SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1036 Mensagem por Mazocam » Qua Mai 14, 2014 9:32 am

pt escreveu:
chris escreveu:Em Kursk o número de Tigers não era significativo, isso não alterou o resultado.
Relamente o número de Tiger não era proporcionalmente significativo, mas também não tinha que ser. Os alemães sempre utilizaram o Tiger como viatura para «dominar» o campo de batalha.
Ainda assim a proporção de abates do Tiger era devastadora. Era normal um Tiger destruir 10 ou 20 T-34 antes de ser destruido.

Há o famoso caso em que um só Tiger se deparou com cerca de 50 carros T-34, destruiu 22 deles e os restantes retiraram.

O mais importante em Kursk no entanto, foi que Hitler recusou-se (ao contrário do que tinha acontecido em muitos casos antes) a dar os reforços que os generais queriam para continuar a batalha. Kursk não foi ganha porque os alemães não empenharam todos os meios disponíveis e isso aconteceu porque os aliados tinham invadido a Itália.


Na verdade, os russos teriam sido erradicados sem o poio americano. Os americanos e os ingleses não cederam alguns tanques aos russos. Eles forneceram milhares.
Há tanques e aviões ingleses e americanos em que mais de metade da produção total foi para a Russia.
O problema como é óbvio, é que se os russos tivesse que produzir tudo o que os americanos produziram, eles não teriam como produzir todos os tanques e canhões que produziram.

Também estou de acordo que como é evidente, os americanos não deram tanques aos russos por serem bonzinhos e gostarem do titio Stalin. Eles deram armas aos russos porque isso ajudava a concretizar o objetivo deles.

Quando a Russia tentou render-se ainda em 1941 e contactou a Alemanha através da embaixada da Bulgaria (a Bulgaria continuava a manter embaixada na Russia apesar de ser pró-alemã) tanto o Roosevelt, como especialmente o Churchill ficaram em pânico.

A verdade é que desde meados da década de 1930 todos os planos europeus consideravam que a Russia atacaria a Alemanha. Quando os russos se aliaram aos alemães foi um choque tremendo, ainda que não tenha sido uma novidade.
A Russia também traiu a Europa quando se rendeu em 1917.

Se os russos se tivessem rendido, o mundo seria outro, mas acredito que os aliados continuariam a ter a vantagem, porque em 1945 a bomba atómica faria pesar a balança.
Mas claro, isso é futurologia.
Se a Alemanha aceitasse a rendição da Russia, não teria necessidade de declarar guerra aos americanos para conseguir apoio japonês contra a Rússia.

Teriamos na Europa, o III Reich com todo o seu poder, contra a Inglaterra e os EUA neutrais.

O que sabemos, é que a progressão dos aliados foi muito mais rápida que a dos russos. As baixas no ocidente foram elevadíssimas, porque os alemães rendiam-se aos ingleses e aos americanos mas não se rendiam aos russos.

Os americanos e ingleses não precisavam matar tantos alemães porque eles se rendiam e isso explica a diferença entre o número de alemães que os russos mataram e o número morto pelos aliados ocidentais.

Já quando vemos baixas, incluindo prisioneiros de guerra, a coisa muda muito de figura.

Ainda assim, foi contra os aliados ocidentais e não contra a Russia que os alemães lançaram as suas armas mais poderosas e mais sofisticadas.
Foi no ocidente que estiveram os caças alemães, o que deu vantagem aos russos no leste.

Quando os aliados chegaram à Normandia, os alemães ainda estavam a menos de 500km da capital russa.
Depois do desembarque (que os russos esperavam, porque tinham sido informados embora não com datas precisas) os avanços russos foram possíveis, porque os alemães combatiam na França.

Depois, há a campanha aérea.
O mais importante exemplo, o bombardeamento de Hamburgo:
Nas palavras do próprio ministro Albert Speer, a Alemanha não consiguiria aguentar mais dois bombardeamentos como aquele.


São factos conhecidos, coisas óbvias, que ninguém que tenha estudado a segunda guerra mundial alguma vez poderia negar.
Não só tanques e aviões de combate. Caminhões e jipes para o transporte foram cedidos a empréstimo !? para a URSS pelos EUA. A batalha de Kursk teve um grande contingente alemão e soviético frente a frente. Porém a capacidade industrial soviética, a luta em um único front, eram favoráveis a URSS. O número de baixas sofridas pelos soviéticos no front leste versus o número de baixas alemãs em todos os fronts poderia ser um bom indicador do que poderia ter acontecido se não tivesse o apoio dos aliados aos soviéticos. Na batalha de Kursk, grande parte do material bélico soviético, entre tanques e aviões foi destruída. Boa parte do material germânico também, mesmo assim conseguiam resistir e fazer outra grande operação, como a Ardenas.

