Nas diretrizes para implantação da nova brigada (acima postado) não constam o Esq C Mec e Cia E Cmb, bem como de GAC, a exemplo das estruturas da 2ª, 16ª e 17ª brigadas de infantaria de selva.gitanoba escreveu:Em matéria publicada no G1 das Organizações Globo, de hoje:
"29/08/2014 10h11 - Atualizado em 29/08/2014 10h11
Brigada no Amapá vai comandar três
Batalhões de Infantaria do Norte
Unidade do Exército Brasileiro ficará pronta em 2017 e abrigará 3 mil militares.
Brigada vai comandar 34º BIS no AP, 24º BIL no MA e 2º BIS no PA."
É atribuída ao General Oswaldo Ferreira (Comandante do CMN) a declaração de que a Brigada da Foz do Amazonas (Bda F Amz)"Será um grande comando que terá autonomia e capacidade de atuar sozinho. Essa brigada terá logística, comunicações, engenharia e cavalaria. Ou seja, todas as partes que fazem funcionar uma organização militar para atuar de forma isolada".
Assim, creio que podemos aguardar a criação também de um novo Esquadrão de Cavalaria de Selva, talvez nos moldes do 12o Esq C Sl de Boa Vista (RR), como subnunidade - SU - integrante da Bda F Amz, além das SUs de logística, engenhraia, comunicação e PE.
Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
O que um esq cav está fazendo na estrutura de uma Bgda Inf Slv?
No caso do 12o EsqCav até se justifica pela sua localização, mas no caso desta bgda, qual a idéia?
A notar, a falta de undes de apoio de art. de campanha é recorrente em todo o TO amazônico. Apenas duas bgdas possuem tais unidades. E mais sério ainda, não se prevê, como bem disse o colega Robson a criação de tais unidades para as novas bgdas que se planeja na EBF.
Salvo engano, serão 9 bgdas ao todo sendo que apenas duas contando com art. campanha.
Falha de planejamento ou uma ausência proposital e medida?
abs.
No caso do 12o EsqCav até se justifica pela sua localização, mas no caso desta bgda, qual a idéia?
A notar, a falta de undes de apoio de art. de campanha é recorrente em todo o TO amazônico. Apenas duas bgdas possuem tais unidades. E mais sério ainda, não se prevê, como bem disse o colega Robson a criação de tais unidades para as novas bgdas que se planeja na EBF.
Salvo engano, serão 9 bgdas ao todo sendo que apenas duas contando com art. campanha.
Falha de planejamento ou uma ausência proposital e medida?
abs.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
RobsonBCruz escreveu:O título é: MUDANÇA DE MISSÕES E ESTRUTURA DE DEFESA DO EXÉRCITO BRASILEIRO (1985-2007)gitanoba escreveu: Prezado Robson, tentei achar a dissertação sem sucesso.É da ECEME ? Sabe o autor ?
Seria interessante considerar esse planejamento de criação de novas Bda Inf Sl, e seu sequenciamento de designação, mas considero importante citar a fonte.
Ok ?
O autor: Paulo Kuhlmann
http://www.brasa.org/Documents/BRASA_IX ... hlmann.pdf
Porém a criação das novas brigadas está na Estratégia Braço Forte - EBF (Plano Estratégico do EB)
Excelente Robson, vou baixar e ler com calma !
Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Concordo, realmente nas diretrizes (iniciais) não consta o Esq C Mec, a Cia E Cmb, e o GAC. No entanto a declaração do Gal Ferreira parece a presentar uma mudança de rumo. Não acham ? Nada oficialmente documentado por enquanto (pelo menos não consegui confirmação dessa ordem). Aguardemos...RobsonBCruz escreveu:Nas diretrizes para implantação da nova brigada (acima postado) não constam o Esq C Mec e Cia E Cmb, bem como de GAC, a exemplo das estruturas da 2ª, 16ª e 17ª brigadas de infantaria de selva.gitanoba escreveu:Em matéria publicada no G1 das Organizações Globo, de hoje:
"29/08/2014 10h11 - Atualizado em 29/08/2014 10h11
Brigada no Amapá vai comandar três
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Brigada vai comandar 34º BIS no AP, 24º BIL no MA e 2º BIS no PA."
