O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Bolovo
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7666 Mensagem por Bolovo » Qui Jan 09, 2014 7:49 pm

gabriel219 escreveu:Algumas vezes os MANPADS combinados com outros sistemas SHORAD, podem dar cobertura para sistemas como S-400.

Por exemplo. Com um sistema com S-400 e S-350E, precisariam de cobertura de baixa altitude para evitar aeronaves que voem baixo, mísseis de cruzeiro com perfil de voo land-skimmer ou até helicópteros com ou sem Forças Especiais para destruir tais baterias.

Tais sistemas seriam colocados onde as baterias estão e nas bordas, perto do alcance máximo dos sistemas, para que também sejam cobertos por eles. Se um S-400 possui 400 km de alcance, tais sistemas ficariam há 50 km de distância da borda de alcance máximo do sistema.

Isso é minha opinião, gostaria da sua sobre isso.

Abraços.
Pelo que vi em fotos, na Rússia os S-400 andam acompanhados pelos Pantsyr. Não sei se faltava mais algum no meio, tipo o Tor.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7667 Mensagem por gabriel219 » Qui Jan 09, 2014 8:15 pm

O Pantsir-S1 acompanha eles de perto e não cobrindo seus defeitos, que em qualquer sistema tem.

O TOR é um sistema para defesa anti-PGM, defendendo instalações, comboios ou quartéis, não é feito para proteger o S-400.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7668 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 09, 2014 9:18 pm

gabriel219 escreveu:Algumas vezes os MANPADS combinados com outros sistemas SHORAD, podem dar cobertura para sistemas como S-400.
A combinação dos sistemas de maior alcance com os de pequeno alcance é fundamental. Mas MANPADS tem outra função, acompanhar as unidades mais leves (infantaria principalmente) para protegê-las de aeronaves de apoio aéreo aproximado (que na verdade estão em extinção). Até pode-se pensar em usar MANPADS para emboscar aeronaves em uma ou outra situação muito específica, mas regra geral seus operadores tem pouca ou nenhuma informação e os sistemas em si tem alcance e altura muito limitados para permitir emboscadas eficazes (e tentar integrar os operadores dos MANPADS em um sistema de comando e controle sofisticado é gastar esmola boa com mendigo ruim). O correto é usar os sistemas de curto alcance (até 15 ou 20 km) para isso, MANPADS nesta função são uma "acochambração" com pouca chance de sucesso.
Por exemplo. Com um sistema com S-400 e S-350E, precisariam de cobertura de baixa altitude para evitar aeronaves que voem baixo, mísseis de cruzeiro com perfil de voo land-skimmer ou até helicópteros com ou sem Forças Especiais para destruir tais baterias.
Sim, mas MANPADS seriam a última coisa a ser usada para a defesa destas baterias, o correto seriam sistemas como o Tor e o Pantsir, tudo integrado com uma boa rede de detecção por radar e outros tipos de sensores (IR, som, etc...). A principal arma de escolha contra unidades AAe de longo alcance são os mísseis de cruzeiro, seguidos pelas bombas planadoras guiadas lançadas por aeronaves rápidas voando baixo. Pode-se pensar em usar tropas especiais, mas se o sistema de defesa for apenas razoável o mais certo é que seus transportes sejam abatidos antes das tropas poderem desembarcar, ou se chegarem a desembarcar nem encontrem mais as unidades AAe que procuram porque já mudaram para outro lugar.

Tais sistemas seriam colocados onde as baterias estão e nas bordas, perto do alcance máximo dos sistemas, para que também sejam cobertos por eles. Se um S-400 possui 400 km de alcance, tais sistemas ficariam há 50 km de distância da borda de alcance máximo do sistema.
Não adianta muito colocar os sistemas de curto alcance nas bordas do alcance máximo das baterias de longo alcance, pois seriam necessárias muitas unidades do sistema menor para dar uma cobertura adequada, e acabaria ficando inviável. Os sistemas de curto alcance devem ficar próximos às baterias de longo alcance para protegê-las das munições lançadas contra elas, e as de longo alcance é que tentariam atingir as aeronaves cada vez que elas viessem atacá-las. Em uma condição ideal, poderiam ser distribuídos sistemas de médio alcance (uma terceira camada) nas rotas de aproximação que os atacantes mostrassem preferência em utilizar, para emboscá-los. Para esta terceira função é que serviriam por exemplo os sistemas desenvolvidos à partir de mísseis ar-ar, como o Mica-VL e o Derby. Mas para isso seus lançadores tem que ter alta mobilidade. E todos, absolutamente todos os sistemas tem que possuir a capacidade de mudar de posição e entrar novamente em operação em curto espaço de tempo, de preferência poucos minutos, e devem fazer isso com a máxima frequência.

