Penguin escreveu:Thor escreveu:
Eu já considero o emprego de A-1 em interceptação de baixa performance fantástico. Pena que não é sua missão na FAB e que não temos dinheiro para fazer isso com eles, nem que seja de vez em quando.
Abraços
Prezado Thor,
Se for possível falar, tem havido DACT com o A-1 na FAB e como ele tem se saído?
[]s
Continuando com o raciocínio dos últimos posts, em atenção ao emprego em missões de interceptação contra aeronaves de baixa velocidade pelo A-1, na minha opinião seria uma excelente aeronave para esse tipo de missão. Possui grande autonomia, diferencial de velocidade e capacidade de aceleração e desaceleração excelentes, boa visão do cockpit, estabilidade e excelente qualidade de voo a baixa altura, e baixa velocidade de estol, o que restringe os F-5, por exemplo, em realizar uma interrogação ou um TAV contra um alvo a 180kt e a 100ft, após 30 minutos de acompanhamento do alvo, por exemplo (ou ele estola e colide com o solo, ou ficará manobrando em situação marginal e com elevado potencial de perigo para alvo e interceptador, ou cairá por pane seca por ter que usar PC para não estolar com elevado Alfa).
E pode ter o radar que for que, para 99% das MPEA (Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo) deste cenário, fará pouquíssima diferença.
Não precisa ser especialista em Defesa Aérea, basta ter uma noção de geometria para perceber o que estou dizendo.
Vou dar um exemplo básico, imagine um tráfego desconhecido ou suspeito que foi detectado ao sul de uma base aérea, a apenas 75 milhas (um pouco além da terminal), com rumo sul e voando a 180 kt. Aciona-se um veloz A-29 (esquece o Mi-35, por favor) que após alguns minutos partirá a 240kt atrás do dito cujo. Nisso, quando o alerta decolar, o alvo já estará a 90 milhas... Com um diferencial de 60kt, o Reconhecimento a Distancia se dará após 1:30h (90/60)... grande chance desta aeronave já ter pousado, cruzado a fronteira ou o A-29 ter que voltar por ter atingido o COCOMI.
Agora pense no A-1, voando a 480kt após ter sido acionado e decolado para o mesmo alvo. Com um diferencial de velocidade de 300kt, essas 90 milhas seriam alcançadas em 18 minutos. O A-1 voaria perfeitamente a 180kt, faria o acompanhamento que fosse necessário, outra MPEA, desengajaria e dali mesmo dava uma voltinha num raio de atuação absurdo identificando todos os possível tráfegos desconhecidos e ainda pousando com sobra de combustível, voltando no FL250. Nem precisou de usar o Revo que ele tem...
Sem falar no Reccelite com câmeras que filmam tudo, "traqueiam" alvos a maiores distancias, buscam emissões de calor, identificam no modo noturno. E pensem no A-1M com radar. E se precisar de um TDE? Será que um 30mm consegue derrubar mais fácil que um .5?
Deve ser por isso que a FAB pensou e treinou com essa possibilidade.
Quanto ao resultado, não sei se a FAB ainda está fazendo missões de interceptação com os A-1. Talvez como nós pensamos, é caro usar o A-1 para isso e seria mais uma especialização para a Unidade cumprir.
Quanto ao resultado, acho que não é preciso comentar.
Abraços
http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/1 ... %A7%C3%A3o