pouco ambiciosos por terem deixado as comunidades muçulmanas de Portugal e Espanha de fora em um mapa anterior.
Agora eles corrigiram a omissão, neste mapa já incluiram portugal e espanha :
Agora eles corrigiram a omissão, neste mapa já incluiram portugal e espanha :
[/quote]akivrx78 escreveu:
- rodrigo
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Pelo ambicioso mapa, terão que enfrentar as armas nucleares de Israel, Índia e Rússia, e talvez a França.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
[/quote]suntsé escreveu:O Cabeça de Martelo não tinha dito que eles eram pouco ambiciosos por terem deixado as comunidades muçulmanas de Portugal e Espanha de fora em um mapa anterior.
Agora eles corrigiram a omissão, neste mapa já incluiram portugal e espanha :
akivrx78 escreveu:
Caso essa ameaça torne-se realidade, vai ser necessário um novo EL CID, com armas atômicas...
Wingate
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Eu já preparei o turbante ...
... Para desenrolar e enforcar mouros, claro ...
Mas a moirama nunca chegou às asturias, nem controlou a Áustria.
Acho que eles querem paisagens de montanha para praticar Ski e uma fronteira com a Suiça para guardar dinheiro ...
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