TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Penguin
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70921 Mensagem por Penguin » Seg Fev 24, 2014 10:15 am

Marechal-do-ar escreveu:Me expressei mal, não quis dizer iluminar o alvo com lasers ou outra forma de apontamento de alvos no solo, e sim iluminar os alvos com ondas de radar, se o caça da frente ligasse seu radar seria detectado pelo inimigo, então o caça mais atrás liga o radar além do alcance das armas inimigas e o da frente recebe as informações sobre a posição do inimigo e pode disparar sem ser detectado.

Teoricamente essas informações que chegam ao caça da frente podem ser as reflexões de radar do inimigo mas não sei se os radares do F-35 e F-22 conseguem trabalhar nesse modo passivo, via datalink eu sei que eles possuem essa comunicação.
Imagem



-----------------------------------------------------------------



Below is a brief summary of TIDLS capabilities, from an older JEDOnline article by Bill Sweetman:

The TIDLS can connect up to four aircraft in a full-time two-way link. It has a range of 500 km and is highly resistant to jamming; almost the only way to jam the system is to position a jammer aircraft directly between the two communicating Gripens. Its basic modes include the ability to display the position, bearing, and speed of all four aircraft in a formation, including basic status information such as fuel and weapons state. The TIDLS is fundamentally different from broadcast-style links like Link 16. It serves fewer users but links them more closely together, exchanging much more data, and operating much closer to real time.

TIDLS information, along with radar, EW, and mapping data, appears on the central MFD. The display reflects complete sensor fusion: a target that is being tracked by multiple sources is one target on the screen. Detailed symbols distinguish between friendlies, hostiles, and unidentified targets and show who has targeted whom.

Today, Sweden is the only country that is flying with a link of this kind, and will retain that status until the F-22 enters service. The Flygvapnet has already proven some of the tactical advantages of the link, including the ability to spread the formation over a much wider area. Visual contact between the fighters is no longer necessary, because the datalink shows the position of each aircraft. Leader and wingman roles are different: the pilot in the best position makes the attack, and the fact that he has targeted the enemy is immediately communicated to the three other aircraft.

A basic use of the datalink is "silent attack." An adversary may be aware that he is being tracked by a fighter radar that is outside missile range. He may not be aware that another, closer fighter is receiving that tracking data and is preparing for a missile launch without using its own radar. After launch, the shooter can break and escape, while the other fighter continues to pass tracking data to the missile. In tests, Gripen pilots have learned that this makes it possible to delay using the AMRAAM's active seeker until it is too late for the target to respond.

But the use of the link goes beyond this, towards what the Swedish Air Force calls "samverkan," or close-cooperation. One example is the use of the Ericsson PS-05/A radar with TIDLS. An Ericsson paper compares its application, with identical sensors and precise knowledge of the location of both platforms, to human twins: "Communication is possible without explaining everything."

"Radar-samverkan," the Ericsson paper suggests, equips the formation with a super-radar of extraordinary capabilities. The PS-05/A can operate in passive mode, as a sensitive receiver with high directional accuracy (due to its large antenna). Two PS-05/As can exchange information by datalink and locate the target by triangulation. The target's signals will often identify it as well.

The datalink results in better tracking. Usually, three plots (echoes) are needed to track a target in track-while-scan mode. The datalink allows the radars to share plots, not just tracks, so even if none of the aircraft in a formation gets enough plots on its own to track the target, they may do so collectively.

Each radar plot includes Doppler velocity, which provides the individual aircraft with range-rate data. However, this data on its own does not yield the velocity of the target. Using the TIDLS, two fighters can take simultaneous range-rate readings and thereby determine the target's track instantly, reducing the need for radar transmission.

In ECM applications, one fighter can search, while the wingman simultaneously focuses jamming on the same target, using the radar. This makes it very difficult for the target to intercept or jam the radar that is tracking him. Another anti-jamming technique is for all four radars to illuminate the same target simultaneously at different frequencies.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70922 Mensagem por Skyway » Qua Fev 26, 2014 10:00 am

Suporte Logístico para o Gripen NG

Imagem

http://portaldefesa.com/site/index.php/ ... en-ng.html




AD ASTRA PER ASPERA
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70923 Mensagem por kirk » Qui Fev 27, 2014 11:12 am

http://www.youtube.com/watch?v=BZpBFf_x7rg




[] kirk

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70924 Mensagem por kirk » Qui Fev 27, 2014 11:13 am

TV Senado: assista à fala do comandante Saito sobre escolha do Gripen, na CRE

http://www.aereo.jor.br/2014/02/27/tv-s ... en-na-cre/




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70925 Mensagem por kirk » Qui Fev 27, 2014 3:36 pm

Em detalhes, a audiência na CRE sobre F-X2 e a escolha do Gripen

Saito na CRE - captação 2 da imagem da TV Senado - Forças de Defesa
OS PRINCIPAIS PONTOS FALADOS NA AUDIÊNCIA ESTÃO DETALHADOS AQUI, NO PODER AÉREO. LEIA E COMENTE!

