As pessoas subestimam muito os militares do Exército brasileiro. A profissão desse pessoal é justamente essa, conhecer e lidar com armas. Com certeza, eles sabem muito bem o que é uma "Minimi" 7,62. Agora, e quem é que já comprovou se esta arma tem a mesma resistência e durabilidade de uma velha MAG 7,62 mm? Metralhadoras mais modernas neste calibre podem ser mais leves, e isto é bom por um lado para os serventes das peças, na hora de ter de carregar suas "meninas" (como diz Cabeça-de-Martelo). Por outro lado, elas também podem ser menos resistentes e, depois de algum tempo em ação, podem enjambrarem, e isto é muito, MUITO ruim para os serventes das peças no meio de um combate.Cross escreveu:Eu vou arriscar um chute e dizer que o pessoal do EB encarregado desse tipo de decisão sequer sabe da existência dessa versão 7.62 da MINIMI.
Eu já li um veterano americano apontando o seguinte fato: uma metralhadora 7,62 mais leve, portanto menos robusta, pode ser uma boa opção para o soldado de operações especiais. Por quê? Porque esse pessoal, se for utilizado CORRETAMENTE, de acordo com suas funções prescritas, empregará suas armas de forma muito rápida e pontual em suas missões que, via de regra, consistem em entrar, sem chamar a atenção; arrebentar alguma coisa ou alguém, e sair o mais rápido possível. Então, eles podem nesse tempo, queimar uma enormidade de cartuchos com suas metralhadoras, sem muita preocupação de que elas "abram o bico" algum tempo depois. Já tal armamento talvez não seja o ideal para o soldado comum de infantaria, porque a missão desse é de uma duração mais longa, e portanto, precisa contar com uma robustez e resistência a longo prazo de sua arma. Coisa que, normalmente, implica em um peso maior, como é o caso da velha MAG. A gente lê por aí, que a MAG é como o FAL, praticamente indestrutível pelo uso continuado.
Então, a pergunta deveria ser: existe alguma razão prática para que o Exército troque suas metralhadoras MAG por algum tipo novo? As MAG brasileiras já estão desgastadas? O Exército não está mais conseguindo adquirir sobressalentes para elas? Caso seja assim, com certeza, já há alguma comissão do pessoal do material bélico do Exército estudando as coisas, sem que ninguém por aqui saiba.
Confesso que fiquei surpreso com a escolha da "Minimi", pois foi algo que - pelo menos analisando os tópicos do Fórum DB - correu em absoluto segredo. Muita gente - eu incluído! - conjecturando sobre o que seria feito (construção de FAP IA2 5,56/7,62; manutenção dos velhos FAP-FN; GC sem armas automáticas de apoio). Aí, a gente fica sabendo que já havia uma comissão estudando estas coisas e que recomendara ao Estado-Maior a adoção da "Minimi". Proposta que foi aceita. E fim de história. Então, o mesmo vale para alguma hipotética substituição da MAG.