Túlio escreveu:Sei que serei contestado mas acredito que haja pelo menos UMA outra visão para justificar a opção pelo Gripen (e em pequena quantidade. Mesmo 120 são poucos para um País de oito milhões e meio de km²). Por que não instalar uma capacidade de defesa aérea dentro dos parâmetros que nortearam o desenvolvimento do Gripen? Ele nasceu para operar de estradas e não de umas poucas - e vulnerabilíssimas - bases fixas. Bueno, no momento temos mais de 20 mil km de estradas pavimentadas e umas doze vezes isso por pavimentar. E sem contar as POR FAZER.
Bueno, as empreiteiras ficariam felicí$$imas em aumentar a nossa rede de rodovias. Ponto a favor, dá para vender a idéia como DESENVOLVIMENTO, quem não iria gostar de mais e melhores estradas? O lobby das grandes empreiteiras faria o resto. "Incidentalmente", determinados - inúmeros, na verdade - trechos retos e planos destas estradas seriam de concreto reforçado que, além de resistirem ao trânsito de caminhões pesados, ainda permitiriam a operação descentralizada de caças. Já há trechos assim na FREEWAY (BR-290 no trecho Porto Alegre-Osório), não sei se com este propósito.
E o que esta descentralização traria, na prática? Em tempos de paz pouca coisa para a FAB, apenas mais oportunidades de treinar; já para NÓS, paisanos, mais e melhores rodovias; para as empreiteiras, LUCROS; para o governo, popularidade (pelas estradas propriamente ditas e pelos empregos e consequente desenvolvimento gerados).
Em tempos de guerra, seria um FATOR DE MULTIPLICAÇÃO DE FORÇAS. Sem essa de caça ter de voar armado milhares de km para cumprir sua missão, ele simplesmnete já sairia armado de uma mini-base mais próxima do alvo e (bônus) de uma direção potencialmente inesperada (isso vale para o AMX também), se fossem vários trechos otimizados. Mesmo uma grande potência ou mesmo coalizão iria suar sangue para encontrar e abater caças operando tão dispersos, haja satélite-espião e avião-radar para monitorar o espaço aéreo de um País do tamanho do nosso. Notar que com os citados meios já é brabo de localizar uma FT naval, com seus navios enormes e lentos, imaginem tentar fazer isso com pequenos e velozes caças de RCS reduzido.
Claro, pode-se argumentar que os serviços de inteligência estrangeiros acabariam por mapear todos os pontos disponíveis para operações de aeronaves de combate, mas daí a destruir todos ou grande parte já é muito mais difícil. Ademais, DESTRUIR é meio complicado, o normal é DANIFICAR, INVIABILIZAR as operações. Mas por quanto tempo? Conserta-se rápido este tipo de dano, é concreto de secagem rápida, umas telas reforçadas de aço e tá pronta para uso de novo.
Ouso dizer que uma frota de apenas 36 Gripens e 43 A-1M no mínimo dobraria de tamanho, em termos de efetividade/letalidade. Os custos para isso seriam amortizados pelas razões acima elencadas.
Vou postar isso no PRick's também, gostaria de ler mais opiniões sobre esta idéia porque, francamente, já estou de saco cheio deste eterno
loop de "este caça vai mais longe do que aquele e com mais armas", isto, ao menos a meu ver, não leva a nada além de flames. Esperar que um caça decole da BAAN e intercepte a tempo um ataque à BANT me parece irreal...
É o que penso.