TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

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#71191 Mensagem por Penguin » Qua Mai 07, 2014 12:32 am

knigh7 escreveu:
Penguin escreveu:
Penguin escreveu:
Algumas informações sobre o Skyward...
Imagem

Bill Sweetman relatou o que a Selex disse:
Imagem
Observe que nesse material da Selex diz que o Skyward-G opera em Mid OR Long Wave IR.

Sim, e isso já estava publicado em material de divulgação da SELEX antes do artigo de Bill Sweetman. Nesse material diz também que o sistema pode ser equipado no futuro com duas bandas.
Penguin escreveu:
Isso é a situação hoje ou daqui a 5 anos?
O Skyward-G não tem nada garantido.Como bem reconheceu o Bill Sweetman, "is a potential upgrade"
Fonte: Source: Aviation Week & Space Technology
March 17, 2014
http://www.aviationweek.com/Article.asp ... 671791.xml

Exatamente como citado no material da própria SELEX.
Lembrar que o Gripen E/F entrará em operação apenas a partir de 2018. Daqui a 5 anos. Nesse tempo todo, a SELEX nada fará?


O calor gera mais radiação IR de banda média. Para detecção de aeronaves que tem mecanismos de mitigação da temperatura como é o caso do F-22, B2, F117, é mais indicado um IRST de banda longa. Nesse artigo que vc colocou do Bill Sweetman, ele falou outra besteira reducionista, desta vez sobre o PIRATE: desprezando as condições atmosféricas (pois aí as variáveis seriam gigantescas) e considerando uma média das turbinas de caças de 4a geração, a distância de detecção desse IRST pode ter uma variação de 50% dependendo da localização do alvo relativo a ele (turbina voltada a ele com pós-combustão, distância máxima).
Penguin escreveu: Qual o IRST que hoje opera com as duas bandas simultaneamente?
O ATFLIR do SH opera em 2 bandas
http://www.ausairpower.net/SP/NCW-101-6.pdf

Desculpe, mas vc está fazendo confusão. O ATFLIR não é um IRST. É um pod FLIR com designador e telêmetro laser semelhante ao Litening e ao Sniper. Eles operam em duas bandas mesmo: FLIR e TV CCD. O Democles não possui o canal TV CCD.

Os FLIRs operam geralmente na faixa de 3-5 microns (ondas infravermelhas médias).

Um caça com IRST + um pod com FLIR e CCD TV (Litening por exemplo) estará na prática equipado com 3 sensores operando em bandas IR diferentes.


No caso do PIRATE há boas fontes que dizem que ele opera nas 2 bandas. Vou reproduzir um trecho do livro "Military Avionics System", página 227, do Allan Seabridge e do Ian Moir (aliás, esse livro é bastante completo, tem mais de 500 páginas, aconselho leitura):
A state-of-the-art implementation of IRSTS is the passive infrared airborne tracking
equipment (PIRATE) developed by the EUROFIRST consortium which will be fitted to
the Eurofighter Typhoon. Figure 5.20 shows the PIRATE unit and the installation on
Typhoon of the left side of the fuselage. The equipment uses dual-band sensing operating
in the 3–5 and 8–11 mm bands.
http://www.helitavia.com/books/Mil%20Av ... ystems.pdf

Vi que o Roberto Colistete também havia colocado outras fontes...
Bom, o fabricante do Pirate e do Skyward é o mesmo. Uma hora dessas a SELEX esclarece a diferença entre os dois sistemas.

Desconfio que a 2a banda do Pirate (3-5 microns) permite que ele tb funcione como FLIR.
De qualquer forma o Typhoon necessita de um pod com telêmetro e designador laser e a maioria desses pods tb possuem FLIR que tb opera na faixa 3-5 microns e tb CCD TV.