É atribuída ao General Oswaldo Ferreira (Comandante do CMN) a declaração de que a Brigada da Foz do Amazonas (Bda F Amz)"Será um grande comando que terá autonomia e capacidade de atuar sozinho. Essa brigada terá logística, comunicações, engenharia e cavalaria. Ou seja, todas as partes que fazem funcionar uma organização militar para atuar de forma isolada".
Assim, creio que podemos aguardar a criação também de um novo Esquadrão de Cavalaria de Selva, talvez nos moldes do 12o Esq C Sl de Boa Vista (RR), como subnunidade - SU - integrante da Bda F Amz, além das SUs de logística, engenhraia, comunicação e PE.
Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
FCarvalho: duas de nossas Bda Inf Sl têm Esq C Mec: a 1a Bda Inf Sl, e a 23a Bda Inf Sl (em que o Esq C Sl tem um perfil mecanizado, e encontra-se em Marabá-PA, em virtude da atropinização do ambiente amazônico na região, e da existência da Usina de Tucuruí).FCarvalho escreveu:O que um esq cav está fazendo na estrutura de uma Bgda Inf Slv?
No caso do 12o EsqCav até se justifica pela sua localização, mas no caso desta bgda, qual a idéia?
A notar, a falta de undes de apoio de art. de campanha é recorrente em todo o TO amazônico. Apenas duas bgdas possuem tais unidades. E mais sério ainda, não se prevê, como bem disse o colega Robson a criação de tais unidades para as novas bgdas que se planeja na EBF.
Salvo engano, serão 9 bgdas ao todo sendo que apenas duas contando com art. campanha.
Falha de planejamento ou uma ausência proposital e medida?
abs.
Com relação à ausência de GAC (mesmo leves com 105 mm), que poderiam ser mobilizados por via aeromóvel (aí realmente é preciso ter mais AvEx na Amazônia), concordo plenamente que será necessário prever os GACs pr as Bda Inf Sl que não os possuem.
Mas há o orçamento, a falta de prioridade para a defesa dos diversos grupos que (possivelmente) se alternarão frente ao Governo Federal, a prioridade de pagamento de juros de dívida (interna e externa), hoje consumindo 48,5 % do orçamento... Mariana, Dilma ou Aécio estão integrados a grupos que priorizam os aportes financeiros a bancos (nacionais e internacionais) sem discutir mudança no perfil da dívida, conversões em carteiras de investimentos de longo prazo, ou redução de juros, nem a contribuição para a elevação da inflação dos bancos privados pela ausência de controle da emissão de moeda (via títulos de de dívidas, notas promissórias, derivativos etc...)
Mais GACs = mais verba !!! De onde ? Da redução da parcela direcionada aos bancos privados - poderia chegar a 25 ou 30 % do orçamento sobrando 20,0 a 23,5 % para investimentos (saúde,educação, inclusive em novos equipamentos para as FFAAs). Isso vai exigir pressão política e ação junto (muita conversa e alertas / esclarecimento a parlamentares) ao Congresso... nossa cúpula dirigente nas FFAAs irá proceder a essa missão ? Necessitarão de apoio de nós civis que desenvolvemos pesquisas / interesses / contribuições na área de defesa e segurança. Não está faltando coordenação e integração de esforços para isso ?
Editado pela última vez por gitanoba em Sex Ago 29, 2014 1:09 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Bem, eu suponho que, mesmo "na selva", uma grande unidade tipo brigada ainda precise de certa rede viária para apoio logístico e de comando. E a melhor maneira de dar proteção a uma tal rede é contar com algum efetivo adequado de tropas móveis (leia-se "cavalaria").FCarvalho escreveu:O que um esq cav está fazendo na estrutura de uma Bgda Inf Slv?
No caso do 12o EsqCav até se justifica pela sua localização, mas no caso desta bgda, qual a idéia?
No Vietnam, os americanos acabaram descobrindo que uma força móvel tinha muitos usos. Apesar de a Amazônia ser muito diferente do Vietnam, ainda assim dá pra passar caminhão, pra lá e pra cá. E onde passa um caminhão, passa a Cavalaria.
