EXÉRCITOS formados por soldados analfabetos e sem treino, chega a ser vergonhoso para os árabes o fato do Hezbolah ter as tropas mais preparadas que Israel já enfrentou.wagnerm25 escreveu:A seu favor, diga-se, as forças israelenses já derrotaram EXÉRCITOS árabes no passado.
CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Em 1948 nem tanto. Maioria deles era um turbilhão devido as independências que vieram junto com a de israel.
ja na guerra dos 6 dias eles não tem essa desculpa . Em Suez já era reconhecido que o Egito tinha boas capacidades defensivas (mas não muito ofensivas, apesar que aqui foi Inglaterra e frança comprando briga tentando manter o colonialismo e não derivou do ódio entre árabes e israelenses).
Egypt (independence from the UK) = 28 February 1922
Sudan (independence from the UK) = 1 January 1956
Jordan (Independence from the UK) = was originally known as Transjordaan and was indented for Arabs to live there or you may better know them as 'Palestinians') = 25 May 1946
Syria (Independence from France) = in 1941,
not recognised until 1 January 1944
Lebanon (Independence from France) = 26 November 1941
Saudi Arabia = May 20 1927
Iraq (From the United Kingdom) = 3 October 1932
ja na guerra dos 6 dias eles não tem essa desculpa . Em Suez já era reconhecido que o Egito tinha boas capacidades defensivas (mas não muito ofensivas, apesar que aqui foi Inglaterra e frança comprando briga tentando manter o colonialismo e não derivou do ódio entre árabes e israelenses).
Egypt (independence from the UK) = 28 February 1922
Sudan (independence from the UK) = 1 January 1956
Jordan (Independence from the UK) = was originally known as Transjordaan and was indented for Arabs to live there or you may better know them as 'Palestinians') = 25 May 1946
Syria (Independence from France) = in 1941,
not recognised until 1 January 1944
Lebanon (Independence from France) = 26 November 1941
Saudi Arabia = May 20 1927
Iraq (From the United Kingdom) = 3 October 1932
Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Guia para entender o conflito Israel-Hamas sem precisar ler extremistas
28.07.2014 | 10:50 ISRAEL, PALESTINA
inShare
As pessoas perderam a noção em artigos nos principais jornais e revistas do Brasil. Primeiro, um artigo na Folha dizia que os palestinos não existiam e foram inventados por Yasser Arafat nos anos 1960. E, hoje, a Folha publica artigo dizendo que a única solução para o Oriente Médio seria Israel não existir. Em vez de pluralidade, a Folha publica extremismo e bobagens (isso não inclui o ótimo correspondente Diogo Bercito e o editor de Inter Fabio Zanini, que fazem um ótimo trabalho).
Nos dois lados, no Brasil, tenho lido absurdos envolvendo o conflito entre Israel-Palestina escritos por pessoas sem o menor conhecimento do tema e que nunca pisaram em Tel Aviv, Gaza, Jerusalém, Ramallah, Nazaré e Haifa. Eu não critico ninguém no meu blog, pois acho que cada um deva ter uma opinião. Mas chegou o momento de pessoas como eu se levantarem contra os radicais dos dois lados que vêm alimentando os sentimentos antissemitas, islamofóbicos, anti-árabes e anti-cristãos em grandes órgãos de imprensa, como a Folha. Portanto fiz este guia para entender o atual conflito
1. Israel e Palestina estavam bem próximos de um acordo de paz meses atrás. Os dois lados concordavam em praticamente tudo. Basicamente, um Estado palestino seria criado na maior parte da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os principais blocos de assentamento ficariam com Israel em troca de outras terras. A Palestina seria desmilitarizada, com a segurança inicialmente nas mãos de Israel em uma transição para a OTAN (Costa Rica também é desmilitarizada). Jerusalém seria uma municipalidade unificada, mas capital dos dois Estados. Os refugiados palestinos poderiam retornar para o novo Estado, mas não para o que hoje é Israel. Vale lembrar que, em 2013, morreram apenas 36 pessoas no conflito, sendo 33 palestinos e 3 israelenses. É menos do que o total em 8 horas nos últimos dias.