[]s




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71192 Mensagem por knigh7 » Qua Mai 07, 2014 1:10 am

Penguin,


A SAAB não trabalha com a hipótese da Selex desenvolver o Skyward-G em 2 bandas, pelo menos no tocante a aplicar ao Gripen. Quando eu relatei a pertinência de IRST em 2 bandas para o caça sueco ao Gideon, ele debochou sugerindo que eu encaminhasse essa sugestão aos canais formais de atendimento da empresa para ser analisado...pode ser um indicativo de que a limitação tenha origem no caça...O Skyward é mais leve e menor que o PIRATE (mais adequados a caças menores, como disse o B. Sweetman). E sistemas com 2 bandas necessitam de uma capacidade maior de refrigeração.


Abraços




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71193 Mensagem por Penguin » Qua Mai 07, 2014 4:09 pm

knigh7 escreveu:Penguin,


A SAAB não trabalha com a hipótese da Selex desenvolver o Skyward-G em 2 bandas, pelo menos no tocante a aplicar ao Gripen. Quando eu relatei a pertinência de IRST em 2 bandas para o caça sueco ao Gideon, ele debochou sugerindo que eu encaminhasse essa sugestão aos canais formais de atendimento da empresa para ser analisado...pode ser um indicativo de que a limitação tenha origem no caça...O Skyward é mais leve e menor que o PIRATE (mais adequados a caças menores, como disse o B. Sweetman). E sistemas com 2 bandas necessitam de uma capacidade maior de refrigeração.


Abraços
Na falta de informações mais precisas, eu acho o seguinte, pode realmente haver limitações de espaço para incorporar um FLIR ao Skyward-G do Gripen. Mas isso é especulação. Contudo, a função FLIR pode ser suprida por um pod dedicado como o Litening, o que já ocorre com o Gripen C/D. Isso em nada prejudica a função IRST do Skyward-G.
Até onde sei, tirando o Pirate que incorpora sensores IR em 2 bandas de frequência (IRST e FLIR), desconheço outro IRST que incorpore um FLIR dedicado.
Outra questão é que tanto o Skyward-G quanto outros IRST, embora não tenham FLIR dedicado, têm alguma capacidade de fazer imagens IR.
Outro ponto muitas vezes subestimado nos debates é que o avanço na capacidade de processamento e na introdução de algoritmos cada vez mais sofisticados tem melhorado muito a eficacia dos sensores infravermelhos, em especial dos IRST, através de uma melhor capacidade de discriminação de alvos válidos e do cruzamento dos dados com outros sensores (radar, telêmetro laser, TV CCD, RWR, EW etc).

Apresentação de alvos detectados pelo IRST do Pirate no painel do Typhoon, na mesma tela do radar:
Imagem
PPI-Scope image of the PIRATE QWIP sensor. Because the range can be determined passively by image recognition, data can be displayed like on a radar scope. (1) Performance indicator: The bar indicates the effective range. (2) Elevation side scale and elevation coverage (white strip). In this example, it scans with six bars per transit (leftmost number).

Apresentação de imagem do FLIR do Pirate:
Imagem




Editado pela última vez por Penguin em Qua Mai 07, 2014 4:55 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71194 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mai 07, 2014 4:28 pm

knigh7 escreveu:Penguin,

A SAAB não trabalha com a hipótese da Selex desenvolver o Skyward-G em 2 bandas, pelo menos no tocante a aplicar ao Gripen. Quando eu relatei a pertinência de IRST em 2 bandas para o caça sueco ao Gideon, ele debochou sugerindo que eu encaminhasse essa sugestão aos canais formais de atendimento da empresa para ser analisado...pode ser um indicativo de que a limitação tenha origem no caça...O Skyward é mais leve e menor que o PIRATE (mais adequados a caças menores, como disse o B. Sweetman). E sistemas com 2 bandas necessitam de uma capacidade maior de refrigeração.

Abraços
Energia, manutenção e a utilidade prática de 2 bandas. A energia necessária para manter os dois sistemas funcionando e refrigerados sem contar com a manutenção dos mesmos é enorme.

Com isso a confiabilidade na disponibilidade do Sistema é reduzida e assim vale mais a pena em investir em uma banda e fazer direito.

Com relação a utilidade prática temos que pensar que estamos tratando de integrar isso tudo junto com todo o Sistema de informação ao piloto de modo que seja útil e de fácil absorção e auxilie realmente no processo de tomada de decisão.