Stalin não acreditava que Hitler o atacaria, simplesmente por ser o maior fornecedor de matéria prima do Reich. Não recordo da data e nem com quem ele afirmou isso, mas ele acreditava que não atacariam simplesmente por que a economia do Reich estava mais dependente das matérias primas soviéticas do que nunca. Que sem elas, o esforço de guerra de Hitler seria o fim. Esse, inclusive, é um dos motivos da invasão alemã em território soviético.

PS: Stalin pagava em ouro o material que recebia, não era?




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1037 Mensagem por pt » Qua Mai 14, 2014 10:00 am

PS: Stalin pagava em ouro o material que recebia, não era?
Os russos pagavam em ouro entre Junho e próximo ao final do ano.
Quando os americanos perceberam que a Russia estavam à beira de se render, eles passaram a fornecer material com 90% de desconto e os russos nem chegaram a pagar os 10% que restava.

Claro que, como é evidente, os americanos não davam tudo isto aos russos por gostarem muito deles, mas sim por interesse próprio.

Foi preciso também uma tremenda manobra de propaganda junto da opinião pública.
Há alguns documentários sobre a perticipação americana na guerra, em que se explica aos americanos porque o país foi para a guerra.

Em alguns desses documentários de guerra descreve-se o Stalin, como o titio russo, a Russia é até chamada de grande democracia pacífica, atacada pela feroz máquina alemã.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1038 Mensagem por Wingate » Qua Mai 14, 2014 10:18 am

pt escreveu:
PS: Stalin pagava em ouro o material que recebia, não era?
Os russos pagavam em ouro entre Junho e próximo ao final do ano.
Quando os americanos perceberam que a Russia estavam à beira de se render, eles passaram a fornecer material com 90% de desconto e os russos nem chegaram a pagar os 10% que restava.

Claro que, como é evidente, os americanos não davam tudo isto aos russos por gostarem muito deles, mas sim por interesse próprio.

Foi preciso também uma tremenda manobra de propaganda junto da opinião pública.
Há alguns documentários sobre a perticipação americana na guerra, em que se explica aos americanos porque o país foi para a guerra.

Em alguns desses documentários de guerra descreve-se o Stalin, como o titio russo, a Russia é até chamada de grande democracia pacífica, atacada pela feroz máquina alemã.
Seria o ouro da República Espanhola? 8-]

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1039 Mensagem por Wingate » Qua Mai 14, 2014 10:19 am

Um "front" esquecido:



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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1040 Mensagem por delmar » Qua Mai 14, 2014 10:47 am

Um fato pouco mencionado, especialmente pelos defensores da Russia, é ver como a situação na frente oriental deteriorou-se de tal maneira que os alemães acabaram nos subúrbios de Moscou. De junho até dezembro os soviéticos tiveram uma perda de 800.000 mil mortos e mais de 3.300.000 prisioneiros, além de um vasto território e cidades importantes. Como pode isto acontecer?
A incompetência militar dos generais soviéticos (escolhidos pela sua fidelidade a Stalin e ao partido e não por sua capacidade militar) e uma orientação política totalmente errada partindo de Stalin levou a este imenso desastre. Se esta multidão de soldados russos, milhões e milhões de pessoas, estivessem razoavelmente organizados e armados, com alguma estratégia definida, poderiam ter oferecido uma resistência maior e até detido a invasão. Todos os desdobramentos posteriores e os sacrifícios do povo russo decorrem, no meu entendimento, deste desastre inicial. Ninguém perde quase 5 milhões de soldados e todo seu equipamento, logo na largada, impunemente. Vai chorar lágrimas de sangue para recuperar as perdas.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1041 Mensagem por Wingate » Qua Mai 14, 2014 11:02 am

delmar escreveu:Um fato pouco mencionado, especialmente pelos defensores da Russia, é ver como a situação na frente oriental deteriorou-se de tal maneira que os alemães acabaram nos subúrbios de Moscou. De junho até dezembro os soviéticos tiveram uma perda de 800.000 mil mortos e mais de 3.300.000 prisioneiros, além de um vasto território e cidades importantes. Como pode isto acontecer?
A incompetência militar dos generais soviéticos (escolhidos pela sua fidelidade a Stalin e ao partido e não por sua capacidade militar) e uma orientação política totalmente errada partindo de Stalin levou a este imenso desastre. Se esta multidão de soldados russos, milhões e milhões de pessoas, estivessem razoavelmente organizados e armados, com alguma estratégia definida, poderiam ter oferecido uma resistência maior e até detido a invasão. Todos os desdobramentos posteriores e os sacrifícios do povo russo decorrem, no meu entendimento, deste desastre inicial. Ninguém perde quase 5 milhões de soldados e todo seu equipamento, logo na largada, impunemente. Vai chorar lágrimas de sangue para recuperar as perdas.
Considerando também os criminosos expurgos que Stalin promoveu nas forças armadas em 1938 (se não me enganei no ano) que eliminaram parte importante e crítica da oficialidade soviética.