-
Nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, o Poder Aéreo assistiu atentamente à audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), na qual o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, falou sobre a escolha do caça sueco Gripen para reequipar a Força Aérea Brasileira, dentro do programa F-X2. Também participou da audiência, realizada no Senado, o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, que fez uma apresentação inicial e também responde às perguntas dos senadores.

Segue abaixo nossa descrição detalhada de como foi a audiência, que começou às 10h07 e terminou às 12h06.

Apresentação do presidente da COPAC

Antes mesmo da apresentação do brigadeiro Crepaldi, o comandante Saito ressaltou que a intenção é assinar o contrato do Gripen com a Saab até o final do ano. Em seguida, o presidente da COPAC fez uma apresentação sobre o histórico e o andamento do programa F-X2, destacando inicialmente a importância de se ter aeronaves desenvolvidas e fabricadas no Brasil. Um exemplo, que segundo o brigadeiro foi voado em algum momento por todos os oficiais generais da FAB na ativa, é o Aerotec T-23 Uirapuru, ao qual se seguiu diversas aeronaves, fazendo com que hoje um piloto de caça da Força Aérea faça cada passo de sua instrução, da primária à especializada, em aeronaves desenvolvidas e fabricadas no país: T-25, T-27 e A-29. Destacou também que a presidente da República também voa em um avião desenvolvido e fabricado no Brasil, e que tudo isso é resultado de anos de investimento e planejamento de longo prazo.

Crepaldi na CRE - captação da imagem da TV Senado - Forças de Defesa

Crepaldi em seguida relembrou que, na Estratégia Nacional de Defesa (END), um ponto básico é que o Brasil é um país pacífico por tradição e convicção, mas que, para ocupar seu lugar no mundo, deve estar preparado para defender-se não só de agressões, mas também das ameaças. Ao mesmo tempo, para um país que tem diversas outras prioridades sociais e econômicas, passando frequentemente por restrições orçamentárias, é fundamental se fazer a análise do tempo de vida de um meio destinado à sua defesa. O estudo do ciclo de vida de aeronaves é, assim, um ponto fundamental do F-X2, sendo que aeronaves de combate costumam operar por cerca de 30 anos, mas o Brasil frequentemente leva esse tempo para 40 ou 50 anos, com modernizações e extensões da vida útil.

Sobre o histórico dos últimos anos do F-X2, o presidente da COPAC lembrou que, desde 2008, uma diretriz do comandante da Aeronáutica estabeleceu que o novo caça deveria substituir no curto prazo o Mirage 2000, e no longo prazo o F-5EM e o A-1M, padronizando a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Destacou também que foi em 5 de janeiro de 2010 que o Relatório Final do F-X2 foi entregue pela Aeronáutica ao Ministério da Defesa.

O programa envolveu a avaliação de 1.200 requisitos, divididos nas seguintes áreas: técnica-operacional, logística, industrial, comercial, risco e contrapartidas. Um ponto importante a se destacar na questão técnica operacional, é que foram estabelecidos os seguintes requisitos mínimos de autonomia para os novos caças: raio de ação de 300 milhas náuticas (cerca de 540km) para missões ar-ar e de 500 milhas náuticas (aproximadamente 900km) para missões ar-solo. Crepaldi afirmou que o Gripen cumpriu esse requisito, assim como os outros dois concorrentes finalistas.

Os pontos fortes da proposta do Gripen

O presidente da COPAC também resumiu os pontos fortes do Gripen de nova geração, caça selecionado no programa F-X2:


Lançamento de mísseis com sensores em modo passsivo
Reduzida quantidade de equipe de apoio e mão-de-obra
Melhor operação desdobrada
Motor com menor custo operacional e melhor manutenção
Menor impacto de implantação na infraestrutura da FAB
Participação do país na certificação da aeronave
Menor risco contratual
Menor custo operacional
Montagem no Brasil
Para a seleção do vencedor, dois pontos foram considerados fundamentais: um é a transferência de tecnologia, que visa capacitar a indústria nacional com tecnologias para um caça de quinta geração. A própria indústria foi solicitada a mostrar quais tecnologias ainda não dominadas (lembrando que o país já domina várias tecnologias aeronáuticas importantes) deveriam ser solicitadas, ou seja, foi a partir das demandas das indústrias que se estabeleceu quais tecnologias seriam fundamentais para capacitar o país para o desenvolvimento de um caça de quinta geração. Entre elas, um dos destaques foi a nova geração de aviônicos. Foi apresentada uma lista dos itens, porém a TV Senado a focalizou por apenas alguns segundos.

Outro ponto fundamental foi a cooperação industrial, que visa capacitar a indústria e a Força Aérea a manter os itens estratégicos da aeronave. Entre os destaques da proposta do Gripen para atender a esse ponto, estão a instalação de um centro de desenvolvimento, integração e simulação no Brasil (dentro do que se chama Gripen Design and Development Network), funcionando online com seu congênere na Suécia. Essa conexão se dará via Embraer, ou seja, os diversos fornecedores nacionais envolvidos no projeto farão parte da rede tendo como ponto central a Embraer.

