SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A necessidade é realmente questionável.
Que acelerou o fim da guerra eu sou da ideia que sim mas não pelos motivos que eles achavam.
Que acelerou o fim da guerra eu sou da ideia que sim mas não pelos motivos que eles achavam.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Tanto o ataque a Dresden quanto os ataques nucleares foram demostrações de força e vingança por seus executores, a guerra já estava decidida em ambos os casos!
Por incrível que pareça, caso não tivesse ocorrido os ataques nucleares em 1945, talvez, a guerra fria tivesse sido "quente" e as consequências imensuráveis, por dolorosa e repugnante que tenham sido os ataques nucleares ao Japão (e foram), serviu de parâmetro para o que pode e o que não pode nas guerras a partir de 1945.
Penso que hoje é consenso mundial, que nenhuma nação tem direito a iniciar uma confrontação atômica!
Saudações
Por incrível que pareça, caso não tivesse ocorrido os ataques nucleares em 1945, talvez, a guerra fria tivesse sido "quente" e as consequências imensuráveis, por dolorosa e repugnante que tenham sido os ataques nucleares ao Japão (e foram), serviu de parâmetro para o que pode e o que não pode nas guerras a partir de 1945.
Penso que hoje é consenso mundial, que nenhuma nação tem direito a iniciar uma confrontação atômica!
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A guerra acabou na Europa quando Hitler morreu, mas Hitler morreu com os russos a 500m do Bunker da chancelaria e a perguntar quanta munição as tropas tinham e quanto tempo conseguiam aguentar.O porque dos americanos usarem essa estratégia eu entendo perfeitamente, assim como o fato de terem usado no passado muitas outras estratégias absurdas que custaram, inclusive, a vida de americanos, o que eu questiono é um argumento comum que isso foi necessário para terminar a guerra e que a guerra tenha terminado mais rápido por causa disso.
Os russos chegaram a 500m da Chancelaria com Hitler vivo, porque a Alemanha não tinha mais estrutura industrial capaz de enviar armas para os soldados, porque já não havia combustível, porque para a defesa de Berlim havia munições italianas, gregas e francesas e armas bulgaras, belgas, russas e checoslovacas.
A Alemanha rendeu-se porque a sua industria não foi capaz de continuar a suportar as tropas no terreno, porque os alemães não conseguiam suprir as perdas com novo material.
A guerra foi ganha, porque o maior trunfo da Alemanha, a sua capacidade industrial, estava de rastos em 1945.
No Japão a mesma coisa. Os japoneses sabiam que embora ainda tivessem reservas, não poderiam repor nenhum do material que fosse perdido. Já não havia estrutura industrial digna de nome.
Os americanos jogavam bombas incendiarias para queimar as casas dos japoneses nas regiões industriais, porque sem casa para viver o trabalhador da industria não pode trabalhar tão bem. Um refugiado sem casa dá um mau trabalhador industrial.
Quanto à vingança, obviamente ela tem sempre a sua importância. Bastaria ver o comportamento dos soldados russos quando começaram a chegar à Alemanha, mas isso nada tem que ver com decisões estratégicas.
O bombardeamento de Dresden foi pedido pelos russos, que assim dificultaram a retirada de tropas da checoslováquia e da Hungria, que os russos não queriam que fossem transferidas para a frente do grupo de exércitos do Vistula. Ao destruir Dresden, foi destruída muita da capacidade para movimentar tropas e ao mesmo tempo, demonstrou-se aos russos a capacidade e o poder dos bombardeamentos aliados.
Curiosamente, os russos sempre referiram o bombardeamento de Dresden, mas nunca reconheceram que sem a destruição da Alemanha pelos aliados, nunca teriam chegado a Berlim.
As duas bombas atómicas sobre o Japão, foram também um aviso aos russos, mas também aos japoneses.
