Alternativas para fim do FX2

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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rodrigo
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2086 Mensagem por rodrigo » Qua Set 04, 2013 1:06 pm

Venda bilionária

As revelações da espionagem dos EUA sobre Dilma Rousseff podem ter acertado, como consequência, um alvo caro à indústria bélica americana: a Boieng, que passara a ser a favorita para a venda dos caças para a Aeronáutica, negócio avaliado em 5 bilhões de dólares.

Três anos atrás, os Rafale franceses eram os franco-favoritos – sem trocadilho – para vender os caças. Estava praticamente tudo acertado entre Brasil e França, quando Lula enfezou-se com Nicolas Sarkozy. Lula considerou traição à política externa brasileira o voto da França na ONU a favor de sanções diplomáticas ao Irã.

Do jeito que a coisa vai, o negócio pode cair no colo dos suecos da Saab.

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on- ... ao-brasil/
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2087 Mensagem por Boss » Qua Set 04, 2013 1:15 pm

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2088 Mensagem por kirk » Qua Set 04, 2013 1:19 pm

Boss escreveu:Imagem
Não adianta chorar ! :mrgreen:
[] kirk

Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2089 Mensagem por Bourne » Qua Set 04, 2013 1:28 pm

Penguin escreveu:EUA podem apoiar Brasil para órgão da ONU

04/09/2013
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O governo dos EUA cogita dar apoio à pretensão brasileira de ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU para tentar aplacar a crise decorrente da revelação de espionagem americana de comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores.
:lol: :lol: :lol:

Mais uma estratégia para enganar político ingênuo. O apoio não sai e muito menos a reforma do conselho de segurança nesses termos. Não tinha clima para isso nos anos 1990 e começo de 2000s. Agora menos ainda. Os países médios não aceitavam ou aceitam isso.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2090 Mensagem por Olinda » Qua Set 04, 2013 3:27 pm

Penguin escreveu:EUA podem apoiar Brasil para órgão da ONU

04/09/2013
IGOR GIELOW
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


O governo dos EUA cogita dar apoio à pretensão brasileira de ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU para tentar aplacar a crise decorrente da revelação de espionagem americana de comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores.

O cenário vem sendo discutido desde anteontem, segundo a Folha apurou, após o Brasil ter usado termos duros para exigir uma resposta à revelação de que a NSA (Agência de Segurança Nacional) americana tinha acesso ao conteúdo de conversas no alto escalão brasileiro.

O principal defensor da medida é o vice-presidente Joe Biden, que já vinha atuando junto ao Palácio do Planalto, tendo telefonado para Dilma logo após a eclosão do escândalo de espionagem em julho --antes, porém, da revelação de que o caso atingia a própria presidente.

A vontade americana mais urgente é salvar politicamente a visita de Estado de Dilma a Washington, em outubro, que ela pode cancelar. E, se possível, recolocar nos trilhos o principal negócio que poderia avançar nela --a venda de caças Boeing F/A-18 Super Hornet ao Brasil.

Há consenso nos meios diplomáticos de que desculpas não resolverão o problema, e de que Biden queimou-se como interlocutor por não ter jogado abertamente no telefonema de julho.

Como já ficou claro à delegação brasileira que foi discutir o monitoramento nos EUA, tampouco há disposição de Washington para mudar protocolos ou compartilhar mais dados.

Assim, restaria o gesto político. Isso ocorreu em 2010, quando Obama fez uma delicada visita à Índia. Naquele momento, o país asiático questionava os elos entre EUA e Paquistão, seu rival histórico, e uma série de questões comerciais.

Obama então fez o anúncio de apoio à pretensão indiana de ter uma vaga no Conselho de Segurança.

Desde então, os laços entre os países se aprofundaram, ainda que a cadeira na ONU permaneça no campo das ideias.

Diplomatas esperavam que o presidente pudesse falar com Dilma amanhã, na reunião do G20 em São Petersburgo, mas até ontem não havia essa sinalização.

A titularidade no conselho, hoje privilégio dos principais vencedores da Segunda Guerra Mundial (EUA, Rússia, Reino Unido e França) mais a China, dá poder de veto em questões como autorização para atacar outros países.