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1042 Mensagem por Wingate » Qua Mai 14, 2014 12:08 pm

Mazocam escreveu:
pt escreveu: Relamente o número de Tiger não era proporcionalmente significativo, mas também não tinha que ser. Os alemães sempre utilizaram o Tiger como viatura para «dominar» o campo de batalha.
Ainda assim a proporção de abates do Tiger era devastadora. Era normal um Tiger destruir 10 ou 20 T-34 antes de ser destruido.

Há o famoso caso em que um só Tiger se deparou com cerca de 50 carros T-34, destruiu 22 deles e os restantes retiraram.

O mais importante em Kursk no entanto, foi que Hitler recusou-se (ao contrário do que tinha acontecido em muitos casos antes) a dar os reforços que os generais queriam para continuar a batalha. Kursk não foi ganha porque os alemães não empenharam todos os meios disponíveis e isso aconteceu porque os aliados tinham invadido a Itália.


Na verdade, os russos teriam sido erradicados sem o poio americano. Os americanos e os ingleses não cederam alguns tanques aos russos. Eles forneceram milhares.
Há tanques e aviões ingleses e americanos em que mais de metade da produção total foi para a Russia.
O problema como é óbvio, é que se os russos tivesse que produzir tudo o que os americanos produziram, eles não teriam como produzir todos os tanques e canhões que produziram.

Também estou de acordo que como é evidente, os americanos não deram tanques aos russos por serem bonzinhos e gostarem do titio Stalin. Eles deram armas aos russos porque isso ajudava a concretizar o objetivo deles.

Quando a Russia tentou render-se ainda em 1941 e contactou a Alemanha através da embaixada da Bulgaria (a Bulgaria continuava a manter embaixada na Russia apesar de ser pró-alemã) tanto o Roosevelt, como especialmente o Churchill ficaram em pânico.

A verdade é que desde meados da década de 1930 todos os planos europeus consideravam que a Russia atacaria a Alemanha. Quando os russos se aliaram aos alemães foi um choque tremendo, ainda que não tenha sido uma novidade.
A Russia também traiu a Europa quando se rendeu em 1917.

Se os russos se tivessem rendido, o mundo seria outro, mas acredito que os aliados continuariam a ter a vantagem, porque em 1945 a bomba atómica faria pesar a balança.
Mas claro, isso é futurologia.
Se a Alemanha aceitasse a rendição da Russia, não teria necessidade de declarar guerra aos americanos para conseguir apoio japonês contra a Rússia.

Teriamos na Europa, o III Reich com todo o seu poder, contra a Inglaterra e os EUA neutrais.

O que sabemos, é que a progressão dos aliados foi muito mais rápida que a dos russos. As baixas no ocidente foram elevadíssimas, porque os alemães rendiam-se aos ingleses e aos americanos mas não se rendiam aos russos.

Os americanos e ingleses não precisavam matar tantos alemães porque eles se rendiam e isso explica a diferença entre o número de alemães que os russos mataram e o número morto pelos aliados ocidentais.

Já quando vemos baixas, incluindo prisioneiros de guerra, a coisa muda muito de figura.

Ainda assim, foi contra os aliados ocidentais e não contra a Russia que os alemães lançaram as suas armas mais poderosas e mais sofisticadas.
Foi no ocidente que estiveram os caças alemães, o que deu vantagem aos russos no leste.

Quando os aliados chegaram à Normandia, os alemães ainda estavam a menos de 500km da capital russa.
Depois do desembarque (que os russos esperavam, porque tinham sido informados embora não com datas precisas) os avanços russos foram possíveis, porque os alemães combatiam na França.

Depois, há a campanha aérea.
O mais importante exemplo, o bombardeamento de Hamburgo:
Nas palavras do próprio ministro Albert Speer, a Alemanha não consiguiria aguentar mais dois bombardeamentos como aquele.


São factos conhecidos, coisas óbvias, que ninguém que tenha estudado a segunda guerra mundial alguma vez poderia negar.
Não só tanques e aviões de combate. Caminhões e jipes para o transporte foram cedidos a empréstimo !? para a URSS pelos EUA. A batalha de Kursk teve um grande contingente alemão e soviético frente a frente. Porém a capacidade industrial soviética, a luta em um único front, eram favoráveis a URSS. O número de baixas sofridas pelos soviéticos no front leste versus o número de baixas alemãs em todos os fronts poderia ser um bom indicador do que poderia ter acontecido se não tivesse o apoio dos aliados aos soviéticos. Na batalha de Kursk, grande parte do material bélico soviético, entre tanques e aviões foi destruída. Boa parte do material germânico também, mesmo assim conseguiam resistir e fazer outra grande operação, como a Ardenas.

Stalin não acreditava que Hitler o atacaria, simplesmente por ser o maior fornecedor de matéria prima do Reich. Não recordo da data e nem com quem ele afirmou isso, mas ele acreditava que não atacariam simplesmente por que a economia do Reich estava mais dependente das matérias primas soviéticas do que nunca. Que sem elas, o esforço de guerra de Hitler seria o fim. Esse, inclusive, é um dos motivos da invasão alemã em território soviético.