2. O plano, que ainda pode dar certo, apenas não foi assinado por divergências no processo, incluindo mal-entendidos entre Israel e EUA. Os israelenses enxergavam o processo (não o acordo) como a libertação de prisioneiros palestinos durante quatro etapas em troca de a Palestina não ingressar em entidades internacionais até o acordo definitivo e de o governo poder autorizar novas unidades residenciais em assentamentos que em um acordo final ficariam no lado de Israel. A Autoridade Palestina e os EUA argumentavam que o acordo previa a libertação de palestinos e árabes-israelenses em troca apenas de os palestinos não ingressarem em entidades internacionais. O mal entendido teria ocorrido em conversas entre o secretário de Estado John Kerry e o premiê Benjamin Netanyahu nas quais os termos não ficaram claro. Além disso, o líder israelense cedeu a pressões de alas extremistas de seu governo, como Naftali Bennet, em vez de se aproximar mais de figuras moderadas como Yair Lapid e Tzipi Livni.
3. Depois de o plano fracassar, a Autoridade Palestina, com o aval dos EUA, fez um governo tecnocrático com o apoio do Fatah e do Hamas, mas sem a presença de membros dos dois partidos. Israel, em vez de enxergar o acordo como um concessão do Hamas, que pela primeira vez apoiava um governo reconhecendo o Estado israelense, viu como uma provocação do presidente palestino Mahmoud Abbas. Os dois lados romperam.
4. Semanas depois, três colonos adolescentes israelenses foram sequestrados na Cisjordânia em uma área sob controle civil e militar de Israel. O governo israelense imediatamente acusou o Hamas e disse ter provas. Os EUA dizem que havia indicações de que poderia ter havido envolvimento do Hamas, mas nunca cravou. Israel não tornou públicas as provas. Mas lançou uma mega operação em Hebron, na Cisjordânia, prendendo centenas de palestinos e matando ao menos três. O Hamas nega envolvimento, mas celebrou o sequestro, visto na Palestina como um crime comum. Dias depois, os corpos dos adolescentes israelenses foram encontrados. E extremistas judaicos sequestraram e queimaram vivo um adolescente palestino para se vingar. Os extremistas judaicos estão presos. Os suspeitos palestinos ainda não foram encontrados.
5. Tudo isso na Cisjordânia. Na Faixa de Gaza, Israel bombardeou um túnel do Hamas usado para contrabando e invasão do território israelense. Militantes do grupo morreram. A organização palestina intensificou o lançamento de foguetes contra o território israelense. Israel iniciou os bombardeios contra a Faixa de Gaza. Depois de alguns dias, o Egito propôs um cessar-fogo. O Hamas não aceitou, mas Israel, sim. Em seguida, o governo israelense iniciou uma mega ofensiva por terra. Mais de mil palestinos morreram, a maioria civil, incluindo dezenas de crianças. Trinta e cinco israelenses morreram, a maior parte militar. A diferença no total de vítimas se deve em parte à precariedade dos armamentos do Hamas e ao escudo anti-mísseis de Israel. Mas uma série de países, incluindo os EUA, dizem que Israel deveria fazer mais para evitar a morte de civis. Israel retruca dizendo que ninguém no mundo faz mais do que os israelenses para evitar baixas civis.
6. Hoje existe um esforço internacional, com apoio de quase todas as nações do mundo, para um cessar-fogo. Israel e Hamas não aceitam, a não ser por pequenas pausas humanitárias para resgatar corpos. Os dois levam em conta seus interesses. Os israelenses acham melhor seguir com a ação militar mais algum tempo para eliminar o máximo possível de túneis do Hamas. O grupo palestino, por sua vez, isolado depois de perder apoio do Irã, da Síria e do Egito, tenta se fortalecer vendendo o atual conflito como vitória. Para atingir este objetivo, precisa reduzir a intensidade do bloqueio em um cessar-fogo definitivo. A tendência é o conflito se encerrar em alguns dias ou semanas com cessar-fogo unilateral dos dois lados, como ocorreu em 2009.