É objeto de desejo da diplomacia brasileira desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Há fortes restrições, contudo, à ideia dentro do Departamento de Estado --que era contrário ao endosso a Nova Déli. Setores creem que, além de ser uma promessa de difícil implementação, o apoio causaria desequilíbrio regional em favor do Brasil.

Em relação aos caças, a Folha apurou que o escândalo caiu como uma bomba entre os negociadores da Boeing e do governo americano.

Os norte-americanos haviam tomado a dianteira no negócio, que pode chegar a mais de R$ 15 bilhões, e agora enfrentam um significativo empecilho político na disputa com França (Rafale) e Suécia (Gripen).

Qual a finalidade do Conselho de Segurança da ONU?

Os EUA pediram aprovação do Conselho de Segurança para atacar a Siria?
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Re: aom

#2091 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Set 04, 2013 3:52 pm

Penguin escreveu:As relações potência / peso do SH e do Rafale são realmente muito diferentes?
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                        Com pós combustor        Sem pós combustor
             Peso      Empuxo         E/P       Empuxo         E/P
F-18E       14552       20000        1,37        12714        0,87
F-15E       14300       26449        1,85        16143        1,13
Su 35       18400       29000        1,58        17600        0,96
Rafale C     9500       15433        1,62        10200        1,07
Typhoon     11150       18200        1,63        12245        1,10
Gripen NG    7000       10000        1,43         6382        0,91
O seu Rafale ficou 1 tonelada mais pesado, uns 500kg a mais até entendo já que você usou o Rafale M, mas de onde vem os outros 500kg?

E não deixa de ser interessante que, mesmo com mais uma tonelada no Rafale e uns quilinhos a menos no F-18 o primeiro ainda tem uma relação empuxo/peso melhor, só com peso máximo de decolagem o F-18 se sobressai mas não por uma qualidade do avião, e sim porque, apesar do Rafale ser menor ele tem maior capacidade de carga.
bcorreia escreveu:Essa questão de desempenho por relação potência/peso não é meio furada não? Não seria necessário levar em consideração questões como perfil aerodinâmico, arrasto e superfície alar?
Sim, existem outros fatores, mas é muito dificil melhorar outros fatores nos aviões, por exemplo, é muito dificil reduzir o arrasto em 20%, aumentar a potência em 20% é relativamente simples, assumindo que os engenheiros espalhados pelo mundo tenham competência similar o que se espera é que não haja uma grande diferença no arrasto de um avião para outro, algo mais ou menos proporcional ao peso com uma pequena vantagem para aviões maiores e uma outra pequena vantagem para aviões mais recentes.

A relação empuxo/peso é muito importante em alguns aspectos (mesmo não dependendo só disso) do desempenho como por exemplo, aceleração e razão de subida, e também afeta em menor escala outros aspectos como razão de curva sustentada e velocidade máxima, se fossemos classificar os aviões da tabela acima pela razão de subida inicial ficaria mais ou menos assim:

1) Typhoon: 315m/s
2) Rafale: 305 m/s
3) Su 35: 280 m/s
4) F-15E: 254 m/s
5) F-18E: 228 m/s

Dados da Wikipedia, Gripen NG não está na lista por não existir, F-22 não teve esse informação divulgada.


E por fim Bruno, se na relação empuxo/peso que envolve apenas o empuxo dos motores e peso do avião ta dificil chegar em um acordo, imaina o arrasto que é muito mais complicado!
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2092 Mensagem por Petry » Qua Set 04, 2013 4:14 pm

Luís Henrique escreveu:
Brasileiro escreveu:Andei pensando se talvez a velocidade não seja um parâmetro mais importante do que o alcance, ou melhor, o raio de ação.

Veja como essa ideia de 'raio de ação' pode ser enganadora:

-Suponhamos que uma aeronave suspeita seja detectada em algum lugar na fronteira com a Bolívia, por exemplo. Uma vez que uma aeronave interceptadora seja deslocada da base aérea de Anápolis até o alvo, ela não necessariamente precisaria voltar até Anápolis ou mesmo forçar que este alvo desça em Anápolis. Cuiabá possui toda a infra-estrutura para receber uma aeronave interceptada, bem com os caças. E isto se repete de certa forma em todo o território.

