Leopard 1A5 do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Reginaldo Bacchi
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Re: Leopard 1A5 do EB

#5686 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sáb Jun 21, 2014 11:27 am

Gostei muito do argumento de Marechal-do-ar sobre a questão de Mobility Kill.

Bacchi




JL
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Re: Leopard 1A5 do EB

#5687 Mensagem por JL » Sáb Jun 21, 2014 11:45 am

Como eu não posto muito, vou condensar tudo que penso em único comentário:

Não sei se o Brasil um dia no futuro vai realizar o projeto de uma família de blindados sobre lagartas, acho uma empreitada gigantesca, mas absolutamente necessária. Com os alemães aqui instalados creio que este veículo será de desenho alemão, pelo menos nos estilos e linhas gerais.

Falando sobre o Merkava, bem ele é um ícone do máximo, mas pelo que tenho observado pelas fotografias, os israelenses o levam em grandes pranchas até a linha de frente e somente lá eles entram em ação e olha que o território deles é minúsculo, os M1 Abrams na invasão do Iraque em 2003 percorreram grandes distâncias sozinhos pelos seus próprios meios, será que o Merkava consegue fazer isso? Para o Brasil nem pensar, pois aqui em Santos por exemplo, quando tem um caminhão com uma carga deste porte é um pepino locomovê-lo, um carro de combate, com este peso vai afundar tudo por onde passar: asfalto, pontes, rampas etc. O carro brasileiro vai ter que ser bem mais leve, o quanto não faço ideia.

Para mim, uma das formas de conseguir isto e eliminar a torre. Creio que hoje com todo este progresso nos meios eletrônicos e de informática, que até nós (graças a Deus), já estamos dominando olha aí a ARES com os seus produtos, como o REMAX III, pode-se muito bem pensar em uma torre não tripulada com a guarnição dentro do chassi do carro, fazendo desta forma uma torre bem mais compacta e de menor peso. Sem perda de proteção. Vai ter desvantagens, claro que sim. Mas a não ser que se consiga outros métodos de blindagem, não tem muitas formas de diminuir o peso. Pois hoje já vemos de tudo, como ERA ou compostas como o Merkava, Leopard 2 etc e os bichinhos estão cada vez mais pesados.

Agora do meu ponto de vista, uma coisa não se pode abrir mão em um projeto de carro de combate é o poder de fogo, a capacidade certa e confiável de destruir o MTB inimigo com o seu disparo. Isto para mim chega em número um, superando os quesitos proteção e até mobilidade. Simplesmente, porque não adianta nada ser invulnerável e ter super mobilidade, se falhar neste aspecto, vai ocorrer o que já aconteceu com o Sherman vs Tiger, com o AMX 13 na Guerra dos Seis Dias, vão ter que encomendar táticas e cercos para atirar nas costas dos gigantes. O carro pode até ser mais leve, mas tem que ter poder de fogo. Nisto o TAM na categoria dos carros com canhão de 105 mm conseguiu.

Falando do motor que eu estava esquecendo, acho que somente vale a pena, se for para fazer uma família de carros, que nem o TAM. Penso que o aproveitamento do espaço como no caso do Merkava, não vale a pena, pois pode levar muito poucos homens o melhor é que o carro de combate seja acompanhado por um pesado veículo IFV, como os israelenses tem demonstrado nos últimos tempos.

Quanto a proteção, acho que a melhor opção é investir em não levar tiro, mobilidade, sensores que detectam o disparo de mísseis e meios para jammear e até abater a munição, tal como os CIWS navais. Pois resistir a um rojão de um AT 4 é uma coisa, agora resistir a mísseis como o Hellfire por exemplo é outra. Quanto as munições cinéticas resta somente uma opção detectar o atirador primeiro e atingi-lo antes para isso somente existe uma única solução os mísseis de longo alcance. Será que um Merkava vai ficar bem depois de um bom impacto e ainda atirar e te acertar?




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5688 Mensagem por Túlio » Sáb Jun 21, 2014 12:53 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:Tulio, respondido.

A unica coisa que eu gostaria de comentar é: pelo que eu me lembre (posso estar enganado) JAMAIS defendi o uso de motor e transmissão dianteira num carro de combate, como elemento de proteção.

