TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70651 Mensagem por Brasileiro » Qui Jan 23, 2014 11:22 pm

kirk escreveu:
Elbit / AEL - Elbit builds on over three decades of experience in training and simulation programs and offers comprehensive solution that span THE FULL MILITARY SPECTRUM

Imagem

http://www.armyrecognition.com/fidae_20 ... 03125.html

É muito provável que essa seja a solução a ser adotada para Gripen-NG-BR

Abs
kirk
Exatamente assim o cockpit que eu descrevi/sugeri logo acima 8-]

Só faltou o HUD maior, como o original do Gripen! Só não sei se com um HMD de última geração o HUD continua sendo tão necessário, se é que não atrapalha...


abraços]




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70652 Mensagem por Túlio » Sex Jan 24, 2014 10:05 am

Sei que serei contestado mas acredito que haja pelo menos UMA outra visão para justificar a opção pelo Gripen (e em pequena quantidade. Mesmo 120 são poucos para um País de oito milhões e meio de km²). Por que não instalar uma capacidade de defesa aérea dentro dos parâmetros que nortearam o desenvolvimento do Gripen? Ele nasceu para operar de estradas e não de umas poucas - e vulnerabilíssimas - bases fixas. Bueno, no momento temos mais de 20 mil km de estradas pavimentadas e umas doze vezes isso por pavimentar. E sem contar as POR FAZER.

Bueno, as empreiteiras ficariam felicí$$imas em aumentar a nossa rede de rodovias. Ponto a favor, dá para vender a idéia como DESENVOLVIMENTO, quem não iria gostar de mais e melhores estradas? O lobby das grandes empreiteiras faria o resto. "Incidentalmente", determinados - inúmeros, na verdade - trechos retos e planos destas estradas seriam de concreto reforçado que, além de resistirem ao trânsito de caminhões pesados, ainda permitiriam a operação descentralizada de caças. Já há trechos assim na FREEWAY (BR-290 no trecho Porto Alegre-Osório), não sei se com este propósito.

E o que esta descentralização traria, na prática? Em tempos de paz pouca coisa para a FAB, apenas mais oportunidades de treinar; já para NÓS, paisanos, mais e melhores rodovias; para as empreiteiras, LUCROS; para o governo, popularidade (pelas estradas propriamente ditas e pelos empregos e consequente desenvolvimento gerados).

Em tempos de guerra, seria um FATOR DE MULTIPLICAÇÃO DE FORÇAS. Sem essa de caça ter de voar armado milhares de km para cumprir sua missão, ele simplesmnete já sairia armado de uma mini-base mais próxima do alvo e (bônus) de uma direção potencialmente inesperada (isso vale para o AMX também), se fossem vários trechos otimizados. Mesmo uma grande potência ou mesmo coalizão iria suar sangue para encontrar e abater caças operando tão dispersos, haja satélite-espião e avião-radar para monitorar o espaço aéreo de um País do tamanho do nosso. Notar que com os citados meios já é brabo de localizar uma FT naval, com seus navios enormes e lentos, imaginem tentar fazer isso com pequenos e velozes caças de RCS reduzido.

Claro, pode-se argumentar que os serviços de inteligência estrangeiros acabariam por mapear todos os pontos disponíveis para operações de aeronaves de combate, mas daí a destruir todos ou grande parte já é muito mais difícil. Ademais, DESTRUIR é meio complicado, o normal é DANIFICAR, INVIABILIZAR as operações. Mas por quanto tempo? Conserta-se rápido este tipo de dano, é concreto de secagem rápida, umas telas reforçadas de aço e tá pronta para uso de novo.

Ouso dizer que uma frota de apenas 36 Gripens e 43 A-1M no mínimo dobraria de tamanho, em termos de efetividade/letalidade. Os custos para isso seriam amortizados pelas razões acima elencadas.

