Operações Policiais e Militares
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Re: Operações Policiais e Militares
O homem suspeito de ter assassinado o policial Sérgio Simão Dias, do Batalhão de Operações Espaciais (Bope), segurança do coordenador do grupo Afroreggae, José Júnior...
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noti ... eggae.html
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noti ... eggae.html
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- Clermont
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Re: Operações Policiais e Militares
Lembram dele? A "pobre criança vitimizada" por quem tantas lágrimas foram derramadas; tanto choro foi ouvido; tantos discursos de indignação clamando por justiça foram proferidos?
Ontem, foi preso, desculpe, quis digitar, "foi apreendido", assaltando um casal de turistas estrangeiros.
O curioso é que, depois de "apreendido", temendo levar outro corretivo de um grupo que se aproximou, a "criança vitimizada" gritou, com toda a força de seus pulmões infantis:
- Não encosta em mim! Eu sou o menino do poste!
É mole, ou quer molho?
- Clermont
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Re: Operações Policiais e Militares
Cortesia do Valdemort. Imagem boa para se guardar junto do título eleitoral...
- Boss
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Re: Operações Policiais e Militares
O correto seria simplesmente banir a maioridade penal. Cada caso seria um caso, e Justiça que avaliasse isso.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: Operações Policiais e Militares
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SBT Brasil - 22/2/2014
MG: Nove bandidos morrem em confronto com a polícia, em Itamonte
Madrugada de violência na cidade de Itamonte, no sul de Minas Gerais, a cerca de 300 quilômetros da capital Belo Horizonte. Polícia fez uma mega operação para prender uma quadrilha que explodia caixas eletrônicos. A reportagem é de Simone Queiroz.
(...)
http://www.sbt.com.br/jornalismo/notici ... wmg4c6mWC4
SBT Brasil - 22/2/2014
MG: Nove bandidos morrem em confronto com a polícia, em Itamonte
Madrugada de violência na cidade de Itamonte, no sul de Minas Gerais, a cerca de 300 quilômetros da capital Belo Horizonte. Polícia fez uma mega operação para prender uma quadrilha que explodia caixas eletrônicos. A reportagem é de Simone Queiroz.
(...)
http://www.sbt.com.br/jornalismo/notici ... wmg4c6mWC4
- angelogalvao
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Re: Operações Policiais e Militares
Na sexta-feira, por volta das 18h30, fomos convocados (todos os policiais civis da DRPC de São Lourenço) a comparecer na DP imediatamente.
Ato contínuo, o Dr. João, chefe do 17 Departamento de Pouso Alegre indicou que deveríamos ir até a Seccional de Cruzeiro/SP para o briefing do que estava para acontecer.
Descemos para Cruzeiro/SP: eu, o Dr. Felipe Piccin, Dr. Bruno Cunha e os Investigadores Rodrigo e Maviel. No caminho fizemos contato com alguns Investigadores da DIG de Cruzeiro/SP que sempre nos dão apoio e os mesmos não sabiam de nada.
Chegamos na Seccional da PC-SP em Cruzeiro acompanhados dos policiais civis da DIG Cruzeiro/SP. Na Seccional nenhum Delegado (nem o próprio Seccional) ou os policiais sabiam o que estava acontecendo.
Após cerca de meia hora chegaram cerca de 8 viaturas descaracterizadas do DEIC/SP (Capital), estando presente o Divisional (Delegado chefe do DEIC) e o titular da DP de Roubo a Bancos de São Paulo.
Não vem ao caso repassar informações sobre o briefing mas, em suma, após alguns momentos ali compareceram mais umas 8 equipes do GARRA da Capital/SP e 1 unidade do GER da PC-SP com 8 snipers e policiais de contenção.
As informações davam conta de uma quadrilha de roubo a bancos (explosões de caixas) com cerca de 25 integrantes.
Haviam sido identificados 5 fuzis AK-47, 1 fuzil HK-G3, 2 fuzis Colt AR-15, escopetas, pistolas e granadas.
Não repassarei os pormenores das informações que estavam sendo repassadas, mas todo os erviço de inteligência estava a cargo do DEIC, em São Paulo-CP. E a inteligência funcionou perfeitamente.
Os alvos poderiam ser Itanhandu ou Itamonte.
O Dr Bruno Cunha acompanhou uma outra equipe, restando à nossa equipe (eu, Dr. Felipe Piccin e 2 investigadores de São Lourenço) posicionarmos o GER (Snipers) e o GARRA (contenção) na Praça Central de Itamonte e, posteriormente, posicionarmo-nos na rodovia acompanhados de 4 equipes do DEIC/SP no intuito de coibir uma possível fuga.
Equipes posicionadas, conseguimos que mais uma equipe da DRPC de São Lourenço, comandada pelo Dr. Márcio Ciarini, se agrupasse conosco.
Aguardávamos às margens da rodovia, escondidos na escuridão, com informações em tempo real da Inteligência da PC-SP.
Por volta das 2h00 um comboio furou o radar próximo e passou no sentido do centro de Itamonte em alta velocidade. Conseguimos ver perfeitamente: um caminhão baú, um Fiat Palio Weekend prata, uma Ford Ecosport prata, um Honda Civic preto e um Renault Duster branco, todos com as placas cobertas por plástico.