PS: Stalin pagava em ouro o material que recebia, não era?
Large numbers of Lend-Lease Studebaker trucks were sent into the Soviet Union via the Persian Corridor. The Soviets found them a good platform for "Stalin Organ" Katyusha rocket launchers, although it was not their prime use in the Soviet Union. It fulfilled many roles in the Red Army, such as pulling artillery and was renowned for its ruggedness and reliability. The truck was affectionately known as the Studer by Soviet troops.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1043 Mensagem por pt » Qua Mai 14, 2014 12:49 pm

O Studebaker US6 foi construido quase exclusivamente para a União Soviética.
98.9% da produção seguia para a Russia com características específicas para as necessidades russas.

http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/T ... 04&R=EX#A1


Outro caso conhecido é o do caça P-39 Aircobra. Os russos receberam cerca de 5000 aviões do tipo e quase todos os P-39Q que foram produzidos.

http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/A ... 04&R=FA#A1

Portanto a ideia de que os americanos «cederam» algum material é completamente sem sentido.
Os americanos mantiveram linhas de montagem inteiras em produção, quase exclusivamente para entregarem aos russos.

E o que é importante nisto, é que este contributo, sem o qual não teria sido possível ganhar a guerra, porque sem logística não há vitórias e a logística russa andava em cima de camiões americanos, é ignorado completamente pelos russos.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1044 Mensagem por Wingate » Qua Mai 14, 2014 1:15 pm

pt escreveu:O Studebaker US6 foi construido quase exclusivamente para a União Soviética.
98.9% da produção seguia para a Russia com características específicas para as necessidades russas.

http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/T ... 04&R=EX#A1


Outro caso conhecido é o do caça P-39 Aircobra. Os russos receberam cerca de 5000 aviões do tipo e quase todos os P-39Q que foram produzidos.

http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/A ... 04&R=FA#A1

Portanto a ideia de que os americanos «cederam» algum material é completamente sem sentido.
Os americanos mantiveram linhas de montagem inteiras em produção, quase exclusivamente para entregarem aos russos.

E o que é importante nisto, é que este contributo, sem o qual não teria sido possível ganhar a guerra, porque sem logística não há vitórias e a logística russa andava em cima de camiões americanos, é ignorado completamente pelos russos.
Esses suprimentos chegavam à então U.R.S.S. através dos comboios para Murmansk e Arkhangelsk a partir da Grã-Bretanha, pelo Corredor Persa (via Irã) e do Alaska e costa Oeste dos EUA para Vladivostok, transportados em navios soviéticos para evitar ataques dos japoneses (a U.R.S.S. não estava em guerra contra o Japão, isso ocorreu quase no fim do conflito - o símbolo da foice e o martelo era pintado nas chaminés e as letras U.S.S.R em tamanho gigante nos cascos das embarcações para rápido reconhecimento).

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1045 Mensagem por Clermont » Qua Mai 14, 2014 2:07 pm

pt escreveu:E o que é importante nisto, é que este contributo, sem o qual não teria sido possível ganhar a guerra, porque sem logística não há vitórias e a logística russa andava em cima de camiões americanos, é ignorado completamente pelos russos.
Sem contar que, livres da necessidade de terem, eles mesmos, de construirem caminhões, jipes e outros tipos de viaturas de transporte, os soviéticos tiveram toda liberdade para concentrarem-se na construção de tanques e viaturas de combate.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1046 Mensagem por Mazocam » Qua Mai 14, 2014 7:40 pm

Meio milhão de caminhões cedidos? :shock: Imaginava algo grande, mas nunca pesquisei a fundo e procurei saber esse número.

Mais de 90,000 exemplares do modelo 2,5t da Studebaker na versão 6x4 foram fornecidos ao exército vermelho, a que se juntam 105,000 na versão 6x6, totalizando 195,000 viaturas 2,5t recebidas pela URSS de um total de 427,000 camiões entregues pelos americanos aos soviéticos.


http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/T ... 04&R=EX#A1

Outro ponto era que, a Europa continental invadida pelos NAZI's tivesse mantido a produção semelhante anterior a guerra, a economia alemã passaria a economia americana. Mesmo os bens confiscados dos judeus eram insignificantes frente as necessidades do Reich. Há se existisse uma maneira de simular a vitória alemã, só por curiosidade, sobre os soviéticos.

Acesso a matéria prima soviética, aumento de manpower, acesso a base industrial soviética. [005]




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1047 Mensagem por Wingate » Qui Mai 15, 2014 12:00 am

"Soldados da borracha" são indenizados por trabalho no Acre na 2ª Guerra"

Karine Melo

UOL - Da Agência Brasil, em Brasília 14/05/2014 - 15h32

Em sessão solene do Congresso Nacional, foi promulgada nesta quarta-feira (14) a Emenda Constitucional 78/2014, que estabelece o pagamento de uma indenização única de R$ 25 mil aos chamados "soldados da borracha", como ficaram conhecidos os homens levados à Amazônia para produzir borracha que serviu de matéria-prima na produção de equipamentos para a Segunda Guerra Mundial.