Pelo que eu me lembre (posso estar enganado) SEMPRE defendi o uso do motor e transmissão dianteira como um item para se conseguir o MAXIMO de comunização em uma família de veículos: CC, VBCI, AP etc etc etc.

Devo lembra que a esmagadora maioria dos VBTPs, VBCIs, e APs, tanto sobre lagartas, como sobre rodas tem motor e transmissão dianteiros. E ninguém critica isto.

Bacchi
Mestre, apenas respondi à pergunta que quotei. A preferência por propulsão dianteira em um CC é minha! E do Leandro também, creio.

Apenas um comentário, a meu ver offtopic: não me parece realmente IMPOSSÍVEL fazer uma família SL que inclua um CC digno do nome, ao menos não após a disseminação dos add-ons (módulos adicionais de blindagem) e famílias de motores e transmissões, indo de uma potência x até uma potência y mas mantendo boa comunalidade.

Por este aspecto, diria que a diferença entre uma VBTP, uma VBCI e um CC seria apenas no armamento/torre, qual componente da família de propulsores usaria e finalmente na espessura/resistência dos módulos extras de blindagem. E muita coisa nova está surgindo, como cerâmicas elaborada à base de nanotecnologia, muito mais resistentes que as convencionais, além de novas ligas metálicas.

Mas também devo dizer que o EB, ao menos até onde vi, pensa diferente.

NOTA - Li um post teu mencionando um Rh 120 L47 de um Leopard Revolution, fui pesquisar e vi que é uma peça para carros mais leves, com recuo de longo curso e capaz de disparar a mesma munição DM-63 dos 2A6/7. Encafifei: o que uma peça assim está fazendo em um Leo2 de mais de 60 tons? Daí comecei a pensar: juntando esta peça com as novas blindagens em desenvolvimento, mais leves e resistentes, não estarão os Alemães pensando em um Leo3, de peso menor mas conservando a resistência a disparos, poder de fogo e com mobilidade aumentada?




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5689 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Jun 21, 2014 4:26 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:A unica coisa que eu gostaria de comentar é: pelo que eu me lembre (posso estar enganado) JAMAIS defendi o uso de motor e transmissão dianteira num carro de combate, como elemento de proteção.
Bacchi, acredito em você, meu post era em resposta a outro usuário que trouxe novamente essa questão ao debate.
cabeça de martelo escreveu:E eu o Russo, já que estamos a falar de uma familia de blindados e não apenas de um CC (algo na mesma linha de pensamento que o Bacchi defende para o EB).
Nessa "família" o CC terá motor traseiro e não faço a menor ideia de quanto os demais membros vão usar do CC, pode ser que o "chassi" do CC dessa "família" seja diferente dos demais membros, então, acho melhor esperar eles terminarem.
JL escreveu:Nisto o TAM na categoria dos carros com canhão de 105 mm conseguiu.
E será que o TAM conseguiria destruir um Leopard 2 em combate frontal? Se sim, a que distância? Porque a recíproca eu tenho certeza que é verdadeira, e de bem longe.
JL escreveu:vai ocorrer o que já aconteceu com o Sherman vs Tiger, com o AMX 13 na Guerra dos Seis Dias, vão ter que encomendar táticas e cercos para atirar nas costas dos gigantes. O carro pode até ser mais leve, mas tem que ter poder de fogo.
O caso do Sherman vs Tiger não é nem questão de poder de fogo, é tudo, o Tiger era superior em proteção E poder de fogo, e os nazistas ainda tinham Panzer IV e V que tinham tanta ou mais mobilidade, proteção e poder de fogo que os Sherman, o AMX 13, o que esperava de um combate entre pesos-pesados e peso-pena?
JL escreveu:Agora do meu ponto de vista, uma coisa não se pode abrir mão em um projeto de carro de combate é o poder de fogo, a capacidade certa e confiável de destruir o MTB inimigo com o seu disparo. Isto para mim chega em número um, superando os quesitos proteção e até mobilidade. Simplesmente, porque não adianta nada ser invulnerável e ter super mobilidade, se falhar neste aspecto,
Um CC não luta sozinho, mesmo que a arma dele não seja efetiva contra a blindagem frontal do inimigo a longa distância ele ainda tem utilidade porque:
1) Impede que o inimigo se aproxime, mesmo que a blindagem frontal do inimigo seja totalmente impenetrável se ele se aproximar demais vai possibilitar tiros mais precisos, inutilizando as lagartas ou sensores;
2) Impede que o inimigo mude de direção, é praticamente impossível criar um CC com blindagem tão espessa em todos os lados.