Adrenalina a mil, pois tínhamos o elemento surpresa.
Repassamos as informações às equipes da região central de Itamonte.
Passaram-se eternos 2 ou 3 minutos e, no rádio, recebemos as informações de que já haviam 3 ou 4 mortos, um policial ferido, e intensa troca de tiros.
Paramos uma carreta que vinha pela rodovia e a atravessamos na pista para auxiliar no bloqueio.
Após algum tempo o Renault Duster veio em nossa direção. Parou há aproximadamente 30 metros com os faróis acesos. O motorista desceu já efetuando rajadas de fuzil, enquanto o carona portava uma pistola. Conseguimos neutralizar o carona, mas o motorista fugiu para um matagal próximo.
Enquanto discutíamos sobre entrar ou não no matagal onde o motorista havia se escondido aproximamo-nos do veículo, perdendo nossa barricada, que eram as viaturas e a carreta.
No veículo pudemos perceber que o carona havia sido morto, portava uma pistola, usava colete balístico, havia mais uma pistola caída no chão do carro, e muita, mas muita munição para todos os lados.
Neste momento, um outro veículo se aproximou com os faróis altos.
Abaixamo-nos próximo ao Renault Duster, mas estávamos sem qualquer barricada.
O veículo passou em baixa velocidade em direção à carreta e as viaturas que encontravam-se com as luzes de sinalização ativadas, retornou e lentamente veio em nossa direção.
Nossa única alternativa foi esperar.
Quando o veículo se aproximou nos identificamos como policiais e determinamos que o condutor parasse o carro. Como todos aqui certamente já fizeram diversas vezes.
Estávamos (cerca de 25 policiais) distantes de 5 a 15 metros de distância do carro. Agachados às margens da rodovia sem qualquer proteção.
A resposta que obtivemos: tiro, tiro, tiro, muito tiro. Eu me lembro de cada segundo, mas não posso dizer quando conseguirei esquecer as imagens e os sons.
Posso afirmar categoricamente que foram os mais longos e piores 30 ou 40 segundos da minha vida. Eu estava há aproximadamente 8 ou 9 metros do carro, o Dr. Felipe estava mais próximo do que eu e não sei dizer onde o Dr. Márcio estava.
Muito tiro. Muito perto.
Pude visualizar o motorista descer e tentar correr efetuando disparos em nossa direção. O carona estava com um colete balístico operacional, touca ninja preta e um AR-15 baby. O passageiro do banco de trás eu não consegui visualizar.
Resumindo: o motorista foi neutralizado. O carona foi neutralizado com um disparo na cabeça e morreu com abraçado ao AR-15 (cena de filme). O passageiro do banco de trás foi neutralizado com um disparo na cabeça, mas, após o cessar fogo, pudemos perceber que o mesmo portava dois carregadores de fuzil, uma pistola e estava de colete balístico.
Reagrupamos e retornamos à barricada. Apenas o Dr. Felipe Piccin havia sido ferido por um estilhaço abaixo do olho direito, mas nada grave.
Em nosso cenário: 4 criminosos neutralizados e 1 fuzil, 3 pistolas, 3 coletes balísticos e vários pés-de-cabra apreendidos. 1 foragido.
Nunca poderei dizer em quantas coisas consegui pensar naqueles poucos segundos em que eu estava deitado, costas ao solo, visualizando os caras apontando fuzil, pistola e disparando em nossa direção (estamos falando de 6, 7, 8 metros de distância). Sei lá, mas 200 ou 300 tiros em 30 segundos.
Pensei muito em ficar vivo. Pensei em neutralizá-los o mais rápido possível. Sempre gostei do trabalho operacional, nunca imaginei que fosse querer tanto que aquilo ali acabasse logo. É tenso. Escutei um disparo estilhaçar um tronco de árvore uns 50cm acima da minha cabeça e eu estava deitado.
Pode parecer brincadeira, mas depois que acabou, ainda me refazendo de tudo que havia acontecido ali, eu pensei em todas as vezes em que saí para cumprir Mandados de Busca e de Prisão e outros policiais zombaram: "qual é, vai pra guerra?", "pra que levar isso tudo de coisa?" ou "tá parecendo o Rambo!".
Pensei nas vezes em que viajei pra BH, 450Km pra ir e depois 450Km pra voltar, sem diária, sem lugar pra dormir (bate e volta), ia na Superintendência, não havia um Delegado de Polícia que tivesse a dignidade de nos receber e eu era obrigado a ouvir de um tal de "Marcinho", que eu nunca ouvi falar que tenha prendido alguém, que não tinha nada pra dar não. Não tem munição, não tem colete, não tem arma. Como se estivesse me fazendo um favor. Quantas vezes supliquei e saí dali com míseras 50 munições como se estivesse cometendo um crime. Era o nosso "cala a boca". Era o que o "Marcinho" (???) tinha para nos fazer parar de encher.
