MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4126 Mensagem por Boss » Sáb Nov 23, 2013 2:01 pm

Governo do México reduz previsão de crescimento de 1,7% a 1,3% para 2013

http://www.em.com.br/app/noticia/intern ... 2013.shtml
Este é o país-exemplo de meses atrás ? :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4127 Mensagem por Túlio » Sáb Nov 23, 2013 2:05 pm

Que nada, padrão de vida Sueco, SegPub Suíça, saúde e educação Britânicas combinando e culminando com taxas de crescimento Chinesas. Quem precisa de mais do que isso?




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4128 Mensagem por Boss » Sáb Nov 23, 2013 2:07 pm

Claro, lembrar das inúmeras comparações México-Brasil colocando eles no céu e nós no inferno e constatar um crescimento lá mais pífio que o daqui = achar que está tudo bom com o Brasil. :roll:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4129 Mensagem por Bourne » Sáb Nov 23, 2013 2:23 pm

Estás lendo demais os "entendidos" da imprensa. :|




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4130 Mensagem por suntsé » Dom Nov 24, 2013 12:00 am

Eu acho que o Túlio estava sendo irônico com o México. :mrgreen:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4131 Mensagem por Sterrius » Qui Nov 28, 2013 8:46 am

A UOL continua suas matérias sobre a petro!
28/11/2013 - 03h00
Petrobras tem deficit de US$ 22 bilhões no ano

Ouvir o texto
Enquanto persiste o imbróglio do reajuste dos preços da gasolina e do diesel, a Petrobras se afunda em deficit. O saldo da empresa na balança comercial foi negativo em US$ 22,4 bilhões de janeiro a outubro deste ano, um valor não só recorde como também 157% superior ao deficit de todo o ano de 2012.

Os dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que as exportações da empresa caíram para US$ 11,5 bilhões neste ano, 40% menos do que as do ano passado. Já as importações subiram para US$ 34 bilhões, 34% mais.

A empresa tradicionalmente tem deficit na balança, mas nunca houve números tão expressivos. Em 2012, o deficit havia sido de US$ 8,7 bilhões. De 2000 a 2010, a Petrobras teve deficit acumulado de US$ 14,4 bilhões, aponta a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

A situação da empresa só não é pior porque no segundo trimestre deste ano a mistura de etanol na gasolina subiu de 20% para 25%. Com isso, e devido a uma recuperação parcial da produção nacional de álcool, parte do consumo de gasolina foi substituída pelo de etanol.

O consumo de etanol atingiu 18,7 bilhões de litros de janeiro a outubro, um volume 19% superior aos 15,7 bilhões de igual de 2012.

Mesmo assim, apesar de uma redução nos últimos meses, as importações de gasolina continuam aceleradas. Até outubro, foram gastos US$ 2 bilhões para a entrada de 2,9 bilhões de litros.

O pior para a empresa é que o alívio que poderia vir do etanol não ocorre exatamente devido à política do governo de segurar artificialmente os preços da preços da gasolina.

Os preços controlados do derivado de petróleo limitam também uma correção nos do etanol. Com isso, não houve avanço na produção de cana e os investimentos se retraíram nesse setor.

Os reajustes da gasolina virão nos próximos meses, mas o governo criou uma armadilha para ele mesmo. Deveria ter criado um mecanismo de reajuste no período de inflação menor e de câmbio estabilizado.

Agora, corre o risco de ter a economia contaminada pelos reajustes e de ter de elevar os preços da gasolina --se o câmbio subir-- mesmo quando os preços recuarem no mercado externo.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4132 Mensagem por Bourne » Sáb Nov 30, 2013 5:22 pm

Convidados debatem como destravar o crescimento com a taxa de juros básicos a 10%

http://g1.globo.com/globo-news/entre-as ... 0/2985915/




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4133 Mensagem por Bourne » Dom Dez 01, 2013 2:37 pm

Diagnóstico e Terapia Macroeconômica
Posted on 27/11/2013 by Fernando Nogueira da Costa
Taxa Real de Juros 2001-2013

Fonte: http://fernandonogueiracosta.wordpress. ... economica/

Imagem


Nelson Barbosa, ex-Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, após sua “quarentena”, tem contribuído com sua capacidade analítica e seu conhecimento prático, adquirido no exercício desse importante cargo, com o debate sobre o diagnóstico da conjuntura macroeconômica e o ajuste necessário na política econômica. Expostas seja em entrevista, seja em palestra, resumiremos suas principais ideias.