Vou postar isso no PRick's também, gostaria de ler mais opiniões sobre esta idéia porque, francamente, já estou de saco cheio deste eterno loop de "este caça vai mais longe do que aquele e com mais armas", isto, ao menos a meu ver, não leva a nada além de flames. Esperar que um caça decole da BAAN e intercepte a tempo um ataque à BANT me parece irreal...

É o que penso. 8-)




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70653 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jan 24, 2014 10:17 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70654 Mensagem por Alcantara » Sex Jan 24, 2014 10:29 am

Pista de Dispersão no Brasil

O Brasil possui cerca de 2.600 aeródromos homologados, classe 1, 2 e 3, espalhados em um grande território o que representa uma grande oportunidade para a FAB usar táticas de dispersão a partir de suas bases principais. Esta grande opção de pistas de pouso é uma forma de aumentar a capacidade de persistência combate podendo voar por mais tempo contando com pistas próximas para caso de emergência. Uma frota de 800 aeronaves, divididas em esquadrilhas de quatro aeronaves, será dispersa em 200 aeroportos ou menos de 10% do total de aeródromos homologados. Ainda não foi considerado trechos de rodovias e campos de pouso que podem ser usadas facilmente por aeronaves leves e a hélice e as bases de dispersão de helicópteros. Uma outra fonte cita que o Brasil tem 4.276 aeroportos estando em segundo lugar no mundo atrás dos EUA com 14.858. Outros países como a Rússia (1,623), Alemanha (554), França (477) e Reino Unido (471) tem muito menos opções.

A FAB tem doutrina de pulverizados suas aeronaves em dezenas de aeródromos, em nível de esquadrilha ou mesmo de elemento (dois aviões) em caso de conflito. A FAB usa material modular em containers aerotransportados para facilitar a mobilidade aérea. Esses containers têm tudo que uma esquadrilha dispersa precisa, como combustível, munição, alojamento, laboratório fotográfico, cozinha, peças de reposição, centros de comando e comunicação, apoio médico, etc. A parte de manutenção também usa o conceito de unidades celulares de apoio, intendência e manutenção (UC-A, UC-I e UC-M) para permitir a operação das suas aeronaves em operações de dispersão. Os Grupo de Comunicações e Controle (GCC) são responsáveis pelos radares, navegação, comunicações e centros de comando para apoiar as bases de dispersão.

Entre as outras medidas passivas de defesas, a FAB não terá dificuldade de usar a camuflagem, ocultação e engodos. O que não se tem notícias é sobre o treinamento nestas técnicas. Aeronaves falsas são efetivas como mostrado em Kosovo. Os países do primeiro mundo tem muita facilidade em atacar um alvo após o uso extensivo de armas guiadas, mas o conflito mostrou que ainda é muito difícil diferenciar um alvo falso de um alvo verdadeiro. Esta tática pode inibir um inimigo a arriscar suas aeronaves ao procurar e atacar alvos nas bases. As pistas seriam o alvo principal e mesmo assim podem ser reparadas em alguns dias ao contrário de uma aeronave precisa de vários meses para ser produzida.

As bases principais da FAB não demonstram ter nenhum tipo de medida de proteção do tipo reforço com as aeronaves ficando alinhadas no pátio ou em abrigos contra o mau tempo e sol. Apenas os centros de comando do CINDACTA estão abrigados em locais subterrâneos.

A distância das bases em relação a fronteira é a principal defesa contra ataques surpresa vinda do Continente com os inimigos tendo que voar grandes distâncias a grande altitude sendo detectados facilmente e com um grande tempo de alerta e reação até para chamar os pilotos em casa. Os centros de manutenção ficam dispersos em Parques de Manutenção (PAMA) sendo difícil colocar todos fora de ação simultaneamente. As defesas ativas existem na forma de mísseis portáteis SA-16/18 Igla e nos Batalhões de Infantaria da Aeronáutica.