Essa relativa imobilidade do inimigo facilita o trabalho da artilharia e permite a outros veículos se posicionarem onde o inimigo é vulnerável, mas claro, para que isso seja possível o CC que vai "imobilizar" o adversário precisa aguentar os tiros dele.

Agora, vamos imaginar a proposta de um veículo com pouca proteção mas com um armamento capaz de destruir qualquer coisa a grande distância e com grande eficiência:
1) Esse armamento é possível? Há duas observações importantes aqui, se fosse possível algum já teria feito e, se fosse possível blindagens seriam obsoletas, nenhum dos dois parece ser o caso, armamentos que destroem tanques obsoletos de forma consistente existem, mas combater o estado de arte dos tanques é mais complicado, a corrida armas x blindagem é bem acirrada.
2) Na melhor das hipóteses isso só o coloca em igualdade com o inimigo já que sacrificando blindagem o inimigo poderá destruí-lo com um único tiro, e sem nem precisar recorrer a armamentos revolucionários, mesmo carros mais leves do inimigo poderão destruí-lo.

Vamos imaginar um cenário, no cenário tradicional com forças equilibradas e MBTs bem protegidos dos dois lados um até se expõe ao outro, mas a uma distância grande demais para seus armamentos serem mutualmente efetivos, e vamos imaginar que os comandantes vão usar a cabeça ao invés de avançar com tudo e, possivelmente, sendo destruído, nessa situação nenhum dos dois poderá virar e sair de lado porque iria expor partes pouco protegidas ao inimigo, sendo destruído, nenhum dos dois pode ficar totalmente parado porque se fizesse isso ficaria vulnerável a artilharia, os dois terão seus movimentos bem limitados, mesmo com o armamento inimigo não sendo efetivo não é bom ficar muito tempo exposto, com sorte o inimigo poderia inutilizar um sensor ou conseguir alguma forma de soft kill, e mesmo a blindagem pode não resistir a diversos disparos consecutivos, mas também não é bom perder o inimigo da mira porque ai ele vai para onde quiser, com movimento em diagonais e tentando se esconder em irregularidades do terreno os dois vão tentar encurralar o adversário, e garantir algum caminho para que aliados se aproximam e finalizem o combate.

Agora, digamos que um dos dois lados não tenha MBTs (carros de combate com grande proteção, principalmente frontal), o lado A tem MBTs, o B não, nesse caso o B tem uma grande desvantagem, ele não pode se expor, o A vai, o máximo que possível tentar criar uma linha com seus MBTs de forma que o B não consiga se posicionar para atirar em áreas vulneráveis, e não da para o B simplesmente mirar e atirar porque se o B vê o A então o A vê o B, e nem sequer a destruição mutua é assegurada, o A pode se dar ao luxo de se expor, o B não, isso da ao A total liberdade de movimento, o B tem que se movimentar apenas por onde o A não consegue mirar, para vencer, o B vai ter que, de alguma forma e com todas essas limitações, preparar uma emboscada ou conseguir contornar a linha que o A tenta manter, o A só precisa continuar o avanço sem erros.

Claro que é possível que o B ganhe, isso já aconteceu no passado, geralmente o B tinha superioridade em alguma coisa, melhor treinamento, superioridade numérica, amplo conhecimento do terreno, etc, e mesmo assim, a vitória geralmente custa ao B muitas vidas e material.
JL escreveu:Quanto a proteção, acho que a melhor opção é investir em não levar tiro, mobilidade, sensores que detectam o disparo de mísseis e meios para jammear e até abater a munição, tal como os CIWS navais. Pois resistir a um rojão de um AT 4 é uma coisa, agora resistir a mísseis como o Hellfire por exemplo é outra. Quanto as munições cinéticas resta somente uma opção detectar o atirador primeiro e atingi-lo antes para isso somente existe uma única solução os mísseis de longo alcance. Será que um Merkava vai ficar bem depois de um bom impacto e ainda atirar e te acertar?
Já ouvi isso diversas vezes, quase sempre de alguém sem experiência em combate (alias, eu também não tenho, me baseio em relatos de outros) e o produto resultante quase sempre é um fracasso, não pense que porque o Markava tem dezenas de toneladas de blindagem os israelenses (e todos os demais fabricantes de tanques) não investem em proteção ativa, todos eles investem em proteção ativa E passiva, definitivamente deixando seus carros melhor protegidos que alguém que investe só em proteção ativa.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5690 Mensagem por Túlio » Sáb Jun 21, 2014 4:34 pm

