![http://img2.findthebest.com/sites/default/files/2188/media/images/AgustaWestland_Chinook_ICH-47F_410094_i0.jpg](http://img2.findthebest.com/sites/default/files/2188/media/images/AgustaWestland_Chinook_ICH-47F_410094_i0.jpg)
http://www.agustawestland.com/product/chinook-ich-47f-0
Recentemente a Itália firmou um contrato para o fornecimento de 16 helos pesados ICH-47F Chinnok para o Exército Ialiano, o qual irão ser montados pela Agusta Westland em sua planta industrial na Itália.
Este modelo, que possui diversas características melhoradas dentre as quais levantar voo com um peso total de 23 toneladas, poderão ser também comercializados pela AW.
Sabe-se que a FAB na primeira década deste século especulou dispor de helos pesados através do programa CH-X mas que não prosperou pelos motivos de sempre. Assim também o Avex nunca escondeu o desejo, e porque também não dizer, a necessidade de dispor deste tipo de helos. Já a MB, até onde se sabe nunca comentou a despeito de tal tipo de vetores, e mesmo no seu atual programa de modernização, o PAEMB, não consta sequer a aventa a possibilidade de sua aquisição/utilização.
Neste sentido, e levando-se em consideração as inúmeras e boas características operacionais que este tipo de helo poderia/pode trazer não só a FAB/Avex, além do fato de a AW estar implementando uma planta industrial aqui no Brasil, como já exposto e comentado na mídia, fica a pergunta: seria interessante neste momento em que se pensa a reestruturação do CFN/FFE e das capacidades da própria força anfíbia, via PAEMB, e sabendo que há hoje a disposição e interesse pela MB de dispormos de navios capazes de operar tal tipo de helo, através do Proanf, quer sejam os 4 NPM, e os 5 NApLog, no caso da holandesa Classe Karel Doorman - JSS, a marinha deveria, por meio de uma revisão pontual do PAEMB, lançar mão deste tipo de helo para a sua aviação naval?
Notar que tanto os projetos atuais de NPM como o cito modelo holandês podem sustentar a operação de helos como o novo ICH-47F que hora a AW está provendo ao exército italiano. Neste sentido, uma hipótese que poderia ser aventada, na quase certa ausência de verba para esta aquisição fora do PROANf, no caso da aquisição dos NApLog poderíamos aventar a possibilidade de, junto com os mesmos, solicitar aos ofertantes a obrigatoriedade do financiamento para a compra pela MB de helos desta classe em quantidade suficiente para equipar-se os cinco navios previstos. Da mesma forma, na compra dos NPM também poderia ser colocada esta condicionante, de forma a apor o financiamento, por exemplo, de um número mínimo de helos pesados por navio adquirido.
Se não estou enganado, a classe Mistral, pode operar até dois Chinook ao mesmo tempo, enquanto os JSS podem operar normalmente com dois helos do tipo também, embarcados. Uma demanda primária, a priori, sem levar em conta aqueles primeiros, seria entre 15 e 20 helos para prover os 5 JSS de que se disporia. Se adicionarmos os 4 NPM citos, adicionaria-se a esta demanda outros 8 a 16 helos. Ou seja, uma demanda teórica de 23 a 36 helos pesados do tipo do ICH-47F. Isto considerando apenas a demanda da MB para tal tipo de helicóptero, na eventualidade do PAEMB ser integralizado totalmente em sua vertente anfíbia.
Bom, de fato, temos no PAEMB uma demanda para 66 helos médios utilitários, e que por hora a MB entente, serão os EC-725/UH-15 sendo montados na Helibrás. Estes serão os próximos "burros de carga" da aviação naval pelos próximos 25/30 anos, atendendo todas as necessidades da aviação naval na área de emprego geral. Sabemos que estes helos tem muitas qualidades, assim como também defeitos que estão sendo expostos de manira até vexatória na mídia, em virtude dos recentes acidentes com o modelo, e o que tem forçado as ffaa's brasileiras, e outros operadores mundo afora, a limitar fortemente sua utilização. Inclusive a própria Presidência da República já estaria supostamente a procura de outro modelo que possa fazer o transporte da presidenta sem maiores percalços, visto o horror ao voo da cmte do executivo brasileiro.
Neste sentido, a aquisição de um helo pesado - o ICH-47F entrou aqui como exemplo - pela MB não seria hoje tão útil quanto necessário para um melhor equilíbrio de nossas forças aeronavais, tanto para operações anfíbias, como de apoio logístico da esquadra, inclusive no que compete as taxas de disponibilidade das aeronaves? Eu penso que sim. As não poucas vantagens de se dispor e utilizar helos pesados em operações aeronavais são destacáveis não só para nós, como tem sido demonstrada a sua importância nas inúmeras operações militares reais realizadas mundo afora.
E como dístico destas, a quem possa interessar, estes mesmos helos são/seriam também para as ffaa's muitíssimos úteis não só no apoio as missões brasileiras a serviço da ONU, assim como no emprego das onipresentes missões subsidiárias exercidas pela MB, sempre que chamada a realizar as atividades de ACISO, MMI e SAR pelo poder central.
Enfim, talvez seja hora de aproveitando este momento de releitura da estrutura e organização da aviação naval, via PAEMB, e pensar em adicionar novas capacidades que possam ser vislumbradas através das oportunidades oferecidas pelos negócios referente a aquisição de novos meios navais.
Eu acredito que a hora é mais que propícia. Podemos começar agora, ou deixar a oportunidade passar.
abs.