No meu prédio nós temos painéis para aquecimento as águas e gás natural. Nos meses de Junho até Setembro por norma tenho sempre o esquentador a gás desligado. Representa uma boa poupança.
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Moderador: Conselho de Moderação
Bcorreia,bcorreia escreveu: Pedro,
O esperado para Belo Monte são 4,5GW de potência média, isso daria cerca de 39,5TWh em um ano como citado pelo colega mais acima. Essa usina citada não gera apenas 1GWh ao ano, se ela gerasse apenas isso, não haveria viabilidade nenhuma nesse projeto, para efeito de comparação, a espanhola PS10 que tem uma potência instalada de 11MW e fator capacidade de ~24% gera cerca 23GWh em um ano, e custa cerca de 1/20 do que esse essa torre por convecção térmica deverá custar.
O valor médio de 26,5 TWh / ano que mencionei refere-se apenas à energia comercializada às distribuidores (ambiente regulado). A diferença será comercializada no mercado livre ou para autoprodução, notadamente a Vale.Com efeito, considerando que a Garantia Física de Belo Monte é de 4.571 MW médios, que correspondem a 40 TWh/ano, o custo anual para aquisição de energia de outras fontes são os da tabela abaixo
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Leilões de 2013 movimentam R$ 83 bilhões, indica CCEE
Montante refere-se ao valor dos contratos negociados nos certames da Aneel para o mercado regulado
Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Investimentos e Finanças
07/01/2014
Os leilões operacionalizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica no ano passado movimentaram R$ 83,53 bilhões. Esse valor, segundo a CCEE, refere-se ao montante negociado em todos os certames de energia realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica para o ambiente regulado. Foram dois A-5, um A-3, outro de energia de reserva exclusivo para eólicas e o de energia existente A-1. Com isso, foram viabilizadas novas usinas que somarão capacidade instalada de 7,145 GW até 2018.
O maior volume negociado ficou com o A-5 e suas duas etapas realizadas no ano passado. Foram fechados acordos de R$ 56 bilhões. Logo depois aparecem os volumes de contratos do leilão de energia de reserva com R$ 13 bilhões, o A-3 com R$ 7,25 bilhões e o A-1, com R$ 6,2 bilhões divididos em três produtos diferentes.
Dentre as fontes que participaram dos certames, o destaque ficou com as eólicas, que viram o maior nível de contratação de sua história com pouco mais de 4,7 GW viabilizados nos leilões. Logo em seguida aparece a fonte hídrica com as UHEs que somaram 1,145 GW em capacidade nova e as PCHs com 481,28 MW. A biomassa foi a terceira fonte que conseguiu vender energia no país e que permitiu a entrada de 808 MW de capacidade adicional.
Apesar da térmica a carvão ter seu retorno às disputas, não houve contratos para a fonte, assim como as térmicas a gás natural. A solar participou pela primeira vez e também não fechou acordos nos leilões da Aneel.
http://www.canalenergia.com.br/zpublish ... ?id=99134#
Só um adendo a esta discussão, que nem sei se alguém já levantou:Pedro Gilberto escreveu:Com essas dados, a geração de energia anual esperada por esse projeto é de 1,05 TWh, ou seja, seria necessário cerca de 37,6 deste tipo de usina para gerar a mesma quantia de energia esperada por Belo Monte. Entretanto o investimento para obter tal capacidade seria de 37,6 x 0,75 Bi = US$ 28,2 bilhões ou R$ 64,8 bilhões (US$ 1 - R$ 2,30) sendo mais que o triplo do investimento previsto na hidroelétrica (cerca de R$ 20 bilhões). Mesmo que conseguisse reduzir o custo da usina solar em 50% pela produção em escala ainda estaria mais de 50% acima do investimento em Belo Monte.
Mesmo tendo trazido esses números, creio que em algum momento a introdução de energia solar na matriz elétrica nacional deverá ocorrer. Nossa vantagem é que não precisamos fazer isso a qualquer custo pois ainda há grandes (e pequenos também) potenciais hidráulicos a serem explorados na produção de energia limpa. O ideal é tentar replicar a estratégia da energia eólica que conseguiu galgar um excelente posicionamento nos leilões ao conseguir vender a energia com baixo preço tarifário.