Realmente, será que o combate na Amazônia vá se dar, totalmente, no meio do mato? Sei lá, o mais perto que já cheguei da Amazônia foi assistindo documentário da televisão...
Com certeza, não é falta de planejamento. Isto seria uma subestimação absurda da capacidade profissional do Exército. Também não acho que seja proposital. Salvo erro meu, eu acho que deve-se a questões orcamentárias e também aos estudos em andamento sobre qual organização de artilharia é a mais adequada à selva. Eu lembro de ter lido, acho que por aqui mesmo, talvez em alguma mensagem do Jauro, sobre os estudos para adopção de morteiros raiados 120 mm pelos grupos de artilharia de campanha de selva.A notar, a falta de undes de apoio de art. de campanha é recorrente em todo o TO amazônico. Apenas duas bgdas possuem tais unidades. (...)
Salvo engano, serão 9 bgdas ao todo sendo que apenas duas contando com art. campanha.
Falha de planejamento ou uma ausência proposital e medida?
Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Prezado Clermont,Clermont escreveu:Bem, eu suponho que, mesmo "na selva", uma grande unidade tipo brigada ainda precise de certa rede viária para apoio logístico e de comando. E a melhor maneira de dar proteção a uma tal rede é contar com algum efetivo adequado de tropas móveis (leia-se "cavalaria").FCarvalho escreveu:O que um esq cav está fazendo na estrutura de uma Bgda Inf Slv?
No caso do 12o EsqCav até se justifica pela sua localização, mas no caso desta bgda, qual a idéia?
No Vietnam, os americanos acabaram descobrindo que uma força móvel tinha muitos usos. Apesar de a Amazônia ser muito diferente do Vietnam, ainda assim dá pra passar caminhão, pra lá e pra cá. E onde passa um caminhão, passa a Cavalaria.
Realmente, será que o combate na Amazônia vá se dar, totalmente, no meio do mato? Sei lá, o mais perto que já cheguei da Amazônia foi assistindo documentário da televisão...
Com certeza, não é falta de planejamento. Isto seria uma subestimação absurda da capacidade profissional do Exército. Também não acho que seja proposital. Salvo erro meu, eu acho que deve-se a questões orcamentárias e também aos estudos em andamento sobre qual organização de artilharia é a mais adequada à selva. Eu lembro de ter lido, acho que por aqui mesmo, talvez em alguma mensagem do Jauro, sobre os estudos para adopção de morteiros raiados 120 mm pelos grupos de artilharia de campanha de selva.A notar, a falta de undes de apoio de art. de campanha é recorrente em todo o TO amazônico. Apenas duas bgdas possuem tais unidades. (...)
Salvo engano, serão 9 bgdas ao todo sendo que apenas duas contando com art. campanha.
Falha de planejamento ou uma ausência proposital e medida?
A incorporação de um Esq C Mec na Bda Foz Amz se justifica.
A região leste do Amapá encontra-se bastante "careca" da cobertura de selva original. Segundo informações de amigos, docentes da UFAP, o trecho de selva mais próximo de Macapá atualmente está a mais de 50 km de distância. Fotos de satélite mostram grandes trechos já "savanados" ou em conformação de cerrados na região leste do Amapá: veja no Google Maps por exemplo (se souber me informa como anexo imagens aqui. As tenho mostrando a derrubada da floresta e os clarões resultantes...).
Sobre as peças para os GACs, realmente morteiros 120 mm seriam muito mais eficientes, em sua maior parte, mas a presença de peças 105 mm leves ou 155 mm (possivelmente mecanizadas) nas 1a, 23a, e (futura) 26a Bda Inf Sl se justificaria devido às áreas de responsabilidades destas já contarem com regiões (extensas) de campinaramas / cerrados ou em que a cobertura vegetal densa já foi removida.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Em relação a Esq C Mec (ou mesmo RC Mec) nas BdaInfSlv, não dá para ter um padrão.
Não vejo nenhuma necessidade nas 2ª e 16ª BdaInfSlv, em São Gabriel da Cachoeira e Tefé, respectivamente. Mas a exemplo da 1ª e da 23ª BdaInfSlv (Boa Vista e Marabá), penso que cabe U/SU Cav Mec nas 17ª BdaInfSlv, de Porto Velho, e nas futuras brigadas a serem implantadas em Macapá, em Manaus e no AC (Cruzeiro do Sul).