O valor pode ser recebido também pelos dependentes. Pela Constituição, eles já têm o direito a uma pensão mensal vitalícia de dois salários-mínimos, equivalentes a R$ 1.448.

A emenda vai beneficiar os seringueiros --a maioria nordestinos-- que na década de 1940 deixaram suas cidades para extrair látex na Amazônia. A borracha tinha como destino os Estados Unidos, onde era usada em equipamentos utilizados pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial.

Para o senador Aníbal Diniz (PT-AC), relator da matéria no Senado, a aprovação da medida, após 12 anos de debates, faz justiça "a heróis nacionais". Apesar da norma que prevê o pagamento da indenização em prazo de até um ano após a promulgação, Diniz espera um entendimento com o Ministério do Planejamento para que o benefício seja pago este ano.

A deputada Perpétua Almeida (PcdoB-AC), filha de um ex-soldado da borracha, discursou no mesmo sentido, lembrando que muitos beneficiados estão com mais de 90 anos. Para ela, é preciso concentrar esforços para que o pagamento saia o quanto antes.

"Essas pessoas dedicaram uma vida não apenas no esforço de guerra, mas também à conservação e à preservação do maior patrimônio do povo brasileiro, que é a floresta amazônica", afirmou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Em audiência realizada no ano passado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, os seringueiros relataram as condições difíceis enfrentadas por eles nas florestas, no esforço de guerra, e disseram que foram submetidos a regime de trabalho classificado de semiescravidão.

Eles contaram que, durante a Segunda Guerra, foram recrutados para os seringais cerca de 55 mil trabalhadores, principalmente de Estados nordestinos. Segundo os depoimentos, continuam vivos 5.879, mas os benefícios especiais pagos beneficiam 12.272 pessoas, incluindo 6.393 pensionistas.

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1048 Mensagem por Bourne » Qui Mai 15, 2014 12:01 pm

Mazocam escreveu:Meio milhão de caminhões cedidos? :shock: Imaginava algo grande, mas nunca pesquisei a fundo e procurei saber esse número.

Mais de 90,000 exemplares do modelo 2,5t da Studebaker na versão 6x4 foram fornecidos ao exército vermelho, a que se juntam 105,000 na versão 6x6, totalizando 195,000 viaturas 2,5t recebidas pela URSS de um total de 427,000 camiões entregues pelos americanos aos soviéticos.


http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/T ... 04&R=EX#A1

Outro ponto era que, a Europa continental invadida pelos NAZI's tivesse mantido a produção semelhante anterior a guerra, a economia alemã passaria a economia americana. Mesmo os bens confiscados dos judeus eram insignificantes frente as necessidades do Reich. Há se existisse uma maneira de simular a vitória alemã, só por curiosidade, sobre os soviéticos.

Acesso a matéria prima soviética, aumento de manpower, acesso a base industrial soviética. [005]

Já pensou como a Alemanha sobreviveu economicamente por seis anos de guerra, ainda equipou e mandou soldados para norte da áfrica, oriente médio, na Rússia até as vizinhanças de moscou e ao sul até Odessa?

A Alemanha não era tão maior que a França, os demais países do norte europeu eram potencias industrias. Depois das vitórias fáceis na Europa, os alemães incorporaram os países como aliados no fornecimento de pessoal, trabalhadores, estrutura produtiva, fábricas e tudo mais. Era parte da estratégia de intensificar à integração europeia e fortalecer a Alemanha como líder, movimento que vinha desde o fim do século XIX, quando se tornou a principal potencial industrial do continente, caminhando rapidamente para ser o centro financeiro e político, deslocando França e Inglaterra par aposição secundária.

No pós-guerra, grande parte dos empresários franceses foram acusados de colaboracionistas e perderam bens e empresas. Por exemplo, o Senhor Renault que perdeu a empresa por ser acusada de fornecer veículos, homens, tecnologia e dar todo o apoio aos alemães. Ao mesmo tempo em que abriu condições para o movimento de nacionalização e estatização das grandes empresas francesas. Óbvio que existia um interessa político, mas a acusação tinha fundo de verdade. Casos semelhantes existem em outros países europeus e empresas tradicionais.