Pensei no dia (e me lembro muito bem de cada palavra) em que Policiais da Superintendência foram até a Delegacia Regional de Itajubá, onde trabalhávamos eu e o Dr. Felipe Piccin (ele me persegue) e nos determinaram que entregássemos nossas pistolas, pois cada policial: "só tem o direito de ter uma arma". Ao serem questionados pelo Dr. Felipe Piccin se nunca haviam ouvido falar que em confrontos sempre existe a necessidade de portar-se uma arma backup os mesmos limitaram-se a dar uma risadinha.
Entregamos nossas pistolas backup.
No confronto o Dr. Felipe Piccin foi lesionado por um estilhaço de projétil abaixo do olho direito. Vocês podem achar que eu estou brincando, mas a pistola dele teve uma pane em dupla alimentação. Eu não vi na hora, só fiquei sabendo depois. Ele não portava arma longa.
Eu juro que se o Dr. Felipe fosse morto ali e posteriormente restasse comprovado que sua arma apresentara pane de alimentação, estando o mesmo sem backup, eu iria até a Superintendência.
Bom, não vem ao caso entrar agora nesta discussão.
Reabrigamos e após algum tempo chegaram nossas viaturas de reforço.
Cerca de 40 minutos depois chegou a PRF e teve o absurdo trabalho de sinalizar a rodovia.
Chegaram umas 10 viaturas da PM. Não posso dizer que eles não estiveram no local do confronto. Estiveram. Uma hora depois e para tirar fotos e nos cumprimentarem do boca aberta.
Fomos até o centro de Itamonte para verificar o que havia ocorrido no local.
Na Praça Central e proximidades os Snipers e a contenção conseguiram neutralizar 5 indivíduos. Outros dois foram alvejados e socorridos.
Alguns evadiram-se.
Foram apreendidos 3 fuzis, 2 escopetas calibre .12 (sendo uma semi-automática) e diversas pistolas e revólveres (não contei). Todos os criminosos estavam de colete balístico.
Muita dinamite e vários pés-de-cabra.
Um indivíduo que havia sido alvejado contou que eram cerca de 15 indivíduos apenas no caminhão.
Na praça, cujo centro estava isolado, a população se aglomerou. Fomos saudados e aplaudidos.
Quando saíamos da área de isolamento conseguíamos dar poucos passos sem ser cumprimentados com largos sorrisos de sincero agradecimento.
Ahh, sim... A Polícia Militar chegou na praça e, depois, começou a sobrevoar um helicóptero deles. Eles estavam com uma cara de mau que dava até medo.
Eu olhei para o helicóptero, pensei naqueles infernais segundos que havia passado poucas horas antes e comentei com um Investigador ao meu lado: poxa, bem que eles poderiam amarrar uma faixa no helicóptero com os dizeres "Obrigado Polícia Civil!".
O investigador riu e me sussurou: Dr, eles ainda vão sair na televisão dando entrevista, o Sr duvida?.
Ainda bem que eu não duvidei.
Bom, aqueles grupos da elite da PC-SP que inicialmente estavam meio de narizinho em pé conosco ao final já estavam até nos admirando. Gostaram de ver como, com tão pouco, em nenhum momento nós trememos. Fomos elogiados e enaltecidos. Falar que não dá medo é mentira. Quem não sentir medo em uma situação daquela merece estar morto.
Apenas para finalizar:
1. Os jornalistas deturparam os fatos em todas as matérias e em todos os meios de comunicação.
2. A Polícia Militar não participou de nada. Nada, nada, nada, nada. Levantem a cabeça para qualquer PM pois eles não suportam perceber o quanto somos foda.
3. Chefia não é tudo, mas é muito, muito mesmo. Nosso chefe de Departamento Dr. João Eusébio esteve presente em Itamonte, depois em São Lourenço. Abraçou a causa e nos deu total suporte para tranquilizar-mo-nos em face da ação legítima.
Treinem bastante, o confronto acontece em segundos e, embora alguns textos por aqui postados sobre a formação do criminoso, o quão eles são coitadinhos, blá, blá, blá, não duvide: eles querem te matar.
Não adianta identificar-se como policial e determinar-lhes que se coloquem em posição de busca. Eles não conseguem escutar quando estão efetuando rajadas de fuzil tentando acertar a sua cabeça.
A Polícia Civil de Minas Gerais têm muito o que melhorar, tanto em técnicas de combate quanto em material, mas não ficamos abaixo de ninguém em coragem e bravura.
A próxima vez que eu escutar de um administrativo que não irá me depositar uma arma ou munições ou o equipamento que for porque EU não preciso daquilo eu espero muito que ele tenha um argumento bem forte.
Não é pelo dinheiro dos bancos preservado. Nada paga você virar uma noite em claro, situações de confronto, corpos caídos pela praça e Senhoras de 50 ou 60 anos agradecidas virem até você às 5h ou 6h da manhã com um sorriso no rosto e garrafas de café com biscoitinhos.
Ser polícia é foda.
Antecipadamente peço desculpas por palavras mais rudes, não é meu estilo, mas a ocasião é excepcional.
Força e honra a todos que diuturnamente se expõe com um ou dois companheiros cumprindo MBA's ou Mandados de Prisão no meio de favelas, matagais e etc sem o mínimo de equipamento necessário.
Somos todos heróis.