No caso da Bda de Macapá (Foz do Amazonas), suas Unidades de manobra ficam em Belém e São Luís, além de Macapá, de modo que a U/SU de Cav Mec podería ficar próximo à Belém ou São Luís.
Em relação à artilharia, creio que o EB ainda não tem uma doutrina que justifique um GAC em cada BdaInfSlv.
Como, a exceção da artilharia de mísseis e foguetes, que é um dos programas estratégicos (Astros 2020), e da antiaérea, a artilharia não é prioridade, porque não pode ser usada em GLO e ações de defesa civil, então a Amazônia vai ficando mesmo sem artilharia.
Não vejo nenhuma necessidade nas 2ª e 16ª BdaInfSlv, em São Gabriel da Cachoeira e Tefé, respectivamente. Mas a exemplo da 1ª e da 23ª BdaInfSlv (Boa Vista e Marabá), penso que cabe U/SU Cav Mec nas 17ª BdaInfSlv, de Porto Velho, e nas futuras brigadas a serem implantadas em Macapá, em Manaus e no AC (Cruzeiro do Sul).
No caso da Bda de Macapá (Foz do Amazonas), suas Unidades de manobra ficam em Belém e São Luís, além de Macapá, de modo que a U/SU de Cav Mec podería ficar próximo à Belém ou São Luís.
Em relação à artilharia, creio que o EB ainda não tem uma doutrina que justifique um GAC em cada BdaInfSlv.
Como, a exceção da artilharia de mísseis e foguetes, que é um dos programas estratégicos (Astros 2020), e da antiaérea, a artilharia não é prioridade, porque não pode ser usada em GLO e ações de defesa civil, então a Amazônia vai ficando mesmo sem artilharia.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
É o que penso. A falta de relevância da arma da artilharia está para o EB como a defesa nacional o é para o poder político deste país. Sem a importância devida, o EB acaba se virando como pode e com o que dá.gitanoba escreveu:FCarvalho: duas de nossas Bda Inf Sl têm Esq C Mec: a 1a Bda Inf Sl, e a 23a Bda Inf Sl (em que o Esq C Sl tem um perfil mecanizado, e encontra-se em Marabá-PA, em virtude da atropinização do ambiente amazônico na região, e da existência da Usina de Tucuruí).FCarvalho escreveu:O que um esq cav está fazendo na estrutura de uma Bgda Inf Slv?
No caso do 12o EsqCav até se justifica pela sua localização, mas no caso desta bgda, qual a idéia?
A notar, a falta de undes de apoio de art. de campanha é recorrente em todo o TO amazônico. Apenas duas bgdas possuem tais unidades. E mais sério ainda, não se prevê, como bem disse o colega Robson a criação de tais unidades para as novas bgdas que se planeja na EBF.
Salvo engano, serão 9 bgdas ao todo sendo que apenas duas contando com art. campanha.
Falha de planejamento ou uma ausência proposital e medida?
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Com relação à ausência de GAC (mesmo leves com 105 mm), que poderiam ser mobilizados por via aeromóvel (aí realmente é preciso ter mais AvEx na Amazônia), concordo plenamente que será necessário prever os GACs pr as Bda Inf Sl que não os possuem.
Mas há o orçamento, a falta de prioridade para a defesa dos diversos grupos que (possivelmente) se alternarão frente ao Governo Federal, a prioridade de pagamento de juros de dívida (interna e externa), hoje consumindo 48,5 % do orçamento... Mariana, Dilma ou Aécio estão integrados a grupos que priorizam os aportes financeiros a bancos (nacionais e internacionais) sem discutir mudança no perfil da dívida, conversões em carteiras de investimentos de longo prazo, ou redução de juros, nem a contribuição para a elevação da inflação dos bancos privados pela ausência de controle da emissão de moeda (via títulos de de dívidas, notas promissórias, derivativos etc...)