Para a concretização de tudo isso e para a decisão pela proposta do Gripen, deu-se bastante peso ao fato desta permitir não só aprender, mas trabalhar junto no projeto da aeronave e dos sistemas necessários. Alguns pontos importantes foram destacados nesse sentido:

Compartilhamento da propriedade intelectual
Projetos estruturais e testes
Desenvolvimento e produção compartilhados
80% das partes estruturais serão fabricados em instalação que será criada em São Bernardo do Campo / SP, incluindo os materiais compostos. Isso compreende a fuselagem traseira, asas e portas.
Desenvolvimento de uma tela única de grande área (Large Area Display), do tipo touchscreen (que permite seleção de funções com toque na tela).
97% do CLS (apoio logístico do contratante) será feito pela Aeroeletrônica (AEL), instalada no Rio Grande do Sul.
Andamento das negociações com a SAAB – Super Tucano, KC-390 e Erieye

Desde 20 de dezembro já estão sendo negociados pontos do contrato com o fabricante do Gripen, a sueca Saab. Há um cronograma completo de reuniões, incluindo empresas brasileiras, para que se assine o contrato na segunda quinzena de dezembro deste ano, mais especificamente, se possível, no dia 18 de dezembro de 2014.

Alguns pontos importantes estão em discussão com a Suécia, entre eles as intenções do país em adquirir aeronaves Super Tucano e KC-390. Há também na mesa um compromisso da Saab de que futuros projetos envolvendo aviões equipados com radar Erieye seriam oferecidos exclusivamente com aeronaves da Embraer, como plataforma.

O DEBATE COM OS SENADORES
Senadores Ana Amélia Suplicy e Ferraço na CRE - captação da imagem da TV Senado - Forças de Defesa
Finalizada a apresentação por volta das 10h50, os senadores começaram o debate com o comandante da Aeronáutica e o presidente da COPAC.

A lacuna até 2018

O presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço (PMDB – ES) perguntou ao comandante Saito como será coberta a lacuna e feita a transição até que o primeiro Gripen NG seja recebido, em 2018. O tenente-brigadeiro Juniti Saito afirmou que, desde a desativação dos Mirage 2000 no final do ano passado, o caça F-5 modernizado está cumprindo a contento toda a missão de defesa aérea, mesmo sem ser o ideal. A partir da decisão pelo Gripen no programa F-X2, foram iniciadas conversas com o Ministério da Defesa da Suécia e a Força Aérea Sueca, cujo comandante esteve no Brasil e ofereceu o empréstimo de caças Gripen C/D, de geração anterior aos NG pretendidos pela FAB, para cobrir a lacuna. Ou seja, já há um compromisso da Força Aérea e do Ministério da Defesa da Suécia em fornecer essas aeronaves, e espera-se que se possa tomar uma decisão por volta do meio deste ano.

Essas 8 a 12 aeronaves Gripen C/D operariam provavelmente até 2020, pois apesar das primeiras entregas do Gripen NG estarem programadas para 2018, ainda levaria dois anos para se estabelecer de forma completa um primeiro esquadrão com o novo caça. Com tudo isso – o uso do F-5M na defesa aérea e o empréstimo de caças Gripen C/D – Saito foi explícito em dizer que a FAB vai cumprir suas prerrogativas.

Componentes norte-americanos

O senador Ferraço, baseado em afirmações que circulam na mídia e atribuídas a especialistas, questionou se procede as alegações de críticos à escolha do Gripen de que boa parte dos componentes do caça não são suecos, e se isso poderia gerar embargos, principalmente por parte dos Estados Unidos quanto a motores e especialmente quanto a armamentos e códigos-fonte de origem americana, afetando o nível de independência que teríamos com o caça sueco. O comandante Saito respondeu que, hoje, ninguém fabrica 100% de um caça com componentes da indústria do próprio país. O principal item externo do Gripen é o motor, americano, mas trata-se de um item mecânico.

Os motores virão junto com os caças e serão comprados motores extra, como reserva, assim como será garantida a manutenção dos mesmos aqui. Hoje, há 4 ou 5 fabricantes de motores a jato no mundo, tecnologia para a qual se precisa de muitos anos para desenvolver e competir. O Brasil está só no primeiro passo desse desenvolvimento, ainda focado em turbinas para geração de energia. Quanto à aviônica, ela será produzida no Brasil e o código-fonte será transferido integralmente, para que o país possa integrar armamentos próprios.

Senadore Ferraço na CRE - captação da imagem da TV Senado - Forças de Defesa

O senador Ferraço insistiu no questionamento sobre 40% da aviônica do caça ser dos Estados Unidos, ao que o presidente da COPAC, brigadeiro Crepaldi, retomou a questão como um todo: pode-se integrar armamentos de vários países no Gripen, e não só americanos. Principalmente, pode-se integrar armamentos nacionais. Quanto à parte estrutural, essa é a mais fácil de se realizar o desenvolvimento e produção no Brasil. O principal objetivo é, este sim, o desenvolvimento do software. Hoje, há aviônica de procedência norte-americana no Gripen, fornecida pela Rockwell Collins, mas o objetivo é que ela seja brasileira, com foco no ciclo de vida do caça. Há garantias explícitas de que haverá transferência de tecnologia nessa área, segundo o presidente da COPAC. Ainda sobre os motores, Crepaldi reforçou que, qualquer que fosse a escolha do caça, haveria esse risco de dependência de fornecedores quanto ao motor, pois há poucos fabricantes mundiais. Por isso focou-se em garantir a sua manutenção no país.