É sempre bom lembrar que enquanto a força atacante estiver entretida lutando com a defesa AAe esta já estará cumprindo sua missão mesmo se não abater nenhum inimigo, pois aquele não estará se concentrando nos alvos que realmente podem afetar o esforço de guerra dos defensores. E se ela conseguir abater apenas 10 ou 12% dos atacantes em cada incursão o esforço do ataque não poderá ser mantido por mais do que alguns dias mesmo pelo mais poderoso agressor.


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7669 Mensagem por Bolovo » Qui Jan 09, 2014 9:55 pm

Lendo tudo isso eu fico pensando... afinal, qual é o tipo de AAAe que o Brasil quer e precisa ter?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7670 Mensagem por gabriel219 » Qui Jan 09, 2014 10:20 pm

MANPADS, curto alcance, médio alcance, longo alcance e longínquo alcance.

Minha opinião: Igla-S, RBS 70 Mk.II/RBS 90 + Oerlikon MANTIS + TOR-M2E, Pantsir-S1, S-350E/Aster SAMP-T e S-400 ou até S-500.

Para defesa antimísseis balísticos a opção do Aster BMD com alcance de 1000 km está de bom tamanho.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7671 Mensagem por lobo_guara » Qui Jan 09, 2014 10:36 pm

Bolovo escreveu:Lendo tudo isso eu fico pensando... afinal, qual é o tipo de AAAe que o Brasil quer e precisa ter?
Talvez entre a necessária e a possível o que esta se fazendo atualmente já é um grande passo para o país, sobretudo quando comparamos o que existia neste campo a cerca uns de dez anos atrás e as expectativas concretas (já confirmadas) que vivemos atualmente.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7672 Mensagem por lobo_guara » Qui Jan 09, 2014 10:49 pm

FCarvalho escreveu:Gabriel, 16 lançadores - 12 cidades sedes = 4 cidades sedes sem nada de RBS-70.
Há mais tem os Gepards e os Igla.... :roll:

Vamos ser realistas, esta é mais uma daquelas compras de oportunidade em que o EB está fazendo o seu papel e "atualizando a doutrina" e nada mais.

Não há compromisso real de Estado no Brasil com compras posteriores deste ou de qualquer outro sistema AAe que está sendo adquirido. E não faz diferença se será produzido aqui ou não.

São compras factuais e pontuais impostas ao governo por contrato com organizações internacionais em função dos jogos negociados aqui. Apenas isso.

O resto são só um conjunto de números cheios de palavratório bonito e siglas filosóficas que não dizem em nada respeito ao atendimento de nossa realidade e necessidades.

Escrevam o que estou dizendo.

abs.
Impressionante o seu otimismo com o nosso país! Mesmo considerando os fatos concretos, seus posts no fórum continuam os mesmos, não teremos isto, não teremos aquilo! Apesar disso continuamos adquirindo equipamentos (apesar da crise internacional), criando programas de grande porte na área de defesa (KC390 - PROSUB - GUARANI - ASTROS 2020 - GRIPEN NG - FUZIL IA2 - SATÉLITE GEOESTACONÁRIO - ETC) e nada é bom e bastante o suficiente? Aliás alguém já fez as contas para saber quanto irão custar todas estas ações na área de defesa?
Quanto seria o suficiente e adequado investir em defesa atualmente no Brasil? Quantos países investem o equivalente ao Brasil em relação a programas militares? Quantos programas de reaparelhamento militar similares ao nosso estão em curso no mundo?
Perdoem-me mas pessimismo e torcida contra tem limite! Sejamos mais realistas.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7673 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 09, 2014 11:00 pm