O problema da grandes distancias do pais é a logística. Para relembrar, um esquadrão de 24 Harrier gastava cerca de 80 saídas de C-130 por semana só em munição. A força de Harrier na Alemanha (três esquadrões)usava 660 caminhões para apoio e logística em uma área de operação dezenas de vezes menor que o país.

Operações Rodopista

As operações de dispersão em trechos de rodovias são chamados de Operação Rodopista na FAB. Estes exercícios são realizados com frequência. Nos anos oitenta e noventa, os esquadrões Poker e Centauro (BASM) realizavam com seus AT-26 a decolagem nas rodovias federais que ligam Santa Maria à São Sepé e São Pedro do Sul, no Rio Grande do Sul.

Os exercícios mais recentes foram melhores descritos na imprensa. Em dezembro de 2004 o 2o ETA realizou uma operação rodopista entre os km 117 a 121 da BR-230 na Paraíba com suas aeronaves Bandeirantes. O treino foi usado para treinar situações de emergência, apoio a calamidades e infiltração de tropas. O trecho de rodovia usado tinha 2 km de comprimento por 10 metros de largura.

No dia 17 a 18 de maio de 2005 foi realizado a operação Rodopista 2005, com aeronaves AT-27 Tucanos Esquadrão Flecha em um trecho da MS-080 entre Campo Grande e Rochedo no Mato Grosso do Sul.

Imagem

http://sistemasdearmas.com.br/ca/pista07brasil.html




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70655 Mensagem por Túlio » Sex Jan 24, 2014 10:38 am

É disto que falo! Brabo de atacar quando não se tem idéia de onde virá a reação, e aí um caça se transforma em vários. :wink: 8-]




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70656 Mensagem por NovaTO » Sex Jan 24, 2014 10:49 am

O Gripen por sua capacidade Stol se encaixa bem nessa estratégia de pulverização. Imagino que caso se aproxime a possibilidade de confronto, nossos caças seriam dispersados para evitar um ataque surpresa. 8-]

[]'s




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70657 Mensagem por J.Ricardo » Sex Jan 24, 2014 10:53 am

Os F-5 não são adequados para este tipo de missão? Pois são e serão durante muitos anos a espinha dorsal da aviação de caça da FAB.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70658 Mensagem por Alcantara » Sex Jan 24, 2014 11:22 am

As condições de operação (comprimento, largura e nivelamento da pista) não me parecem ser muito diferentes.

http://www.spotter.com.br/bacg/rodopista_2005_17.jpg http://www.spotter.com.br/bacg/rodopista_2005_15.jpg

http://www.saabgroup.com/Global/Documents%20and%20Images/Air/Gripen/Gripen%20for%20Switzerland/The%20Gripen%20Solution/Background_Gripen_taxing.jpg http://www.stratpost.com/wp-content/uploads/2012/06/IMG_6258.jpg




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70659 Mensagem por Túlio » Sex Jan 24, 2014 11:26 am

Pois é. Vamos somar estes aeródromos todos mais trechos rodoviários reforçados e 36 caças mais 43 aviões de ataque modernizados podem dar uma baita dor de cabeça a qualquer planejador inimigo. :wink: 8-]




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70660 Mensagem por Alcantara » Sex Jan 24, 2014 11:31 am

Saab Touts Sea Gripen for India and Brazil

Saab's Sea Gripen project leader is former Swedish Air Force Lieutenant Colonel Peter Nilsson, now vice-president of operational capabilities for the Gripen. "You have the Rafale, Super Hornet, even - some day - the JSF [Joint Strike Fighter], but no affordable option for nations that want independent seapower. Gripen has a built-in carrier capability that was part of the original design consideration. It is made for precision landings on a short strip. The aerodynamics, handling and landing qualities are all there. You don't have to mess with it," he told Jane's .