Agora, sério, recomendo pararem de ler extremistas que apenas falam bobagens dos dois lados e ficam discutindo história seletiva de questões de séculos ou décadas atrás.
Não sei como faz para publicar comentários. Portanto pediria que comentem no meu Facebook (Guga Chacra) e no Twitter (@gugachacra), aberto para seguidores
Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires
Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista
Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. Escrevam para mim no gugachacra at outlook.com. Leiam também o blog do Ariel Palacios
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Nos dois lados, no Brasil, tenho lido absurdos envolvendo o conflito entre Israel-Palestina escritos por pessoas sem o menor conhecimento do tema e que nunca pisaram em Tel Aviv, Gaza, Jerusalém, Ramallah, Nazaré e Haifa. Eu não critico ninguém no meu blog, pois acho que cada um deva ter uma opinião. Mas chegou o momento de pessoas como eu se levantarem contra os radicais dos dois lados que vêm alimentando os sentimentos antissemitas, islamofóbicos, anti-árabes e anti-cristãos em grandes órgãos de imprensa, como a Folha. Portanto fiz este guia para entender o atual conflito
1. Israel e Palestina estavam bem próximos de um acordo de paz meses atrás. Os dois lados concordavam em praticamente tudo. Basicamente, um Estado palestino seria criado na maior parte da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os principais blocos de assentamento ficariam com Israel em troca de outras terras. A Palestina seria desmilitarizada, com a segurança inicialmente nas mãos de Israel em uma transição para a OTAN (Costa Rica também é desmilitarizada). Jerusalém seria uma municipalidade unificada, mas capital dos dois Estados. Os refugiados palestinos poderiam retornar para o novo Estado, mas não para o que hoje é Israel. Vale lembrar que, em 2013, morreram apenas 36 pessoas no conflito, sendo 33 palestinos e 3 israelenses. É menos do que o total em 8 horas nos últimos dias.
2. O plano, que ainda pode dar certo, apenas não foi assinado por divergências no processo, incluindo mal-entendidos entre Israel e EUA. Os israelenses enxergavam o processo (não o acordo) como a libertação de prisioneiros palestinos durante quatro etapas em troca de a Palestina não ingressar em entidades internacionais até o acordo definitivo e de o governo poder autorizar novas unidades residenciais em assentamentos que em um acordo final ficariam no lado de Israel. A Autoridade Palestina e os EUA argumentavam que o acordo previa a libertação de palestinos e árabes-israelenses em troca apenas de os palestinos não ingressarem em entidades internacionais. O mal entendido teria ocorrido em conversas entre o secretário de Estado John Kerry e o premiê Benjamin Netanyahu nas quais os termos não ficaram claro. Além disso, o líder israelense cedeu a pressões de alas extremistas de seu governo, como Naftali Bennet, em vez de se aproximar mais de figuras moderadas como Yair Lapid e Tzipi Livni.
3. Depois de o plano fracassar, a Autoridade Palestina, com o aval dos EUA, fez um governo tecnocrático com o apoio do Fatah e do Hamas, mas sem a presença de membros dos dois partidos. Israel, em vez de enxergar o acordo como um concessão do Hamas, que pela primeira vez apoiava um governo reconhecendo o Estado israelense, viu como uma provocação do presidente palestino Mahmoud Abbas. Os dois lados romperam.
4. Semanas depois, três colonos adolescentes israelenses foram sequestrados na Cisjordânia em uma área sob controle civil e militar de Israel. O governo israelense imediatamente acusou o Hamas e disse ter provas. Os EUA dizem que havia indicações de que poderia ter havido envolvimento do Hamas, mas nunca cravou. Israel não tornou públicas as provas. Mas lançou uma mega operação em Hebron, na Cisjordânia, prendendo centenas de palestinos e matando ao menos três. O Hamas nega envolvimento, mas celebrou o sequestro, visto na Palestina como um crime comum. Dias depois, os corpos dos adolescentes israelenses foram encontrados. E extremistas judaicos sequestraram e queimaram vivo um adolescente palestino para se vingar. Os extremistas judaicos estão presos. Os suspeitos palestinos ainda não foram encontrados.