Bolovo escreveu:Lendo tudo isso eu fico pensando... afinal, qual é o tipo de AAAe que o Brasil quer e precisa ter?
Na minha opinião antes de qualquer coisa seria necessário pensar em defesa AAe de forma adequada, com a prioridade que ela deveria ter e a profundidade necessária para compreendê-la. E aí a coisa já complica, pois o sistema de defesa aérea brasileiro adotou como filosofia empregar recursos emprestados do EB e da FAB (não tenho certeza sobre a participação da MB), e este pessoal raciocina a defesa AAe como uma atribuição parcial, a ser executada por um tempo antes que cada responsável seja transferido para outra atribuição diferente que lhe dê mais possibilidades de alavancar na carreira. Assim não há dedicação nem continuidade, as coisas acabam sendo decididas de acordo com oportunidades pontuais e impulsos momentâneos.

Talvez um MD mais profissional e menos político pudesse fazer o diagnóstico da situação e criar um grupo permanente acima das 3 forças dedicado a pensar especificamente na defesa AAe, com membros designados pelas forças que saberiam que dali para a frente esta seria a sua carreira. A aplicação das conclusões deste grupo seriam de responsabilidade de cada força de acordo com as suas características e necessidades, não seria preciso existir algo como a antiga PVO soviética, mas haveria alguém que teria a defesa AAe como sua única e principal preocupação para estudar as questões doutrinárias e técnicas e definir os caminhos a seguir, além de integrar as necessidades das FA´s com a indústria nacional de defesa.

A partir daí poderíamos ter uma doutrina de defesa AAe de verdade, sujeita a constante avaliação e aperfeiçoamento como deve acontecer com qualquer entidade militar, e capaz de dirigir tanto as aquisições como os desenvolvimentos relativos ao setor.

Fora isso nós, como entusiastas, podemos dar nossas opiniões, mas isso já é assunto para um outro post e talvez eu o escreva outro dia, que agora é tarde e eu trabalho amanhã :wink: .

Um abraço,


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7674 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 10, 2014 11:25 am

lobo_guara escreveu:
FCarvalho escreveu:Gabriel, 16 lançadores - 12 cidades sedes = 4 cidades sedes sem nada de RBS-70.
Há mais tem os Gepards e os Igla.... :roll:
Vamos ser realistas, esta é mais uma daquelas compras de oportunidade em que o EB está fazendo o seu papel e "atualizando a doutrina" e nada mais.
Não há compromisso real de Estado no Brasil com compras posteriores deste ou de qualquer outro sistema AAe que está sendo adquirido. E não faz diferença se será produzido aqui ou não.
São compras factuais e pontuais impostas ao governo por contrato com organizações internacionais em função dos jogos negociados aqui. Apenas isso.
O resto são só um conjunto de números cheios de palavratório bonito e siglas filosóficas que não dizem em nada respeito ao atendimento de nossa realidade e necessidades.
Escrevam o que estou dizendo.
abs.
Impressionante o seu otimismo com o nosso país! Mesmo considerando os fatos concretos, seus posts no fórum continuam os mesmos, não teremos isto, não teremos aquilo! Apesar disso continuamos adquirindo equipamentos (apesar da crise internacional), criando programas de grande porte na área de defesa (KC390 - PROSUB - GUARANI - ASTROS 2020 - GRIPEN NG - FUZIL IA2 - SATÉLITE GEOESTACONÁRIO - ETC) e nada é bom e bastante o suficiente? Aliás alguém já fez as contas para saber quanto irão custar todas estas ações na área de defesa?
Quanto seria o suficiente e adequado investir em defesa atualmente no Brasil? Quantos países investem o equivalente ao Brasil em relação a programas militares? Quantos programas de reaparelhamento militar similares ao nosso estão em curso no mundo?
Perdoem-me mas pessimismo e torcida contra tem limite! Sejamos mais realistas.
Lobo-Guará, não é pessimismo, é o simples reconhecimento da realidade.
E fato é que dos programas citados por você, praticamente quase nenhum deles é financiado com verbas próprias do MD, mas por solicitação do próprio MD, foram encaixados em algum PAC da vida, a fim de não sofrerem descontinuidade, caso ficassem na alçada financeira deste mesmo MD. Que não por acaso, continua sendo o primeiro e sempre mais afetado dos 39 ministérios quando se fala em cortes de verbas no planalto.
Sejamos de fato realistas. Defesa no Brasil continua sendo, apesar dos investimentos pontuais e arbitrários levados a efeito, um imbróglio para o mundo político e para a dita sociedade civil.
Levamos quase 20 anos para decidir a aquisição de um simples caça para a FAB, e aparentemente só o fizemos por considerações outras que não a da defesa nacional. Isto é realmente coisa de um país que leva a sério a defesa?
Antes de mais nada, é preciso analisar com celeridade e imparcialidade não apenas os investimentos em si mesmos, mas antes, sob quais condições foram e estão sendo feitos. E honestamente, a retrospectiva não nos é favorável. Simples assim.
Continuamos fazendo as coisas em defesa no Brasil a troco de caixa sob parcialidade e pontualidade. Esta é a realidade. E nenhum investimento feito até aqui consegue mascarar isso.
Para lembrar, o PAED foi aprovado há pelo menos 2 anos. Poderias me dizer qual das ações determinadas naquele documento oficial de Estado, formatado por este mesmo governo, e que deveria/deve orientar o planejamento e os investimentos na defesa, está mantido em seu cronograma original, e segue seu planejamento sem maiores problemas de financiamento e/ou limitações orçamentárias? Há sim, as verbas solicitadas para tal empreendimento na modernização das ffaa's foram todas liberadas e francamente absorvidas pelo MD para que os programas de reaparelhamento destas não sofresse soluções de continuidade?
Eu tenho certeza que sabes qual a resposta.

