MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4051 Mensagem por GustavoB » Dom Set 29, 2013 6:54 pm

Que dizer dos supostos brasileiros que festejam tal matéria?

[024]




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4052 Mensagem por Sterrius » Dom Set 29, 2013 9:14 pm

A vários motivos pelo qual uma pessoa faria isso, infelizmente absurda maioria nada saudável ou preocupada com a sociedade que alega defender.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4053 Mensagem por Bourne » Ter Out 01, 2013 4:31 pm

Petroleira de Eike, OGX opta por não pagar juros de dívida milionária
Companhia afirma, em fato relevante, que tem 30 dias para adotar medidas sem que seja caracterizado vencimento antecipado do financiamento

Marília Almeida - iG São Paulo | 01/10/2013 10:40:41 - Atualizada às 01/10/2013 14:02:38

Fonte: http://economia.ig.com.br/empresas/2013 ... naria.html

A petroleira OGX comunicou nesta terça-feira (1) ao mercado que optou por não pagar as parcelas referentes a juros remuneratórios, no valor aproximado de US$ 45 milhões, referentes às Senior Notes emitidas pela controlada da companhia, OGX Austria GmbH, que vencem hoje.

É o primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana.

Leia também: Depois do calote da OGX, de Eike, mercado mostra pessimismo

O não pagamento dos juros referentes à dívida de US$ 1,1 bilhão em bônus com vencimento em 2022, emitidos pela OGX Austria, controlada da OGX, já era amplamente esperado, diante da crítica situação de caixa da petroleira.

A companhia alega que está em processo de revisão de sua estrutura de capital e revisa seu plano de negócios.

Para isso, contratou como assessores o banco de investimentos Lazard e o Blackstone para coordenar as discussões com os envolvidos no processo, dentre eles, os detentores das senior notes.

A OGX informa, em fato relevante, que, pelas cláusulas que regulam a emissão, tem 30 dias para adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida.

Derrocada

A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.

Leia também: Poucos centavos fazem OGX deslizar no Ibovespa em meio a possível calote

Com pouco dinheiro disponível e fracasso em sua campanha exploratória até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.

A OGX espera completar a venda de uma fatia em blocos de petróleo que possui para a malaia Petronas, para conseguir um alívio no caixa.

A Petronas, porém, aguarda a conclusão da reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio de US$ 850 milhões com a petroleira brasileira.

No total, apenas em bônus no mercado internacional a OGX tem dívida de US$ 3,6 bilhões.

*Com informações da Reuters




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4054 Mensagem por GustavoB » Qua Out 02, 2013 5:52 pm

Mantega derrete, a economia derrapa e o país afunda

29 de setembro de 2013
By Professor Hariovaldo

Já falido inúmeras vezes pela equipe da búlgara escarlate, o país mergulhou novamente rumo ao abismo sem fundo da crise econômica mundial graças à Guido Mantega, o comandante do desastre, o capitão do Costa Concórdia brasileiro. Os índices são os piores possíveis, o desemprego impera, as vagas na indústria sumiram, a retração salarial é norma, o deficit público supera a casa dos trilhões, enfim, a equipe liderada por Pedro Malan é a única capaz de reverter esse quadro assustador em que Dilma nos colocou, evitando que o país quebre.

Assim como a economia, a ética também derreteu, tão logo o sol do bolchevismo petista começou a brilhar sobre a Pátria. Dado a beber, o ex-presidente Lula só queria curtir a boa vida que tinha e nada de governar, que era sua função, com isso, o Brasil foi se encaminhando para o abismo em que se encontra, para onde já se foram o probidade, a competência, a honestidade e a dignidade. Aécio Neves é o único filho dos homens bons capaz de reverter essa situação.

Com a onda de violência gerada pela crise, o desemprego e a carestia, culpa do PT, a população brasileira sofre cada vez mais em meio a uma guerra civil provocada por esta governante que aí está, Dilma dilmosa, uma presidenta gorda e sebosa, o apocalipse já começou, por conta de sua vaidade, incompetência, arrogância e prepotência. Com essa gente no poder não poderemos continuar, visto que a nata do homens bons é cada vez mais assolada pela escumalha sem rumo que vaga pelas cidades do país. Roberto Freire é o único que pode nos auxiliar a nos livrarmos desse tipo de situação.