Hoje em dia existe tanta 'idéia' de como passar informações aos pilotos, mas tem que se tomar cuidado para saber na prática o quanto isso seria integrado na melhor maneira possível. Se listarmos hoje, temos radar, rwr, datalink, rádio (voz), referências visuais, NVG, e esse tipo de sensores óticos, isso sem contar gerenciamento do armamento da aeronave e os seus sistemas de vôo normais (combustível, GPS, navegação, etc).

Meio off-topic, mas eu assisti uma palestra sobre o tema e tinha um video legal sobre a medição da sobrecarga do piloto e o stress associado e como as empresas estão quebrando a cabeça para que a informação que o piloto tenha acesso seja a informação que ele realmente precise ter acesso e isso tem um custo $$$$ que vai além da tecnologia e dos desafios do sensor em si.

Caso no futuro o sistema atinja um nível considerável de maturidade (incluindo aí interface homem/máquina e integração com os outros sistemas da aeronave), a idéia de 2 bandas pode voltar novamente ($$).

Por enquanto não é o caso.

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71195 Mensagem por FCarvalho » Qua Mai 07, 2014 5:21 pm

Grato a todos que colaboraram respondendo à minha pergunta.

Diante de algumas respostas aqui, presumo que o futuro deste motor, a depender dos desdobramentos do projeto FX para o futuro, e do próprio Gripen E/F, estão plenamente assegurados, tanto no que compete a adesão de capacidades extras, como à ampliação de sua qualidades de empuxo e vetoração, além de outras a serem consideradas.

Na verdade penso que de momento, como o Carlos aponta, as nossas onipresentes limitações de orçamento irão determinar uma série de limitações de emprego de avanços tecnológicos programados para as F-414G dos nossos futuros Gripen E/F. Mas também é preciso dizer que a expectativa de desenvolvimento de um verdadeiro caça de 5a G nacional, e mesmo de uma versão naval do Gripen E/F, com certeza irão nos proporcionar o apoio necessário para se assegurar a continuidade do desenvolvimento tecnológico e comercial desta turbina em relação a tudo que foi comentado aqui.

E se tal caça de 5a G nacional já nascer com boas expectativas de ser adotado no futuro a longo prazo às centenas sob demanda do mercado militar interno, com uma razoável possibilidade de dispor de versões mono e bimotor, e ainda contando-se exportações, é de se esperar que as chances de uma F414 com todas as características dos melhores motores que hoje já apontam nos caças de 5a G americanos estar acessível para nós, e melhor, contando com parceria nacional (P&D e $) para isso, mais do que justifique o nosso esforço e empenho no seu co-desenvolvimento.

Mas tudo isso, claro, terá um preço. E que não será barato. Tomara no entanto, que nós tenhamos lá na frente tutano de sobra para percebermos tal oportunidade. E o significado de desperdiçá-la. Outra vez.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71196 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mai 07, 2014 5:49 pm

FCarvalho escreveu:Grato a todos que colaboraram respondendo à minha pergunta.

Diante de algumas respostas aqui, presumo que o futuro deste motor, a depender dos desdobramentos do projeto FX para o futuro, e do próprio Gripen E/F, estão plenamente assegurados, tanto no que compete a adesão de capacidades extras, como à ampliação de sua qualidades de empuxo e vetoração, além de outras a serem consideradas.

Na verdade penso que de momento, como o Carlos aponta, as nossas onipresentes limitações de orçamento irão determinar uma série de limitações de emprego de avanços tecnológicos programados para as F-414G dos nossos futuros Gripen E/F. Mas também é preciso dizer que a expectativa de desenvolvimento de um verdadeiro caça de 5a G nacional, e mesmo de uma versão naval do Gripen E/F, com certeza irão nos proporcionar o apoio necessário para se assegurar a continuidade do desenvolvimento tecnológico e comercial desta turbina em relação a tudo que foi comentado aqui.