A Alemanha não era apenas grandes em população e economia, mas era líder em produção industrial, tecnologia e capacidade de inovação. A vantagem oriunda de uma organização singular das instituições que conseguiram viabilizar uma modernização pacifica de unir as elites, trabalhadores e nobreza na transformação de um país rural-agrário para urbano-industrial. O diferencial é que as firmas incorporam a estratégia de grandes capitais, forte investimento em inovação e produção, empurrando a economia para o desenvolvimento. O resultado foram empresas cada vez maiores, capazes de desenvolver processos e produtos inovadores e elevada qualidade, ainda hoje extremamente respeitados como Bosch, Siemens e Mercedes. Ou mesmo grandes companhias como a Ford e Opel implantaram um centro de desenvolvimento em território alemão devido as grandes vantagens criar novos produtos por lá.

A liderança alemã em tecnologia e capacidade industrial não tinham rivais até a segunda guerra mundial. O única que chegava perto eram os norte-americanos que tiveram uma dinâmica de industrialização e construção do mercado interno muito diferente, mas que vai brigar pela liderança no pós-guerra, quando não tinha rivais. Os americanos imitaram muitas soluções alemãs, como imitar o sistema educacional, importar técnicos, engenheiros e acadêmicos de humanas desde idos do século XIX. Durante a Guerra, muitos equipamentos e processos eram incompreendidos pelas universidades e empresas americanas, coisas corriqueiras para os alemães como alumínio prensados (não sei o nome :oops: ) para uso aeronáutico, o mesmo para ligas de metal e mecânica em geral.

No pós-guerra, era vista pelos americanos como o grande aliado europeus, o único confiável e capaz de dar combate à inovação soviética, na esfera militar, econômica e industrial. Eles bancaram a reconstrução da Alemanha como potência e, os alemães, souberam aproveitar. Diferentes das ideias franceses e britânicas de transformar o país em um grande campo, mas não mandavam mais nada, tinha outra potencia mandando e um inimigo maior para fazer frente para dar ouvido a picuinhas superadas no continente.

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A lógica do império russo, baseado em uma economia rural e feudal com a defesa de uma elite, não servia. As tentativas de modernização do passado fracassaram pela incapacidade de assimilar tecnologia estrangeiras e produzir algo viável. Levando a Rússia ser um império que exportava commodities e importava tudo em manufaturas, principalmente da Alemanha. Os poucos centros industriais e operários não eram significantes em relação à Europa ocidental, EUA ou mesmo Japão. Era um país subdesenvolvidos e extremamente atrasado. Uma organização que entrou em colapso com a guerra, abrindo caminho para a revolução de 1917 e criação da URSS.

A URSS vinha de um processo acelerado de industrialização e modernização na medida em que era considerado fundamental para sobrevivência soviética. Seja para evitar um ataque externo de potencias capitalistas, militar ou boicotes, ou revoltas internas pela falta de melhora nas condições de vida, inviabilizando politicamente o regime e planos. Para isso, utilizaram em larga escala o planejamento central, baseado no instrumental de equilíbrio geral, desenvolvido por italianos e franceses, como forma de impulsionar a transformação estrutural e construção de um poder industrial avançado praticamente do zero. Inaugurando um grau de planejamento e intervenção inédito na história dos países industrializados e periféricos.

Nos anos 1920 e 1930, começara com planos Quinquenais de modernização, elevação da produção e construção da estrutura industrial. O primeiro foi agricultura para evitar bloqueis ocidentais, seguida pela industria pesada que é a mãe das demais, também com elevação da produção de commodities minerais, insumos industriais, infraestrutura e tudo que um país moderno necessita. Não tinham problemas em comprar do ocidente as tecnologias e máquinas necessárias para viabilizar o processo. O principal fornecedor eram os americanos que vendiam tudo, especialmente durante a Grande Depressão dos anos 1930, sem restrições e por meio de um bom pagamento forneciam todo o suporte necessário. Por exemplo, o Henry Ford que deu as bases para a produção de veículos e a linha de montagem para veículos na URSS.

E como eles pagavam as importações e serviços estrangeiros? Oras pois, eles tinham ouro em grandes quantidades. No entre guerras era um metal relevante por basear todo o sistema monetário nacional e internacional, além da desorganização ser tão grande que existia a necessidade de mais ouro no sistema. Nesse ambiente dizer não era difícil.

O grande impulso ao desenvolvimento soviético foi a segunda guerra mundial. Os americanos e ingleses deram tudo para que os soviéticos sobrevivessem e enfrentassem os alemães. Tudo a fundo perdido por que nessas horas dinheiro não importa. Além do equipamento, forneceram tecnologia, máquinas e equipamentos, incorporadas a industria soviética e que foram base para modernização das forças armadas soviéticas pós-1945 e criação de uma dinâmica interna de inovação e produção.

Nos anos 1950 e 1960, a URSS era um show de crescimento da produtividade e produção. A cada lançamento de um novo produto militar provocava um infarto em algum general americanos, pois sabiam que estaria sendo produzido em grande quantidade e adotado na linha de frente, antes que pudesse desenvolver algo para contrapor. A lógica soviética na área militar de inovação, produção e uso em tempo record era comum. Só mudou quando acabou o dinheiro e recursos nos anos 1980, os forçando se virarem com linhas de produção dos anos 1960, tecnologias ultrapassadas e componentes ruins, tentando manter a capacidade industrial. A única industria de ponta que restou na Russia.