Enfim, o tempo exige sobriedade, Aécio Neves é a bola da vez, apoiaremos-o com altivez, caso Serra não consiga ofuscá-lo completamente.

Para o alto e avantes.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4055 Mensagem por Bourne » Qua Out 02, 2013 10:14 pm

Discussões interessantes...
10º Fórum de Economia
Data:
Seg, 30/09/2013 - 08:30 - Ter, 01/10/2013 - 16:30
Local:
FGV-EESP

Uma estratégia para dobrar a renda per capita do Brasil em 15 anos?

Fonte: http://cemacro.fgv.br/node/372
Entre os destaques a apresentação de abertura com Guido Mantega. Normalmente nunca se cumpre o que apresenta, mas é bom ter uma ideia do que se pensa no grupo dominante no governo.





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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4056 Mensagem por Wingate » Qua Out 02, 2013 10:45 pm

GustavoB escreveu:Mantega derrete, a economia derrapa e o país afunda

29 de setembro de 2013
By Professor Hariovaldo

Já falido inúmeras vezes pela equipe da búlgara escarlate, o país mergulhou novamente rumo ao abismo sem fundo da crise econômica mundial graças à Guido Mantega, o comandante do desastre, o capitão do Costa Concórdia brasileiro. Os índices são os piores possíveis, o desemprego impera, as vagas na indústria sumiram, a retração salarial é norma, o deficit público supera a casa dos trilhões, enfim, a equipe liderada por Pedro Malan é a única capaz de reverter esse quadro assustador em que Dilma nos colocou, evitando que o país quebre.

Assim como a economia, a ética também derreteu, tão logo o sol do bolchevismo petista começou a brilhar sobre a Pátria. Dado a beber, o ex-presidente Lula só queria curtir a boa vida que tinha e nada de governar, que era sua função, com isso, o Brasil foi se encaminhando para o abismo em que se encontra, para onde já se foram o probidade, a competência, a honestidade e a dignidade. Aécio Neves é o único filho dos homens bons capaz de reverter essa situação.

Com a onda de violência gerada pela crise, o desemprego e a carestia, culpa do PT, a população brasileira sofre cada vez mais em meio a uma guerra civil provocada por esta governante que aí está, Dilma dilmosa, uma presidenta gorda e sebosa, o apocalipse já começou, por conta de sua vaidade, incompetência, arrogância e prepotência. Com essa gente no poder não poderemos continuar, visto que a nata do homens bons é cada vez mais assolada pela escumalha sem rumo que vaga pelas cidades do país. Roberto Freire é o único que pode nos auxiliar a nos livrarmos desse tipo de situação.

Enfim, o tempo exige sobriedade, Aécio Neves é a bola da vez, apoiaremos-o com altivez, caso Serra não consiga ofuscá-lo completamente.

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Anauê! Perto desse aí o Ayatollah Khomeini é trotskista!!! :shock:

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4057 Mensagem por Boss » Dom Out 06, 2013 5:25 am

Agronegócio inova e puxa crescimento
Enquanto o setor agrícola investe cada vez mais em tecnologia e expande a produção, a indústria recorre ao Estado para resolver seus problemas
05 de outubro de 2013 | 18h 17
Notícia

Lourival Sant’Anna - O Estado de S. Paulo

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SÃO PAULO - Quando se olha para o desempenho da agricultura, a sensação é a de que existem dois Brasis: um que anda para a frente e outro que patina. A agricultura e a pecuária aumentam sua produção ano a ano, sem ocupar novas áreas, e suas exportações crescem no mesmo ritmo. Se o resto do País - em especial a indústria - andasse no mesmo ritmo, o Brasil estaria noutro patamar. Mas os números mostram que a agricultura está rebocando o restante da economia - que se arrasta como um carro com o freio de mão puxado.

Como dois setores de um mesmo País podem se comportar de maneira tão distinta? Especialistas ouvidos pelo Estado apontam um motivo de ordem histórica e outro geográfico. O histórico é a relação entre esses dois setores e o Estado.

Os fabricantes de máquinas e insumos agrícolas e os produtores se servem do setor público na forma de institutos de pesquisa e órgãos de assistência técnica que apresentam soluções que impulsionam sua produtividade e competitividade, observa o economista José Roberto Mendonça de Barros. Já a indústria, "quando tem um problema, pede ajuda ao governo, na forma de redução de seus impostos e de aumento das tarifas de importação". O governo invariavelmente atende, e a indústria não tem incentivo para investir em inovação.