The Sea Gripen is made possible by the inherent performance characteristics of the Gripen and the structural changes introduced with the Gripen NG. It has been designed to operate from 'full-spec' carriers at a maximum take-off weight of 16,500 kg and a landing weight (with weapons and fuel) of 3,500 kg. The same basic design parameters make it well suited to STOBAR operations. Any Gripen can already operate from a standard Swedish 'roadbase' strip of 800 m x 17 m, without arrestor hooks or brake chutes. Existing flight control qualities and low approach speed make the Gripen further suited to the carrier environment.

Some of the changes demanded for the Sea Gripen include a stronger, longer nose gear, with larger tyres and a new shock absorber; a new main undercarriage capable of absorbing a 6.3 m/sec sink rate; a strengthened arrestor hook, repositioned from the current design; removal of corrosion risks from the airframe using new manufacturing techniques/materials; and integration with an approach/landing system.

The result will be an aircraft with an empty weight of under 8,000 kg with a total fuel and weapon load of around 8,500 kg. Combat radius is estimated at around 1,250 km in a maritime strike profile or 1,400 km in an offensive counter-air profile. For carrier operations the aircraft will have a service life of 8,000 flight hours with an even distribution between shipborne and land-based operations. Nilsson says the design work done so far has been a serious adjunct to the Gripen NG and has a very real footing. Asked about the inherent difficulties in taking any land-based fighter and putting it on a carrier, Nilsson replied: "If you were starting with an ordinary fighter you would have a much bigger problem."

"We have an engine [General Electric's F414] cleared for naval ops by the US Navy. We have thoroughly studied the load paths through the airframe. The Gripen is already built for high sink-rate landings in road base operations. So we need a new nose gear and undercarriage and we'll have to change some of the internal structure, but it's been analysed and it's possible. We built an arrestor hook into the Gripen NG proposal for Norway. That will have to be strengthened for carrier ops, with a new attachment point, but the work is there. Today's Gripen NG has a better wing attachment design with a more distributed load path than the current Gripen.

"The Gripen already has a salt water protection requirement. It does need more study but we already have an aircraft designed to operate in -50°C and +50°C, from the Arctic to hot-and-high with severe humidity. We don't build fighters for nice sunny days." Saab expects to make initial presentations to the IN in January 2010 and submit an RfI response the following month.

http://defense-studies.blogspot.com.br/ ... ripen.html




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70661 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 24, 2014 1:23 pm

Túlio escreveu:Vou postar isso no PRick's também, gostaria de ler mais opiniões sobre esta idéia porque, francamente, já estou de saco cheio deste eterno loop de "este caça vai mais longe do que aquele e com mais armas", isto, ao menos a meu ver, não leva a nada além de flames. Esperar que um caça decole da BAAN e intercepte a tempo um ataque à BANT me parece irreal...
É o que penso. 8-)
Para não me tornar prolixo, Túlio, se me permites, dentro desta tua persppectiva, reforço aqui a deixa para esta tua frase em destaque, posto que seja algo que quase sempre fica esquecido ou é colocado de lado no planejamento da FAB, e/ou do pensamento civil nosso de todo dia, em função da nossa realidade econômico/financeira, sobre a formatação do nosso poder aeroespacial, que é saber, afinal, que FAB nós queremos?

A FAB embasada na sua tradição histórica de defesa do território nacional ( de 13 milhões de km2, incluindo-se o nosso espaço aeronaval) a partir de umas poucas bases e aviões no sul do país, tendo em vista a sua onipresente falta de recursos, ou....

A FAB preparada e organizada para os reais desafios da guerra aérea moderna do sec. XXI, onde a chamada NCW fará toda a diferença do mundo, caso tenhamos os meios e recursos necessários e impreteríveis a defesa real e efetiva de todo o espaço aéreo brasileiro?

Podemos ter estradas como bases para operações de caças? Sim podemos. E até acredito que devamos. Mas, isto por si só não é suficiente, e nem tão efetivo quanto a própria reorganização de nossa defesa aérea.