-Consideremos também, que agora haja uma aeronave invasora próximo ao litoral de Pernambuco, portanto, mais de 1500 km distante da BAAN. Ainda que um caça que tenha este raio de ação, só vai chegar nesta localidade no mínimo 1 h depois da decolagem. E neste tempo, é possível - e altamente provável - que a aeronave invasora já tenha se deslocado para longe a ponto de não mais poder ser alcançada.

Minha tese então é a de que é mais importante termos uma quantidade bem distribuída de esquadrões de caças supersônicos, ao longo do território nacional, do que caças com raios de ação enormes, e que demorem tempo demais até chegarem ao alvo.

Se pensarmos apenas na região Amazônica, qualquer caça com raio de ação de uns 1000 km pode alcançar quase que qualquer localidade em menos de 1 h e voltar a Manaus. A menos, talvez, da região do Acre. E aqui é que se aplica a minha tese: De que adianta um caça que consiga sair de Manaus e chegar à fronteira do Peru, se quando chegar, já terá passado tempo suficiente para que o inimigo tenha atacado e fugido? Não teria sido melhor possuir próximo àquela região um esquadrão de caça (mesmo que deslocado) que chegasse ao alvo em poucos minutos? Aqui, estamos falando em tempo de reação.

A grande vantagem, na minha opinião, de se operar caças pesados, como Su-35, PAK-FA ou F-15, não é pelo fato de terem longo alcance, mas sim por serem pesados mesmo, poderem transportar maior quantidade de carga, armas ar-solo e maiores opções de ataque. Talvez tenha sido este o objetivo de desenvolver estes caças, o ataque, e não a defesa, já que EUA e Rússia tem caças bem distribuídos em suas fronteiras, com curtíssimos tempos de reação e praticamente não precisam que seus caças se desloquem milhares de km para interceptar qualquer invasor.




abraços]
Suas idéias podem ser consideradas APENAS se o caça de longo alcance for muito mais caro que o caça de curto alcance.

Agora, eu pergunto: Se o caça de Longo alcance estiver disponível PELO MESMO PREÇO do caça de curto alcance???

Lembre-se que a FAB não é apenas um polícia aérea. Uma Força Tarefa como a que vimos em 1982 por estas bandas, deverá permanecer longe da nossa costa para evitar um ataque aéreo, mas não tão longe, para poderem realizar os seus ataques em nosso território.
Se possuímos caças PERNA CURTA, e a FT inimiga possui caças de longo alcance, ficaríamos em desvantagem, pois teríamos que utilizar aeronaves REVO para realizar os ataques.

Da mesma forma um caça LEVE, além de possui alcance menor, carrega menos armamento e sensores MENORES E MAIS LEVES.
Ou seja, são MAIS dependentes de sensores externos.

Da mesma forma que argumentou sobre a quantidade de bases, etc. Também existe esta discussão da quantidade de radares e aviões radares para apoiarem os caças.

Analisando as capacidades e os custos, eu compraria um mix de Su-35 e Su-34.
Queria ver qual país lunático se aventuraria no Atlântico Sul...
Tu está apenas comparando preço de compra e não do ciclo de vida inteiro, são coisas bem diferentes. Agora se tu me provar que no final do ciclo de vida teremos gasto o mesmo valor, ou uma variação insignificante, aí sim concordaria contigo. Fora isso, tem que analisar cenário a cenário.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2093 Mensagem por Olinda » Qua Set 04, 2013 4:58 pm

Petry escreveu:
Luís Henrique escreveu: Suas idéias podem ser consideradas APENAS se o caça de longo alcance for muito mais caro que o caça de curto alcance.

Agora, eu pergunto: Se o caça de Longo alcance estiver disponível PELO MESMO PREÇO do caça de curto alcance???

Lembre-se que a FAB não é apenas um polícia aérea. Uma Força Tarefa como a que vimos em 1982 por estas bandas, deverá permanecer longe da nossa costa para evitar um ataque aéreo, mas não tão longe, para poderem realizar os seus ataques em nosso território.
Se possuímos caças PERNA CURTA, e a FT inimiga possui caças de longo alcance, ficaríamos em desvantagem, pois teríamos que utilizar aeronaves REVO para realizar os ataques.

Da mesma forma um caça LEVE, além de possui alcance menor, carrega menos armamento e sensores MENORES E MAIS LEVES.
Ou seja, são MAIS dependentes de sensores externos.