A taxa real de juros no Brasil caiu para cerca de 2% aa, e retomou para ficar em torno de 4% aa, devendo ficar flutuando nessa faixa entre 2% e 6% aa, banda de juros bastante inferior à banda de 12% a 24% aa, ocorrido no ano de 2002. Mas o custo da dívida pública ainda não caiu, pois paga-se cerca de 4,5% do PIB na forma de juros sobre a dívida pública. Por quê? Segundo Barbosa, “porque o governo teve que emitir títulos públicos para comprar reservas internacionais e emprestar recursos aos bancos públicos, e isso fez com que a dívida bruta do setor público subisse mesmo em contexto de queda da taxa real de juro”.

Eu (FNC) critico a adoção inadequada da política de substituição de títulos de dívida pública pós-fixados (LFT), justamente em momento que esses propiciariam benefícios com a queda da taxa de juros e o alongamento do perfil dessa dívida, pelos títulos prefixados (LTN e NTN-B). Estes, devido à “marcação a mercado” com a reversão da tendência de queda da taxa de juros, levaram os investidores agora a exigirem maior taxa de juros, preventivamente, ou então fugir para debêntures pós-fixadas (% de CDI).

No caso das reservas internacionais, o Banco Central do Brasil comprou dólares e esterilizou essas operações com aumento da dívida pública, via operações compromissadas. Essa política foi adotada porque, quando ocorrer uma crise externa, o real se depreciará, propiciando queda da dívida líquida, e o governo terá espaço fiscal para enfrentar a crise, como ocorreu em 2008.

Diferentemente da era neoliberal, hoje, em contexto de crise externa, o Brasil não recorre à solicitação de recursos ao FMI. Pelo contrário, grandes obras de infraestrutura energética (Belo Monte, Pré-Sal, etc.) estão sendo financiadas, praticamente, sem endividamento externo. Porém, a política de acumulação de reservas também é muito cara, pois emite-se títulos pagando 10% aa, no mercado interno, e aplica-se recebendo 2% aa em ativos estrangeiros.

O resultado primário e a acumulação de reservas internacionais tem conseguido promover a redução gradual da dívida líquida, atingindo já 33,8% do PIB. Porém, a esterilização e o custo financeiro das reservas internacionais, juntamente com a expansão dos créditos da União às instituições financeiras oficiais, elevaram a dívida bruta do setor público em 5,8% do PIB, desde o final de 2010, alcançando, oficialmente, 59,1% do PIB em agosto de 2013. O FMI, com métrica distinta, contabiliza 10 pontos percentuais a mais e assusta os financiadores estrangeiros!

A maior parte dos ativos do setor público, suportados pelo endividamento bruto, consiste de reservas internacionais, que são necessárias, talvez não no mesmo volume dos anos passados, se não houver um forte ingresso de capitais no Brasil. Constituem um seguro para mitigar o risco de fuga de capital-choque cambial-choque inflacionário e dar autonomia à política macroeconômica. Em segundo lugar, aparecem os créditos a instituições financeiras oficiais, que aumentaram de 0,5% do PIB, em 2006, para 9,5% do PIB atualmente. Essas operações foram necessárias para combater a crise de 2008-09, espécie de “QE” – Quantitative Easing brasileiro, mas devem ser reduzidas de agora em diante.

Do lado dos bancos públicos, o governo também aumentou a dívida bruta para dar recursos ao sistema financeiro oficial. Isso ocorreu para combater os efeitos da crise de 2008. Houve uma contração muito forte da oferta de crédito privado. Para manter a economia rodando e sustentar o investimento, a União tomou recursos a taxas de mercado (+/- 10% aa), e emprestou esses recursos a uma taxa subsidiada ao BNDES (2,5% a 5% aa). Com isso, o BNDES teve capacidade de atender à demanda de crédito, sustentando o nível de atividade da economia.