abs.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7675 Mensagem por MAJOR FRAGUAS » Sex Jan 10, 2014 1:29 pm

Uma coisa não podemos negar sobre nosso programa de defesa, Estamos indo em frente na modernização e reamarmento, com certeza não na velocidade e quantidade que queriamos, mas estamos indo.

Sds Coloradas,

Major Fraguas




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7676 Mensagem por saullo » Sex Jan 10, 2014 2:23 pm

FCarvalho escreveu:
lobo_guara escreveu: Impressionante o seu otimismo com o nosso país! Mesmo considerando os fatos concretos, seus posts no fórum continuam os mesmos, não teremos isto, não teremos aquilo! Apesar disso continuamos adquirindo equipamentos (apesar da crise internacional), criando programas de grande porte na área de defesa (KC390 - PROSUB - GUARANI - ASTROS 2020 - GRIPEN NG - FUZIL IA2 - SATÉLITE GEOESTACONÁRIO - ETC) e nada é bom e bastante o suficiente? Aliás alguém já fez as contas para saber quanto irão custar todas estas ações na área de defesa?
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Perdoem-me mas pessimismo e torcida contra tem limite! Sejamos mais realistas.
Lobo-Guará, não é pessimismo, é o simples reconhecimento da realidade.
E fato é que dos programas citados por você, praticamente quase nenhum deles é financiado com verbas próprias do MD, mas por solicitação do próprio MD, foram encaixados em algum PAC da vida, a fim de não sofrerem descontinuidade, caso ficassem na alçada financeira deste mesmo MD. Que não por acaso, continua sendo o primeiro e sempre mais afetado dos 39 ministérios quando se fala em cortes de verbas no planalto.
Sejamos de fato realistas. Defesa no Brasil continua sendo, apesar dos investimentos pontuais e arbitrários levados a efeito, um imbróglio para o mundo político e para a dita sociedade civil.
Levamos quase 20 anos para decidir a aquisição de um simples caça para a FAB, e aparentemente só o fizemos por considerações outras que não a da defesa nacional. Isto é realmente coisa de um país que leva a sério a defesa?
Antes de mais nada, é preciso analisar com celeridade e imparcialidade não apenas os investimentos em si mesmos, mas antes, sob quais condições foram e estão sendo feitos. E honestamente, a retrospectiva não nos é favorável. Simples assim.
Continuamos fazendo as coisas em defesa no Brasil a troco de caixa sob parcialidade e pontualidade. Esta é a realidade. E nenhum investimento feito até aqui consegue mascarar isso.
Para lembrar, o PAED foi aprovado há pelo menos 2 anos. Poderias me dizer qual das ações determinadas naquele documento oficial de Estado, formatado por este mesmo governo, e que deveria/deve orientar o planejamento e os investimentos na defesa, está mantido em seu cronograma original, e segue seu planejamento sem maiores problemas de financiamento e/ou limitações orçamentárias? Há sim, as verbas solicitadas para tal empreendimento na modernização das ffaa's foram todas liberadas e francamente absorvidas pelo MD para que os programas de reaparelhamento destas não sofresse soluções de continuidade?
Eu tenho certeza que sabes qual a resposta.