Muito interessante o segundo cenário proposto pelo Marechal véio e concordo integralmente: a Força com poder de fogo E blindagem vai ter algo crucial, a INICIATIVA! Já a outra vai ter que se abrigar e ficar na defensiva, no aguardo de uma - improvável - bobeira da força atacante para flanquear e ver se acerta alguma coisa.

E eu não apostaria um centavo nisso. 8-]




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5691 Mensagem por JL » Sáb Jun 21, 2014 7:12 pm

Veja bem Marechal, replicando as suas colocações:

1) Quanto ao TAM, claro que ele não pode competir com o Leopard 2, mas a blindagem do TAM é mínima, salvo engano é uma chapa de aço blindado de qualidade é claro, com espessura de no máximo 50 mm e com um bom desenho balístico em termos de ângulos e só. Compare o TAM 2 com os novos optrônicos contra um T 72 ou Leo 1. Ele não suporta tiro mas é um oponente perigoso, o Leo 2 é de outro categoria.

2-) Quanto ao alemães versus Sherman, o que quero afirmar é que se o Shermam tivesse um canhão mais eficiente ele podia derrotar os alemães mais fácil, tivemos o Sherman Firefly inglês e as versõs com up-grade israelense montando canhões de 105 mm de alma lisa, imagina um Super Sherman israelense enfrentando um Tiger, a blindagem continua a mesma, mas o poder de destruição faz diferença, é isso o que tentei dizer.

3-) Quanto a sua afirmação que o CC não luta sozinho, bolas isto óbvio, vem desde das táticas das legiões romanas, guerra é uma questão coletiva. Não tenho o que discutir.

4-) Quanto a questão mais polêmica, sobre mais pesado com melhor proteção ou mais leve com menor proteção. Bem nunca haverá um consenso são questões antagônicas, para mim, o que dita é o Teatro de Operações, pois cada carro sairá de um jeito em cada caso, por exemplo os Isralenses usam os Merkava de um jeito totalmente particular ao teatro de operações deles, pois eles possuem um território minúsculo, uma população miníma, não podem ter baixas humanas. Jogam tudo na proteção, não importa que ao ser atingido o Merkava saia de combate o mais importante é preservar a sua valiosa tripulação treinada.
Eles tem um terreno duro e seco, sem rios, riachos, chacos, atoleiros, tudo pedregoso duro, tem superioridade aérea total, não precisam se esconder. Pegam os monstros deles os transportam em pranchas, por poucas dezenas de quilometro, em estradas de primeira qualidade e aí soltam os bichinhos para combater com F 15 dando cobertura aérea, F 16 fazendo a interdição e Apache no apoio direto. Mesmo assim os Merkava passaram apertados perante a chuva de mísseis anti carro do Hezbolah, no Líbano em 2006. Vejam o Merkava pode sobreviver, mas pode continuar lutando se atingido por uma ogiva poderosa.
Finalizando nunca um veículo de 30 toneladas poderá se comparar a um carro de 60 toneladas, dispondo ambos do mesmo nível tecnológico, a questão é será que os grandes carros como os Leopard 2, Merkava, Abrams, podem funcionar bem em terrenos com o nosso, aqui no Brasil, podem funcionar bem em desembarques anfíbios, podem ser suportados por um logistica mais fraca.
Por fim, existem fotos destes carros sobrevivendo a disparos, como existem fotos de Abrams queimando, inclusive circular uma de agora de um M1 Abrams do Exército Iraquiano queimando atingido pelos insurgentes da Al Caeda na nova guerra que esta acontecendo no Iraque. Mas ressalto, note ressalto também existem fotografias destes caros veículo afundados, semi-submersos em terrenos encharcados. Perder um carro de 10 milhões de dólares porque o condutor errou o caminho é duro e aqui no Brasil tem charco para caramba.
Um carro leve, com um casco que tenha características semi anfíbias, baixa pressão sobre o solo, blindagem suficiente para sobreviver a um rojão simples, capacidade para enxergar longe de noite, inclusive estando todo ele oculto por um mato alto (sensores em um mastro retrátil, por exemplo). E com um canhão de recuo longo, disparando hora uma munição cinética, hora um míssil de longo alcance e como auxiliar uma arma de fogo rápido automática para ser usada como um CIWS terrestre. Tudo em uma torre não tripulada, com a guarnição oculta em seu interior. Acho que este seria um caminho para o Teatro brasileiro.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5692 Mensagem por lordlex » Dom Jun 22, 2014 1:50 pm