Assim como no caso das reservas internacionais, os empréstimos da União aos bancos públicos foram corretos, mas com um grande custo financeiro. Diferentemente do caso das reservas internacionais, não é mais necessário continuar aumentando os empréstimos da União aos bancos públicos. A intenção governamental, portanto, é reduzir seus aportes no BNDES e, gradualmente, reduzir o custo financeiro da dívida pública e abrir espaço fiscal para aumentar outros gastos, como os gastos sociais.

Programa-se, então, uma redução gradual e seletiva dos créditos concedidos a instituições financeiras oficiais, com eliminação de empréstimos com taxa de juro (TJLP) abaixo do custo de captação da União. É possível adotar um novo modelo para o BNDES com captação no mercado de capitais via debêntures e incentivos creditícios explícitos via equalização de taxa de juro no OGU, aprovados pelo Congresso Nacional.

O governo encerrará, então, a atuação antidepressiva dos bancos públicos, com o objetivo de reduzir os sucessivos aportes do Tesouro Nacional. Manteve-se a solidez do sistema financeiro doméstico com o papel que foi atribuído aos bancos públicos, logo após a crise financeira global de 2008, quando as instituições privadas se retraíram e as estatais tiveram que prover a economia de crédito. A participação dos bancos públicos na concessão de crédito que era de 33% em 2008 saltou para 50,5% este ano até julho.

Com a normalização dessa situação, a orientação governamental é que essas instituições públicas retornem às suas vocações naturais. Trata-se, portanto, de um reposicionamento dos bancos públicos na expansão do crédito ao investimento, abrindo espaço para o aumento da participação do financiamento privado nos investimentos da infraestrutura no Brasil. Não é possível que uma expansão do porte da que a economia brasileira necessita seja feita sem a criação de outros instrumentos de captação nos mercados de capitais, inclusive externos, via o sistema financeiro privado.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4134 Mensagem por Bourne » Dom Dez 01, 2013 2:38 pm

Agora um pouco de egocentrismo com alguém que declarou guerra ao governo.
Os Juros subiram … Eu estava certo !
28
quinta-feira
nov 2013

Fonte; http://jlcoreiro.wordpress.com/2013/11/ ... ava-certo/

Publicado por jlcoreiro em Macroeconomia estruturalista do desenvolvimento

Hoje o COPOM aumentou a Selic em 0,5 p.p, levando a taxa novamente para a casa dos dois dígitos. A tão propalada “nova matriz macroeconômica” se mostrou um grande fiasco. Em setembro de 2011, quando o BCB iniciou a redução da Selic, eu havia afirmado que a mesma era temporária. Vários nomes do “desenvolvimentismo” ficaram indignados com a minha posição, e tentaram calar a minha voz com todo tipo de golpe baixo e sórdido. Mas nada como o tempo para dizer quem tem a razão. Em um artigo publicado na FSP em dezembro de 2011 eu afirmei que:

“A redução da Selic em curso é meramente conjuntural, derivada da desaceleração do crescimento da economia brasileira, e será revertida quando o PIB voltar a crescer mais. Isso porque subsistem fatores estruturais para os juros elevados. Esses fatores não foram objeto de atenção, muito menos de formulação de política, por parte do governo da presidente Dilma.” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/ ... rais.shtml)

O resultado ai está: a Selic nominal voltou ao patamar de dois dígitos. Onde estão os que queriam me calar? Por que não admitem, honestamente, que estavam errados? Até quando iremos fazer política econômica com bravatas e murros na mesa ao invés de usar a cabeça para resolver os problemas da economia brasileira? Triste Brasil.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4135 Mensagem por Sterrius » Seg Dez 02, 2013 8:52 pm

Eu creio que o problema da gasolina que ja estava complicando só esta piorando.
Petrobras perde R$ 24 bilhões em valor de mercado, diz consultoria
Ações ordinárias da empresa caíram mais de 10% nesta segunda.
Valor de mercado da estatal terminou o dia em R$ 219,5 bilhões.