Força e honra.
Fiquem com Deus.
André Barleta
Delegado de Polícia - DRPC de São Lourenço
(P.S.: Escrevi e não revisei, por favor ignorem os erros).
Ato contínuo, o Dr. João, chefe do 17 Departamento de Pouso Alegre indicou que deveríamos ir até a Seccional de Cruzeiro/SP para o briefing do que estava para acontecer.
Descemos para Cruzeiro/SP: eu, o Dr. Felipe Piccin, Dr. Bruno Cunha e os Investigadores Rodrigo e Maviel. No caminho fizemos contato com alguns Investigadores da DIG de Cruzeiro/SP que sempre nos dão apoio e os mesmos não sabiam de nada.
Chegamos na Seccional da PC-SP em Cruzeiro acompanhados dos policiais civis da DIG Cruzeiro/SP. Na Seccional nenhum Delegado (nem o próprio Seccional) ou os policiais sabiam o que estava acontecendo.
Após cerca de meia hora chegaram cerca de 8 viaturas descaracterizadas do DEIC/SP (Capital), estando presente o Divisional (Delegado chefe do DEIC) e o titular da DP de Roubo a Bancos de São Paulo.
Não vem ao caso repassar informações sobre o briefing mas, em suma, após alguns momentos ali compareceram mais umas 8 equipes do GARRA da Capital/SP e 1 unidade do GER da PC-SP com 8 snipers e policiais de contenção.
As informações davam conta de uma quadrilha de roubo a bancos (explosões de caixas) com cerca de 25 integrantes.
Haviam sido identificados 5 fuzis AK-47, 1 fuzil HK-G3, 2 fuzis Colt AR-15, escopetas, pistolas e granadas.
Não repassarei os pormenores das informações que estavam sendo repassadas, mas todo os erviço de inteligência estava a cargo do DEIC, em São Paulo-CP. E a inteligência funcionou perfeitamente.
Os alvos poderiam ser Itanhandu ou Itamonte.
O Dr Bruno Cunha acompanhou uma outra equipe, restando à nossa equipe (eu, Dr. Felipe Piccin e 2 investigadores de São Lourenço) posicionarmos o GER (Snipers) e o GARRA (contenção) na Praça Central de Itamonte e, posteriormente, posicionarmo-nos na rodovia acompanhados de 4 equipes do DEIC/SP no intuito de coibir uma possível fuga.
Equipes posicionadas, conseguimos que mais uma equipe da DRPC de São Lourenço, comandada pelo Dr. Márcio Ciarini, se agrupasse conosco.
Aguardávamos às margens da rodovia, escondidos na escuridão, com informações em tempo real da Inteligência da PC-SP.
Por volta das 2h00 um comboio furou o radar próximo e passou no sentido do centro de Itamonte em alta velocidade. Conseguimos ver perfeitamente: um caminhão baú, um Fiat Palio Weekend prata, uma Ford Ecosport prata, um Honda Civic preto e um Renault Duster branco, todos com as placas cobertas por plástico.
Adrenalina a mil, pois tínhamos o elemento surpresa.
Repassamos as informações às equipes da região central de Itamonte.
Passaram-se eternos 2 ou 3 minutos e, no rádio, recebemos as informações de que já haviam 3 ou 4 mortos, um policial ferido, e intensa troca de tiros.
Paramos uma carreta que vinha pela rodovia e a atravessamos na pista para auxiliar no bloqueio.
Após algum tempo o Renault Duster veio em nossa direção. Parou há aproximadamente 30 metros com os faróis acesos. O motorista desceu já efetuando rajadas de fuzil, enquanto o carona portava uma pistola. Conseguimos neutralizar o carona, mas o motorista fugiu para um matagal próximo.
Enquanto discutíamos sobre entrar ou não no matagal onde o motorista havia se escondido aproximamo-nos do veículo, perdendo nossa barricada, que eram as viaturas e a carreta.
No veículo pudemos perceber que o carona havia sido morto, portava uma pistola, usava colete balístico, havia mais uma pistola caída no chão do carro, e muita, mas muita munição para todos os lados.
Neste momento, um outro veículo se aproximou com os faróis altos.
Abaixamo-nos próximo ao Renault Duster, mas estávamos sem qualquer barricada.
O veículo passou em baixa velocidade em direção à carreta e as viaturas que encontravam-se com as luzes de sinalização ativadas, retornou e lentamente veio em nossa direção.
Nossa única alternativa foi esperar.
Quando o veículo se aproximou nos identificamos como policiais e determinamos que o condutor parasse o carro. Como todos aqui certamente já fizeram diversas vezes.
Estávamos (cerca de 25 policiais) distantes de 5 a 15 metros de distância do carro. Agachados às margens da rodovia sem qualquer proteção.
A resposta que obtivemos: tiro, tiro, tiro, muito tiro. Eu me lembro de cada segundo, mas não posso dizer quando conseguirei esquecer as imagens e os sons.
Posso afirmar categoricamente que foram os mais longos e piores 30 ou 40 segundos da minha vida. Eu estava há aproximadamente 8 ou 9 metros do carro, o Dr. Felipe estava mais próximo do que eu e não sei dizer onde o Dr. Márcio estava.