O valor da proposta e o ‘status’ do Gripen

O presidente da CRE, senador Ricardo Ferraço, mostrou preocupação com o valor de 4,5 bilhões de dólares da proposta, se este é um limite ou se haveria risco de uma escalada de custos. O comandante Saito respondeu que o valor final é algo que se está sendo negociado, podendo ficar tanto acima quanto abaixo desse valor, quando da assinatura do contrato.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB – SP) levantou a questão da longa duração de todo o processo, que considerou preocupante, assim como o drama da descontinuidade orçamentária poder afetar o programa. Perguntou também se 36 caças são considerados suficientes, tendo em vista muitas afirmações de que a autonomia do Gripen seria inadequada para um país continental, e se haveria dificuldade para adaptação dos pilotos, rapidamente, ao Gripen C/D que cobriria a lacuna enquanto os novos não chegassem. O senador Ferraço aproveitou para questionar se o Gripen é um projeto ou uma realidade, e se não é um caça adequado só para países pequenos, como os que atualmente operam a aeronave.

O tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito reforçou que o caça atende aos requisitos de raio de ação estabelecidos pela FAB, assim como o fato de que os três concorrentes finalistas cumpriram esses requisitos. Para qualquer um dos caças operar em raios de ação superiores aos estabelecidos pelo programa (300 milhas náuticas para missão ar-ar e 500 milhas náuticas para missão ar-solo), é necessário reabastecimento em voo, de forma a realizar missões acima de um raio de 1.500 milhas náuticas. É por isso que a FAB está empenhada nos programas do KC-390, avião de transporte tático e reabastecimento, e do KC-X2, de transporte estratégico e reabastecimento. Quanto a este último, foi selecionada uma proposta da IAI israelense para converter jatos Boeing 767 para o reabastecimento em voo, aguardando-se autorização do governo para a assinatura do contrato. Quanto a demoras de decisão, o comandante da Aeronáutica reconheceu que em mais de uma ocasião a decisão do governo foi adiada, devido a diversas outras prioridades deste.

Saito e Crepaldi na CRE - captação da imagem da TV Senado - Forças de Defesa

A desativação dos caças F-5M e dos jatos de ataque A-1M

Prosseguindo na sua resposta, o comandante Saito ressaltou que a FAB possui 43 jatos de ataque A-1 e 57 caças F-5M para defesa aérea, e que eles têm tempo pela frente. O F-5 deverá ser desativado a partir de 2025 e o A-1 a partir de 2030. Por hora, serão adquiridos 36 caças Gripen, porém mais exemplares deverão substituir, no futuro, a frota de F-5 e A-1. Sobre a adaptação dos pilotos da FAB ao Gripen C/D, Saito afirmou que não vê dificuldade para a adaptação dos pilotos a essa plataforma. O usual é um ano de treinamento para isso, e a Força Aérea Sueca já ofereceu a possibilidade de dois pilotos iniciarem esse treinamento, na Suécia, a partir de agosto deste ano. Ainda a respeito dos aviões de reabastecimento em voo, o comandante Saito disse que o KC-390 e o KC-X2 deverão estar em linha quando da chegada do Gripen NG, que tem capacidade de ser reabastecido no ar.

A produção dos caças no Brasil

A senadora Ana Amélia Lemos (PP – RS) lembrou que, com a intenção de se produzir as aeronaves no Brasil, é de se esperar uma competição entre cidades do país pelas instalações de linhas de montagem, já deixando claro que deseja garantir a participação de municípios do Rio Grande do Sul. Perguntou se os primeiros caças seriam produzidos na Europa com aprendizado brasileiro ou se a produção de todos os 36 aviões seria no Brasil, questionando também se, por ser menor e monomotor, teria menos autonomia, se há expectativa de se produzir uma versão naval e para onde o caças poderia ser exportado. O senador Ferraço aproveitou para insistir na pergunta ainda não respondida, se o Gripen NG é um projeto ou uma realidade.

O comandante Juniti Saito começou pela pergunta de Ferraço, afirmando que, hoje, há um avião de prova conceitual do Gripen NG em voo, no qual houve mudança do trem de pouso da fuselagem para as asas, de forma a ocupar a antiga posição do equipamento com mais combustível. O protótipo do Gripen NG deverá voar no ano que vem, segundo Saito, que reforçou que a nova geração do Gripen é um derivativo do Gripen C/D, asim como o Super Hornet deriva do Hornet. Lembrou que chegou a voar no Gripen B (biposto de primeira geração do caça) em 1997 e que o fato do Gripen NG precisar ser desenvolvido não é encarado como um problema, e sim como uma solução. Ferraço insistiu que os operadores do Gripen são países pequenos, ao que Saito também insistiu no ponto de que o caça foi extensamente analisado e que atende às nossas necessidades, e não há dúvidas sobre isso.