105 comentários
A queda de mais de 10% nas ações da Petrobras, ocorrida nesta segunda-feira (2), levou a uma perda de R$ 24 bilhões no valor de mercado da empresa, segundo a consultoria Economatica. O montante, que era de R$ 243,46 bilhões na última sexta-feira (29), passou para R$ 219,46 bilhões nesta segunda, de acordo com a consultoria.
saiba mais
Bovespa fecha em baixa puxada pela queda de mais de 10% da Petrobras
Petrobras aprova nova política de reajuste de preços de combustível
Petrobras anuncia reajuste de preço da gasolina e do diesel nas refinarias
O recuo nas ações, que foi o maior em cinco anos, segundo Economatica, ocorreu porque os investidores ficaram frustados com a falta de uma política transparente de reajuste de preços dos combustíveis pela companhia.
Na sexta-feira, a Petrobras anunciou elevação média do preço da gasolina nas refinarias no país em 4% e do diesel em 8%, em um momento em que sofre com um caixa apertado e alto endividamento. A medida vinha sendo buscada pela diretoria da Petrobras para reduzir a diferença entre o preço pago pelo combustível no exterior e o valor vendido no país. E já faz parte da metodologia de preços aprovada na última sexta.
No entanto, diferente do que esperava o mercado, a empresa disse que "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia".
Nesta segunda, as ações preferenciais, sem direito a voto, da Petrobras perderam 9,20% nesta segunda e as ordinárias, que dão direito a voto, desvalorizaram 10,37%. Desde novembro de 2008, quando caíram mais de 13%, os papéis da estatal não tinham queda tão acentuada, segundo a Economatica.
As ações da Petrobras ajudaram a puxar a Bovespa para a mentor cotação em cinco anos. A bolsa terminou o dia com queda de 2,36%, para 51.244 pontos, a menor cotação desde agosto deste ano.
Reajustes automáticos
Em outubro, a estatal anunciou que uma metodologia de reajustes automáticos havia sido aprovada pela diretoria, com a introdução de uma fórmula de precificação do diesel e da gasolina que desse maior previsibilidade à geração de caixa e redução dos índices de alavancagem da Petrobras.
"O que estamos prevendo é que a nova política contemple a nossa previsibilidade e permita a implantação do plano de negócios que temos", afirmou em outubro o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, referindo-se aos investimentos de US$ 236,7 bilhões previstos de 2013 a 2017.
De acordo com fato relevante da empresa, de 30 de outubro, os reajustes seriam "automáticos", baseados em diferentes "variáveis", o que não foi aprovado em reunião do Conselho de Administração.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4136 Mensagem por Bourne » Seg Dez 02, 2013 9:04 pm

Esse é fruto de misturarem a empresa com a política petrolífera brasileira. O resultado é que qualquer medida do preço da gasolina e outros derivados como política de governo impacta na Petrobras. Além de prejudicar a competição e as empresas privadas para investir em refinarias e distribuição.

O ideal é separar a Petrobras da política energética por meio de uma agência ou empresa pública que só faça isso. O problema é que fica evidente quanto custa absolver o impacto do aumento/queda do preço internacional. Não é barato e exige planejamento de longo prazo.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4137 Mensagem por Bourne » Seg Dez 02, 2013 9:22 pm

Exemplo de como fazer uma transferência de direito de propriedade para uma empresa privada. Por meio de uma concessão com um contrato mal especificado e elevados ônus para o bem-estar social. É claro que estou falando do Meu Paraná!!!!!!!

Por três motivos: i) falta de competição; ii) foco na quantidade de obras e quando quilômetros de rodovias secundárias seriam cuidados; e iii) nos anos 1990s o financiamento e capacidade de atração de interessados era baixa, onerando qualquer obra. O resultado é um pedágio extremamente oneroso (R$ 15,40 para percorrer menos de 100 km entre Curitiba e Litoral, por exemplo). Obras de maquiagem por que as concessionárias afirmam que perdem dinheiro e o contrato permite essas bondades.

Enquanto isso, as concessões de rodovias federais realizadas a pouco tempo tem um custo menor com a exigência de obras e melhorias equivalentes ou maiores. O resultado que para ir de Curitiba-Florianópolis existem quatro pedágios, cada um cobra R$ 1,70, totalizando R$ 6,80 para 300 quilômetros. Não caio nessa de dizer que a BR-101 (Floripa-Curitiba) é pior que a BR-277 (Curitiba-Paranaguá).

