Operações Policiais e Militares
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- Bourne
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Re: Operações Policiais e Militares
Não estou implicando com a USP. Inclusive por que me aceitaram na FEA-USP no doutorado em economia do desenvolvimento. O único programa do Brasil que tem conceito 7. Por isso, só tem cara top e muito dinheiro para te custar. Diz a lenda que cada publicação os autores recebem uma ajuda com as publicações recebendo uma prêmio diretamente relacionado com o conceito da revista. Nas top o prêmio passa de R$ 30 mil por artigo.Além disso a estrutura do prédio e instalações são de primeira.
Se comparar com outras nível 5 como UFPR, UFRGS e Unicamp dá até vergonha. E quando tu fala que estuda na FEA-USP os caras te querem. Nunca fui tão assediado profissionalmente como no último mês e dizem aumenta na medida em que se aproxima da defesa da tese. Em concurso os seus competidores diretos com doutorado formados em universidades mais fracas tem medo, no exterior tu sente respeito e as bancas te tratam melhor como se fosse diferenciado por ter estudado na USP.
Outra que a USP é estilo universidade norte-americana com um campus gigantesco, prédios espaçados, muita área verde em que a elite paulistana e brasileira estuda. Não é surpreendente que o consumo de maconha e álcool seja alto na graduação. Muita molecada junta, longe de casa e com dinheiro tende a fazer muita merd@.
Se comparar com outras nível 5 como UFPR, UFRGS e Unicamp dá até vergonha. E quando tu fala que estuda na FEA-USP os caras te querem. Nunca fui tão assediado profissionalmente como no último mês e dizem aumenta na medida em que se aproxima da defesa da tese. Em concurso os seus competidores diretos com doutorado formados em universidades mais fracas tem medo, no exterior tu sente respeito e as bancas te tratam melhor como se fosse diferenciado por ter estudado na USP.
Outra que a USP é estilo universidade norte-americana com um campus gigantesco, prédios espaçados, muita área verde em que a elite paulistana e brasileira estuda. Não é surpreendente que o consumo de maconha e álcool seja alto na graduação. Muita molecada junta, longe de casa e com dinheiro tende a fazer muita merd@.
- Matheus
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Re: Operações Policiais e Militares
SP - PRF contabiliza 7 toneladas de drogas em apreensões na “Rota Caipira do Tráfico”.
Um balanço feito pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) aponta que, em pouco mais de três anos e meio, quase sete toneladas de drogas foram apreendidas nos 212 quilômetros da BR-153 (Rodovia Transbrasiliana) que compreendem o trecho entre Ourinhos e Promissão e é popularmente conhecido como “Rota Caipira do Tráfico”.
De acordo com Valmir Cordeli, inspetor-chefe da 10ª Delegacia da corporação, sediada em Marília, de janeiro de 2010 até a tarde da última sexta-feira (12), 5.800 quilos de maconha, 775,3 quilos de cocaína, 234,6 quilos de crack e 39,2 quilos de haxixe foram interceptados por policiais rodoviários federais no trecho, totalizando 6.900 quilos. Este montante representa uma média superior a 160 quilos ao mês.
“Podemos dizer que estamos instalados em uma região privilegiada para fazer as apreensões, já que os veículos que buscam droga no Paraguai e querem ir para a capital paulista são obrigados a passar pela BR-153. Montamos uma equipe especial para combater o tráfico de drogas, como também a entrada de armas e contrabando no país, e estamos tendo sucesso nessas ações fiscalizadoras”, diz Cordeli.
Um balanço feito pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) aponta que, em pouco mais de três anos e meio, quase sete toneladas de drogas foram apreendidas nos 212 quilômetros da BR-153 (Rodovia Transbrasiliana) que compreendem o trecho entre Ourinhos e Promissão e é popularmente conhecido como “Rota Caipira do Tráfico”.
De acordo com Valmir Cordeli, inspetor-chefe da 10ª Delegacia da corporação, sediada em Marília, de janeiro de 2010 até a tarde da última sexta-feira (12), 5.800 quilos de maconha, 775,3 quilos de cocaína, 234,6 quilos de crack e 39,2 quilos de haxixe foram interceptados por policiais rodoviários federais no trecho, totalizando 6.900 quilos. Este montante representa uma média superior a 160 quilos ao mês.