5. Tudo isso na Cisjordânia. Na Faixa de Gaza, Israel bombardeou um túnel do Hamas usado para contrabando e invasão do território israelense. Militantes do grupo morreram. A organização palestina intensificou o lançamento de foguetes contra o território israelense. Israel iniciou os bombardeios contra a Faixa de Gaza. Depois de alguns dias, o Egito propôs um cessar-fogo. O Hamas não aceitou, mas Israel, sim. Em seguida, o governo israelense iniciou uma mega ofensiva por terra. Mais de mil palestinos morreram, a maioria civil, incluindo dezenas de crianças. Trinta e cinco israelenses morreram, a maior parte militar. A diferença no total de vítimas se deve em parte à precariedade dos armamentos do Hamas e ao escudo anti-mísseis de Israel. Mas uma série de países, incluindo os EUA, dizem que Israel deveria fazer mais para evitar a morte de civis. Israel retruca dizendo que ninguém no mundo faz mais do que os israelenses para evitar baixas civis.
6. Hoje existe um esforço internacional, com apoio de quase todas as nações do mundo, para um cessar-fogo. Israel e Hamas não aceitam, a não ser por pequenas pausas humanitárias para resgatar corpos. Os dois levam em conta seus interesses. Os israelenses acham melhor seguir com a ação militar mais algum tempo para eliminar o máximo possível de túneis do Hamas. O grupo palestino, por sua vez, isolado depois de perder apoio do Irã, da Síria e do Egito, tenta se fortalecer vendendo o atual conflito como vitória. Para atingir este objetivo, precisa reduzir a intensidade do bloqueio em um cessar-fogo definitivo. A tendência é o conflito se encerrar em alguns dias ou semanas com cessar-fogo unilateral dos dois lados, como ocorreu em 2009.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Os exércitos saudita, sírio, egípcio e jordaniano ainda estão nessa condição?Marechal-do-ar escreveu:EXÉRCITOS formados por soldados analfabetos e sem treino, chega a ser vergonhoso para os árabes o fato do Hezbolah ter as tropas mais preparadas que Israel já enfrentou.wagnerm25 escreveu:A seu favor, diga-se, as forças israelenses já derrotaram EXÉRCITOS árabes no passado.
E quem poderia dizer que o Hezbollah não conta, em suas fileiras, com egressos desses (e de outros) exércitos árabes como voluntários ou instrutores?
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Arábia Saudita nunca entrou em guerra com Israel e ele está se referindo aos exércitos árabes que enfrentaram durante as guerras do passado, onde os árabes estavam começando a formar suas nações independentes no pós-guerra, tal como Israel. Hoje já é outra história. Outra coisa é que o Hezbollah é uma cria das Forças Especiais da Guarda Revolucionária Iraniana, que são as forças leais ao líder supremo iraniano, ou seja, treinada para guerra não-convencional, assimétrica, onde vc compensa sua inferioridade seja quantitativa ou qualitativa atacando as fraquezas de um inimigo muito mais poderoso. Isso ocorreu em 2006 no sul do Líbano, onde o Hezbollah utilizando mísseis anti-tanque modernos impediram a entrada da IDF, por mais que eles tivessem Merkavas, Apaches e F-16 aos montes. Tanto que essa operação militar foi considerada um fracasso pelos israelenses.Wingate escreveu:Os exércitos saudita, sírio, egípcio e jordaniano estão nessa condição?Marechal-do-ar escreveu: EXÉRCITOS formados por soldados analfabetos e sem treino, chega a ser vergonhoso para os árabes o fato do Hezbolah ter as tropas mais preparadas que Israel já enfrentou.
E quem poderia dizer que o Hezbollah não conta, em suas fileiras, com egressos desses (e de outros) exércitos árabes como voluntários ou instrutores?