Mais GACs = mais verba !!! De onde ? Da redução da parcela direcionada aos bancos privados - poderia chegar a 25 ou 30 % do orçamento sobrando 20,0 a 23,5 % para investimentos (saúde,educação, inclusive em novos equipamentos para as FFAAs). Isso vai exigir pressão política e ação junto (muita conversa e alertas / esclarecimento a parlamentares) ao Congresso... nossa cúpula dirigente nas FFAAs irá proceder a essa missão ? Necessitarão de apoio de nós civis que desenvolvemos pesquisas / interesses / contribuições na área de defesa e segurança. Não está faltando coordenação e integração de esforços para isso ?
Continuamos fazendo as coisas como sempre. Tudo a base de meias soluções e improvisos.
Quem mandou sermos o país do "jeitinho".
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Certo o Robson.
Nos vários contextos geográficos as maiores vias de ligação são rodoviárias:
Brigada de Macapá
Macapá-Calçoene; Macapá-Serra do Navio; Macapá-Clevelândia.
17ª BdaInfSl
Porto Velho- Ji Paraná-Costa Marques-Vilhena-Pimenteira do Oeste; PV-Guajará Mirim.
Bda de Rio Branco
Rio Branco (RB)-Epitaciollandia; RB-Cruzeiro do Sul; RB-Assis Brasil.
Nos vários contextos geográficos as maiores vias de ligação são rodoviárias:
Brigada de Macapá
Macapá-Calçoene; Macapá-Serra do Navio; Macapá-Clevelândia.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
abs.Clermont escreveu:Bem, eu suponho que, mesmo "na selva", uma grande unidade tipo brigada ainda precise de certa rede viária para apoio logístico e de comando. E a melhor maneira de dar proteção a uma tal rede é contar com algum efetivo adequado de tropas móveis (leia-se "cavalaria").FCarvalho escreveu:O que um esq cav está fazendo na estrutura de uma Bgda Inf Slv?
No caso do 12o EsqCav até se justifica pela sua localização, mas no caso desta bgda, qual a idéia?
No Vietnam, os americanos acabaram descobrindo que uma força móvel tinha muitos usos. Apesar de a Amazônia ser muito diferente do Vietnam, ainda assim dá pra passar caminhão, pra lá e pra cá. E onde passa um caminhão, passa a Cavalaria.
Realmente, será que o combate na Amazônia vá se dar, totalmente, no meio do mato? Sei lá, o mais perto que já cheguei da Amazônia foi assistindo documentário da televisão...
Acredite-me Clermont, nossos maiores problemas de segurança na região estão nas áreas de fronteira, onde não passa nem carapanã voando sem ter que se desviar do mato na sua frente. Imagines então undes de cavalaria. Contudo, existe o fator desmatamento, que como cito, está muito desenvolvido principalmente no sudeste/nordeste do Pará, e praticamente em todo o estado de Rondônia, além da região leste de Roraima, já naturalmente uma savana tropical. Mas para além disso, nada se desloca se não for por via fluvial.
Com certeza, não é falta de planejamento. Isto seria uma subestimação absurda da capacidade profissional do Exército. Também não acho que seja proposital. Salvo erro meu, eu acho que deve-se a questões orcamentárias e também aos estudos em andamento sobre qual organização de artilharia é a mais adequada à selva. Eu lembro de ter lido, acho que por aqui mesmo, talvez em alguma mensagem do Jauro, sobre os estudos para adopção de morteiros raiados 120 mm pelos grupos de artilharia de campanha de selva.A notar, a falta de undes de apoio de art. de campanha é recorrente em todo o TO amazônico. Apenas duas bgdas possuem tais unidades. (...)
Salvo engano, serão 9 bgdas ao todo sendo que apenas duas contando com art. campanha.
Falha de planejamento ou uma ausência proposital e medida?
Sim eu lembro de ter libro sobre isso. E também me lembro que havia uma certa discordância entre infantes e artilheiros quanto a essa questão de adoção de morteiros, mesmo que pesados, nas OM's destes últimos.
Aliás, para mim, ainda vale aquela velha máxima de que morteiro é arma de infantaria. Sempre fui a favor da adoção de morteiros pesados pelos btl's de infantaria do EB e CFN, com uma bateria(6 a 9 undes) para cada OM. Mas eu não sei porque cargas d'água alguém resolveu inventar essa moda de morteiro em GAC's. Pode ser pelas indefectíveis condições financeiras ou por mera especulação doutrinária, não sei. Creio que mais por aquela primeira do que esta. Enfim...