E se tal caça de 5a G nacional já nascer com boas expectativas de ser adotado no futuro a longo prazo às centenas sob demanda do mercado militar interno, com uma razoável possibilidade de dispor de versões mono e bimotor, e ainda contando-se exportações, é de se esperar que as chances de uma F414 com todas as características dos melhores motores que hoje já apontam nos caças de 5a G americanos estar acessível para nós, e melhor, contando com parceria nacional (P&D e $) para isso, mais do que justifique o nosso esforço e empenho no seu co-desenvolvimento.

Mas tudo isso, claro, terá um preço. E que não será barato. Tomara no entanto, que nós tenhamos lá na frente tutano de sobra para percebermos tal oportunidade. E o significado de desperdiçá-la. Outra vez.

abs.
Com relação a parte em destaque...

Isso se nos for permitido fazer tais alterações. ;)

E por que jogar $$$ nosso no desenvolvimento de um motor estrangeiro?

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71197 Mensagem por Penguin » Qua Mai 07, 2014 5:55 pm

Carlos Lima escreveu:
FCarvalho escreveu:Grato a todos que colaboraram respondendo à minha pergunta.

Diante de algumas respostas aqui, presumo que o futuro deste motor, a depender dos desdobramentos do projeto FX para o futuro, e do próprio Gripen E/F, estão plenamente assegurados, tanto no que compete a adesão de capacidades extras, como à ampliação de sua qualidades de empuxo e vetoração, além de outras a serem consideradas.

Na verdade penso que de momento, como o Carlos aponta, as nossas onipresentes limitações de orçamento irão determinar uma série de limitações de emprego de avanços tecnológicos programados para as F-414G dos nossos futuros Gripen E/F. Mas também é preciso dizer que a expectativa de desenvolvimento de um verdadeiro caça de 5a G nacional, e mesmo de uma versão naval do Gripen E/F, com certeza irão nos proporcionar o apoio necessário para se assegurar a continuidade do desenvolvimento tecnológico e comercial desta turbina em relação a tudo que foi comentado aqui.

E se tal caça de 5a G nacional já nascer com boas expectativas de ser adotado no futuro a longo prazo às centenas sob demanda do mercado militar interno, com uma razoável possibilidade de dispor de versões mono e bimotor, e ainda contando-se exportações, é de se esperar que as chances de uma F414 com todas as características dos melhores motores que hoje já apontam nos caças de 5a G americanos estar acessível para nós, e melhor, contando com parceria nacional (P&D e $) para isso, mais do que justifique o nosso esforço e empenho no seu co-desenvolvimento.

Mas tudo isso, claro, terá um preço. E que não será barato. Tomara no entanto, que nós tenhamos lá na frente tutano de sobra para percebermos tal oportunidade. E o significado de desperdiçá-la. Outra vez.

abs.
Com relação a parte em destaque...

Isso se nos for permitido fazer tais alterações. ;)

E por que jogar $$$ nosso no desenvolvimento de um motor estrangeiro?

[]s
CB_Lima
Só faria sentido se pudêssemos modificá-lo e criar uma versão própria aperfeiçoada, como fez a Volvo com o F404 -> RM12. Mas infelizmente estamos muito longe de possuirmos tal capacidade.

Agora, se esse programa avançar devido ao interesse da USN (como parece que está), o mercado representado pelos usuários do Grupen E/F em futuros upgrades não será descartado pela GE/USN. Não se costuma jogar possibilidade de ganhar dinheiro fora.

[]s




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71198 Mensagem por FCarvalho » Qua Mai 07, 2014 7:26 pm

Carlos, não temos uma turbina própria. E nem tecnologia para desenvolvê-la. Então quem não tem cão caça com o gato do vizinho.

Neste sentido, com uma GE da vida instalada por aqui, e um mercado potencial interno muito interessante, e em expansão, que vejo para a F-404 e seus desenvolvimentos, penso que seja lógico que os americanos também achem por bem subsidiar de alguma forma os desenvolvimentos citos aqui para a sua turbina. E que não são requerimentos nossos, diga-se. Não vamos aqui reinventar a roda, apenas aproveitar que temos uma oportunidade de participar de alguma forma do desenvolvimento futuro desta turbina e nos favorecer em relação a isso, como e o quanto pudermos.