Versão para a marinha e as vantagens e desvantagens de um caça monomotor

Prosseguindo nas questões levantadas pela senadora Ana Amélia Lemos, o comandante Juniti Saito disse que a Marinha do Brasil tem interesse em desenvolver versão naval e que os suecos podem colaborar com esse desenvolvimento, complementando que a Marinha está sendo convidada para discutir esse assunto. Quanto ao fato de ser monomotor, há vantagens e desvantagens. Entre as vantagens, está o fato de tornar o avião menos detectável pelo inimigo, Entre as desvantagens, está o fato de que, em caso de perda da turbina, o piloto tem que ejetar. As vantagens em equipamentos de guerra eletrônica oferecidos pelo Gripen, por outro lado, compensam o fato de ser monomotor, segundo o comandante da Aeronáutica. Saito esclareceu também que o Gripen é um caça de geração 4,5. Caças de quinta geração só existem os Estados Unidos, hoje, com o F-22 que os americanos não vendem para ninguém e o F-35 que chegou agora está sendo oferecido internacionalmente. Russos e chineses estão desenvolvendo os seus caças de quinta geração.

Senadores Suplicy e Ferraço na CRE - captação da imagem da TV Senado - Forças de Defesa

Orçamento e pagamento após última entrega, em 2023

Quanto a preocupações levantadas pelos senadores sobre orçamento, o comandante Juniti Saito ressaltou que é fundamental haver desembolsos previsíveis, e que os pagamentos para o KC-390 têm sido regulares pois não pode atrasar, visto que concorrentes estão a caminho. O senador Aloysio Nunes relembrou que essa questão orçamentária é fundamental e que sua previsibilidade precisa ser garantida, cobrando o presidente da CRE, senador Ferraço, de agir politicamente nesse sentido.

Ferraço perguntou se procede a informação de que os pagamentos só começariam após a entrega da 36ª aeronave, ao que o comandante Saito respondeu que essa é uma questão em negociação para o contrato. A Saab ofereceu financiamento em que o pagamento só seria iniciado 6 meses após o recebimento do último caça, em 2023. Porém, isso precisa ser discutido com os ministérios da Fazenda e do Planejamento, quanto ao interesse na proposta, ou se esses ministérios preferem que os desembolsos sejam feitos periodicamente pelo tesouro.

O senador Ferraço, interrompendo um questionamento do senador Eduardo Suplicy (PT – SP) sobre a expectativa de geração de empregos, perguntou sobre a fábrica que a SAAB pretende instalar em São Bernardo do Campo / SP, se essa diversificação seria necessária ao invés de uma concentração na Embraer, em Gavião Peixoto.

O comandante Saito respondeu que, em São Bernardo, deverá ser instalada uma fábrica para montar estruturas, e não para montar aeronaves. Lembrou que, nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto, não se produz estruturas, e sim se faz a montagem final e integração de componentes nos aviões. Assim, em São Bernardo do Campo serão fabricados componentes estruturais e a Embraer irá receber esses componentes para a montagem dos caças em Gavião Peixoto.

Suplicy solicitou uma comparação do valor do programa do Gripen em relação ao orçamento da Aeronáutica, e quanto isso representaria em desembolso anual, no caso do financiamento oferecido. O comandante Saito respondeu que seriam desembolsados 500 milhões de dólares por ano ao longo dos 9 anos de pagamento, e que esses pagamentos representariam menos de 10% do orçamento anual da Aeronáutica.

Os diferenciais da transferência de tecnologia

Já nas considerações finais, o senador Ferraço perguntou o que, dentro da oferta de transferência de tecnologia da Saab, foi um fator decisivo, que os outros concorrentes não ofereceram. O presidente da COPAC, brigadeiro Crepaldi, relembrou a filosofia do domínio tecnológico mostrada na apresentação inicial, ressaltando a vantagem do desenvolvimento conjunto e a garantia da propriedade intelectual, como pontos fortes da proposta do Gripen. Outros foram o acesso aos códigos-fonte, incluindo dados de desenvolvimento das versões anteriores do caça. Crepaldi ressaltou que as outras ofertas também eram muito boas e que cumpriram os requisitos da FAB, mas que não poderia dar detalhes a respeito, pois isso poderia interferir em concorrências que os concorrentes não selecionados realizam em outros países.

Saito na CRE - captação da imagem da TV Senado - Forças de Defesa

Ferraço insistiu, porém, na questão dos códigos-fonte, se poderia ser dada uma resposta objetiva à questão de quem ofereceu a melhor proposta nesse sentido, ao que Crepaldi respondeu que a Boeing e a Dassault, mesmo cumprindo os requisitos, não ofereceram o mesmo nível de acesso aos códigos-fonte que a Saab ofereceu.

Por fim, o senador Ferraço levantou a questão das compensações (off sets) oferecidos pela Saab, recebendo do comandante Saito a resposta de que, dentro do que pode falar, há compensações que representam 170% do valor do contrato.