pq nao se investe ou se é q nao ja existe algum CC com torre controlada remotamente?

havia encontrado a algum tempo um projeto so nao me recordo de quem onde a torre e o canhao era controlado remotamente com a recarga automatica do mesmo.

tinha uma imagem e nela comparava a altura do CC normal com esse e ele era bem mais baixo,tbm era nescessario menos pessoal nao precisaria do municiador .

o interessante talves seria q o motor era na frente com mais blindagem e o canhao mais na parte traseira a tripulaçao no meio. axo q era algo +ou- assim




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5693 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jun 22, 2014 1:59 pm

Túlio escreveu:Mestre, apenas respondi à pergunta que quotei. A preferência por propulsão dianteira em um CC é minha! E do Leandro também, creio.
Sim, também prefiro o sistema de propulsão instalado na dianteira, principalmente por questões mecânicas embora eu acredite que contra o sopro de metal produzido pelas ogivas de carga ôca a presença do motor à frente dos tripulantes seja sim uma vantagem.

E eu ainda complemento esta questão do "mobility kill" com a minha idéia de utilizar dois motores ao invés de apenas um. Se instalados de forma independente a chance de ambos serem inutilizados por um único impacto é remota (motores diesel modernos com injection units, sem bombas injetoras e aquele monte de tubos expostos e vulneráveis, são muito robustos), e mesmo com um só motor o Cc ainda poderá se movimentar em velocidade praticamente normal em terreno plano. E dois motores ainda facilitam a padronização com veículos mais leves usando o mesmo chassi, que poderiam levar um motor só mas do mesmíssimo modelo. O uso de acoplamento elétrico torna a instalação de dois motores tão simples quanto a de um só e a distribuição de potência no caso de um deles parar de funcionar deixa de ser um problema.

Túlio escreveu:Muito interessante o segundo cenário proposto pelo Marechal véio e concordo integralmente: a Força com poder de fogo E blindagem vai ter algo crucial, a INICIATIVA! Já a outra vai ter que se abrigar e ficar na defensiva, no aguardo de uma - improvável - bobeira da força atacante para flanquear e ver se acerta alguma coisa.

E eu não apostaria um centavo nisso. 8-]
Agora imagine um cenário em que ao invés de investir em carros mais pesados uma das forças utilize apenas carros com poder de fogo e proteção razoáveis, digamos veículos com peso na faixa das 45/50 ton (com blindagem proporcional) e armamento de tubo de 105mm, mas gaste a verba assim economizada em mísseis com capacidade AT pesados, com alcance entre 6 e 10 km e capacidade de tiro indireto. E estes mísseis seriam transportados tanto por veículos de apoio quanto pelos próprios tanques. Neste caso de quem seria a iniciativa?

O uso de mísseis neste tipo de embate geralmente é ignorado em debates no ocidente (embora não pelos russos), mas em diversos conflitos recentes foram eles que fizeram a diferença. Como no Sinai em 1973 ou no Líbano em 2006. É mais ou menos como a discussão sobre fuzis, na qual se fala muito sobre qual tem isso e qual tem aquilo, mas na prática em guerras como a das Malvinas foram os mísseis e não os fuzis que decidiram os confrontos entre as forças em terra (segundo estudo do Cel Gélio Fregapani 70% das baixas de soldados argentinos naquele conflito foram para mísseis guiados :wink: ).


