Mas você já viu o preço que custa um drone? Vários milhões. E estes sistemas terrestres não vão ser tão mais baratos assim, fora os problemas de se gerar um novo campo de batalha no espaço eletromagnético.Bourne escreveu:Acho que não.
É mais barato e rápido construir, manter e substituir um robô autônomo ou operado pelo soldado que está a milhas de distancia. Se for destruído, basta repor ou manter estoques, a equipe de manutenção e operadores vão estar vivos e mais experientes. Tornando desnecessário arriscar soldados vivos que demoraram para serem treinados, custam manter e, em caso de baixa ou traumas, terá que arcar com custos de recuperação e/ou pagar uma gorda indenização as famílias. Sem contar que perder soldados é ruim por si mesmo.
Os drones estão tocando o terror. Com vantagens de custos e eficiência em relação a caças tripulados para muitas missões arriscadas ou de "orelha seca".
Trocar uma máquina sofisticadíssima operada por um especialista que demora anos para ser formado (um caça) por outra mais simples operada à distância (um drone) sem dúvida tem vantagens em termos de custo. Mas trocar um simples soldado por uma máquina sofisticadíssima é mais complicado. Acho que o que vai acontecer é a troca dos MBT´s e outros veículos armados (também máquinas complexas e caras operadas por especialistas) por veículos telecomandados. Aí sim existem ganhos, e acho que desenvolvimentos neste sentido já deveriam estar sendo estudados até aqui no Brasil. Mas soldados à pé acho muito difícil ver acontecer no curto prazo (se falarmos em décadas aí tudo é possível).
Então você deve falar isso para os especialistas que estão tentando projetar máquinas assim, e estão já há anos esbarrando em obstáculos que alguns deles já declararam considerar insuperáveis.FCarvalho escreveu:O problema é que a tal da inteligencia artificial está avançando a passos bem largos. E mais dia, menos dia, vai haver máquinas com autonomia o suficiente para tomar suas próprias decisões.
Só para citar um exemplo, uns 12 ou 15 anos atrás a empresa em que eu trabalhava pegou a representação para o Brasil de uma empresa americana recém formada dedicada ao desenvolvimento de sistemas especialistas, uma das formas mais avançadas de aplicação prática da inteligência artificial. Eles trabalhavam em duas vertentes, os algoritmos associativos (com bancos de dados e rotinas de filtragem) e as redes neurais. Os programas tinham por objetivo automatizar tarefas como diagnósticos médicos, procedimentos jurídicos, controle de equipamentos, de veículos, etc... . Após alguns anos sem que nenhum produto prático fosse realmente colocado à venda um dia eles nos enviaram uma carta explicando que a empresa estava sendo fechada, devido a dificuldades que encontraram para tornar os tais programas realmente eficientes e que não sabiam como resolver. Pelo que sei estes sistemas não são usados de forma realmente prática até hoje.
Outra tentativa que fizemos foi com sistemas de reconhecimento de imagem. Em muitos casos o sistema até funcionou bem, mas em outros mesmo uma simples sombra já impedia que o algoritmo trabalhasse como deveria. Apenas em linhas de produção muito regulares e controladas é que o sistema tinha estabilidade para ser útil. Campos de batalha estão muito longe de ser assim.
Nas sondas marcianas da NASA, alguns dos sistemas com inteligência artificial mais avançados que existem justamente porque não dá para guiá-las em tempo real, até ultrapassar uma pedra ou descer uma rampa exige um longo planejamento humano prévio, pois se deixadas a operar sozinhas em terreno um pouco mais acidentado que uma caixa de areia o mais certo é que as sondas capotem ou atolem. Imagine o aconteceria em um campo de batalha real, com terreno irregular, todo tipo de objetos espalhados em volta, em meio a tiros, explosões e pessoas correndo para lá e para cá . O mais certo é que ao ver uma pessoa parcialmente exposta a uma certa distância o sistema simplesmente travasse tentando computar se era amigo ou inimigo, deixando o veículo que custaria milhões parado e inerte no meio da luta .O que no caso de simplesmente matar e/ou eliminar um alvo, convenhamos, não precisa-se de muita inteligência, ou mesmo decifra todos os mistérios da mente, mesmo para um ser humano. É preciso apenas, e se muito, "fazer bem o serviço". E para isso, já existem de sobra no mundo serem humanos com instinto assassino de sobre para tal.
Volto a dizer, isso ainda está no domínio da ficção científica. No horizonte previsível o que se pode fazer é construir máquinas teleguiadas apenas com auxílio automático à navegação. Como são os drones atuais.Enfim, a merda toda é quando se coloca um arma na mão de uma máquina, ao mesmo tempo em que se põe nela uma "inteligência" capaz de suportar suas próprias decisões - e é para isso que caminhamos - e no final vamos acabar ons perguntando: quem é que vai controlar quem nessa história?
Talvez em algumas décadas. Talvez. Ou pode surgir amanhã uma descoberta inesperada que torne a inteligência artificial viável em poucos anos. Mas isso também pode jamais acontecer. Hoje este tipo de coisa não passa de conjectura.Longe dessa paranóia de videogames, a robótica no campo militar tende a dar a estas maquinas cada vez mais autonomia, pelos estudos que se faz por aí, afim de melhor "fazer o seu serviço". E elas serão em 20, 30, 40 ou 50 anos, não sei, com certeza muito boas nisso, até porque máquinas não tem sentimentos, nem remorsos, ou alguma moral e/ou pensamentos de alteridade e compaixão, ao contrário de nós...
De arma de fogo não. Graças a Deus !Independente de seu alvo ser um ser humano, ou seres humanos, ou um outro igual a si....
Alguém aqui já passou pela sensação de se sentir ou ser um alvo?
abs.
Leandro G. Card