A rendição japonesa foi apressada perante o avanço russo na Manchuria e pelo medo de que os russos chegassem ao território japonês.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Diretor da TV pública japonesa nega massacre de Nanquim em 1937
(AFP) – 22 hours ago
Tóquio — Um alto dirigente da televisão pública japonesa negou no último domingo o massacre na cidade chinesa de Nanquim cometido em 1937 pelo Exército japonês, uma declaração que não foi condenada oficialmente pelo governo.
"Muitos países ignoraram a propaganda de (dirigente nacionalista chinês) Chiang Kai-shek sobre os massacres que teriam sido cometidos pelo Japão em Nanquim. E sabem por quê? Porque nunca existiram", disse Naoki Hyakuta, integrante da diretoria do canal público NHK, em uma reunião política em Tóquio.
Hyakuta, citado por vários meios de comunicação nesta terça-feira, fez um discurso de apoio a um candidato de extrema-direita ao cargo de governador de Tóquio.
Em 2008, o comandante do Estado-Maior da Aeronáutica, Toshio Tamogami, foi demitido por ter afirmado que durante a II Guerra Mundial o Japão não foi um país agressor.
"Estou a par da informação (sobre as declarações de Hyakuta), mas acredito que não viola o regulamento interno da NHK. O governo não tem motivo para pronunciar-se", disse o secretário-geral do governo, Yoshihide Suga.
A China calcula em 300.000 o número de vítimas em assassinatos em massa, estupros e ataques executados pelos militares japoneses durante as seis semanas posteriores a sua entrada na cidade de Nanquim, em 13 de dezembro de 1937.
Historiadores estrangeiros citam um número menor de vítimas, incluindo o especialista em China Jonathan Spence, que calcula que 42.000 soldados e cidadãos foram mortos e que 20.000 mulheres foram estupradas - muitas delas faleceram pouco depois.
Esta é a segunda vez em poucos dias que um diretor da NHK provoca polêmica. O novo presidente da emissora, Katsuto Momii, declarou em 26 de janeiro que a prostituição forçada de mulheres pelo exército japonês durante a II Guerra Mundial era uma prática "frequente em todos os países em guerra".
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 2377767dfa
(AFP) – 22 hours ago
Tóquio — Um alto dirigente da televisão pública japonesa negou no último domingo o massacre na cidade chinesa de Nanquim cometido em 1937 pelo Exército japonês, uma declaração que não foi condenada oficialmente pelo governo.
"Muitos países ignoraram a propaganda de (dirigente nacionalista chinês) Chiang Kai-shek sobre os massacres que teriam sido cometidos pelo Japão em Nanquim. E sabem por quê? Porque nunca existiram", disse Naoki Hyakuta, integrante da diretoria do canal público NHK, em uma reunião política em Tóquio.
Hyakuta, citado por vários meios de comunicação nesta terça-feira, fez um discurso de apoio a um candidato de extrema-direita ao cargo de governador de Tóquio.
Em 2008, o comandante do Estado-Maior da Aeronáutica, Toshio Tamogami, foi demitido por ter afirmado que durante a II Guerra Mundial o Japão não foi um país agressor.
"Estou a par da informação (sobre as declarações de Hyakuta), mas acredito que não viola o regulamento interno da NHK. O governo não tem motivo para pronunciar-se", disse o secretário-geral do governo, Yoshihide Suga.
A China calcula em 300.000 o número de vítimas em assassinatos em massa, estupros e ataques executados pelos militares japoneses durante as seis semanas posteriores a sua entrada na cidade de Nanquim, em 13 de dezembro de 1937.
Historiadores estrangeiros citam um número menor de vítimas, incluindo o especialista em China Jonathan Spence, que calcula que 42.000 soldados e cidadãos foram mortos e que 20.000 mulheres foram estupradas - muitas delas faleceram pouco depois.
Esta é a segunda vez em poucos dias que um diretor da NHK provoca polêmica. O novo presidente da emissora, Katsuto Momii, declarou em 26 de janeiro que a prostituição forçada de mulheres pelo exército japonês durante a II Guerra Mundial era uma prática "frequente em todos os países em guerra".