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Re: Leopard 1A5 do EB

#5694 Mensagem por Túlio » Dom Jun 22, 2014 2:45 pm

Não obstante, em todos os exemplos citados foram empregados mísseis da INFANTARIA, não os disparados por MBTs. Ademais, a distância de engajamento sempre esteve bem abaixo da máxima, é como eu digo, mesmo no supostamente plano RS não é mole achar uma linha de visada de mais de 2 km que resulte em uma NEZ, ou seja, o alvo não tenha tempo de achar abrigo contra um projétil subsônico. Lembrar que o míssil só é disparado após detectar e medir (e confirmar) a distância até o alvo e esta última parte significa EMITIR! O alvo detecta tanto a emissão quanto o disparo e, se sabendo em vias de ser atacado, toma medidas evasivas, que podem incluir buscar abrigo que o tire da linha de visada, oferecer o máximo de blindagem contra o míssil que se aproxima, lançar fumaça e até ativar um sistema antimíssil como o ARENA, além de alertar (os mais modernos usam data-link) outros meios no TO sobre a localização aproximada do lançador, de modo que seja atacado e, assim, inviabilizada a guiagem. Isso foi feito pelos Merkava Israelenses que, detectando o disparo - e, consequentemente, o lançador, com seus sistemas proativos (eles desenvolveram e usam um similar ao ARENA), perceberam que não se dirigia a seu MBT e sim a outro. Abriram fogo, tendo repassado a informação a outros meios, que fizeram o mesmo, neutralizaram o lançador e o míssil se perdeu. Problemas de atirar de longe...

Uma pergunta: o que queres dizer com TIRO INDIRETO? Se é como o entendo, como fazer a visada? Ou queres dizer que um dispara e o outro guia? O alvo prioritário para quem se vê atacado com um meio assim (e seus companheiros) é sempre quem está guiando...

Sou mais um bom APFSDS. A DM-63, por exemplo, disparada por um Rh 120 L55, alcança um alvo a 2 km em pouco mais de um segundo e não é guiada, ou seja, necas de jamming e tempo exíguo para tentar alguma medida evasiva (ou mesmo reposicionar para oferecer o ângulo mais desfavorável possível ao impacto). O uso de mísseis AC guiados por MBTs será sempre uma ótima opção para situações muito específicas, não arma principal.

Sobre a propulsão, concordo integralmente, com o acréscimo de que, sendo dois motores iguais, não apenas não dificultam mas sim simplificam a logística além de, pela escala maior de produção, tenderem a reduzir o custo unitário.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5695 Mensagem por Olinda » Dom Jun 22, 2014 3:45 pm

LeandroGCard escreveu:
Túlio escreveu:Mestre, apenas respondi à pergunta que quotei. A preferência por propulsão dianteira em um CC é minha! E do Leandro também, creio.
Sim, também prefiro o sistema de propulsão instalado na dianteira, principalmente por questões mecânicas embora eu acredite que contra o sopro de metal produzido pelas ogivas de carga ôca a presença do motor à frente dos tripulantes seja sim uma vantagem.

E eu ainda complemento esta questão do "mobility kill" com a minha idéia de utilizar dois motores ao invés de apenas um. Se instalados de forma independente a chance de ambos serem inutilizados por um único impacto é remota (motores diesel modernos com injection units, sem bombas injetoras e aquele monte de tubos expostos e vulneráveis, são muito robustos), e mesmo com um só motor o Cc ainda poderá se movimentar em velocidade praticamente normal em terreno plano. E dois motores ainda facilitam a padronização com veículos mais leves usando o mesmo chassi, que poderiam levar um motor só mas do mesmíssimo modelo. O uso de acoplamento elétrico torna a instalação de dois motores tão simples quanto a de um só e a distribuição de potência no caso de um deles parar de funcionar deixa de ser um problema.

Túlio escreveu:Muito interessante o segundo cenário proposto pelo Marechal véio e concordo integralmente: a Força com poder de fogo E blindagem vai ter algo crucial, a INICIATIVA! Já a outra vai ter que se abrigar e ficar na defensiva, no aguardo de uma - improvável - bobeira da força atacante para flanquear e ver se acerta alguma coisa.

E eu não apostaria um centavo nisso. 8-]
Agora imagine um cenário em que ao invés de investir em carros mais pesados uma das forças utilize apenas carros com poder de fogo e proteção razoáveis, digamos veículos com peso na faixa das 45/50 ton (com blindagem proporcional) e armamento de tubo de 105mm, mas gaste a verba assim economizada em mísseis com capacidade AT pesados, com alcance entre 6 e 10 km e capacidade de tiro indireto. E estes mísseis seriam transportados tanto por veículos de apoio quanto pelos próprios tanques. Neste caso de quem seria a iniciativa?