Da mesma forma que argumentou sobre a quantidade de bases, etc. Também existe esta discussão da quantidade de radares e aviões radares para apoiarem os caças.

Analisando as capacidades e os custos, eu compraria um mix de Su-35 e Su-34.
Queria ver qual país lunático se aventuraria no Atlântico Sul...
Tu está apenas comparando preço de compra e não do ciclo de vida inteiro, são coisas bem diferentes. Agora se tu me provar que no final do ciclo de vida teremos gasto o mesmo valor, ou uma variação insignificante, aí sim concordaria contigo. Fora isso, tem que analisar cenário a cenário.
Caro Petry,

Você poderia informar por que o custo do cilco de vida, dos aviões ocidentais ou dos EUA, são mais baratos que os aviões russos?

Muitos levantam está questão, mas ninguém explica.
Petry
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2094 Mensagem por Petry » Qua Set 04, 2013 5:49 pm

Olinda escreveu:
Petry escreveu: Tu está apenas comparando preço de compra e não do ciclo de vida inteiro, são coisas bem diferentes. Agora se tu me provar que no final do ciclo de vida teremos gasto o mesmo valor, ou uma variação insignificante, aí sim concordaria contigo. Fora isso, tem que analisar cenário a cenário.
Caro Petry,

Você poderia informar por que o custo do cilco de vida, dos aviões ocidentais ou dos EUA, são mais baratos que os aviões russos?

Muitos levantam está questão, mas ninguém explica.
Poh, escrevi um baita texto e o site pediu para eu recolocar minha senha e apagou meu texto...

Editando... resposta no próximo post.
Editado pela última vez por Petry em Qua Set 04, 2013 5:51 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2095 Mensagem por Petry » Qua Set 04, 2013 5:51 pm

Olinda escreveu:
Petry escreveu: Tu está apenas comparando preço de compra e não do ciclo de vida inteiro, são coisas bem diferentes. Agora se tu me provar que no final do ciclo de vida teremos gasto o mesmo valor, ou uma variação insignificante, aí sim concordaria contigo. Fora isso, tem que analisar cenário a cenário.
Caro Petry,

Você poderia informar por que o custo do cilco de vida, dos aviões ocidentais ou dos EUA, são mais baratos que os aviões russos?

Muitos levantam está questão, mas ninguém explica.
Por que, principalmente os EUA investem muito mais nisso do que os Russos. Na antiga URSS esse lado não era primário.

Existem diversas variáveis, que humildemente te digo que eu não domínio. Varia desde a logística dos fornecedores e prestadores de serviço, até a concepção de arquitetura da aeronave e doutrina operacional e de manutenção. A logística é algo bem amplo, que depende muito do contrato feito com o comprador, e toda sua estrutura de suporte e escala de produção.

A arquitetura de uma aeronave, pode ser desde o formato da sua célula até as facilidades que oferece para acesso da manutenção, como layout dos posicionamentos dos componentes, e até mesmo um padrão de comunicação. Se pegares na última década, muitos fabricantes vieram com a ideai de componentes modulares. Isso é um exemplo de concepção de projeto que influencia diretamente em diversos indicadores de manutenção e custo operacional. Em muitas aeronaves mais antigas, precisa mexer ou trocar um grupo de componentes apenas por causa de problemas com um elemento. O Gripen apostou muito nisso, e de fato ajuda a reduzir os indicadores. Já o F-22 não foi pensando assim. Na área de de Engenharia de Manutenção, os EUA vem estudando desde a década de 50, enquanto os russos não investiram nessa área. Eu quando estudei na faculdade nessa matéria, encontrei numa bibliografia um case que me recordo até hoje.

Este case era a aplicação de Engenharia de Manutenção nos F-18 que substituiriam os F-14. Eu não lembro os dados exatos de cabeça, mas vou tentar usar a mesma proporção. A história era de que os F-14 tinham uma manutenção muito pesada, ainda mais num cenário de espaço físico e recursos limitados. A USN queria que sua nova aeronave tivesse indicadores melhores. O MMH/FH (Manutenção Homens Hora por hora de voo em português) era de 35 (isso é, para cada 1 hora de voo, era necessário 35 horas de serviços de manutenção). O F-18A foi desenvolvido para ter um número menor, e ficou na casa dos 20 MMH/FH. Essa redução não foi apenas devido ao não uso das asas de geometria variável, mas toda uma ciência para tornar a manutenção mais eficiente. Na versão F-18C conseguiu-se mais redução, para a casa dos 15 MMH/FH. Além disso, sempre investiram em estudos para desenvolver o MBTF (tempo médio entre falhas) e o MTTR (tempo médio entre reparos). São fatores que influenciam muito na disponibilidade das aeronaves.