Na agricultura, "a inovação foi facilitada pelas especificidades geográficas", analisa Mendonça de Barros. "Não dá para importar tecnologia para a agricultura brasileira, que é tropical", concorda o empresário Pedro de Camargo Neto. "É a mesma situação do petróleo", compara Mendonça de Barros. "O Brasil desenvolveu a tecnologia do pré-sal porque ninguém viria aqui fazer isso por ele."

Para o economista, "a inovação tecnológica faz parte do dia a dia dos fabricantes de insumos e máquinas e dos produtores grandes, médios e pequenos". Em contraste, no setor industrial, multinacionais se instalam no País para se beneficiar do protecionismo tarifário oferecido ao parque nacional, e adaptam-se ao ambiente de preços altos, margens de lucro grandes e quase nenhum investimento em pesquisa e desenvolvimento.

O resultado mais visível dessas dinâmicas opostas - ou "interfaces díspares", como as chama Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas - está na balança comercial. No ano passado, o saldo comercial da agropecuária foi de US$ 79,4 bilhões e o da economia brasileira como um todo, de US$ 19,4 bilhões. "Se não fosse o agronegócio, o saldo teria acabado há muitos anos", estima Rodrigues, ministro da Agricultura entre 2003 e 2006.

O abismo se aprofunda mês a mês. O saldo do agronegócio continua crescendo, mas em ritmo mais lento do que a queda no setor industrial, do qual se originam as outras exportações. Tanto assim que, de agosto de 2012 a julho de 2013, o saldo comercial do agronegócio foi de US$ 83,9 bilhões e o do Brasil como um todo, de US$ 4,5 bilhões. Significa dizer que, sem o agronegócio, haveria um déficit de US$ 79,4 bilhões.

Produtividade. Internamente, a eficiência da agropecuária se mede pela relação entre produção e área ocupada. De 1990 a 2011, a área plantada de grãos expandiu 40%, enquanto a produção cresceu 220%. Hoje a área plantada de grãos é de 53 milhões de hectares. Se a produtividade não tivesse aumentado, seriam necessários mais 66 milhões de hectares para produzir a atual quantidade de grãos. "Houve um espetacular aumento da produção sem necessidade de desmatar", ressalta Roberto Rodrigues, que também é produtor. "Isso mostra a sustentabilidade da nossa agricultura."

Eliseu Alves, o segundo presidente da Embrapa, autor de um estudo sobre produtividade, destaca que ela tem crescido de 3% a 4% ao ano. Se, de 1970 para cá, a produtividade tivesse continuado a mesma, teria sido necessário desmatar 150 milhões de hectares para alcançar a produção atual.

O consultor Marcos Jank apresenta outro indicador: com a introdução da segunda safra - algo que só acontece no Brasil, graças a uma combinação de condições climáticas e tecnologia -, a área plantada do milho caiu de 12 milhões de hectares para 7 milhões, porque boa parte do milho hoje é cultivada na mesma área que a soja.

Na pecuária, o número de cabeças por hectare saltou de pouco mais de 0,8 para quase 1,2 entre 1990 e 2011 - um aumento de 50% na eficiência. A área ocupada pelo gado diminuiu de cerca de 178 milhões de hectares para 172 milhões. Parte desse resultado se deve aos avanços da zootecnia, que permitiram diminuir o ciclo de vida dos bois, dos frangos e dos porcos. Antes se matava o boi com quatro anos e o frango, com 90 dias; agora, são dois anos e 60 dias, respectivamente.

Aqui, há uma dinâmica virtuosa: o crescimento da produtividade da pecuária decorre da pressão da agricultura, diz Marcos Jank. O aumento dos preços globais da soja e do milho tem elevado o valor da terra, que obriga a pecuária a obter ganhos de eficiência para sobreviver.

Segundo pesquisa da consultoria Informa Economics/FNP, entre o primeiro bimestre de 2003 e o último de 2012, o preço médio da terra no Brasil aumentou 227%. A cotação média do hectare saltou de R$ 2.280 para R$ 7.470. O preço da terra subiu 12,6% ao ano, enquanto a inflação média anual, conforme o IGP-DI, foi de 6,4%.