Muito tiro. Muito perto.
Pude visualizar o motorista descer e tentar correr efetuando disparos em nossa direção. O carona estava com um colete balístico operacional, touca ninja preta e um AR-15 baby. O passageiro do banco de trás eu não consegui visualizar.
Resumindo: o motorista foi neutralizado. O carona foi neutralizado com um disparo na cabeça e morreu com abraçado ao AR-15 (cena de filme). O passageiro do banco de trás foi neutralizado com um disparo na cabeça, mas, após o cessar fogo, pudemos perceber que o mesmo portava dois carregadores de fuzil, uma pistola e estava de colete balístico.
Reagrupamos e retornamos à barricada. Apenas o Dr. Felipe Piccin havia sido ferido por um estilhaço abaixo do olho direito, mas nada grave.
Em nosso cenário: 4 criminosos neutralizados e 1 fuzil, 3 pistolas, 3 coletes balísticos e vários pés-de-cabra apreendidos. 1 foragido.
Nunca poderei dizer em quantas coisas consegui pensar naqueles poucos segundos em que eu estava deitado, costas ao solo, visualizando os caras apontando fuzil, pistola e disparando em nossa direção (estamos falando de 6, 7, 8 metros de distância). Sei lá, mas 200 ou 300 tiros em 30 segundos.
Pensei muito em ficar vivo. Pensei em neutralizá-los o mais rápido possível. Sempre gostei do trabalho operacional, nunca imaginei que fosse querer tanto que aquilo ali acabasse logo. É tenso. Escutei um disparo estilhaçar um tronco de árvore uns 50cm acima da minha cabeça e eu estava deitado.
Pode parecer brincadeira, mas depois que acabou, ainda me refazendo de tudo que havia acontecido ali, eu pensei em todas as vezes em que saí para cumprir Mandados de Busca e de Prisão e outros policiais zombaram: "qual é, vai pra guerra?", "pra que levar isso tudo de coisa?" ou "tá parecendo o Rambo!".
Pensei nas vezes em que viajei pra BH, 450Km pra ir e depois 450Km pra voltar, sem diária, sem lugar pra dormir (bate e volta), ia na Superintendência, não havia um Delegado de Polícia que tivesse a dignidade de nos receber e eu era obrigado a ouvir de um tal de "Marcinho", que eu nunca ouvi falar que tenha prendido alguém, que não tinha nada pra dar não. Não tem munição, não tem colete, não tem arma. Como se estivesse me fazendo um favor. Quantas vezes supliquei e saí dali com míseras 50 munições como se estivesse cometendo um crime. Era o nosso "cala a boca". Era o que o "Marcinho" (???) tinha para nos fazer parar de encher.
Pensei no dia (e me lembro muito bem de cada palavra) em que Policiais da Superintendência foram até a Delegacia Regional de Itajubá, onde trabalhávamos eu e o Dr. Felipe Piccin (ele me persegue) e nos determinaram que entregássemos nossas pistolas, pois cada policial: "só tem o direito de ter uma arma". Ao serem questionados pelo Dr. Felipe Piccin se nunca haviam ouvido falar que em confrontos sempre existe a necessidade de portar-se uma arma backup os mesmos limitaram-se a dar uma risadinha.
Entregamos nossas pistolas backup.
No confronto o Dr. Felipe Piccin foi lesionado por um estilhaço de projétil abaixo do olho direito. Vocês podem achar que eu estou brincando, mas a pistola dele teve uma pane em dupla alimentação. Eu não vi na hora, só fiquei sabendo depois. Ele não portava arma longa.
Eu juro que se o Dr. Felipe fosse morto ali e posteriormente restasse comprovado que sua arma apresentara pane de alimentação, estando o mesmo sem backup, eu iria até a Superintendência.
Bom, não vem ao caso entrar agora nesta discussão.
Reabrigamos e após algum tempo chegaram nossas viaturas de reforço.
Cerca de 40 minutos depois chegou a PRF e teve o absurdo trabalho de sinalizar a rodovia.
Chegaram umas 10 viaturas da PM. Não posso dizer que eles não estiveram no local do confronto. Estiveram. Uma hora depois e para tirar fotos e nos cumprimentarem do boca aberta.
Fomos até o centro de Itamonte para verificar o que havia ocorrido no local.
Na Praça Central e proximidades os Snipers e a contenção conseguiram neutralizar 5 indivíduos. Outros dois foram alvejados e socorridos.
Alguns evadiram-se.
Foram apreendidos 3 fuzis, 2 escopetas calibre .12 (sendo uma semi-automática) e diversas pistolas e revólveres (não contei). Todos os criminosos estavam de colete balístico.
Muita dinamite e vários pés-de-cabra.
Um indivíduo que havia sido alvejado contou que eram cerca de 15 indivíduos apenas no caminhão.
Na praça, cujo centro estava isolado, a população se aglomerou. Fomos saudados e aplaudidos.
Quando saíamos da área de isolamento conseguíamos dar poucos passos sem ser cumprimentados com largos sorrisos de sincero agradecimento.