Apesar que hoje em dia todos os fabricantes observarem esses detalhes, os EUA tem um tremendo conhecimento nessa área. Não é uma coisa simples.

A doutrina de manutenção é outra área importante. Eu não conheço essa área na aeronáutica, mas já tive explicações de pessoal da área e o padrão americano era bem diferente do padrão soviético. Não vou me aventurar muito nessa área, até porque deve ter outros foristas que sabem e podem ajudar.

Se tu me disser que Gripen, F-18 e Su-35 tem o mesmo MMH/FH, MTBF, MTTR e diversos outros indicadores iguais, ai de fato o Su-35 é melhor. Se muitas vezes já é difícil fazer a escolha com base nos super trunfos convencionais, adiciona essas características para ver que pode mudar muito a ordem dos classificados.

Felizmente a FAB é muito boa nessa área, inclusive dando aulas para a iniciativa privada. Hoje são considerados uns das melhores fontes em logística e eng. de manutenção.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2096 Mensagem por JL » Qua Set 04, 2013 7:29 pm

Só para complementar, lembro que nos caças antigos da era soviética como o Mig 19 e o 21, as turbinas soviéticas tinha um tempo de vida super baixo, algumas só duravam 100 horas de voo, enquanto que uma turbina ocidental durava centenas de horas. Mas nas bases soviéticas, o esquadrão contava com várias turbinas encaixotadas a disposição, quando atingia o limite de horas o pessoal da manutenção simplesmente trocava a turbina, colocavam uma zero e mandavam a usada para o fabricante. Este com toda estrutura recondicionava a turbina. Agora imagina isso em uma Força Aérea do Terceiro Mundo, resultado o caça ficava em terra, porque não haviam turbinas de reserva para todos e a turbina usada tinha que ser levada de navio até a URSS e devolvida, qualquer problema político ou de $ e eles não devolviam. Se consideramos que este procedimento deveria ser o mesmo para outros sistemas como por exemplo o radar de bordo, pode-se imaginar o porque da fama de indisponibilidade do equipamento soviético.
Existe todo um folclore sobre as aeronaves soviéticas e russas de hoje, tudo neles parece ser diferente, sistema métrico, caracteres em cirílico. Tem um artigo de que três caças Mig 29 foram testados pelos israelenses, em 1997 e que o principal problema foi a língua russa, pois os alertas sonoros, os caracteres nos displays e manuais, etc tudo era em russo. Dizem que até as roscas dos parafusos são diferentes. Bem não sei, mas tenho bastante curiosidade em saber como a FAB esta lidando com os helicópteros Mi 35. Deve ser uma experiência muito interessante.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2097 Mensagem por Luís Henrique » Qua Set 04, 2013 7:32 pm

Olinda escreveu:
Petry escreveu: Tu está apenas comparando preço de compra e não do ciclo de vida inteiro, são coisas bem diferentes. Agora se tu me provar que no final do ciclo de vida teremos gasto o mesmo valor, ou uma variação insignificante, aí sim concordaria contigo. Fora isso, tem que analisar cenário a cenário.
Caro Petry,

Você poderia informar por que o custo do cilco de vida, dos aviões ocidentais ou dos EUA, são mais baratos que os aviões russos?

Muitos levantam está questão, mas ninguém explica.
Ninguém diz isto.

O que as muitos dizem é que uma aeronave leve como o Gripen consome menos, portanto gasta menos. E uma aeronave pesada como o Su-35 consome mais combustível, portanto gasta mais. Da mesma forma que o F-15 também vai gastar mais.

A questão que muita gente não leva em consideração é que o custo de hora vôo não se resume em combustível. Existem uma quantidade imensa de peças estruturais e sistemas eletrônicos/aviônicos que precisam ser trocados ao longo dos anos.

Da mesma forma que o caça russo custa normalmente menos que os análogos ocidentais, as peças e sistemas também custam menos.