Respondendo a um novo questionamento de Ferraço sobre os critérios para se distribuir essas compensações, o brigadeiro Crepaldi informou que, conforme portaria do Ministério da Defesa, as compras de material de defesa no exterior devem, obrigatoriamente, ser acompanhadas de compensações tecnológicas, industriais e comerciais. A FAB focou na compensação tecnológica e industrial, conforme os critérios mostrados na apresentação do início da audiência. O brigadeiro informou também que essas compensações são regidas por um contrato separado, administrativo. Este inclui sanções em caso de não cumprimento, e vem sendo aplicado há anos pela Aeronáutica.

E assim chegou ao final a audiência, por volta das 12h06 desta quinta-feira, conforme as anotações que fizemos ao longo de sua transmissão. Há diversos pontos interessantes para discutir, muitos deles já levantados como dúvidas em diversas ocasiões pelos leitores do Poder Aéreo, que agora podem ser respondidos e, principalmente, servir para novas questões. Ao debate!

http://www.aereo.jor.br/2014/02/27/em-d ... do-gripen/




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70926 Mensagem por kirk » Qui Fev 27, 2014 8:44 pm

FAB diz que há compromisso com Suécia para empréstimo de caças

Fernando Diniz
Direto de Brasília

O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, disse nesta quinta-feira, no Senado Federal, que há um compromisso entre o Brasil e a Suécia por um empréstimo de 10 a 12 aeronaves para suprir a carência de caças até a chegada dos Gripen NG, que o governo brasileiro decidiu comprar da sueca Saab. Embora não tenha dado o empréstimo como confirmado, Saito diz já ter recebido a oferta para que pilotos brasileiros treinem na “aeronave tampão”, o Gripen C/D.

“Já há um compromisso da Força Aérea e da Defesa sueca em proporcionar esse tipo de apoio”, disse o comandante, em resposta a uma pergunta do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Questionado na saída da reunião sobre o empréstimo, Saito disse que há possibilidade de os caças emprestados chegarem em 2016, mas que o acordo ainda não estava fechado. “Isso está sendo tratado com bastante reserva, mas se isso for possível, (será) no início de 2016. Vamos ver”, afirmou o comandante, que foi ao Senado para audiência pública sobre a compra dos aviões.

Os caças comprados pelo Brasil só devem chegar no fim de 2018 e passar a integrar a frota entre 2019 e 2020. A aquisição de 36 Gripen NG foi anunciada em 18 de dezembro do ano passado, em um contrato no valor de US$ 4,5 bilhões. A aeronave era finalista do projeto de renovação de caças junto do francês Rafale (Dassault) e do americano F-18 Super Hornet (Boeing). A empresa sueca foi considerada a que apresentou melhor oferta de transferência de tecnologia e custo mais baixo.

A necessidade do Brasil em obter caças emprestados existe pela aposentadoria dos caças Mirage, no ano passado. Até a possível chegada dos Gripen C/D, uma versão inferior aos 36 adquiridos pelo governo brasileiro, a FAB terá de usar o F-5, uma aeronave de ataque ao solo, para fazer a defesa aérea brasileira. “Naturalmente não seria uma aeronave ideal, mas cumpriremos da melhor maneira possível”, disse Saito

http://noticias.terra.com.br/brasil/fab ... aRCRD.html




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FCarvalho
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70927 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2014 12:03 am

Bem, se é para receber Gripen C/D emprestados somente em 2016, com os E/F começando a chegar em 2018 e os F-5EM sendo retirados somente a partir de 2025, sendo que estes últimos irão operar o alerta do GDA em rodízio, porque não esperar então mais dois anos, e ter os primeiros E/F e ir substituindo os F-5EM ao longo do processo?

Seria uma economia a mais para a FAB, e para o erário público.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70928 Mensagem por Luís Henrique » Sex Fev 28, 2014 9:26 am

FCarvalho escreveu:Bem, se é para receber Gripen C/D emprestados somente em 2016, com os E/F começando a chegar em 2018 e os F-5EM sendo retirados somente a partir de 2025, sendo que estes últimos irão operar o alerta do GDA em rodízio, porque não esperar então mais dois anos, e ter os primeiros E/F e ir substituindo os F-5EM ao longo do processo?

Seria uma economia a mais para a FAB, e para o erário público.

abs.
Na verdade não são 2 anos e sim 3, pois os Gripen C/D tampões poderiam chegar no começo de 2016 e o E/F definitivo viria no FINAL de 2018.

Outra coisa, as entregas do Gripen E COMEÇAM a chegar no final de 2018. Só teremos um esquadrão completo em 2020.