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 6586,0.htm




REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4058 Mensagem por Sterrius » Dom Out 06, 2013 9:03 am

Arre, pegar minha enxada logo. :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4059 Mensagem por J.Ricardo » Seg Out 07, 2013 6:10 pm

Balança comercial fica positiva pela 1º vez no ano após 'exportação' de plataforma
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... orma.shtml

Voltamos a época das vacas magras, quando nossa balança comercial só ficava positiva quando alguma aérea devolvia um avião que tinha adquirido em forma de leasing? Tempos negros aqueles... e olha que naquela época o real valia mais que o dólar!




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4060 Mensagem por Sterrius » Seg Out 07, 2013 7:11 pm

È pq não deu pra criticar que ficou negativa de novo, ja que os meses de superavit finalmente fizeram a balança comercial se estabilizar.

Então o jeito foi dizer que 1 plataforma fez toda a diferença. :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4061 Mensagem por Pedro Gilberto » Seg Out 07, 2013 11:19 pm

Esse estudo subverte em muito a noção sobre o mercado de trabalho no país
Não falta mão de obra qualificada no Brasil, diz Ipea
Trabalho | 07/10/2013 16:25

Para o Ipea, os desempregados de hoje são, em sua maioria, qualificados. Se há escassez, diz instituto, é de mão de obra não qualificada

São Paulo - Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta segunda-feira derrubou uma das principais reclamações dos empresários brasileiros: a de que não há mão de obra qualificada no país, o que eleva os salários muito acima da produtividade em diversos setores.

De acordo com o estudo "Um retrato de duas décadas do mercado de trabalho brasileiro utilizando a PNAD", publicado hoje, a participação dos trabalhadores mais qualificados - com mais de 11 anos de estudo - entre o total de desempregados saltou de 20%, em 1992, para mais de 50%, em 2012.

Esse é um dos indícios que sugere, na avaliação do instituto, que se há mesmo escassez de mão de obra, é da não qualificada.

"As análises oferecem fortes evidências contrárias à noção de que haveria uma escassez de mão de obra qualificada no país”, diz o comunicado (veja na íntegra ao final).

Na mesma direção, o Ipea afirma que a maior expansão de oferta de trabalho é verificada dentre o grupo das pessoas qualificadas, com aumento contínuo entre 1992 e 2012, mas intensificado na última década.

A expansão é ainda mais substancial comparando a oferta relativa de mão de obra mais qualificada com relação ao grupo com menor qualificação.

O maior crescimento se deu nos grupos com ensino médio completo e com algum ensino superior (isto é, com 11 a 14 anos de escolaridade), o mais alto na escala medida.

O Ipea analisou a oferta relativa de mão de obra por diferentes níveis de qualificação, usando o nível de escolaridade medido pelo PNAD, do IBGE.

O Instituto usou também o conceito de “unidades de eficiência” para medir o total de trabalhadores por nível de qualificação – procedimento usual na literatura internacional.

O documento faz, no entanto, a ressalva de que é possível que setores específicos tenham escassez de profissionais qualificados e especializados, porém, não é o cenário do mercado de trabalho como um todo.

Veja abaixo o documento na íntegra:

http://exame.abril.com.br/economia/noti ... pea?page=2
[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4062 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Out 08, 2013 4:07 am

Li por cima mas vi vários problemas com o estudo, vamos direto ao que interessa a conclusão dele, que é algo mais ou menos assim:
A maior proporção de desempregados tem ensino superior por isso o que falta é mão de obra desqualificada.
E ai está toda a falácia do estudo, ele assume que quem tem ensino superior é mão de obra qualificada, mas não é assim que o mercado de trabalho funciona, não basta ter um diploma, é precisa saber exercer a função e, devido as milhares de universidades vagabundas país a fora, muitas pessoas com diploma não sabem fazer o que se espera delas e não conseguem um emprego, alguns insistem e não aceitam o fato de terem feito uma faculdade e não poderem exercer a profissão o que resulta na taxa de desemprego, se fosse considerada mão de obra qualificada apenas os que sabem o que se espera deles a falta de mão de obra qualificada ficaria mais clara.