abs.
Bem escrito FCarvalho, e nos caças ainda tem uma coisa:
Só foi feita a escolha, e é sabido que o nosso governo está sem grana e só pensa em eleição ano que vem.
Fez-se a escolha, e acho que as negociações vão se arrastar no ritmo falta de dinheiro do governo.
Negocia-se a vinda dos 12 tampões Gripen C/D, amansando-se assim os oficiais da FAB e arrastam-se a negociações para se desembolsar o mais tarde possível, escrevam o que veremos.

Abraços




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7677 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 10, 2014 2:45 pm

Infelizmente Saullo, esta é uma possibilidade real, tal como esta compra dos Pantyr que entre indas e vindas, até onde se sabe, não temos nada assinado e nem mesmo negociado. Apesar de ter uma comissão indo a Russia este mês.
E para ser bem honesto, a coisa toda foi feita a pagode e de forma econômica pelo GF, que literalmente se viu obrigado a realizar um investimento no qual não tinha o mínimo interesse. E estamos esperando até hoje alguma notícia sobre estes sistemas que mal ou bem, vem apenas para fazer cena e cobrir um ( de muitos) hiato de nossa defesa, sem qualquer perspectiva real e crível de continuidade deste projeto, satisfeitas as condições que o impuseram. E só.
A ver.

abs.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7678 Mensagem por gabriel219 » Sex Jan 10, 2014 3:11 pm

Não FC, está sendo negociado desde a assinatura da intenção de compra, o que equivale ao anúncio do F-X2. Tanto que a Odebrecht já apresentou suas propostas, uma comissão foi até a Rússia e outra estará indo.

E a Delegação Brasileira já adiantou as datas para ir até a Rússia e talvez já feche o contrato lá.

Os Gripen C/D não tem NADA a ver com a SAAB, mas sim com a própria Suécia, que nos ofereceu um leasing de Gripens C/D (Pode ser até 24, segundo informações).




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7679 Mensagem por FCarvalho » Sex Jan 10, 2014 3:35 pm

gabriel219 escreveu:Não FC, está sendo negociado desde a assinatura da intenção de compra, o que equivale ao anúncio do F-X2. Tanto que a Odebrecht já apresentou suas propostas, uma comissão foi até a Rússia e outra estará indo.
E a Delegação Brasileira já adiantou as datas para ir até a Rússia e talvez já feche o contrato lá.
Os Gripen C/D não tem NADA a ver com a SAAB, mas sim com a própria Suécia, que nos ofereceu um leasing de Gripens C/D (Pode ser até 24, segundo informações).
Gabriel, negociações oficiais mesmo sobre os Pantsyr não existem. O que tem havido são "conversas informais" sobre o assunto e que até agora não apresentaram resultado concretos. As comissões que estão indo a Russia são de caráter técnico para conhecer o sistema e suas peculiaridades e verificar até onde a oferta russa se encaixa de fato naquilo que eles colocaram no papel em relação às nossas necessidades.

A partir disso, é que vamos começar a conversar a sério sobre uma proposta ($, Tot's possíveis P&D). O que se está fazendo agora é ratificando a proposta que nos foi feita a partir do conhecimento em loco do sistema ofertado. Neste sentido, quando a comissão elaborar o seu relatório é que o MD irá solicitar uma proposta formal em cima de nossos requisitos e dos relatórios feitos. Aí a coisa começa a ficar séria. Antes disso, é apenas papo de vendedor e cliente.

abs.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#7680 Mensagem por gabriel219 » Sex Jan 10, 2014 4:34 pm

Existem sim FC, tanto que uma comissão foi encarregada disso e foi formada em Novembro do ano passado, salvo o engano.

Se elaboraram uma comissão para negociar a compra do Pantsir-S1 e faz pouco mais de 2 meses, porque nada ainda foi negociado? Além disso, logo depois outra comissão foi feita para ir até a Rússia tratar mais sobre as negociações e sobre o sistema.




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