Isto foi dito na audiência. Os Gripen C/D permanecerão até 2020 justamente por causa disso.
Eu acho uma boa, o Brasil já possui poucos caças pro meu gosto. Ficar até 2020 utilizando F-5 de outros esquadrões não é a melhor saída, além do mais nossos profissionais da força já estarão se acostumando com a operação dos Gripen. Haverá mudanças mas será bem mais suave sair do Gripen C para o E. Creio que desta forma a adaptação será muito mais rápida e logo após os recebimentos dos E/F, em pouco tempo já estaremos operando a contento.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70929 Mensagem por malmeida » Sex Fev 28, 2014 10:16 am

FCarvalho escreveu:Bem, se é para receber Gripen C/D emprestados somente em 2016, com os E/F começando a chegar em 2018 e os F-5EM sendo retirados somente a partir de 2025, sendo que estes últimos irão operar o alerta do GDA em rodízio, porque não esperar então mais dois anos, e ter os primeiros E/F e ir substituindo os F-5EM ao longo do processo?

Seria uma economia a mais para a FAB, e para o erário público.

abs.
Interessante ponto de vista, FCarvalho, mas eu discordo em termos.
Eu acho uma boa ideia desde que:
1- O equipamento emprestado tenha desempenho superior ao equipamento disponível atualmente. Seria um absurdo se isso não fosse verdade;
2- Os custos de operação do vetor emprestado sejam menores aos do atual (custos de treinamento e adaptação dos pilotos inclusos);
3- Empréstimo seja EMPRÉSTIMO mesmo, e não aluguel. Se for um aluguel, que pelo menos seja compensado pelo item 2, acima;

Não conheço os números, mas seria natural que um vetor mais moderno tenha os custos de operação menores que um equivalente, porém mais antigo. E de quebra teremos mais vetores disponíveis para uso em caso de necessidade. E voamos menos com os F-5.

...e na minha humilde opinião, os C/D deveriam ser comprados pela FAB ao invés de "emprestados". Li em algum lugar que os suecos tem várias unidades estocadas. São células pouco usadas, com menos de 10 anos de uso. Deve haver o interesse deles em vender algumas dessas unidades.
E quando chegar a hora, vamos botar os C/D para voar com os E/F e colocamos os F-5M no mercado enquanto há horas de voo nas células e Forças Aéreas interessadas em comprá-las.

Eu prefiro o bom emprego do erário que a sua simples economia.

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70930 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2014 1:51 pm

Luís Henrique escreveu:
FCarvalho escreveu:Bem, se é para receber Gripen C/D emprestados somente em 2016, com os E/F começando a chegar em 2018 e os F-5EM sendo retirados somente a partir de 2025, sendo que estes últimos irão operar o alerta do GDA em rodízio, porque não esperar então mais dois anos, e ter os primeiros E/F e ir substituindo os F-5EM ao longo do processo?
Seria uma economia a mais para a FAB, e para o erário público.
abs.
Na verdade não são 2 anos e sim 3, pois os Gripen C/D tampões poderiam chegar no começo de 2016 e o E/F definitivo viria no FINAL de 2018.
Outra coisa, as entregas do Gripen E COMEÇAM a chegar no final de 2018. Só teremos um esquadrão completo em 2020.
Isto foi dito na audiência. Os Gripen C/D permanecerão até 2020 justamente por causa disso.
Eu acho uma boa, o Brasil já possui poucos caças pro meu gosto. Ficar até 2020 utilizando F-5 de outros esquadrões não é a melhor saída, além do mais nossos profissionais da força já estarão se acostumando com a operação dos Gripen. Haverá mudanças mas será bem mais suave sair do Gripen C para o E. Creio que desta forma a adaptação será muito mais rápida e logo após os recebimentos dos E/F, em pouco tempo já estaremos operando a contento.
Do ponto de vista apenas e tão somente técnico-operacional tu estás coberto de razão.
O problema é se a relação custo x benefício será favorável para nós. E isto, na hora em que o pessoal da economia for apor a sua opinião sobre o assunto vai contar. E para um país como o nosso, em que defesa é assunto importante de quatro em quatro anos, vale apena saber-se se a FAB terá argumentos bem consistentes do ponto de vista econômico-financeiro para suportar mais este negócio.
Porque do ponto de vista do erário, 'gastar' dinheiro público com "aviões de guerra" continua sendo algo tão pífio e desimportante, quanto mirabolante, quanto o era em 18 de novembro de 2013. :roll:
E continua sendo.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70931 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2014 1:58 pm