De qualquer forma vamos supor que o custo de hora vôo do caça pesado seja o DOBRO do caça leve.
Vamos supor, U$ 5.000 para o leve e U$ 10.000 para o pesado.

Voando 120 horas por ano durante 30 anos, temos U$ 18 mi.
Se o caça pesado gastar o dobro, temos U$ 36 mi.
Uma diferença de U$ 18 mi.

Para quem pagou $ 150 mi em cada caça, esta diferença não vale à pena???

A aeronave de caça/bombardeio não foi feita para desfiles.
Em uma situação de paz, o custo operacional pode falar alto, porém em situação de conflito o que vai contar é o caça que possuir mais capacidade.

Isto levando em conta que os dois custaram o mesmo preço.
Mas e se o caça pesado sair mais barato que o caça leve????
AI a diferença de custo operacional é compensada pela diferença de preço inicial.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2098 Mensagem por Luís Henrique » Qua Set 04, 2013 7:37 pm

JL escreveu:Só para complementar, lembro que nos caças antigos da era soviética como o Mig 19 e o 21, as turbinas soviéticas tinha um tempo de vida super baixo, algumas só duravam 100 horas de voo, enquanto que uma turbina ocidental durava centenas de horas. Mas nas bases soviéticas, o esquadrão contava com várias turbinas encaixotadas a disposição, quando atingia o limite de horas o pessoal da manutenção simplesmente trocava a turbina, colocavam uma zero e mandavam a usada para o fabricante. Este com toda estrutura recondicionava a turbina. Agora imagina isso em uma Força Aérea do Terceiro Mundo, resultado o caça ficava em terra, porque não haviam turbinas de reserva para todos e a turbina usada tinha que ser levada de navio até a URSS e devolvida, qualquer problema político ou de $ e eles não devolviam. Se consideramos que este procedimento deveria ser o mesmo para outros sistemas como por exemplo o radar de bordo, pode-se imaginar o porque da fama de indisponibilidade do equipamento soviético.
Existe todo um folclore sobre as aeronaves soviéticas e russas de hoje, tudo neles parece ser diferente, sistema métrico, caracteres em cirílico. Tem um artigo de que três caças Mig 29 foram testados pelos israelenses, em 1997 e que o principal problema foi a língua russa, pois os alertas sonoros, os caracteres nos displays e manuais, etc tudo era em russo. Dizem que até as roscas dos parafusos são diferentes. Bem não sei, mas tenho bastante curiosidade em saber como a FAB esta lidando com os helicópteros Mi 35. Deve ser uma experiência muito interessante.

Mas você sabe que os caças russos ATUAIS são bem diferentes dos caças antigos da URSS.
Hoje, os russos fazem caças muito mais duráveis, seguindo o método ocidental.
Na época faziam desta forma pois eram produzidos para a guerra, e um caça NA GUERRA não dura 30 anos. Então não gastavam dinheiro com isso, economizavam para investir nas prioridades, que era a maior produção (maior quantidade de caças).
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Re: aom

#2099 Mensagem por Penguin » Qua Set 04, 2013 8:14 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Penguin escreveu:As relações potência / peso do SH e do Rafale são realmente muito diferentes?
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             Peso      Empuxo         E/P       Empuxo         E/P
F-18E       14552       20000        1,37        12714        0,87
F-15E       14300       26449        1,85        16143        1,13
Su 35       18400       29000        1,58        17600        0,96
Rafale C     9500       15433        1,62        10200        1,07
Typhoon     11150       18200        1,63        12245        1,10
Gripen NG    7000       10000        1,43         6382        0,91
O seu Rafale ficou 1 tonelada mais pesado, uns 500kg a mais até entendo já que você usou o Rafale M, mas de onde vem os outros 500kg?