O uso de mísseis neste tipo de embate geralmente é ignorado em debates no ocidente (embora não pelos russos), mas em diversos conflitos recentes foram eles que fizeram a diferença. Como no Sinai em 1973 ou no Líbano em 2006. É mais ou menos como a discussão sobre fuzis, na qual se fala muito sobre qual tem isso e qual tem aquilo, mas na prática em guerras como a das Malvinas foram os mísseis e não os fuzis que decidiram os confrontos entre as forças em terra (segundo estudo do Cel Gélio Fregapani 70% das baixas de soldados argentinos naquele conflito foram para mísseis guiados :wink: ).


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Achei interessante a idéia de utilizar misseis guiados.

Poderia utilizar VANTs para identificar os alvo e guiar os misseis?




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5696 Mensagem por Túlio » Dom Jun 22, 2014 3:54 pm

ÓTIMA proposta!

MY CONGRATZ!!!

O LEANDRO te agradece! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Sério agora, Olinda véio, para mim o teu conceito é mesmo válido, pois tira o meio de guiagem do alcance do fogo da maioria dos meios empregados em um TO com MBTs. A questão é: por que não aproveitar e lançar os mísseis do próprio VANT, agora VANT-C? Taí o Predator, taí o Reaper, ambos capazes disso...

Ou estou MUITO enganado ou colocaste uma nova e importante variável na equação chamada Combate Blindado, ao menos neste debate.

E por isso EU agradeço! :wink: 8-]




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5697 Mensagem por Lirolfuti » Dom Jun 22, 2014 3:57 pm

Creio que estão a falar de um mini vant algo como scan eagle ou algum mini vant lançado do próprio mbt ou de algum veiculo de apoio,infantaria.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5698 Mensagem por Túlio » Dom Jun 22, 2014 3:59 pm

Já agora, como está um belo domingo de junho, temperatura de quase VINTE graus, já digeri o churras do almoço, então vou aproveitar para ir no bolicho do meu cupincha aqui perto para charlar fiado e tomar UMAS CERVASSS... :lol: :lol: :lol: :lol:

Assim, e se der, VOU VOLTAR MAIS TARDE. [022]




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5699 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Jun 22, 2014 5:57 pm

LeandroGCard escreveu:Agora imagine um cenário em que ao invés de investir em carros mais pesados uma das forças utilize apenas carros com poder de fogo e proteção razoáveis, digamos veículos com peso na faixa das 45/50 ton (com blindagem proporcional) e armamento de tubo de 105mm, mas gaste a verba assim economizada em mísseis com capacidade AT pesados, com alcance entre 6 e 10 km e capacidade de tiro indireto. E estes mísseis seriam transportados tanto por veículos de apoio quanto pelos próprios tanques. Neste caso de quem seria a iniciativa?
Agora imagine o cenário que o lado que tem os carros mais pesados também dispõe de mísseis com capacidade de tiro indireto em carros de apoio, com aquele MBT malvado metendo APFSDS em quem der uma espiadinha, qual lado retoma a vantagem?

E ainda acho que estás superestimando a eficiência dos mísseis...
Olinda escreveu:Poderia utilizar VANTs para identificar os alvo e guiar os misseis?
Com certeza, e com um bom estoque de VANTs que serão alvos prioritários.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#5700 Mensagem por gogogas » Dom Jun 22, 2014 7:54 pm

Um bom exemplo dos nossos vizinhos peruanos !
Vários pelotões armados com misseis anti carros :
Spike RL,Kornet,Panzerfaust 3, Alcotán-100,HJ-8,RPG-22,RPG 7V2 e 9M11 Malyutka ,fora os da Infantaria de Marina .
Tática adotada ;
Imagens de satélite em tempo real passa informações a tropas de observações,logo em seguida é acionado pelotões em Humvee ou Iveco VM-90 armados com misseis anti carro >
Provável inimigo :
Chile com seus Leos 2A4 e IFV Marder !
Os peruanos não tem dinheiro para comprar tanques atualmente ,e estão treinado em T-55 e M-113 em poucas unidades para manter doutrina ,seria uma boa tática atualmente para destruir tanques ,homens com carros rápidos e armados com bons misseis ati tanque ????




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