Reginaldo Bacchi escreveu:jauro escreveu:
Essa é a explicação para o uso do M 113, a sua característica anfíbia.
A justificativa é a grande incidência de cursos d'água no território brasileiro. A cada 30 ou 40 km encontra-se um rio não vadeável.
Jauro, eu sei muito bem disto.
O que eu não entendo, é o que um M113 anfíbio, vai fazer sem um carro de combate anfíbio, sem um obuseiro auto propulsado anfíbio, como parceiros???
Se você me disser que deve-se ter alguns BIBs mobiliados com viaturas anfíbias, eu consigo entender.
Mas, não aceitar, em função disto, um VBTP (que na verdade é um VBCI) acompanhante de um carro de combate não anfibio, de um obuseiro auro propulsado não anfibio, componentes de 2 brigadas blindadas, que são o PUNHO DE AÇO do EB, eu sinceramente, não posso entender!!!
Apesar de todo o excelente trabalho do competentíssimo corpo técnico do EB, o mesmo vai continuar com uma viatura não ao nível do Leopard 1A5!!!
Bacchi
Tudo que você falou é a mais pura verdade. Explica quase tudo.
A justificativa do Clermont no tópico seguinte:
Talvez, o Exército raciocine de que ao encontrar algum obstáculo fluvial intransponível para tanques e artilharia autopropulsada, talvez possa caber à infantaria, montada em viaturas com capacidade anfíbia, atravessar o rio. E, depois disso, tomar algum vau que permita a travessia das restantes forças blindadas. Ou, melhor ainda, alguma ponte ou coisa do gênero. Ou então, a infantaria tendo conquistado uma cabeça-de-ponte, possa dar apoio a construção de alguma portada pela engenharia de combate.
Pelo menos, uma parte da brigada blindada teria condições de vadear o rio por seus próprios meios, o que é melhor do que nada.
É a linha de ação adotada pelo EB para o momento e justifica em parte esse grande projeto estratégico, chamado de PUNHOS DE AÇO.
Em 2000 o EB já cogitava de reunir seus meios blindados na R Sul do País. Motivos logísticos e financeiros em primeiro lugar, pois a frota estava definhando por idade e falta de manutenção. Não havia recursos, mas, em 2003 conseguiu-se um negócio na compra dos Leo1A5 da Alemanha para substituição dos M41. Em 2005 restruturou-se a Força Bld para a Região Sul e em Jan de 2009 começaram a chegar os 1ºs CC da Alemanha.
Em 2005 o EB viu pela primeira vez, depois de 35 anos, uma luz no fundo do túnel que propiciava o seu reequipamento e a transformação que vem acontecendo atualmente.
Em 2007, com NJ à frente do MDef, foi que as coisa deslancharam e tomaram as proporções de hoje.
No entanto, o projeto Leo não era visto como filho ou irmão dos demais e sim como bastardo, se bobear poderia ser chamado até de "filho da ditadura". Pois tratava-se de uma simples compra de produtos alemães, quando a tônica é se fazer em casa. Comprar outro VBTP (M 113 ou Marder) para acompanhar os Leo era então comprometer os demais projetos.
Preferiu-se dar prioridade para Guarani, Astros 2020, PDEDefAAe, SISFRON, PROTEGER e Def Cibernética; colocando-se assim a modernização do M 113 no projeto ReCOp.
É óbvio que para termos punhos de aço de verdade só quando desenvolvermos uma família de blindados sobre lagartas. No mais, no meu entender, é jogar dinheiro fora para comprar tranqueiras de Tio SAMOBAMA ou de TANTE FRIDA MERCKEL.
Não se trata de
não aceitar e sim de,
se o País pode ter ou não.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.