O esperava de um governo sério era tentar enrolar as concessionária e acordar a antecipação do fim do pedágio (finda em 2022). Em seguida abrir um novo processo de concessão com estrutura recente para reduzir o preço da tarifa e melhorar a conservação. Porém não é isso que passa na cabeça do nosso querido governador. :x

Não só pensando nos motoristas maionese como eu (aqueles que só dirigem em rodovias em feriado e fim de semana), mas principalmente no transporte de cargas que onera toda a cadeia de produção e distribuição. Pelo maior custo dos caminhões e tempo perdido por melhorias não realizadas. Inclusive vi algumas declarações de empresas que preferem trabalhar com os portos de santa catarino do que Paraná, elencando como um dos motivos o alto custo do pedágio para subir/descer a serra do mar até Curitiba, onerando toda a cadeia produtiva.
Paraná tem pedágio mais caro do mundo. Novo reajuste autorizado por Richa desmoraliza CPI na Assembleia
Postado por esmael em 30 nov 2013 | 36 Comentários

Beto Richa, que se desloca basicamente pelo ar, de helicóptero, autorizou novo reajuste nas tarifas de pedágio do Paraná a partir deste domingo (1º); descida de Curitiba para a praia, cujo percurso é de apenas 100 km, por exemplo, ida e volta, custará R$ 30,80 para carro de passeio -- é o pedágio mais caro do mundo; tucano tem agido como se fosse advogado das concessionárias em detrimento do interesse dos paranaenses; entidades técnicas e do mundo produtivo, órgãos de controle, vinham defendendo redução nos preços, bem como a CPI do Pedágio, que, como o aumento, foi transformada pelo governador em “CPI dos Patetas”.

Beto Richa, que se desloca basicamente pelo ar, de helicóptero, autorizou novo reajuste nas tarifas de pedágio do Paraná a partir deste domingo (1º); descida de Curitiba para a praia, cujo percurso é de apenas 100 km, por exemplo, ida e volta, custará R$ 30,80 para carro de passeio — é o pedágio mais caro do mundo; tucano tem agido como se fosse advogado das concessionárias em detrimento do interesse dos paranaenses; entidades técnicas e do mundo produtivo, órgãos de controle, vinham defendendo redução nos preços, bem como a CPI do Pedágio, que, como o aumento, foi transformada pelo governador em “CPI dos Patetas”.

O governador Beto Richa (PSDB) autorizou novo aumento nas tarifas do pedágio a partir deste domingo, 1º de dezembro, antecipando o presente de Natal às concessionárias das rodovias que cortam o Paraná. Quem paga a conta, como sempre, é o usuário das estradas privatizadas ainda no governo Jaime Lerner.

Uma “ingênua” descida de 100 km até às praias paranaenses pela a BR-277 custará R$ 15,40 para ir e R$ 15,40 para voltar de Curitiba, por exemplo. A ida e volta sairá por R$ 30,80, portanto, se configura o pedágio mais caro do mundo.

O governo do estado autorizou a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar) e o Departamento de
Estradas de Rodagem (DER), órgãos do governo do estado, que deveria zelar pelo usuário das rodovias, a concederem reajuste médio de 5,72% às concessionárias que exploram as 27 praças de pedágio.

Com o aumento de amanhã, Richa se mostrou “insensível” aos apelos dos deputados estaduais que compõem a CPI do Pedágio (clique aqui). Na prática, o tucano os fez de patetas. Poder-se-ia chamar aquela comissão, de agora em diante, de “CPI dos Patetas” (clique aqui).

O governador Beto Richa tem se revelado um bom advogado das concessionárias de pedágio. É bom recordar, inclusive, que ele levou pleitos das pedageiras até a presidenta Dilma que o fez “caminhar” ao dizer não à renovação de concessões (clique aqui). Na sequência, “inaugurou” mais praças de pedágios na PR-445 (entre Londrina e Mauá da Serra) e na PR-323 (entre Maringá e Guaíra). Além disso, o tucano retirou da Justiça ações “ganhas” contra as concessionárias (clique aqui).

