Não é por nada não, mas a julgar pelas últimas notícias, embora escassas, sobre a questão do avanço nas negociações do Gripen E/F para a FAB, me parece que agora é só uma questão de tempo até a MB se pronunciar sobre a aquisição da versão naval do mesmo.
Como se tem comentado, o Brasil irá assumir para si, em conjunto com a SAAB, o desenvolvimento da versão biposto do Gripen, a 'F', além de definir uma série de passos para concretude da real composição da participação brasileira no projeto final deste caça.
E em sendo assim, e tendo em vista que ainda vamos levar cerca de 15 anos para receber o nosso novo Nae, resta-nos saber como e quando serão acordados os termos para o apronto final da versão naval deste caça, e principalmente, quem irá pagar por isso, já que aparentemente, até o presente momento, nada indica que a MB esteja a vontade para dispor, ainda que uma parte menor, de seus já parcos recursos neste projeto.
Mas é interessante ver o que acontece nas negociações com a FAB até o final deste ano, visto que a MB também foi convidada, obviamente, para acompanhar o processo. E se a tal versão naval tiver mesmo uma taxa de compatibilidade tão alta quanto dizem com a versão terrestre, é possível que os custos para o apronto final daquela possam ser encampados e quiçá diluídos de alguma forma desde agora, com vitas a finalizar o seu desenvolvimento a posteriori do modelo "fabiano".
Quem sabe, com alguma sorte, e um pouco de oportunismo, e oportunidade, se o nosso novo Nae for baseado na proposta inglesa para o Pronae, pode ser que a nossa demanda para um caça naval, e as subsequentes da FAB, juntas possam quiçá justificar e embasar econômica, financeiramente e politicamente o desenvolvimento de um caça nacional de 5a G lá pelos anos de 2040 ou após, quando, e se, chegarmos a dispor de um segundo Nae para a frota do norte.
Mas entre estas suposições, e a realidade, forçosamente tendo a ficar com esta última. E ela, de momento, apesar de aparentemente auspiciosa para o futuro no curto prazo, como sempre no Brasil, nos põe também com um pé atrás, conhecendo o nossa histórica e mais que tradicional ausência de memória e de culhões na área da defesa brasileira.
Mas em ano de copa, continuamos, como bons 'brasileiros que não desistem nunca' ( ô clichê barato esse

) na torcida...
abs.