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 2377767dfa
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Do tópico sobre a Ucrânia para aqui por ser off topic lá.
Prova disso são os planos navais alemães, com os quais o III Reich queria rivalizar com o Reino Unido.
A guerra começou muito mais cedo que o que Hitler previa. Tanto Hitler como Goering foram contaminados pela ideia de que eram invenciveis.
Mesmo no inicio de 1942, quando embaixadores dos poucos países neutros perguntavam a Goering o que achava da entrada da America na guerra, ele respondia que a America continuava a fazer muito bons frigorificos, mas não era boa a produzir armas.
Portanto, Hitler e os nazis, não esperavam quando invadiram a Polónia, que as democracias finalmente saissem da sua letargia.
Os ditadores por natureza consideram que as democracias são fracas e só quando elas de repente mordem, é que começam a dizer que sempre defenderam a paz.
Marechal-do-ar escreveu:Não é a história que eu conheço... Hitler não tinha medo da França e nem da Inglaterra, na verdade, nem da Rússia, ele tinha a certeza que conquistaria cada um desses países um mês após a primeira invasão, deu certo com a França, deu certo com a França, nem tão certo com a Inglaterra e foi um grande fracasso na Rússia.pt escreveu: Quando Hitler invadiu a Polónia e de repente se viu em guerra com a França e a Inglaterra irritou-se porque os seus serviços secretos lhe tinham garantido que os ingleses e os franceses não fariam nada pela Polónia.
Na verdade, Hitler tinha planos para a guerra com a Inglaterra e com a França, só que esses planos não eram para ser postos em prática em 1939.Em Berlim, às 09:00 da manhã do dia 1 de Setembro (um Domingo) o Rolls Royce do embaixador britânico para à frente da Wilhelmstrasse, a chancelaria do Reich. Do veículo sai o embaixador britânico para se encontrar com o ministro dos negócios estrangeiros Von Ribbentrop.
De imediato Von Ribbentrop informa Hitler da visita do embaixador britânico. Este fica lívido, e Goering estupefacto, afirma na altura: «… Se perdermos esta guerra, que Deus tenha piedade de nós!»
Contra todas as expectativas, as democracias ocidentais decidiram agir. A Grã Bretanha entregou à Alemanha um ultimatum, informando que ou as forças alemãs que entraram na Polónia voltam para trás, ou a Grã Bretanha declarará guerra à Alemanha.
O embaixador da França, entregou um ultimatum idêntico.
Muitos dirigentes alemães estão em pânico. 80% do exército está envolvido na invasão da Polónia. Se a ocidente a França atacar. Não há nada para impedir os franceses de tomarem toda a região a ocidente do ...
Prova disso são os planos navais alemães, com os quais o III Reich queria rivalizar com o Reino Unido.
A guerra começou muito mais cedo que o que Hitler previa. Tanto Hitler como Goering foram contaminados pela ideia de que eram invenciveis.
Mesmo no inicio de 1942, quando embaixadores dos poucos países neutros perguntavam a Goering o que achava da entrada da America na guerra, ele respondia que a America continuava a fazer muito bons frigorificos, mas não era boa a produzir armas.
Portanto, Hitler e os nazis, não esperavam quando invadiram a Polónia, que as democracias finalmente saissem da sua letargia.
Os ditadores por natureza consideram que as democracias são fracas e só quando elas de repente mordem, é que começam a dizer que sempre defenderam a paz.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Há de concordar que o ultimatum foi ignorado...
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Foi, mas que alternativa tinha Hitler ?Marechal-do-ar escreveu:Há de concordar que o ultimatum foi ignorado...
Eles, como hoje Putin, estava tão certo da sua infalibilidade e da sua superioridade que parar naquela altura era a mesma coisa que aceitar que afinal o III Reich não era superior a coisa nenhuma.
Os ditadores, tendem a criar à sua volta uma teia de invencibilidade e infalibilidade, mas na maior parte dos casos ficam reféns da imagem que criaram.