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Grato pelos comentários. Se se referiram ao passado estou de pleno acordo, com exceção dos jordanianos de 1948, que tinham a Legião Árabe, muito bem equipada e treinada pelos ingleses (salvo falha em minha memória, foi a força que mais trabalho e baixas causou ao nascente exército de Israel nas lutas de 1948).Bolovo escreveu:Arábia Saudita nunca entrou em guerra com Israel e ele está se referindo aos exércitos árabes que enfrentaram durante as guerras do passado, onde os árabes estavam começando a formar suas nações independentes no pós-guerra, tal como Israel. Hoje já é outra história. Outra coisa é que o Hezbollah é uma cria das Forças Especiais da Guarda Revolucionária Iraniana, que são as forças leais ao líder supremo iraniano, ou seja, treinada para guerra não-convencional, assimétrica, onde vc compensa sua inferioridade seja quantitativa ou qualitativa atacando as fraquezas de um inimigo muito mais poderoso. Isso ocorreu em 2006 no sul do Líbano, onde o Hezbollah utilizando mísseis anti-tanque modernos impediram a entrada da IDF, por mais que eles tivessem Merkavas, Apaches e F-16 aos montes. Tanto que essa operação militar foi considerada um fracasso pelos israelenses.Wingate escreveu: Os exércitos saudita, sírio, egípcio e jordaniano estão nessa condição?
E quem poderia dizer que o Hezbollah não conta, em suas fileiras, com egressos desses (e de outros) exércitos árabes como voluntários ou instrutores?
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http://www.militarypower.com.br/frame4-comb29.htm
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Concordo, mas não é problema de Israel o fato desses exércitos terem entrado em combate despreparados.Marechal-do-ar escreveu:EXÉRCITOS formados por soldados analfabetos e sem treino, chega a ser vergonhoso para os árabes o fato do Hezbolah ter as tropas mais preparadas que Israel já enfrentou.wagnerm25 escreveu:A seu favor, diga-se, as forças israelenses já derrotaram EXÉRCITOS árabes no passado.
Mas ainda assim duvido que hoje fosse muito diferente.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
As forças de defesa de Israel tem um aparato tecnológico que ninguém na região é capaz de superar.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Na verdade em grande medida, sim.Wingate escreveu:Os exércitos saudita, sírio, egípcio e jordaniano ainda estão nessa condição?
Os exércitos árabes são em geral formados por uma pequena elite de oficiais escolhidos muito mais por afinidades políticas ou tribais (herança do exército britânico do século IXX, que foi o seu modelo na origem, e reflexo da própria estrutura social árabe) e de uma massa de praças oriundo da base da sociedade árabe, com nível cultural e educacional muito baixo. Os soldados em si não são de todo ruins, mas tem dificuldades em lidar com equipamento e táticas mais avançados pelo baixo nível cultural e deficiências de treinamento. E os oficiais são um verdadeira catástrofe, nos relatos das guerras com Israel e da invasão do Iraque aconteceram coisas absolutamente bizarras, como ordens de abandonar equipamentos e fugir a pé quando deveria ter sido feito um recuo organizado, ou de os oficiais tomarem os veículos da sua unidade e fugirem, deixando os soldados abandonados para trás. De fato a única força militar árabe que mostrou um pouco mais de competência contra Israel foi a da Jordânia, mas este é um país pequeno e suas forças armadas sempre foram bem menores e mais fracas que as israelenses.
Não há muitos motivos para existirem instrutores de outros países árabes no Hezbollah em números significativos, com exceção talvez do Irã e da Síria. E se eu fosse eles a última coisa que eu iria querer era ter instrutores oriundos das péssimas forças armadas sírias, o país que sofreu as mais vergonhosas derrotas para Israel .E quem poderia dizer que o Hezbollah não conta, em suas fileiras, com egressos desses (e de outros) exércitos árabes como voluntários ou instrutores?