Ahh, sim... A Polícia Militar chegou na praça e, depois, começou a sobrevoar um helicóptero deles. Eles estavam com uma cara de mau que dava até medo.
Eu olhei para o helicóptero, pensei naqueles infernais segundos que havia passado poucas horas antes e comentei com um Investigador ao meu lado: poxa, bem que eles poderiam amarrar uma faixa no helicóptero com os dizeres "Obrigado Polícia Civil!".
O investigador riu e me sussurou: Dr, eles ainda vão sair na televisão dando entrevista, o Sr duvida?.
Ainda bem que eu não duvidei.
Bom, aqueles grupos da elite da PC-SP que inicialmente estavam meio de narizinho em pé conosco ao final já estavam até nos admirando. Gostaram de ver como, com tão pouco, em nenhum momento nós trememos. Fomos elogiados e enaltecidos. Falar que não dá medo é mentira. Quem não sentir medo em uma situação daquela merece estar morto.
Apenas para finalizar:
1. Os jornalistas deturparam os fatos em todas as matérias e em todos os meios de comunicação.
2. A Polícia Militar não participou de nada. Nada, nada, nada, nada. Levantem a cabeça para qualquer PM pois eles não suportam perceber o quanto somos foda.
3. Chefia não é tudo, mas é muito, muito mesmo. Nosso chefe de Departamento Dr. João Eusébio esteve presente em Itamonte, depois em São Lourenço. Abraçou a causa e nos deu total suporte para tranquilizar-mo-nos em face da ação legítima.
Treinem bastante, o confronto acontece em segundos e, embora alguns textos por aqui postados sobre a formação do criminoso, o quão eles são coitadinhos, blá, blá, blá, não duvide: eles querem te matar.
Não adianta identificar-se como policial e determinar-lhes que se coloquem em posição de busca. Eles não conseguem escutar quando estão efetuando rajadas de fuzil tentando acertar a sua cabeça.
A Polícia Civil de Minas Gerais têm muito o que melhorar, tanto em técnicas de combate quanto em material, mas não ficamos abaixo de ninguém em coragem e bravura.
A próxima vez que eu escutar de um administrativo que não irá me depositar uma arma ou munições ou o equipamento que for porque EU não preciso daquilo eu espero muito que ele tenha um argumento bem forte.
Não é pelo dinheiro dos bancos preservado. Nada paga você virar uma noite em claro, situações de confronto, corpos caídos pela praça e Senhoras de 50 ou 60 anos agradecidas virem até você às 5h ou 6h da manhã com um sorriso no rosto e garrafas de café com biscoitinhos.
Ser polícia é foda.
Antecipadamente peço desculpas por palavras mais rudes, não é meu estilo, mas a ocasião é excepcional.
Força e honra a todos que diuturnamente se expõe com um ou dois companheiros cumprindo MBA's ou Mandados de Prisão no meio de favelas, matagais e etc sem o mínimo de equipamento necessário.
Somos todos heróis.
Força e honra.
Fiquem com Deus.
André Barleta
Delegado de Polícia - DRPC de São Lourenço
(P.S.: Escrevi e não revisei, por favor ignorem os erros).
Paz entre Nós, Guerra aos senhores!
Re: Operações Policiais e Militares
Impressionante esse seu relato!Cara parabéns pelo seu trabalho e de seus companheiros!
- prp
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Re: Operações Policiais e Militares
Sao Lourenço é Minas ou SP?
PS: angelogalvao e andre Barletta são a mesma pessoa?
PS: angelogalvao e andre Barletta são a mesma pessoa?
- cassiosemasas
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- Matheus
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Re: Operações Policiais e Militares
Legal o relato mas a falta de de respeito com outras instituições é patente. Sem falar que há relato de possível vítima no local onde estava este "doutor". Aqui vai a resposta de um colega que foi do BOPE/RJ:
Avisa aí pra esse Dr. Que a PM tem esse tipo de confronto de 5 metros todos os dias. Que a vida desses PM corre perigo todos os dias.
Que a PM não gosta da PC porque quando eles vão apresentar qq coisa na DP dos Drs Delegados, são recebidos como se fossem uns idiotas e burros.
Avisar também pra esse doutor pra ele fazer um levantamento de quantas operações este Dr foda participou.
Ah ia esquecendo, avisa pra esse Dr q o elemento surpresa eram eles PC, logo nunca poderiam ser surpreendidos por um carro e eles sem abrigo. Arrego Dr.
Passa a competência de escuta telefônica pra PM q vão triplicar os números de ocorrências desse tipo.
Como q eles queriam apoio da PRF e da PM se a porra do fato era sigiloso.
É o q isso mãe Diná?
E o que ele queria q a PRF fizesse matasse, o morto? A merda já tinha ocorrido. Se eles não souberam fazer o cerco problema deles.
Só não venham falar da outras polícias q ficam ostensivas e sem escuta telefônica. Foda somos nós q botamos a cara todos os dias.
Manda esse Dr. Foda vir aqui pro RJ aprender a ser polícia.
Se em um dia de confronto ele fez este barulho todo o q dizer do BOPE RJ. Ontem teve confronto durante todo dia na Vila Kenedy. Avisa a ele.