Como o Penguin colocou, não é uma oportunidade para se jogar dinheiro fora. Principalmente se os dias futuros do F-18 na USN estiver contado.

abs




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71199 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mai 07, 2014 7:35 pm

FCarvalho escreveu:Carlos, não temos uma turbina própria. E nem tecnologia para desenvolvê-la. Então quem não tem cão caça com o gato do vizinho.

Neste sentido, com uma GE da vida instalada por aqui, e um mercado potencial interno muito interessante, e em expansão, que vejo para a F-404 e seus desenvolvimentos, penso que seja lógico que os americanos também achem por bem subsidiar de alguma forma os desenvolvimentos citos aqui para a sua turbina. E que não são requerimentos nossos, diga-se. Não vamos aqui reinventar a roda, apenas aproveitar que temos uma oportunidade de participar de alguma forma do desenvolvimento futuro desta turbina e nos favorecer em relação a isso, como e o quanto pudermos.

Como o Penguin colocou, não é uma oportunidade para se jogar dinheiro fora. Principalmente se os dias futuros do F-18 na USN estiver contado.

abs
Me lembra a Celma.

E qual a perspectiva desse negócio? Para quem vamos vender? Qual o benefício que trará ao Brasil? E o mais importante, será mesmo que os EUA vão deixar a GE desenvolver no Brasil versões "Tupiniquins" das suas turbinas, com FADEC e tudo?

Tenho muitas e sérias dúvidas sobre a probabilidade disso acontecer.

Não é bom se iludir e usar esse tipo de $$$ para fazermos algo nacional ou investir em outros programas nacionais.

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71200 Mensagem por FCarvalho » Qua Mai 07, 2014 7:43 pm

Suas perguntas são todas elas pertinentes e que devem estar pairando também sobre as cabeças estreladas de muita gente lá no MD. Mas teremos que dar uma resposta factível e viável a elas antes de as enviar ao poder político. E se elas forem suficientemente convincentes, pode ser que tenhamos uma grande chance em mãos. Ou não. Acho que vale o esforço de ao menos tentar saber.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71201 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mai 07, 2014 7:55 pm

FCarvalho escreveu:Suas perguntas são todas elas pertinentes e que devem estar pairando também sobre as cabeças estreladas de muita gente lá no MD. Mas teremos que dar uma resposta factível e viável a elas antes de as enviar ao poder político. E se elas forem suficientemente convincentes, pode ser que tenhamos uma grande chance em mãos. Ou não. Acho que vale o esforço de ao menos tentar saber.

abs.
Acho que o que vale é trabalhar sério no que deve ser prioridade que seja realista.

Depois disso... tudo bem. :D

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71202 Mensagem por kirk » Qua Mai 07, 2014 8:00 pm

Penguin escreveu:
knigh7 escreveu:Penguin,


A SAAB não trabalha com a hipótese da Selex desenvolver o Skyward-G em 2 bandas, pelo menos no tocante a aplicar ao Gripen. Quando eu relatei a pertinência de IRST em 2 bandas para o caça sueco ao Gideon, ele debochou sugerindo que eu encaminhasse essa sugestão aos canais formais de atendimento da empresa para ser analisado...pode ser um indicativo de que a limitação tenha origem no caça...O Skyward é mais leve e menor que o PIRATE (mais adequados a caças menores, como disse o B. Sweetman). E sistemas com 2 bandas necessitam de uma capacidade maior de refrigeração.


