Luís Henrique escreveu:Túlio escreveu:Sem querer me intrometer no Super Trunfo mas até que ponto um radar mais potente é superior diante de um menor RCS? Ademais, quem puder vai emitir em LPI, e isso se não mantiver o radar em stand-by e se basear nas informações do AEW/AWACS/GCI.
Ligar um radar potente em full é o mesmo que berrar "ei, estou aqui, atirem em mim" para todo mundo num raio enorme...
Tulio, eu não sou expert, mas pelo que li, a diferença de RCS precisa ser de ORDEM DE MAGNITUDE para compensar uma diferença significativa no radar.
Só como exemplo. Um grande e poderoso radar detecta um alvo com RCS de 5m² a 400 km.
Um alvo com RCS de 0,5m² (uma redução de 10x em RCS), será detectado a 40 km????
Não. Este alvo de 0,5m² será detectado a 240 km.
Ou seja, como eu disse acima, se existe uma diferença razoável nas capacidades do radar, a vantagem de RCS, mesmo que seja significativa, não fará diferença. A menos que seja uma diferença MUITO significativa. A menos que seja uma diferença na ORDEM DE MAGNITUDE. Ou seja, teria que ser uma aeronave FURTIVA para fazer a diferença.
Agora, claro que se os radares forem equivalentes, ou se a diferença entre os radares FOR PEQUENA, ai a diferença de RCS faz toda a diferença.
E a redução da RCS, mesmo na mesma ordem continua sendo muito importante pois também existe vários outros meios na guerra moderna, como aeronaves AEWAC´s.
Luis Henrique,
qual equação você utilizou para chegar a esse calculo?
Porque temos primeiro que ter em mente que falamos de 2 coisas diferentes: seção reta RADAR e alcance RADAR:
- a seção reta RADAR é um dos fatores de uma equação de alcance RADAR. Sendo assim, a sua diminuição por si só não significa uma alteração no alcance do mesmo, a menos que estejamos falando exemplos teóricos. Ele vai variar, basicamente, de acordo com o material utilizado e sua emissividade, geometria do objeto e do seu tamanho.
-já alcance RADAR vai variar também de acordo com a meteorologia, a largura de pulso, a frequência, a potencia irradiada, ao tipo de varredura, ao tipo de emissão (ou do RADAR utilizado), do ângulo de incidência e de mais uma gama de fatores. Então para um modelo simples eu posso afirmar que, se nenhuma outra variável mudar, que uma variação da RCS será proporcional ( de alguma maneira, dependendo de qual equação RADAR utilizemos) ao alcance. Mas para considerarmos um exemplo operacional, como o caso, a diminuição da RCS pode ser compensada pelo próprio equipamento sem que necessariamente tenhamos que aumentar a potencia ou diminuir a distancia: uma mudança de varredura, por exemplo, já seria suficiente.
E partindo do principio que não existem equipamentos iguais no mundo, não podemos afirmar que uma redução será efetiva para equipamentos diferentes.
E acredite, a RCS que colocam por ai (tanto no emissor quanto no receptor) está MUITO longe da realidade, isso comprovado na teoria e na pratica não só lá fora como aqui mesmo no Brasil.