Desculpe Dr. Pelo desabafo.
Já fui PMERJ E PCERJ, hoje sou PRF com muito orgulho. Não fale mal da casa dos outros, fale apenas bem da sua.
Ahhh, ia esquecendo, parabéns pela ocorrências, foi du caralho, vibrei muito quando vi a reportagem. Só q a Vitória não é só sua. É da sociedade também, aquele que o parabenizou é pra qual o Sr trabalha.
PRF Hernandez
Avisa aí pra esse Dr. Que a PM tem esse tipo de confronto de 5 metros todos os dias. Que a vida desses PM corre perigo todos os dias.
Que a PM não gosta da PC porque quando eles vão apresentar qq coisa na DP dos Drs Delegados, são recebidos como se fossem uns idiotas e burros.
Avisar também pra esse doutor pra ele fazer um levantamento de quantas operações este Dr foda participou.
Ah ia esquecendo, avisa pra esse Dr q o elemento surpresa eram eles PC, logo nunca poderiam ser surpreendidos por um carro e eles sem abrigo. Arrego Dr.
Passa a competência de escuta telefônica pra PM q vão triplicar os números de ocorrências desse tipo.
Como q eles queriam apoio da PRF e da PM se a porra do fato era sigiloso.
É o q isso mãe Diná?
E o que ele queria q a PRF fizesse matasse, o morto? A merda já tinha ocorrido. Se eles não souberam fazer o cerco problema deles.
Só não venham falar da outras polícias q ficam ostensivas e sem escuta telefônica. Foda somos nós q botamos a cara todos os dias.
Manda esse Dr. Foda vir aqui pro RJ aprender a ser polícia.
Se em um dia de confronto ele fez este barulho todo o q dizer do BOPE RJ. Ontem teve confronto durante todo dia na Vila Kenedy. Avisa a ele.
Desculpe Dr. Pelo desabafo.
Já fui PMERJ E PCERJ, hoje sou PRF com muito orgulho. Não fale mal da casa dos outros, fale apenas bem da sua.
Ahhh, ia esquecendo, parabéns pela ocorrências, foi du caralho, vibrei muito quando vi a reportagem. Só q a Vitória não é só sua. É da sociedade também, aquele que o parabenizou é pra qual o Sr trabalha.
PRF Hernandez
- FCarvalho
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Re: Operações Policiais e Militares
Me parece que até hoje, um dos maiores imbróglios para se ter um sistema de segurança pública decente neste país, é esta falta de integração, em todos os sentidos, entre as diversas policias no Brasil.
E pior, quado não estão tentando puxar o tapete um dos outros, estão competindo de forma equivocada e unilateral uns com os outros, pelas rebarbas da atenção estatal.
Assim fica difícil mesmo.
abs.
E pior, quado não estão tentando puxar o tapete um dos outros, estão competindo de forma equivocada e unilateral uns com os outros, pelas rebarbas da atenção estatal.
Assim fica difícil mesmo.
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Carpe Diem
- jumentodonordeste
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Re: Operações Policiais e Militares
Como são infantis as instituições.
Parece competição de criança na quermesse. Os meninos brincam de ver quem é o mais fodão e as meninas de ver quem é a mais bonita.
Enfim, parabéns aos participantes pela operação.
Parece competição de criança na quermesse. Os meninos brincam de ver quem é o mais fodão e as meninas de ver quem é a mais bonita.
Enfim, parabéns aos participantes pela operação.
- Sávio Ricardo
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Re: Operações Policiais e Militares
Sobre o assunto:
Sempre tem um Delegado que se acha a "otoridade mauxima"...
SINPRF-RJ BUSCA APOIO EM BRASÍLIA PARA EVITAR PRISÃO DE PRF
Representantes da diretoria do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Rio de Janeiro (SINPRF/RJ) estão em Brasília (DF) para a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e também para buscar auxílio da corregedoria da PRF.
O objetivo é evitar que a Polícia Civil do RJ possa dar voz de prisão por desobediência dos PRFs. Segundo a assessoria de imprensa do SINPRF/RJ, a reunião está marcada para a tarde desta quinta-feira (20).
A reunião se deve ao fato que aconteceu no último domingo (16), em que o delegado Marcos, da 62ª DPC, recomendou à equipe da 1ª delegacia, que os PRFs deveriam “levar materiais apreendidos até o perito para laudo prévio, como também ao IML, para exame clínico, os flagrantes de embriaguez”. Outra observação do delegado é que “um documento está sendo formalizado para permiti-lo dar voz de prisão por desobediência aos PRFs em caso de descumprimento de tal ordem”.
Nesta terça-feira (18), a diretoria (SINPRF/RJ) solicitou junto à administração da 5ª Superintendência de Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro (SRPRF/RJ) a cópia do documento para obter mais informações e providenciar o Habeas Corpus (HC) preventivo para os PRFs. Mas, o Superintendente em exercício, Álvaro Baker, informou que só entregaria o referido em cinco dias, após a análise do termo.