E depois não podem voltar atrás.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
As democracias haviam advertido Hitler antes da invasão, ele não ignorou só o ultimatum, ignorou as advertências prévias e, de fato, nem a França e nem a Inglaterra foram suficientes para impedi-lo.
Uma grande estupidez que pode ser atribuída a arrogância ditatorial foi a invasão da Rússia, mas não vejo argumentos históricos de que ignorar as "democracias" tenha sido um erro.
Uma grande estupidez que pode ser atribuída a arrogância ditatorial foi a invasão da Rússia, mas não vejo argumentos históricos de que ignorar as "democracias" tenha sido um erro.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
As democracias haviam advertido Hitler, mas Hitler estava convencido que como na ocupação da renania, como na ocupação da Checoslováquia, nada iria acontecer.
Hitler não podia voltar atrás quando se viu em guerra com a França e com a Inglaterra, mas não estava preparado para a guerra e isso é mais que óbvio.
Hitler não tinha marinha para lutar em pé de igualdade com os britânicos e passou de imediato para a produção de submarinos para tentar isola-los.
O plano dos submarinos foi um plano B, não era o plano original de Hitler e do alm. Doenitz para uma grande esquadra de superficie capaz de controlar o mar.
A invasão da Russia era uma necessidade que decorria de os nazistas estarem perfeitamente cientes de que Estaline atacaria a Alemanha. Era uma questão de tempo e bastaria olhar para o número de tanques dos russos, para os seus manuais de guerra (que não previam em uma única linha uma estratégia defensiva) e para a reorganização que se seguiu à debacle contra a Finlandia.
O que realmente podemos dizer que foi um disparate crasso do ponto de vista estratégico foi a declaração de guerra aos americanos. Hitler poderia ter vencido a Russia, mas não podia vencer a Russia e a América.
De qualquer forma, os comentários do próprio Goering quando em Setembro de 1939 os ingleses declararam guerra, sendo seguidos depois pelos franceses são conhecidos.
A Alemanha não esperava, teve que fazer planos de contingência e entrou numa guerra em que não tinha a certeza da vitória.
As vitórias fulminantes sobre a Polónia e especialmente sobre a França, vieram dar a Hitler um novo fôlego de auto-confiança, mas não deram esse fôlego aos generais alemães, que tinham uma noção muito mais clara das deficiências do exército alemão, especialmente em motorização.
Hitler não podia voltar atrás quando se viu em guerra com a França e com a Inglaterra, mas não estava preparado para a guerra e isso é mais que óbvio.
Hitler não tinha marinha para lutar em pé de igualdade com os britânicos e passou de imediato para a produção de submarinos para tentar isola-los.
O plano dos submarinos foi um plano B, não era o plano original de Hitler e do alm. Doenitz para uma grande esquadra de superficie capaz de controlar o mar.
A invasão da Russia era uma necessidade que decorria de os nazistas estarem perfeitamente cientes de que Estaline atacaria a Alemanha. Era uma questão de tempo e bastaria olhar para o número de tanques dos russos, para os seus manuais de guerra (que não previam em uma única linha uma estratégia defensiva) e para a reorganização que se seguiu à debacle contra a Finlandia.
O que realmente podemos dizer que foi um disparate crasso do ponto de vista estratégico foi a declaração de guerra aos americanos. Hitler poderia ter vencido a Russia, mas não podia vencer a Russia e a América.
De qualquer forma, os comentários do próprio Goering quando em Setembro de 1939 os ingleses declararam guerra, sendo seguidos depois pelos franceses são conhecidos.
A Alemanha não esperava, teve que fazer planos de contingência e entrou numa guerra em que não tinha a certeza da vitória.
As vitórias fulminantes sobre a Polónia e especialmente sobre a França, vieram dar a Hitler um novo fôlego de auto-confiança, mas não deram esse fôlego aos generais alemães, que tinham uma noção muito mais clara das deficiências do exército alemão, especialmente em motorização.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
E por que com o ultimatum seria diferente?pt escreveu:As democracias haviam advertido Hitler, mas Hitler estava convencido que como na ocupação da renania, como na ocupação da Checoslováquia, nada iria acontecer.