E não deixa de ser interessante que, mesmo com mais uma tonelada no Rafale e uns quilinhos a menos no F-18 o primeiro ainda tem uma relação empuxo/peso melhor, só com peso máximo de decolagem o F-18 se sobressai mas não por uma qualidade do avião, e sim porque, apesar do Rafale ser menor ele tem maior capacidade de carga.
bcorreia escreveu:Essa questão de desempenho por relação potência/peso não é meio furada não? Não seria necessário levar em consideração questões como perfil aerodinâmico, arrasto e superfície alar?
Sim, existem outros fatores, mas é muito dificil melhorar outros fatores nos aviões, por exemplo, é muito dificil reduzir o arrasto em 20%, aumentar a potência em 20% é relativamente simples, assumindo que os engenheiros espalhados pelo mundo tenham competência similar o que se espera é que não haja uma grande diferença no arrasto de um avião para outro, algo mais ou menos proporcional ao peso com uma pequena vantagem para aviões maiores e uma outra pequena vantagem para aviões mais recentes.

A relação empuxo/peso é muito importante em alguns aspectos (mesmo não dependendo só disso) do desempenho como por exemplo, aceleração e razão de subida, e também afeta em menor escala outros aspectos como razão de curva sustentada e velocidade máxima, se fossemos classificar os aviões da tabela acima pela razão de subida inicial ficaria mais ou menos assim:

1) Typhoon: 315m/s
2) Rafale: 305 m/s
3) Su 35: 280 m/s
4) F-15E: 254 m/s
5) F-18E: 228 m/s

Dados da Wikipedia, Gripen NG não está na lista por não existir, F-22 não teve esse informação divulgada.


E por fim Bruno, se na relação empuxo/peso que envolve apenas o empuxo dos motores e peso do avião ta dificil chegar em um acordo, imaina o arrasto que é muito mais complicado!
Algumas observações:

- No site da Dassault é divulgado que o Rafale possui um peso vazio de "10t class" (http://www.dassault-aviation.com/en/def ... ance-data/). Utilizei um valor 10,5t (23.150lb), mas pode ser 10t (22.000lb) ou um pouco menos.

- "The engine was developed to power the Boeing F/A-18E/F combat aircraft and produces 67kN (15,000lb) of dry thrust and up to 98kN in afterburner. Importantly, GE already has an export licence for the engine to support potential re-engineing campaigns such as the Saab JAS39 Gripen as well as future export efforts with the F/A-18E/F" (http://www.flightglobal.com/news/articl ... sst-34959/)

- A razão de subida do SH nunca foi divulgada. O valor por vc citado não é oficial e é do Wikipedia.

- O peso vazio do SH é realmente 31.500lb (http://img109.imageshack.us/img109/870/externalload.jpg)

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2100 Mensagem por gabriel219 » Qua Set 04, 2013 9:06 pm

Brasileiro escreveu:
Marechal-do-ar escreveu: Raio de ação depende da missão, numa missão de ataque, CAP ou patrulha raio de ação conta, defesa aérea nem tanto, velcidade e aceleração contam muito mais, agora, os caças são para o GDA? Farão tudo? Se for só GDA, qual a missão do GDA mesmo?
Mas é aí que está. Pelo menos a princípio, a missão do GDA é esta, defesa aérea, interceptação. Sempre olhei com desconfiança aquelas propagandas que diziam que o Su-35 seria capaz de decolar de Anápolis, realizar uma interceptação nos confins do Brasil e voltar à base, como se o alvo ficasse lá bonzinho esperando por 2 h no mesmo lugar pela chegada do Super-Flanker.

Em missões de ataque ao solo, realmente, alcance faz muita diferença, e o REVO costuma ser regra em qualquer força aérea. Inclusive, parece que isto deixará de ser um problema com a chegada do KC-390.

Aí que entra uma questão de equilíbrios entre várias questões e sempre olhei com bons olhos a possibilidade do tal 'mix high-low'. Uma boa quantidade de caças mais leves, bem distribuídos pelo território, a ponto de chegar rapidamente ao alvo. E pelo menos um esquadrão de caças da categoria do Su-35 (ou PAK-FA ou F/A-18), com grande autonomia para CAP, ataque terrestre em profundidade, anti-navio etc.


abraços]
F-18 não é da categoria do Su-35S, pois o mesmo é um caça médio, da categoria do Rafale.
Grande autonomia para CAP, Ataque terrestre e profundidade e missões anti-navio encontramos isso tudo no Su-35S.
Sobre a capacidade do Su-35S interceptar alvos há longa distância, ele faz isso muito melhor do que qualquer concorrente do F-X2, pois tem maior autonomia e maior velocidade do que qualquer outro, o que possibilita chegar antes e mais longe do que qualquer concorrente.
Trancado