Abraços
Na falta de informações mais precisas, eu acho o seguinte, pode realmente haver limitações de espaço para incorporar um FLIR ao Skyward-G do Gripen. Mas isso é especulação. Contudo, a função FLIR pode ser suprida por um pod dedicado como o Litening, o que já ocorre com o Gripen C/D. Isso em nada prejudica a função IRST do Skyward-G.
Até onde sei, tirando o Pirate que incorpora sensores IR em 2 bandas de frequência (IRST e FLIR), desconheço outro IRST que incorpore um FLIR dedicado.
Outra questão é que tanto o Skyward-G quanto outros IRST, embora não tenham FLIR dedicado, têm alguma capacidade de fazer imagens IR.
Outro ponto muitas vezes subestimado nos debates é que o avanço na capacidade de processamento e na introdução de algoritmos cada vez mais sofisticados tem melhorado muito a eficacia dos sensores infravermelhos, em especial dos IRST, através de uma melhor capacidade de discriminação de alvos válidos e do cruzamento dos dados com outros sensores (radar, telêmetro laser, TV CCD, RWR, EW etc).

Apresentação de alvos detectados pelo IRST do Pirate no painel do Typhoon, na mesma tela do radar:
Imagem
PPI-Scope image of the PIRATE QWIP sensor. Because the range can be determined passively by image recognition, data can be displayed like on a radar scope. (1) Performance indicator: The bar indicates the effective range. (2) Elevation side scale and elevation coverage (white strip). In this example, it scans with six bars per transit (leftmost number).

Apresentação de imagem do FLIR do Pirate:
Imagem
Amigos,

E quais são as reais implicações de se operar com uma ou duas bandas ? ... interfere no alcance ??? quais são os prós e contras caso existam ?

obrigado
Abs
kirk




[] kirk

Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71203 Mensagem por FCarvalho » Qua Mai 07, 2014 9:36 pm

Carlos Lima escreveu:
FCarvalho escreveu:Suas perguntas são todas elas pertinentes e que devem estar pairando também sobre as cabeças estreladas de muita gente lá no MD. Mas teremos que dar uma resposta factível e viável a elas antes de as enviar ao poder político. E se elas forem suficientemente convincentes, pode ser que tenhamos uma grande chance em mãos. Ou não. Acho que vale o esforço de ao menos tentar saber.
abs.
Acho que o que vale é trabalhar sério no que deve ser prioridade que seja realista.
Depois disso... tudo bem. :D
[]s
CB_Lima
Por enquanto a realidade Carlos, é que não temos nada além de uma chance de trabalhar em algo realmente promissor, que é o projeto FX por meio dos offset e tto's hora sendo negociados com a SAAB sobre o Gripen E/F.

Se disso aí haverão desdobramentos que nos ofereçam oportunidades de acesso a outras e novas tecnologias, e como vamos lidar com isso, em termos industriais e comerciais, já é outra coisa. Para um futuro, digamos, ainda indefinido e bem nublado, para ser sincero.

Mas vamos aguardar. Quem sabe dessa vez aprendemos alguma coisa com os nossos erros do passado. E então teremos uma nova chance de fazer as coisas do jeito certo.

Boa sorte pra nós. :wink:

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71204 Mensagem por Penguin » Qua Mai 07, 2014 9:37 pm

kirk escreveu:
Penguin escreveu: Na falta de informações mais precisas, eu acho o seguinte, pode realmente haver limitações de espaço para incorporar um FLIR ao Skyward-G do Gripen. Mas isso é especulação. Contudo, a função FLIR pode ser suprida por um pod dedicado como o Litening, o que já ocorre com o Gripen C/D. Isso em nada prejudica a função IRST do Skyward-G.
Até onde sei, tirando o Pirate que incorpora sensores IR em 2 bandas de frequência (IRST e FLIR), desconheço outro IRST que incorpore um FLIR dedicado.
Outra questão é que tanto o Skyward-G quanto outros IRST, embora não tenham FLIR dedicado, têm alguma capacidade de fazer imagens IR.
Outro ponto muitas vezes subestimado nos debates é que o avanço na capacidade de processamento e na introdução de algoritmos cada vez mais sofisticados tem melhorado muito a eficacia dos sensores infravermelhos, em especial dos IRST, através de uma melhor capacidade de discriminação de alvos válidos e do cruzamento dos dados com outros sensores (radar, telêmetro laser, TV CCD, RWR, EW etc).