A França caiu em 1 mês, imagine se Hitler estivesse preparado...pt escreveu:Hitler não podia voltar atrás quando se viu em guerra com a França e com a Inglaterra, mas não estava preparado para a guerra e isso é mais que óbvio.
Para a marinha isso é verdade, por outro lado a Inglaterra estava próxima o bastante para a marinha não fazer diferença.pt escreveu: Hitler não tinha marinha para lutar em pé de igualdade com os britânicos e passou de imediato para a produção de submarinos para tentar isola-los.
O plano dos submarinos foi um plano B, não era o plano original de Hitler e do alm. Doenitz para uma grande esquadra de superficie capaz de controlar o mar.
Você é o primeiro que vejo dizer que atacar a Rússia não foi um erro, seu sentimento anti-russo está pesando, é claro que foi um erro, abriu uma segunda frente de batalha que sugou recursos, Stalin não tinha capacidade ofensiva em 1940, não atacaria a Alemanha nesse ano, eles poderiam muito bem terminar com a Inglaterra antes de iniciar uma nova frente, além do mais os problemas com os panzer III e IV alemães já eram conhecidos, esperar mais um ou dois anos para atacar os russo daria tempo de lançarem o Tiger em números significativos.pt escreveu:A invasão da Russia era uma necessidade que decorria de os nazistas estarem perfeitamente cientes de que Estaline atacaria a Alemanha. Era uma questão de tempo e bastaria olhar para o número de tanques dos russos, para os seus manuais de guerra (que não previam em uma única linha uma estratégia defensiva) e para a reorganização que se seguiu à debacle contra a Finlandia.
Hitler não podia ter vencido a Rússia, ao menos não com os recursos disponíveis em 1940, se ele tivesse derrotado a Inglaterra e tomado conta dos recursos africanos ai sim poderia vencer a Rússia, sem uma fonte de ferro e petróleo a máquina de guerra alemã não funcionou.pt escreveu:O que realmente podemos dizer que foi um disparate crasso do ponto de vista estratégico foi a declaração de guerra aos americanos. Hitler poderia ter vencido a Russia, mas não podia vencer a Russia e a América.
Quantos aos americanos, fizeram pouca ou nenhuma diferença na Europa, a invasão da Normandia foi mais uma tentativa desesperada de evitar que os soviéticos ocupassem toda a Europa do que de vencer Hitler.
E Hitler tinha que declarar guerra aos americanos, era esse o acordo que tinha com os japoneses.
Essa auto confiança do Hitler e seu habito de ignorar estrategistas e dar ordens diretas foi muito prejudicial a Alemanha, deixasse a guerra na mão de seus guerreiros (assim como a engenharia nas mãos dos engenheiros) esses teriam vencido França, Inglaterra e o resto da segunda guerra seria bem diferente, Göring também não era um gênio militar.pt escreveu:As vitórias fulminantes sobre a Polónia e especialmente sobre a França, vieram dar a Hitler um novo fôlego de auto-confiança, mas não deram esse fôlego aos generais alemães, que tinham uma noção muito mais clara das deficiências do exército alemão, especialmente em motorização.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Atacar se tornou um erro devido aos acontecimento e resistências fraco-britânica de aceitar a aliança e liderança alemã. O resultado foi ser obrigado a abrir um frente ocidental, sem vencer de fato a Inglaterra e abrir outra frente na África. Apesar dos países ocupados terem se mostrado muito simpáticos e darem apoio ao esforço de guerra e contenção do bolchevismo.