O diretor jurídico do sindicato, Jesus Caamaño, alegou ao superintendente que a Lei de Acesso à Informação, no seu art. 11, prevê que “o órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível”. Porém, segundo informações da assessoria do SINPRF/RJ, Baker sugeriu que “se refizesse o requerimento do sindicato com a fundamentação alegada, que então o mesmo o enviaria para apreciação da AGU sobre o dever ou não de entregar os documentos”.
O sindicato acredita que os PRFs não são subordinados hierarquicamente aos Policiais Civis. “Encaminhávamos os materiais apreendidos até o perito e os flagrantes de embriaguez para exame clínico ao IML por camaradagem, mas não temos essa obrigação”, explicou a assessoria do SINPRF/RJ.
O SINPRF/RJ também informou que tem trabalhado em defesa dos seus filiados em casos de prisão de PRFs, como a exemplo da recusa de levarem suspeitos de embriaguez para exame clínico. “Inclusive, o próprio superintendente em exercício, em caso semelhante, foi defendido pelo SINPRF/RJ, obtendo com êxito o trancamento da sua ação penal, bem como sentença favorável à indenização pelo dano moral sofrido”, ressaltou o SINPRF/RJ.
Assim que tomar posse do documento, o sindicato pretende entrar com uma ação coletiva da espécie, a qual já está pronta. “Esperamos que a Administração reveja este ato e que forneça imediatamente os documentos necessários para a defesa dos direitos dos Policiais Rodoviários Federais lotados no estado do Rio de Janeiro, sob pena de responsabilização dos seus atos, assim como por qualquer prisão de PRF que venha ocorrer face à nova diretriz geral da Polícia Civil/RJ”, afirmou o sindicato.
FONTE: Agência FENAPRF
http://sinprfrj.org.br/noticia/1931/sin ... sao-de-prf
Sempre tem um Delegado que se acha a "otoridade mauxima"...
SINPRF-RJ BUSCA APOIO EM BRASÍLIA PARA EVITAR PRISÃO DE PRF
Representantes da diretoria do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Rio de Janeiro (SINPRF/RJ) estão em Brasília (DF) para a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) e também para buscar auxílio da corregedoria da PRF.
O objetivo é evitar que a Polícia Civil do RJ possa dar voz de prisão por desobediência dos PRFs. Segundo a assessoria de imprensa do SINPRF/RJ, a reunião está marcada para a tarde desta quinta-feira (20).
A reunião se deve ao fato que aconteceu no último domingo (16), em que o delegado Marcos, da 62ª DPC, recomendou à equipe da 1ª delegacia, que os PRFs deveriam “levar materiais apreendidos até o perito para laudo prévio, como também ao IML, para exame clínico, os flagrantes de embriaguez”. Outra observação do delegado é que “um documento está sendo formalizado para permiti-lo dar voz de prisão por desobediência aos PRFs em caso de descumprimento de tal ordem”.
Nesta terça-feira (18), a diretoria (SINPRF/RJ) solicitou junto à administração da 5ª Superintendência de Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro (SRPRF/RJ) a cópia do documento para obter mais informações e providenciar o Habeas Corpus (HC) preventivo para os PRFs. Mas, o Superintendente em exercício, Álvaro Baker, informou que só entregaria o referido em cinco dias, após a análise do termo.
O diretor jurídico do sindicato, Jesus Caamaño, alegou ao superintendente que a Lei de Acesso à Informação, no seu art. 11, prevê que “o órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível”. Porém, segundo informações da assessoria do SINPRF/RJ, Baker sugeriu que “se refizesse o requerimento do sindicato com a fundamentação alegada, que então o mesmo o enviaria para apreciação da AGU sobre o dever ou não de entregar os documentos”.
O sindicato acredita que os PRFs não são subordinados hierarquicamente aos Policiais Civis. “Encaminhávamos os materiais apreendidos até o perito e os flagrantes de embriaguez para exame clínico ao IML por camaradagem, mas não temos essa obrigação”, explicou a assessoria do SINPRF/RJ.
O SINPRF/RJ também informou que tem trabalhado em defesa dos seus filiados em casos de prisão de PRFs, como a exemplo da recusa de levarem suspeitos de embriaguez para exame clínico. “Inclusive, o próprio superintendente em exercício, em caso semelhante, foi defendido pelo SINPRF/RJ, obtendo com êxito o trancamento da sua ação penal, bem como sentença favorável à indenização pelo dano moral sofrido”, ressaltou o SINPRF/RJ.
Assim que tomar posse do documento, o sindicato pretende entrar com uma ação coletiva da espécie, a qual já está pronta. “Esperamos que a Administração reveja este ato e que forneça imediatamente os documentos necessários para a defesa dos direitos dos Policiais Rodoviários Federais lotados no estado do Rio de Janeiro, sob pena de responsabilização dos seus atos, assim como por qualquer prisão de PRF que venha ocorrer face à nova diretriz geral da Polícia Civil/RJ”, afirmou o sindicato.
FONTE: Agência FENAPRF
http://sinprfrj.org.br/noticia/1931/sin ... sao-de-prf
- Matheus
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Re: Operações Policiais e Militares
sobre este último assunto, uma del/RJ foi condenado por prender ilegalmente dos PRFs que se recusaram a fazer o serviço do agentes da civil. Segurança pública neste país é uma vergonha.