Sobra na realidade a onipresente falta de verbas e de importância que a artilharia nunca recebeu diante de tantas outras prioridades no EB.
Há sim, falta de doutrina acredito que não é, já que temos há tempos dois GAC's de slv, e pelo tanto de anos que existem, já seria, penso eu, mais que suficiente para formar uma base doutrinal para definições e esclarecimentos sobre seus usos e potencialidades.
Aliás, acho sempre bom lembrar que morteiros e obuseiros tem empregos e funções distintas quanto no TO. São complementares, e não contraditórios.
Ao menos até agora.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Jauro, sem querer contradizê-lo, mas tais estradas na verdade não passam de "caminhos no meio do mato" e que em geral são intransitáveis parte do ano, quando não o são o ano inteiro. Em várias delas, a maior parte dos trechos sequer asfalto existe.jauro escreveu:Certo o Robson.
Nos vários contextos geográficos as maiores vias de ligação são rodoviárias:
Brigada de Macapá
Macapá-Calçoene; Macapá-Serra do Navio; Macapá-Clevelândia.
17ª BdaInfSl
Porto Velho- Ji Paraná-Costa Marques-Vilhena-Pimenteira do Oeste; PV-Guajará Mirim.
Bda de Rio Branco
Rio Branco (RB)-Epitaciollandia; RB-Cruzeiro do Sul; RB-Assis Brasil.
Neste quadro, mesmo rodovias federais consideradas em bom estado, como a BR-174 que liga Ma0-Bv hoje em dia, pelo que me foi passado não se consegue fazer o trajeto que seria de 24 horas, em menos de dois dias. Isso para não falar da BR-364, que ligaria Mao-Pv, e que hoje mal e porcamente chega até Humaitá com muito custo. E depois disso, é "cada um por si".
Estrada na Amazônia é rio. Carro é voadeira. E se quiser chegar rápido a algum lugar, melhor pegar um helicóptero....
Eu disse helicóptero?
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Bem, estes trechos eu não citei. São vias mais interiores e estão compreendidas em um contexto mais estratégico do que tático. Os lanços de estrada a que me refiro são aqueles mais debruçados sobre as fronteiras, como Macapá-Oiapoque; BV-BV8; BV-Normandia-Bonfim-Uiramutã e outras vias ao norte de BV.
Resumindo: os Esquadrões são para atuar em áreas onde haja uma rede mínima de estradas que demandem da fronteira para o interior do país.
Resumindo: os Esquadrões são para atuar em áreas onde haja uma rede mínima de estradas que demandem da fronteira para o interior do país.
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Mesmo sobre este aspecto, a utilização de cav em estradas vicinais com estas características, em minha opinião continua sendo muito restrito.
Se a mobilidade é a melhor característica da cavalaria, utilizá-la em estradas, mesmo que em apoio ao deslocamento da bgda, ainda assim é pouco efetivo. Os veículos podem facilmente virar alvo de tropas inseridas entre as linhas de contato. Mas enfim, deve haver algum meio termo para este tipo de utilização.
Ainda penso que o apoio de fogo das OM's da região norte deveria ser uma prioridade, já que um tiro de morteiro ou obus, pode muito bem fazer mais falta no apoio ao deslocamento, avanço e/ou retração de uma tropa do que propriamente um veículo bldo.
Mas isso sou eu pensando alto com os meus botões...
abs
Se a mobilidade é a melhor característica da cavalaria, utilizá-la em estradas, mesmo que em apoio ao deslocamento da bgda, ainda assim é pouco efetivo. Os veículos podem facilmente virar alvo de tropas inseridas entre as linhas de contato. Mas enfim, deve haver algum meio termo para este tipo de utilização.
Ainda penso que o apoio de fogo das OM's da região norte deveria ser uma prioridade, já que um tiro de morteiro ou obus, pode muito bem fazer mais falta no apoio ao deslocamento, avanço e/ou retração de uma tropa do que propriamente um veículo bldo.
Mas isso sou eu pensando alto com os meus botões...
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB
Discutível..........discutível.
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