Apresentação de alvos detectados pelo IRST do Pirate no painel do Typhoon, na mesma tela do radar:
Imagem
PPI-Scope image of the PIRATE QWIP sensor. Because the range can be determined passively by image recognition, data can be displayed like on a radar scope. (1) Performance indicator: The bar indicates the effective range. (2) Elevation side scale and elevation coverage (white strip). In this example, it scans with six bars per transit (leftmost number).

Apresentação de imagem do FLIR do Pirate:
Imagem
Amigos,

E quais são as reais implicações de se operar com uma ou duas bandas ? ... interfere no alcance ??? quais são os prós e contras caso existam ?

obrigado
Abs
kirk
Creio que sua pergunta se resume na diferença entre IRST e FLIR.
Se não estou enganado, a grosso modo, na arena ar-ar seria:
IRST-> Detecção. Os algoritmos podem visar tb a identificação pelas características na assinatura IR do alvo.
FLIR e TV CCD ->Identificação e seguimento "visual" do alvo.

A depender na missão, os caças que possuem IRST podem ser equipados com pod equipado com FLIR.
Por exemplo, embora o Pirate seja equipado com um FLIR, ele foi recentemente equipado com o pod Litening com FLIR e TV CCD:

Imagem
RAF Typhoons are to receive the Rafael Litening III targetting pod. This pod enables the pilot to effectively detect, recognize, identify, track and engage ground targets by day or night, and under adverse weather conditions. With the pod’s systems they can designate such targets by laser, for attack by other aircraft or by precision guided weapons carried on board. The pod integrates the necessary laser rangefinder and designator, required for the delivery of LGBs, cluster and general purpose bombs. Laser spot detection is utilized in cooperative missions, for rapid orientation, detection and recognition of targets, marked by other forces. Identification of aerial targets from BVR ranges is also provided with the INS assisted gimbaled sensors, as the sensors can continuously point to the target’s direction, irrelevant to the aircraft position, or interference of clouds or obscurants. This combination also enables employment of the sensors in "point of interest" mode, where LITENING enables free maneuvering during and after the attack path, while maintaining the target clearly visible and marked for precision attack. The same sensors can provide imagery for night navigation as well as hit verification and battle damage assessment after the attack.
Imagem




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71205 Mensagem por kirk » Qui Mai 08, 2014 9:04 pm

Penguin escreveu:
kirk escreveu: Amigos,

E quais são as reais implicações de se operar com uma ou duas bandas ? ... interfere no alcance ??? quais são os prós e contras caso existam ?

obrigado
Abs
kirk
Creio que sua pergunta se resume na diferença entre IRST e FLIR.
Se não estou enganado, a grosso modo, na arena ar-ar seria:
IRST-> Detecção. Os algoritmos podem visar tb a identificação pelas características na assinatura IR do alvo.
FLIR e TV CCD ->Identificação e seguimento "visual" do alvo.

A depender na missão, os caças que possuem IRST podem ser equipados com pod equipado com FLIR.
Por exemplo, embora o Pirate seja equipado com um FLIR, ele foi recentemente equipado com o pod Litening com FLIR e TV CCD:

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RAF Typhoons are to receive the Rafael Litening III targetting pod. This pod enables the pilot to effectively detect, recognize, identify, track and engage ground targets by day or night, and under adverse weather conditions. With the pod’s systems they can designate such targets by laser, for attack by other aircraft or by precision guided weapons carried on board. The pod integrates the necessary laser rangefinder and designator, required for the delivery of LGBs, cluster and general purpose bombs. Laser spot detection is utilized in cooperative missions, for rapid orientation, detection and recognition of targets, marked by other forces. Identification of aerial targets from BVR ranges is also provided with the INS assisted gimbaled sensors, as the sensors can continuously point to the target’s direction, irrelevant to the aircraft position, or interference of clouds or obscurants. This combination also enables employment of the sensors in "point of interest" mode, where LITENING enables free maneuvering during and after the attack path, while maintaining the target clearly visible and marked for precision attack. The same sensors can provide imagery for night navigation as well as hit verification and battle damage assessment after the attack.
Imagem
tks :wink:




[] kirk

Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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