malmeida escreveu:
FCarvalho escreveu:Bem, se é para receber Gripen C/D emprestados somente em 2016, com os E/F começando a chegar em 2018 e os F-5EM sendo retirados somente a partir de 2025, sendo que estes últimos irão operar o alerta do GDA em rodízio, porque não esperar então mais dois anos, e ter os primeiros E/F e ir substituindo os F-5EM ao longo do processo?
Seria uma economia a mais para a FAB, e para o erário público.
abs.
Interessante ponto de vista, FCarvalho, mas eu discordo em termos.
Eu acho uma boa ideia desde que:
1- O equipamento emprestado tenha desempenho superior ao equipamento disponível atualmente. Seria um absurdo se isso não fosse verdade;
2- Os custos de operação do vetor emprestado sejam menores aos do atual (custos de treinamento e adaptação dos pilotos inclusos);
3- Empréstimo seja EMPRÉSTIMO mesmo, e não aluguel. Se for um aluguel, que pelo menos seja compensado pelo item 2, acima;
Não conheço os números, mas seria natural que um vetor mais moderno tenha os custos de operação menores que um equivalente, porém mais antigo. E de quebra teremos mais vetores disponíveis para uso em caso de necessidade. E voamos menos com os F-5.
...e na minha humilde opinião, os C/D deveriam ser comprados pela FAB ao invés de "emprestados". Li em algum lugar que os suecos tem várias unidades estocadas. São células pouco usadas, com menos de 10 anos de uso. Deve haver o interesse deles em vender algumas dessas unidades.
E quando chegar a hora, vamos botar os C/D para voar com os E/F e colocamos os F-5M no mercado enquanto há horas de voo nas células e Forças Aéreas interessadas em comprá-las.
Eu prefiro o bom emprego do erário que a sua simples economia.
MAlmeida
Esta também é a minha idéia MAlmeida. É neste sentido que presumo que a FAB terá de dispor de argumentos muito bem elaborados, também, do ponto de vista econômico-financeiro, na hora de pedir para assinarem o cheque sobre estes caças usados.
Pois quem assina os cheques, não tem a mínima idéia da importância ou da relevância desta parte do negócio do FX e pouco está ligando se a FAB tem 5, 50 ou 500 caças nas suas linhas de voo. Já que para eles a FAB, e as suas atribuições, nunca passaram de uma tabela ou um gráfico de custos e despesas em um relatório qualquer, na gaveta de algum 'burrocrata' engravatado de Brasília. E a FAB sabe bem disso.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70932 Mensagem por Penguin » Sex Fev 28, 2014 4:03 pm

malmeida escreveu:
FCarvalho escreveu:Bem, se é para receber Gripen C/D emprestados somente em 2016, com os E/F começando a chegar em 2018 e os F-5EM sendo retirados somente a partir de 2025, sendo que estes últimos irão operar o alerta do GDA em rodízio, porque não esperar então mais dois anos, e ter os primeiros E/F e ir substituindo os F-5EM ao longo do processo?

Seria uma economia a mais para a FAB, e para o erário público.

abs.
Interessante ponto de vista, FCarvalho, mas eu discordo em termos.
Eu acho uma boa ideia desde que:
1- O equipamento emprestado tenha desempenho superior ao equipamento disponível atualmente. Seria um absurdo se isso não fosse verdade;
2- Os custos de operação do vetor emprestado sejam menores aos do atual (custos de treinamento e adaptação dos pilotos inclusos);
3- Empréstimo seja EMPRÉSTIMO mesmo, e não aluguel. Se for um aluguel, que pelo menos seja compensado pelo item 2, acima;

Não conheço os números, mas seria natural que um vetor mais moderno tenha os custos de operação menores que um equivalente, porém mais antigo. E de quebra teremos mais vetores disponíveis para uso em caso de necessidade. E voamos menos com os F-5.

...e na minha humilde opinião, os C/D deveriam ser comprados pela FAB ao invés de "emprestados". Li em algum lugar que os suecos tem várias unidades estocadas. São células pouco usadas, com menos de 10 anos de uso. Deve haver o interesse deles em vender algumas dessas unidades.
E quando chegar a hora, vamos botar os C/D para voar com os E/F e colocamos os F-5M no mercado enquanto há horas de voo nas células e Forças Aéreas interessadas em comprá-las.

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Link: http://www.nyteknik.se/nyheter/fordon_m ... 806241.ece

Tradução Google:
The fate of the 204 Gripens ordered by Sweden, (26 new built for South Africa not included)
88 in service
32 disassembled and partially destroyed (2 A/B's for 1 D)
28 Leased to Hungary /Czech
24 in storage
12 sold to Thailand
10 to be rebuild from A/B to C/D
4 crashed
4 used for demonstrators
2 donated to museums
Lembrar que o Gripen C/D foi introduzido a partir de 2003.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70933 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2014 6:44 pm

Vamos ver se eles disporão os 24, ou se nós iremos, como no caso dos Mirage-2000, fazer o "me engana que eu gosto" básico da defesa aérea, e levar metade disso, ou até menos, por um precinho camarada, obviamente, e resolver a nossa vida pelos próximos 8/10 anos.

E aí depois veremos o que se faz, ou o que acontece, com a linha de produção dos E/F, em relação aos demais caças da FAB e da MB.

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70934 Mensagem por gabriel219 » Sex Fev 28, 2014 7:03 pm

Bem: 24 no estoque... Foi dito na GN em 24 caças em negociação... A FAB pretende criar 2 Esquadrões em Anápolis...
:roll:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70935 Mensagem por Penguin » Sex Fev 28, 2014 7:48 pm

gabriel219 escreveu:Bem: 24 no estoque... Foi dito na GN em 24 caças em negociação... A FAB pretende criar 2 Esquadrões em Anápolis...
:roll:
Esses do stock são celulas A/B muito provavelmente.
Os da FAB devem vir dos C/D em operação (desde 2003/4) ou será células que serão convertidas dos A/B.
A conversão do A para o C é bem mais complexa do que aparenta:

Imagem
Fonte: Revista Air Forces Monthly deste mês.




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