Ou entramos no séc XXI nesta matéria, também, ou vamos acabar tendo de cavar buracos, ao invés de pistas para nossos caças... :|

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70662 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 24, 2014 1:35 pm

Alcantara escreveu:Saab Touts Sea Gripen for India and Brazil
Por tudo que já se falou até agora, e se sabe sobre as principais características do Gripen E/F, e do seu antecessor C/D, e mesmo do pouco que se sabe sobre a versão naval, aparentemente, os trabalhos nesta versão dão conta que sua adaptação ao convés de Nae's poderá se dar mesmo antes do que possa se pensar.

Eu ainda tenho cá comigo que já que não vamos tratar de caças de 5a G por aqui tão cedo, ou seja, não antes de 2030, e que o próximo Nae da MB deve estar operacional antes disso, assim como os A-4M começam a dar baixa em 2025, o Gripen E/F, em sua versão naval pode acabar por se tornar mesmo algo bem factível a nossa AN do que pensamos.

E já que estamos falando de uma aeronave ainda está praticamente em desenvolvimento para a FAB, em tese, nada impede que a MB, entendendo ser mais útil e prospectivo se investir no Gripen Naval desde agora, o faça em consonância com a FAB.

Se vai haver verbas/recursos para isso, aí já uma outra história. :roll:

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70663 Mensagem por kirk » Sex Jan 24, 2014 2:47 pm

Saab confirma à Dilma que vai entregar caças a partir de 2018

Imagem
Saab Gripen NG Demo

PRESIDENTE DA EMPRESA CONFIRMOU A ENTREGA DE 36 CAÇAS AO BRASIL A PARTIR DE 2018

O presidente da Saab, Håkan Buskhe, confirmou nesta sexta-feira (24), que a empresa está comprometida a entregar 36 caças ao Brasil a partir de 2018 e espera um acordo final em menos de doze meses. Hoje, o executivo se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, no primeiro encontro entre o governo e a cúpula da empresa desde o anúncio em Brasília da escolha do avião sueco.

— Vamos honrar o que oferecemos [...] Nossa oferta inclui a transferência de tecnologia e vamos cumprir isso. Vamos começar já a negociar e plantas vão ser erguidas. Queremos uma parceria estratégica com o Brasil.

No dia 29 de janeiro, a Embraer e a Saab se reúnem no Brasil para começar a detalhar a parceria. A Saab quer um acordo no prazo mais rápido. “Não vamos esperar. Estamos discutindo com o cliente”, disse. O executivo acredita que um acordo final pode ser assinado em menos de doze meses. Mas se recusou a falar se preferiria que o entendimento com Dilma fosse fechado antes das eleições.

Um dos pontos a ser debatido é como entregar os 36 aviões para o Brasil e ainda atender a Força Aérea sueca, que também já havia feito encomendas para 2018. “Provavelmente podemos entregar ambos. Mas é uma discussão que teremos de ter com o Brasil”, disse. “O ritmo será determinado pelo Brasil”, afirmou.

Ele admite que existe a possibilidade de que modelos mais simples do Gripen sejam alugados ao Brasil enquanto as entregas do produto final não ocorre. Mas explica que essa será uma negociação entre os governos de Dilma e da Suécia. “Não temos aviões disponíveis”, afirmou. Segundo Buskhe, uma série de empregos serão criados no Brasil. “Esse é um projeto de longo prazo”, disse.

FONTE: R7/Estadão
http://www.aereo.jor.br/2014/01/24/saab ... r-de-2018/




[] kirk

Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70664 Mensagem por Túlio » Sex Jan 24, 2014 2:53 pm

Que charla é essa de "não temos aviões disponíveis", sendo que até as pedras sabem que tem montanha recheada de caça?




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70665 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 24, 2014 3:10 pm

Acho que ele estava se referindo a SAAB propriamente não ter caças para ceder ao Brasil. Neste caso, o negócio se dara, como dito, entre os governos dos dois países.

abs.




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