No politicamente correto talvez criem uma nova categoria para esses casos, "mão de obra qualificada de baixa qualidade"
:roll:

E não, não vi estudos sobre a qualidade da mão de obra qualificada, faço entrevistas para contratar pessoas analisando a parte de técnica e o que encontro e muita gente com diploma que não sabe p*** nenhuma e, os que aparecem lá e sabem alguma coisa geralmente estão empregados procurando emprego melhor, não é difícil perceber o que realmente acontece no País.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4063 Mensagem por Bourne » Ter Out 08, 2013 8:13 am

Estudos a respeito da desqualificação da mão-de-obra qualificada não conheço também. Porém é só conversar com um profissional formado em universidades diferentes para sentir que muitos tem um nível baixo de compreensão da profissão e base para aprofundar com cursos de pós-graduação diversos.

Por outro lado, o empresário brasileiro gosta de reclamar e pagar pouco por profissional de ponta. Não aprenderam que existe uma relação direta entre a capacidade e qualificação com as condições de trabalho e ganhos. Além de muitas empresas não terem noção de como usar profissionais mais qualificados.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4064 Mensagem por LeandroGCard » Ter Out 08, 2013 12:06 pm

Esta questão da qualificação profissional é realmente muito complicada.

De cara dá para observar que os empresários e o IPEA estão falando de coisas diferentes. Os empresários querem profissionais realmente habilitados e de preferência experientes nas tarefas que deverão ser desempenhadas, independentemente da formação, enquanto o IPEA (e na verdade o governo em geral) avalia a qualificação apenas em função dos anos e do nível de escolaridade, até por não ter como avaliá-la de outra forma. Daí as discrepâncias.

Esta "diferença de enfoque" tem consequências muito sérias, pois leva as ações de governo a se concentrarem na expansão dos cursos de formação de nível médio e superior (e ainda com a questão da qualidade colocada em segundo plano), ao passo que o que realmente se necessita é de um ambiente econômico estável que permita que os setores que empregam mão de obra mais especializada (principalmente o industrial) possam manter o pessoal que já tem experiência trabalhando no ramo e ainda contrate novos empregados para irem aprendendo com os mais antigos. Em um ambiente onde a situação destes setores é de altos e baixos o que mais acontece é que nos períodos de baixa se perdem os profissionais mais experientes (que custam mais caro) e não se formarem novos (já que não há novas contratações em ritmo suficiente), e aí nos períodos de alta não existe mão de obra qualificada mesmo, independentemente da formação acadêmica.

Descartando a importação de profissionais estrangeiros a solução para isso é de médio e longo prazo, e exige a estabilidade econômica nos setores intensivos em mão de obra especializada, para permitir a sua formação. E deste assunto nem mesmo se fala dentro do governo, só o que interessa é o ritmo de crescimento global da economia e da taxa de desemprego geral, seja ela de engenheiros e técnicos especialistas ou de apertadores de parafusos ou assentadores de tijolos. Se por exemplo a construção civil (com baixa proporção per-capita de engenheiros e técnicos de maior nível) e as montadoras de automóveis (que trazem os projetos prontos do exterior) vão bem, pouco importa o que acontece na indústria de bens de capital ou de equipamentos especializados (e na verdade muitas outras, que vão de utilidades domésticas à armamentos), já que tudo vai na mesma rúbrica de "indústria".


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4065 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Out 08, 2013 2:37 pm

Sim, estão falando de coisas diferentes, mas não consigo engolir que seja acidente... Não é segredo pra ninguém que o ensino de uma forma geral é uma droga e que isso não serve para o mercado de trabalho, mesmo com o governo fingindo que não sabe disso não consigo acreditar que eles realmente não saibam.

E também, não acho que a "diferença de enfoque" faz o governo investir no lado errado, pro político médio a conta é simples, quantidade é mais fácil que qualidade, depois o foco é escolhido para justificar isso, não o contrário, se, por algum milagre, o próximo governo decide melhorar a qualidade do ensino não faltaria estudos para mostrar o quanto isso é importante e prioritário.

Sobre a questão da experiência, sim empresários preferem empregos com experiência, o que nem sempre existe, mas isso não adianta jogar a culpa neles, o jovem perde 4 a 6 anos de vida numa faculdade que não ensina m**** nenhuma e depois o empresário tem que financiar os aprendizado real dele? Pro empresário qualificar a mão de obra não é um investimento brilhante, o cara aprende as custas da empresa e depois vai pro concorrente, é melhor tirar alguém da concorrência nessa situação, o papel do empresário não é esse.




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