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Que os custos de transmissão são artificialmente elevados para favorecer alguns em detrimento do país é verdade, e que se eles fossem colocados onde deveriam a energia solar ficaria menos competitiva também é, mas não é assim que se avalia a viabilidade de um investimento.Marechal-do-ar escreveu:E um adendo ao adendo sobre os custos de transmissão:
Os custos de transmissão são ridiculamente caros no Brasil por razões exclusivamente políticas, é discussão sobre quem vai ganhar a maior fatia do bolo, e não algo relacionado aos custos de operação da transmissão, deixando lucro dos amigos de lado a energia solar ainda não é economicamente viável.
O opção nuclear é óbvia. O Brasil terá que iniciar a construção de duas usinas no nordeste e mais duas no sudeste nos próximos anos.Clermont escreveu:Suspensão de usina no Tapajós reforça opção nuclear.
Brasil limita usinas na Amazônia, compensa com termelétricas poluidoras, mas continua sem ampliar as alternativas de fontes de geração.
Editorial de O Globo, 14.08.16.
Junto com os novos donos do poder que desembarcaram em Brasília na comitiva do presidente Lula em janeiro de 2003 estava uma militância ambientalista aguerrida. Não que a questão ambiental não deva ser prioritária, e cada vez mais, diante do aquecimento global, mas alguns preconceitos passaram a interferir na avaliação de projetos de forma mais contundente. Um deles relegou de vez a energia nuclear a um plano bastante inferior na geração de energia.
O desastre nas usinas de Fukujima, no Japão, durante um tsunami, em 2011, repercutiu no mundo, com vários adiamentos e eliminação mesmo de projetos de usinas. O próprio Japão desativou seus sistema termonuclear — mas teve, depois, de religá-lo em parte, para evitar um colapso energético. A Alemanha planejou livrar-se de vez dessa fonte de energia, ao contrário da França, que aproveita o fato de ser detentora de tecnologia no ramo. No Brasil, um programa para usinas fora de Angra dos Reis desapareceu do mapa.
Não foi decisão sensata. Há dias, o Ibama comunicou que não concederá licença ambiental para a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, na Amazônia. É preciso definir como serão produzidos os 8 mil megawatts previstos para essa hidrelétrica no Tapajós. Farão muita falta, porque equivalem a pouco mais de 5,5% da atual capacidade instalada de geração de energia no país.
Especialistas ouvidos pelo GLOBO apostam em termelétricas. Mais do mesmo, porque desde o apagão no segundo governo FH, quando um parque de térmicas teve de ser construído a toque de caixa, tem sido a geração a base de gás, óleo ou carvão que evita maiores problemas. Foi assim também na crise de estiagem com Dilma Rousseff.
O resultado é que a matriz energética brasileira, motivo de orgulho por ser bastante “limpa”, devido à grande dependência da água (65%), começou a ficar “suja”. Ou seja, a produção de energia no Brasil tende a crescer muito com base em fontes de emissão de carbono, na contramão dos acordos multilaterais do clima e da sensatez.
Com o fechamento da Amazônia a usinas com reservatório — só pode a “fio d’água”, como Belo Monte, em que as turbinas giram pela força do rio e quase não geram energia nas secas — e o veto à usina no Tapajós, vive-se o paradoxo de, em nome da proteção ao meio ambiente, a produção de energia no Brasil passar a ser crescentemente poluidora.
Há, é certo, projetos em andamento, e outros a serem apresentados, do uso dos ventos e da luz do sol, importantes fontes, porém ainda residuais e complementares. Devem mesmo ser exploradas, mas é preciso saber se conseguirão fornecer os megawatts em quantidades, constância e prazos requeridos.
Por tudo isso, já era hora de se rever o preconceito contra as usinas nucleares, cujo padrão de segurança está bastante elevado. Além de serem fontes sem emissão de carbono. Pergunte-se aos Estados Unidos e à França.
Angras 1 e 2 fornecem o equivalente a 3% do total da anergia elétrica produzida no país. A construção da terceira unidade passa por um merecido pente-fino, devido ao fato de o esquema de corrupção montado na Petrobras ter lançado tentáculos na Eletronuclear.
Mas é inexorável concluir a usina. Ainda reforçam a opção nuclear a existência de razoáveis reservas de urânio e o domínio da tecnologia do seu enriquecimento. O preconceito, infelizmente, além de irracional, parece intransponível.