No fundo o objetivo alemão, importante Alemão, era criar um espaço vital com a expansão para o leste. O que incluía obviamente a Europa oriental e boa parte da Rússia. Como território alemão e estados associados. Assim teria fornecimento de matérias-primas fundamentais para industria moderna, alimentos e território para expansão da população e fortalecimento do país. Com o tempo teria as mesmas vantagens dos Estados Unidos baseado em um grande território com autonomia, favorecendo o poder nacional e reduzindo a influencia externa.
Stalin e a URSS não tinham condições de serem ofensivos contra a Alemanha. Talvez em um longo prazo. Porém, se os alemães cumprissem o plano original, estariam tão enfraquecidos que não teriam alternativa a não se isolar e criar a força defensiva.
No fundo o objetivo alemão, importante Alemão, era criar um espaço vital com a expansão para o leste. O que incluía obviamente a Europa oriental e boa parte da Rússia. Como território alemão e estados associados. Assim teria fornecimento de matérias-primas fundamentais para industria moderna, alimentos e território para expansão da população e fortalecimento do país. Com o tempo teria as mesmas vantagens dos Estados Unidos baseado em um grande território com autonomia, favorecendo o poder nacional e reduzindo a influencia externa.
Stalin e a URSS não tinham condições de serem ofensivos contra a Alemanha. Talvez em um longo prazo. Porém, se os alemães cumprissem o plano original, estariam tão enfraquecidos que não teriam alternativa a não se isolar e criar a força defensiva.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Eu ía responder a alguns dos itens acima, mas depois vi este e percebi que não valia a pena.Marechal do Ar escreveu:Quantos aos americanos, fizeram pouca ou nenhuma diferença na Europa, a invasão da Normandia foi mais uma tentativa desesperada de evitar que os soviéticos ocupassem toda a Europa do que de vencer Hitler.
Quando os americanos desembarcaram na Europa, as tropas alemãs ainda estavam em Vitebsk, a menos de 500km da capital russa e a cerca de 100km de Leninegrado.
Quando desembarcaram em 1944, os americanos estavam automaticamente mais perto de Berlim que os russos.
A ofensiva soviética do verão de 1944, ocorre, quando já não existem dúvidas de que a II frente está estabelecida e que os aliados ocidentais estão solidamente em território francês.
As análises russas da História, caem normalmente por terra quando comparamos datas, e olhamos com um pouco de profundidade para os mapas da situação tática.
Ao declarar guerra aos americanos, Hitler cometeu o mais crasso dos erros.
Atraiu para a Alemanha a atenção principal dos americanos e principalmente dos seus bombardeiros.
Isso notou-se logo em 1943 quando pela primeira vez os alemães começaram a ver cidades destruidas em apenas uma semana.
O outro grande efeito, foi o desvio para ocidente da quase totalidade da aviação de caça alemã, para tentar evitar os ataques aéreos americanos, deixando os aviões táticos na Russia praticamente sem proteçao alguma.
Os alemães consideravam os russos sub-humanos e estavam convencidos de que lhes poderiam ganhar.
Mas ficaram aterrorizados com as consequências de uma guerra que começara a atingir a população civil.
Nunca se esqueça do que diziam as mulheres alemãs no final da guerra:
ANTES UM RUSSO NA BARRIGA, QUE UM AMERICANO NA CABEÇA.
Essa frase, proferida nas ruas de Berlim pelas mulheres alemãs, dá uma ideia claríssima de quem é que realmente ganhou a guerra.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Estou curioso para saber como o seu livro anti-russo conta a história...pt escreveu:Eu ía responder a alguns dos itens acima, mas depois vi este e percebi que não valia a pena.
Em 44? Em 44 a guerra já estava perdida.pt escreveu: Quando os americanos desembarcaram na Europa, as tropas alemãs ainda estavam em Vitebsk, a menos de 500km da capital russa e a cerca de 100km de Leninegrado.
Quando desembarcaram em 1944, os americanos estavam automaticamente mais perto de Berlim que os russos.
O plano nazista era tomar a Rússia em até 31 dias, passado esse período o plano fracassou, a probabilidade de vitória caiu muito, depois de 1942 só uma estratégia excepcional poderia reverter esse quadro e em 1944 não havia mais esperanças.
