De positivo, a aprovação das características de navegação do casco atual da Barroso, e seu aproveitamento na nova corveta.
Outra questão, também positiva a meu ver, é a determinação do uso dos novos HM-16 nas corvetas; isto em muito facilitará a homogenização da frota e de sua manutenção, como também permitirá, no longo prazo, que se opte por mais aquisições destes helos, para além do estabelecido pelo PAEMB, além é claro, do óbvio reforço na capacidade operativa do navio em alto mar, e nas missões em águas marrons.
Quanto a adoção da I-Mat 100 penso que é apenas questão de forma e conteúdo. A MB gostou muito desta torre e ela, há bem dos custos envolvidos, tenderá a pagar os seus benefícios no curtíssimo prazo.
No que diz respeito aos sistemas de armas da CV-03, penso que está mais do que condizente com o que a MB já vem trabalhando hoje em dia, e inclusive, deve permitir no médio prazo o aporte de referenciais técnico-operacionais próprios, quando da escolha dos sistemas relativos aos navios do Prosuper. Mesmo no sentido de cooperação industrial e tecnológica.
Não foi mencionado no texto, mas se a MB insistir no calibre maior a vante, o 127 da Oto Melara é um sério candidato.
No caso dos mísseis AAe, o sistema Umkonto pode, a meu ver, estar em certa vantagem, visto a relação que a MB e a Denel já possuem, e o velado interesse público da MB no desenvolvimento da nova família deste sistema. A parceria pode fruir melhor agora, se esta questão da colaboração/parceira no desenvolvimento da família seja entendida e exposta aos políticos como sendo um mote a mais para a nacionalização do sistema AAe e o consequente apoderamento da industria nacional sob o viés da END, nesta mister do projeto das corvetas. Resta saber que requisitos de desempenho a MB estabeleceu para estes sistemas que equiparão a nova corveta. Mas tendo a crer que se o Umkonto está lá...

No mais, a questão da tripulação é o de menos. E tenderá a baixar um pouco, de forma a adequar-se as capacidades e conveniências das novas tecnologias inseridas neste navio. A MB, pratica como ela sabe ser, com certeza no momento oportuno irá encertar a solução mais cabível.
Há sim, excelente notícia a possibilidade de projetarmos e construirmos os nossos próprios NaPaOc, por meio de projeto das novas CV Barroso. As soluções estão aparecendo. E quanto mais verde-amarelas elas forem, melhor para nós, e porque não dizer, para os donos da caneta, que gostam mais de verde do que de amarelo.
abs.