Wingate
Também duvido muito da presença de voluntários de outros países da área com exceção talvez do Irã. O Hizbollah é especificamente uma milícia de xiitas libaneses, e eles não tem muitos amigos nem dentro do próprio Líbano nem em outros países da região, com exceção dos persas (embora os demais libaneses em geral não pareçam ter muita coisa contra o Hezbollah, algumas entrevistas que li indicam que o povo do país confia mais no Hezbollah do que nas próprias forças armadas libanesas para dissuadir ataques de Israel). O único país do OM com quem o Hamas tem algum envolvimento maior é justamente o Irã, e este nunca esteve envolvido diretamente em nenhuma guerra contra Israel.
Em 2006 ficou demonstrado que esta superioridade tecnológica não é imbatível. Apesar dela os israelenses não conseguiram cumprir nenhum dos seus objetivos no ataque (nem recuperaram os soldados desaparecidos nem impediram que os lançamentos de foguetes continuassem tão intensos quanto no início da ação). E atualmente o Hezbollah está mais bem equipado do que nunca, com mísseis guiados russos e drones iranianos. Já é possível que hoje o Hizbollah possa atacar (embora com baixa intensidade) objetivos específicos bem dentro do território israelense, e não tenha que se limitar a lançar foguetes sem guiagem praticamente inúteis.EDSON escreveu:As forças de defesa de Israel tem um aparato tecnológico que ninguém na região é capaz de superar.
Leandro G. Card
Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Mais um capítulo da guerra por procuração. O Irã financia a guerra contra Israel. Só que agora tem que dividir sua atenção com a guerra civil síria e a nova insurgência no Iraque.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
O Irã na verdade não tem muita escolha.rodrigo escreveu:Mais um capítulo da guerra por procuração. O Irã financia a guerra contra Israel. Só que agora tem que dividir sua atenção com a guerra civil síria e a nova insurgência no Iraque.
Ele não pode simplesmente lavar as mãos e deixar que as populações de muçulmanos menos radicais (xiitas, alauítas) fiquem sozinhas enfrentando as guerras patrocinadas pelos EUA (Israel) e as monarquias do golfo (levante sírio, rebeldes iraquianos), sob pena de acabar totalmente cercado por regimes ultra-radicais hostis como o Talibã, a Al-Qaeda e o Isil.
Os ocidentais, particularmente os EUA, não se preocupam (muito) em patrocinar estes movimentos radicais porque eles estão longe de suas fronteiras, mas o Irã está cercado e tem preocupações muito reais de segurança para simplesmente ficar esperando que estes grupos tomem o poder nos países à sua volta e comessem a hostilizá-lo como já faziam os próprios Talibãs ou o regime de Saddam Hussein e ainda fazem os guerrilheiros pashtuns do Paquistão, os rebeldes drusos, os membros da Al-Qaeda e as unidades de inteligência de Israel.
Não se pode esquecer de que o Irã moderno nunca atacou diretamente ninguém, mas já sofreu ataques de todo este pessoal mencionado. Até o Brasil teria uma posição militar e geopolítica bem mais assertiva se tivesse passado (e ainda passasse) pelas mesmas experiências.
Leandro G. Card
Editado pela última vez por LeandroGCard em Ter Jul 29, 2014 12:43 pm, em um total de 2 vezes.
Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
A historia mostra que uma força assimétrica mesmo que mais fraca a um potencial invasor, mas bem treinada e motivada são sempre motivo de muitas dores de cabeça.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Esse conflito pode bem servir-nos de instrução, revendo os conceitos de combate em áreas urbanas, utilização (ou não) de blindados, armas anticarro, foguetes, etc...Lirolfuti escreveu:A historia mostra que uma força assimétrica mesmo que mais fraca a um potencial invasor, mas bem treinada e motivada são sempre motivo de muitas dores de cabeça.
São amargas (devido à perda de vidas de civis inocentes) mas interessantes lições.
Wingate
Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Igual a Israel.sob pena de acabar totalmente cercado por regimes ultra-radicais hostis como o Talibã, a Al-Qaeda e o Isil.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
O Egito e Jordânia é ultra radical?rodrigo escreveu:Igual a Israel.sob pena de acabar totalmente cercado por regimes ultra-radicais hostis como o Talibã, a Al-Qaeda e o Isil.