Existe alguma referência para o parágrafo acima? Nada parece verdade ou nem ao menos é coerente com as ações tomadas pelos alemães.pt escreveu: Ao declarar guerra aos americanos, Hitler cometeu o mais crasso dos erros.
Atraiu para a Alemanha a atenção principal dos americanos e principalmente dos seus bombardeiros.
Isso notou-se logo em 1943 quando pela primeira vez os alemães começaram a ver cidades destruidas em apenas uma semana.
O outro grande efeito, foi o desvio para ocidente da quase totalidade da aviação de caça alemã, para tentar evitar os ataques aéreos americanos, deixando os aviões táticos na Russia praticamente sem proteçao alguma.
Os alemães consideravam os russos sub-humanos e estavam convencidos de que lhes poderiam ganhar.
Mas ficaram aterrorizados com as consequências de uma guerra que começara a atingir a população civil.
Nunca se esqueça do que diziam as mulheres alemãs no final da guerra:
ANTES UM RUSSO NA BARRIGA, QUE UM AMERICANO NA CABEÇA.
Essa frase, proferida nas ruas de Berlim pelas mulheres alemãs, dá uma ideia claríssima de quem é que realmente ganhou a guerra.
Os americanos enfrentaram menos resistência e, ainda assim, quem chegou a Berlim foram os russos.pt escreveu: Quando desembarcaram em 1944, os americanos estavam automaticamente mais perto de Berlim que os russos.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Em primeiro lugar eu não tenho nenhum livro de História, tenho dezenas. De entre essas dezenas eu realço a História da Grande Guerra Patriótica, mas também revisões críticas, escritas depois do colapso da URSS nos últimos 20 anos.Estou curioso para saber como o seu livro anti-russo conta a história...
Eu acho que você não percebeu o que eu disse.
QUANDO OS AMERICANOS DESEMBARCARAM NA FRANÇA, AINDA HAVIA TROPAS ALEMÃS A 480KM da capital russa, controlando a cidade de Vitebsk.
A grande ofensiva russa de 1944, só começou quando os russos perceberam que a ocidente havia uma segunda frente estabelecida e que os alemães não tinham capacidade para a derrotar (há vasta documentação sobre a operação BAGRATION disponível).
Desculpe, mas também está errado.O plano nazista era tomar a Rússia em até 31 dias, passado esse período o plano fracassou
O plano dos nacional-socialistas era derrotar a Russia em 12 semanas (vide Pierre Rondiere, in Quando Hitler atacou a leste, 1973)
A que paragrafo se refere ?Existe alguma referência para o parágrafo acima? Nada parece verdade ou nem ao menos é coerente com as ações tomadas pelos alemães.
Aconselho a ler obras tão simples como A queda de Berlim de Alistair Ryan, escrito 20 anos depois do conflito e cujo autor ainda entrevistou muitos intervenientes ou com o mesmo título, o livro do Antony Beevor, escrito depois do colapso da URSS.
Isso é um mito criado pelos russos. A principal produção alemã estava voltada para ocidente.Os americanos enfrentaram menos resistência e, ainda assim, quem chegou a Berlim foram os russos.
Os alemães gastaram milhares de milhões de Reichmark nas armas maravilha para atacar a inglaterra e a america.
As vitórias aéreas russas foram na sua maioria vitórias sobre bombardeiros e aviões táticos, porque os caças estavam quase todos no ocidente.
Em Maio de 1944 MENOS DE 20% (vinte por cento) dos caças alemães estavam na frente leste. E quando começou a invasão americana esse número ficou pelos 5%.
Em Maio de 1944, 66% (sessenta e seis por cento) dos caças alemães estavam a defender a Alemanha dos bombardeiros americanos e britânicos ou em França, tentando evitar que eles chegassem à Alemanha.
Só o custo da produção das V2 foi equivalente ao custo de 5.000 (cinco mil) tanques PzKpfw V «Panther».