Por que acabou o dinheiro? os políticos linha dura pós-kruchev se negaram a realizar as reformas necessárias para manter a URSS funcionando e crescimento, levando a tensões e desabastecimento que fizeram a estruturam andar para trás. As condições de vida da população piorando, desabastecimento, nível de vida ruim não tem como se sustentar. Quando estava estourando nos anos 1980, Gorbatchov e outros tentaram salvar, mas era tarde. Os movimentos nacionalistas e rejeição a união eram fortes demais. Não tinha o que fazer.

Ironicamente, quem fez as reformas e deu o salto foi a Chineses, que abandonaram o barco soviético no fim dos anos 1950 e ajudaram a afundá-lo a partir dos 1980s.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1049 Mensagem por Mazocam » Sex Mai 16, 2014 10:31 pm

Bourne escreveu:
Mazocam escreveu:Meio milhão de caminhões cedidos? :shock: Imaginava algo grande, mas nunca pesquisei a fundo e procurei saber esse número.

Mais de 90,000 exemplares do modelo 2,5t da Studebaker na versão 6x4 foram fornecidos ao exército vermelho, a que se juntam 105,000 na versão 6x6, totalizando 195,000 viaturas 2,5t recebidas pela URSS de um total de 427,000 camiões entregues pelos americanos aos soviéticos.


http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/T ... 04&R=EX#A1

Outro ponto era que, a Europa continental invadida pelos NAZI's tivesse mantido a produção semelhante anterior a guerra, a economia alemã passaria a economia americana. Mesmo os bens confiscados dos judeus eram insignificantes frente as necessidades do Reich. Há se existisse uma maneira de simular a vitória alemã, só por curiosidade, sobre os soviéticos.

Acesso a matéria prima soviética, aumento de manpower, acesso a base industrial soviética. [005]
Bourne escreveu:Já pensou como a Alemanha sobreviveu economicamente por seis anos de guerra, ainda equipou e mandou soldados para norte da áfrica, oriente médio, na Rússia até as vizinhanças de moscou e ao sul até Odessa?

A Alemanha não era tão maior que a França, os demais países do norte europeu eram potencias industrias. Depois das vitórias fáceis na Europa, os alemães incorporaram os países como aliados no fornecimento de pessoal, trabalhadores, estrutura produtiva, fábricas e tudo mais. Era parte da estratégia de intensificar à integração europeia e fortalecer a Alemanha como líder, movimento que vinha desde o fim do século XIX, quando se tornou a principal potencial industrial do continente, caminhando rapidamente para ser o centro financeiro e político, deslocando França e Inglaterra par aposição secundária.

No pós-guerra, grande parte dos empresários franceses foram acusados de colaboracionistas e perderam bens e empresas. Por exemplo, o Senhor Renault que perdeu a empresa por ser acusada de fornecer veículos, homens, tecnologia e dar todo o apoio aos alemães. Ao mesmo tempo em que abriu condições para o movimento de nacionalização e estatização das grandes empresas francesas. Óbvio que existia um interessa político, mas a acusação tinha fundo de verdade. Casos semelhantes existem em outros países europeus e empresas tradicionais.

A Alemanha não era apenas grandes em população e economia, mas era líder em produção industrial, tecnologia e capacidade de inovação. A vantagem oriunda de uma organização singular das instituições que conseguiram viabilizar uma modernização pacifica de unir as elites, trabalhadores e nobreza na transformação de um país rural-agrário para urbano-industrial. O diferencial é que as firmas incorporam a estratégia de grandes capitais, forte investimento em inovação e produção, empurrando a economia para o desenvolvimento. O resultado foram empresas cada vez maiores, capazes de desenvolver processos e produtos inovadores e elevada qualidade, ainda hoje extremamente respeitados como Bosch, Siemens e Mercedes. Ou mesmo grandes companhias como a Ford e Opel implantaram um centro de desenvolvimento em território alemão devido as grandes vantagens criar novos produtos por lá.

A liderança alemã em tecnologia e capacidade industrial não tinham rivais até a segunda guerra mundial. O única que chegava perto eram os norte-americanos que tiveram uma dinâmica de industrialização e construção do mercado interno muito diferente, mas que vai brigar pela liderança no pós-guerra, quando não tinha rivais. Os americanos imitaram muitas soluções alemãs, como imitar o sistema educacional, importar técnicos, engenheiros e acadêmicos de humanas desde idos do século XIX. Durante a Guerra, muitos equipamentos e processos eram incompreendidos pelas universidades e empresas americanas, coisas corriqueiras para os alemães como alumínio prensados (não sei o nome :oops: ) para uso aeronáutico, o mesmo para ligas de metal e mecânica em geral.