Sobre aos serviços das concessionárias de pedágio no Paraná, várias entidades técnicas, dentre as quais o Crea, têm relatórios apontando que os usuários das rodovias privatizadas vêm sendo roubados há 15 anos com a anuência ou conluio do poder público (clique aqui para relembrar).
Órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE), vinham recomendando a redução das tarifas porque obras previstas em contratos não foram executadas. Ou seja, ter-se-ia argumentos de sobra até mesmo para que o estado encampasse as rodovias.

E agora, qual será a reação da CPI dos Patetas? Nunca é demais lembrar que essa comissão já havia afrouxado o sutiã quando se recusou a quebrar sigilos fiscais, bancários e telefônicos nas suas “investigações” (clique aqui). Também é salutar destacar que esse colegiado foi criado justamente no Dia Internacional da Pizza

Fonte: http://www.esmaelmorais.com.br/2013/11/ ... ssembleia/




Editado pela última vez por Bourne em Seg Dez 02, 2013 9:25 pm, em um total de 1 vez.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4138 Mensagem por Sterrius » Seg Dez 02, 2013 9:22 pm

Problema que a gente não ve nada sendo feito pra planejamento de longo prazo na area.

E apesar de ter sido aceitável no inicio quando a coisa estava +- controlada e estavel, esse tempo ja passou a alguns meses!




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4139 Mensagem por Pedro Gilberto » Ter Dez 03, 2013 12:29 am

Bourne escreveu:Esse é fruto de misturarem a empresa com a política petrolífera brasileira. O resultado é que qualquer medida do preço da gasolina e outros derivados como política de governo impacta na Petrobras. Além de prejudicar a competição e as empresas privadas para investir em refinarias e distribuição.

O ideal é separar a Petrobras da política energética por meio de uma agência ou empresa pública que só faça isso. O problema é que fica evidente quanto custa absolver o impacto do aumento/queda do preço internacional. Não é barato e exige planejamento de longo prazo.
Não há como fazer planejamento de longo prazo com ativos cuja variação são diárias (dolar e petroleo) e ainda sujeitos grandes movimentos especulativos.

O efeito na queda das cotações deveu-se a expectativa de investidores/especuladores que esperavam que com a divulgação do modelo de reajuste fosse formulado um modelo para montar posições com derivativos cambiais, preço do barril, títulos atrelados à inflação e opção de ações da Petrobras. Ao não divulgar, desarmou-se a possibilidade de montar esse modelo.

Creio que o ideal agora seria retomar a CIDE na gasolina nas próximas semanas a fim de melhorar a arrecadação em 2014 destinando-a ao atingimento de uma meta menor de superávit primário mas sem "contabilidades criativas".

Os impactos esperados seriam:

1) o aumento o preço da gasolina desistimularia seu consumo, e melhoraria a competitividade do etanol. O aumento de consumo do etanol teria que se dar via aumento de produção e não diminuição de sua exportação ou aumento de importação;

2) retirar do mercado o discurso de desequilibrio fiscal, ao destinar a arrecadação extra ao cumprimento de superávit primário, reduzindo qualquer chance de rebaixamento da classificação da dívida;

3) Ocorrerá um impacto inflacionário neste momento inicial, mas esse impacto poderá ser diluido ao longo do ano de 2014 corresponde ao período de mensuração da meta de IPCA. No médio prazo, ao retirar recursos de circulação destinando-o a "poupança" do superavit colaboraria no melhor equilibrio macro-economico.

Medidas auxiliares como a determinação da mistura do biodiesel B7 e planejamento da mistura B10 também ajudariam nesse cenário.

[]´s




Editado pela última vez por Pedro Gilberto em Ter Dez 03, 2013 12:41 pm, em um total de 1 vez.
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4140 Mensagem por cassiosemasas » Ter Dez 03, 2013 12:50 am

é, sim, o resultado de uma política macroeconômica equivocada que gerou um aumento irreal e não sustentado do salário real no Brasil”
o que seria um salário real?!




...
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