Como a aviação alemã, transferiu para ocidente praticamente todos os seus caças, a aviação tática alemã ficou sem proteção.
Os alemães tentaram a sua última ofensiva, não contra os russos mas contra os americanos durante a campanha das Ardenas, quando colocaram o grosso dos seus tanques a ocidente, enfraquecendo a frente leste de forma desastrosa.
Eu pensava que a ofensiva das Ardenas, fazia parte da história e não de algum criptico livro anti-russo...
O que é espantoso, é como a falta de informação permite colocar perguntas e questões que estão respondidas há anos e estudadas há muito tempo, à luz dos arquivos russos divulgados depois de 1991.
Parece que há gente que esquece que depois do fim da URSS, até na Russia, a história da GGP foi revista.
Mas como diz o que reputo de maior investigador sobre a Russia, no mundo da língua portuguesa, o jornalista José Milhazes, há uma característica espantosa na Russia que se define numa frase:
A Russia, é um país com um passado imprevisível.
Sobre Bagration, e com base nas publicações mais conhecidas (nomeadamente da Osprey) há aqui o resumo do que disse:
http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=134
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
300 portugueses usados como escravos na Alemanha nazi
Uma equipa de historiadores coordenada por Fernando Rosas já identificou, só na fase inicial de uma investigação em curso, cerca de três centenas de portugueses que foram utilizados pelos alemães como trabalhadores forçados durante a Segunda Guerra Mundial.
O grupo de cinco historiadores do Instituto de História Contemporânea (IHC), da Universidade Nova de Lisboa, já confirmou que, em 1944, labutavam no sistema de trabalhos forçados da Alemanha nazi pelo menos 281 portugueses (três anos antes eram 163). É uma notícia avançada esta quinta-feira, na edição impressa da VISÃO. Se bem que seja pequeno no universo de 13 milhões de trabalhadores forçados do III Reich, trata-se de um número impressionante, tendo em conta que Portugal assumiu um estatuto de neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial e que não inclui cerca de 70 cidadãos portugueses, já identificados pela mesma equipa, que conheceram os horrores dos campos de concentração nazis.
Estes últimos serão objeto de estudo numa fase posterior da investigação levada a cabo por António Muñoz Sánchez (espanhol), Ansgar Schäfer (alemão) e os portugueses António de Carvalho, Cláudia Ninhos, e Paula Borges Santos. Para já, o objetivo é responder a perguntas como de onde vieram, qual foi o destino dessas pessoas e porque razões caíram nas malhas do sistema de trabalhos forçados do nacional-socialismo.
Os casos de Tomás Guerreiro, operário de Loulé, e do pintor de construção civil António Pinto, natural de Rio Tinto, são bem ilustrativos. Estavam em França, possivelmente em Staint-Denis (arredores de Paris). Recrutados em 1940, depois de as tropas alemães terem ocupado esse país, seriam enviados para Wesseling, arredores de Colónia, onde trabalham numa refinaria na qual os alemães transformavam carvão mineral em gasolina. Inicialmente, os trabalhadores angariados na Europa Ocidental, gozaram de alguma liberdade de movimentos e tinham até direito a alguns dias de férias, que Tomás Guerreiro aproveitou, em julho de 1942, para não regressar a Wesseling.
Segundo Fernando Rosas, os primeiros contingentes de trabalhadores portugueses terão partido de França e, eventualmente, da Bélgica. Foram inicialmente recrutados "voluntariamente" ao abrigo de acordos entre os nazis e as autoridades francesas que se obrigaram a fornecer mão-de-obra para o esforço de guerra germânico. Nessa altura viveriam em França aproximadamente 40 mil portugueses.
A investigação decorrerá previsivelmente até abril do próximo ano e a equipa de historiadores deixa o apelo a quem possa prestar informações sobre familiares ou conhecidos que tenham passado pelo sistema de trabalhos forçados nazis para entrarem em contacto com o IHC .
Visão