No pós-guerra, era vista pelos americanos como o grande aliado europeus, o único confiável e capaz de dar combate à inovação soviética, na esfera militar, econômica e industrial. Eles bancaram a reconstrução da Alemanha como potência e, os alemães, souberam aproveitar. Diferentes das ideias franceses e britânicas de transformar o país em um grande campo, mas não mandavam mais nada, tinha outra potencia mandando e um inimigo maior para fazer frente para dar ouvido a picuinhas superadas no continente.

Só complementando; Alemanha sobreviveu ao esforço de guerra em detrimento de sua indústria de consumo ( Um exemplo é o fusca; idealizado para ser o carro do povo alemão, onde o próprio trabalhador financiava o veículo na linha de produção. Porém o veículo foi destinado totalmente para o esforço de guerra) antes mesmo de entrar em guerra de fato, com importações suecas de minério, com importações soviéticas de matéria-prima, com o aperfeiçoamento dos métodos para a obtenção de aço (esse que nunca chegou a quantidade solicitada pela Wehrmacht, mesmo com Goering assumindo a pasta de assunto estratégico que não recordo o nome, já que havia tantas honrarias e etc), a aglomeração das siderúrgicas em uma mega-estatal, que tinha tantos homens, equipamentos e insumos que precisa-se.

Nos países invadidos, a capacidade industrial não era a mesma antes da guerra. Por mais que houvesse colaboradores, que houvesse um sistema de pagamento "inteligente" (BC de cada País continuava a funcionar. Eles faziam o pagamento para as empresas de seus respectivos Países e esses cobravam do BC germânico), a produção industrial ainda estava baixa. Mesmo a França, com uma indústria suficientemente forte na aviação, entregou poucas dezenas de aviões para a Alemanha. Muitos homens importantes do escritório econômico do Reich, após a invasão da França, queriam a "paz". Tinham o tão sonhado espaço vital, além de um mercado consumidor do tamanho do americano.

Há outros fatores, no pré-guerra, como a negação, por parte da Alemanha, de pagar a dívida de guerra aos vencedores, o programa de subsidio para as indústrias alemãs e o complexo jogo de distribuição de insumos, em uma epoca que não havia computadores. [005]
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#1050 Mensagem por pt » Sáb Mai 17, 2014 10:01 am

A liderança alemã em tecnologia e capacidade industrial não tinham rivais até a segunda guerra mundial. O única que chegava perto eram os norte-americanos que tiveram uma dinâmica de industrialização e construção do mercado interno muito diferente, mas que vai brigar pela liderança no pós-guerra, quando não tinha rivais. Os americanos imitaram muitas soluções alemãs, como imitar o sistema educacional, importar técnicos, engenheiros e acadêmicos de humanas desde idos do século XIX. Durante a Guerra, muitos equipamentos e processos eram incompreendidos pelas universidades e empresas americanas, coisas corriqueiras para os alemães como alumínio prensados
A Alemanha tinha liderança em algumas áreas, mas quanto a capacidade tecnológica, inovação etc... eu não sei se os alemães estavam assim tão à frente.

Na tecnologia automovel, os franceses já mostravam superioridade tecnologica, quando por exemplo lançaram o Citroen TA, introduzindo a traçao à frente. A superioridade de conceitos franceses está patente na superioridade dos tanques franceses quando comparados aos alemães.
Os ingleses, quando perceberam que havia uma tendência para a superioridade dos aviões alemães apressaram o desenvolvimento de um avião superior a tudo o que os alemães pudessem desevolver (aparecimento do Spitfire).
Os alemães copiaram desenvolvimentos ingleses para introduzir nos seus primeiros carros de combate.
Os alemães estavam completamente a leste do desenvolvimento e aplicação operacional dos sistemas de radar ingleses.
Nos mares o desenvolvimento do ASDIC facilitou a deteção de submarinos alemães.
Nos ares, em termos de aviões pesados os britânicos e os americanos sempre foram superiores aos alemães e mesmo a industria aeronáutica francesa era suficientemente boa para fornecer motores de aviões aos alemães.

A verdade, é que uma grande parte da massa cinzenta da Alemanha era constituida por judeus. Calcula-se que até 50% dos investigadores alemães erak judeus ou de ascendência judaica. O caso mais flagrante e conhecido é o Eistein, mas houve milhares de outros casos.

A perseguição aos judeus, condicionou tremendamente a capacidade de desenvolvimento e a ciência alemã.

A somar a isto, está o facto de a Alemanha ter utilizado até ao fim centenas de milhares de trabalhadores escravos. Ao contrário da Grã Bretanha e da América, que desde a primeira hora recrutaram as mulheres para a produção de armamento, Hitler, pelo menos até 1943, queria manter as mulheres alemãs em casa a cuidar dos filhos e a cozinhar.

A Alemanha, não é um país especialmente inovador. Eles fazem coisas bem feitas, e aperfeiçoam o que fazem, mas não gostam de correr riscos.




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