Marechal-do-ar escreveu:Não é só por mais eletrônica para o avião ficar melhor, depois que já tem os diversos sensores instalados colocar mais pode, no máximo, aumentar a capacidade desses sensores, mas nada proporcional ao peso extra e de longe um ganho muito menor do que em relação a não ter nada, e esses sensores básicos estão presentes nas três aeronaves.
Não me consta que esteja prevista por exemplo cobertura IIR 360% no Gripen NG, como há no Rafale. Ele também tem um número maior de antenas de RWR para trabalhar em uma faixa mais ampla de frequências. E poderosos computadores para processar tudo isso (já viu quanto pesa para um computador processar uma imagem? Eu já). E muitas outras coisas estão integradas ao Rafale também, para controle de armas, comunicações seguras de longa distância, etc... .
Podemos colocar tudo isso no Gripen? Sim podemos. Mas não acredite que isso viria sem uma penalidade maior no desempenho, como aconteceu até com os F-16 Block-60. Não existe mágica.
LeandroGCard escreveu:Uma observação em relação a integração e medidas autônomas, são ótimas ideias, mas é software, os sensores e antenas podem ser grandes e pesados, mas a integração e automação deles adiciona poucos gramas no peso do avião, por outro lado, muito trabalho duro no desenvolvimento.
E capacidade de processamento, tudo precisa ser feito em tempo real, não dá para ficar aguardando como quando dá aquela travadinha básica no jogo se o computador é fraco
. E os computadores embarcados são exigentes pra burro, pedem potência, refrigeração, isolamento de vibrações, etc... . E tudo isso pesa bastante.
LeandroGCard escreveu:O POD geralmente visto no Gripen é o Litening que, mesmo o grande Super Hornet carrega externamente, mas não por uma questão de espaço ou peso já que esse POD pesa apenas 200 kg.
A partir do Block II o F-18 não usa mais Pod, é tudo interno (se Pod é tão bom, porque será que se deram ao trabalho?).
Isso eu considero uma desvantagem do Rafale...
O Gripen só tem sistemas disponíveis no mercado mundial, ok... E, se o SH ou Rafale tivessem algo que seus fabricantes não vendem para a Suécia por acaso eles estariam disponíveis nos aviões que viriam para o Brasil? Por favor... Tanto o SH quanto o Gripen tem equipamentos que estão disponíveis no mercado, se algum desses equipamentos tivessem restrições não seriam incluídos na oferta para o Brasil, o Rafale é o caso a parte, por questões políticas/estratégicas ele quase só tem equipamentos franceses que em muitos casos não são os melhores disponíveis no mercado, se é para comparar o Gripen que pode ter os melhores equipamentos disponíveis mundialmente com o Rafale que pode ter os melhores equipamentos disponíveis na França o Gripen tem a vantagem lógica...
Pra começar, fui eu o primeiro a dizer neste debate que os franceses jamais iriam entregar tudo o que tem no Rafale deles para nós. Nossos aviões seriam sempre inferiores em algum grau aos da Armée de l´air. Todos os países do mundo fazem isso, até nós (veja se os MAR-1 do Paquistão serão iguais aos da FAB), porque só a França faria diferente (e dos EUA nem se fala)?
E a França É UM DOS GRANDES PLAYERS no mercado de aviação de caça, junto com os EUA e a Rússia. Se eles não podem fazer sistemas melhores de quem produz apenas componentes, então quem pode? Afinal, se o sistema está disponível para qualquer um no mercado eles podem simplesmente comprar, avaliar, e copiar. Ou desenvolver algo ainda melhor. O que os impediria de fazer isso? Então fica assim, a França e os EUA podem escolher tudo o que quiserem entre o que eles mesmos desenvolvem e mantém secreto e o que está abertamente disponível no mercado mundial para qualquer um (comprado ou copiado). E ainda estão dispostos a pagar mais. Nós só temos a segunda opção, e ainda assim pechinchando. Mas como somos os únicos espertos e competentes do planeta Terra no final nosso conjunto fica igualzinho ao deles. Tão tá então
.
Não, não é porque escolhemos o Gripen, é porque, com o avanço tecnológico esses embarcados se tornam cada vez menores e mais leves, da segunda guerra até o fim da guerra fria a tendência realmente foi os aviões se tornarem maiores e mais pesados em parte para carregarem mais eletrônicos, mas eu não diria que essa é a tendência hoje, a miniaturização dos sistemas existentes ocorre em uma velocidade maior do que o surgimento de novos sistemas, e não se coloca novos sensores indefinidamente, os aviões hoje já tem sensores e emissores para quase todo o espectro eletromagnético.
O avanço tecnológico vale para todos, e mais ainda para os países centrais que são os grandes desenvolvedores de tecnologia, como a França e os EUA. Nós compramos o que sobra para nós. E eles ainda tem mais espaço e mais capacidade de peso disponível para instalar o que quiserem. Uma coisa é ter sensores, outra é ter OS MAIS SENSÍVEIS, OS DE MAIOR ALCANCE, E A MAIOR CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO PARA INTEGRAR TUDO ISSO. Como se pode sequer sonhar em obter o mesmo desempenho nestas condições, capacidade por capacidade? É óbvio que em alguns pontos simplesmente não dá. Achar que sim é apenas sonho.
Leandro G. Card