“Podemos dizer que estamos instalados em uma região privilegiada para fazer as apreensões, já que os veículos que buscam droga no Paraguai e querem ir para a capital paulista são obrigados a passar pela BR-153. Montamos uma equipe especial para combater o tráfico de drogas, como também a entrada de armas e contrabando no país, e estamos tendo sucesso nessas ações fiscalizadoras”, diz Cordeli.
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Re: Operações Policiais e Militares
Tomara que a polícia mineira pegue o bandido.
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Flagrado em imprudência, homem atira em repórteres
Equipe flagrava imprudência do motorista; ao ver que estava sendo fotografado, ele disparou; o tiro acertou carro do jornal O Tempo, de BH
(...)
Fonte: Terra/Band News
http://noticias.terra.com.br/brasil/pol ... 77843.html
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Flagrado em imprudência, homem atira em repórteres
Equipe flagrava imprudência do motorista; ao ver que estava sendo fotografado, ele disparou; o tiro acertou carro do jornal O Tempo, de BH
(...)
Fonte: Terra/Band News
http://noticias.terra.com.br/brasil/pol ... 77843.html
- Clermont
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Re: Operações Policiais e Militares
Apoiando o Uruguai na regulação da maconha.
Fernando Henrique Cardoso - Blog do Noblat, 16.07.13.
Há dois anos, em minha qualidade de presidente da Comissão Global de Política sobre Drogas, realizei um chamado público pela descriminalização do consumo de drogas e pela experimentação com modelos de regulação legal.
Eu e meus colegas fizemos este chamado a partir do reconhecimento de que o proibicionismo fracassou em muitos níveis. Por tempo demais, o modelo repressivo implicou o desperdício de recursos públicos inestimáveis, que pouco resultado proporcionou para a segurança e a saúde públicas
Assim, apoiamos a busca de modelos de regulação legal porque acreditamos que reduzirão o poder do crime organizado e ajudarão a proteger a saúde e a segurança das pessoas. Por este motivo, acho que a proposta do Uruguai de regular a maconha é digna de consideração.
Uma série de fatores leva a concluir sobre a necessidade de um controle regulatório no Uruguai e em muitas outras localidades do mundo. Um fato relevante é que, no modelo repressivo, os usuários estão vinculados ao mercado criminoso. Essas pessoas são efetivamente conduzidas a um mercado ilícito que não impede a venda de drogas a menores de idade, não se preocupa com indivíduos que desenvolvem o uso problemático ou certifica a qualidade sanitária da substância, envolvendo a cadeia de uso em um contexto de violência e delinquência.
Estes são apenas alguns dos riscos para as pessoas que fazem uso de maconha. Porém, o próprio mercado gera preocupações adicionais.
O lucro deste mercado sustenta uma economia informal, cujo alcance pode ser apenas estimado. Os informes oficiais indicam que o tamanho do mercado de maconha no Uruguai gira em torno dos US$ 30 a US$ 40 milhões por ano.
Quanto deste dinheiro é utilizado para corromper as forças de segurança ao largo das fronteiras dos países de origem da droga? Quanto deste dinheiro é utilizado para subornar a polícia ou é “lavado” através de instituições financeiras? E quanto acaba sendo empregado na compra de armas e financiamento de quadrilhas criminosas?
Tais preocupações não são derivadas do consumo de drogas, mas consequências de uma política que ignora as condições do mundo real.
A proposta de regulação que se discute no Uruguai não parece centrar esforços na geração de lucros, mas na promoção da saúde e segurança públicas. Também é evidente que essa proposta possa significar uma soma pela subtração: simplesmente retirar recursos do crime organizado seria um benefício em si mesmo.
Como em qualquer lugar do globo, a transformação interna na política sobre drogas gera controvérsia, simpatizantes e antagonistas.
No Uruguai, diversas organizações sociais e personalidades públicas consolidaram seu apoio à plataforma “Regulación Responsable”, que tem por objetivo enriquecer o debate cidadão com dados reais e tornar visível o apoio à iniciativa de regulação da maconha. Com muito entusiasmo, saúdo o compromisso da cidadania uruguaia e com satisfação declaro publicamente minha adesão a Regulación Responsable.
_________________________________________
Fernando Henrique Cardoso é sociólogo, ex-presidente da República. Este artigo foi escrito para o grupo de jornais associados ao GDA
Fernando Henrique Cardoso - Blog do Noblat, 16.07.13.
Há dois anos, em minha qualidade de presidente da Comissão Global de Política sobre Drogas, realizei um chamado público pela descriminalização do consumo de drogas e pela experimentação com modelos de regulação legal.
Eu e meus colegas fizemos este chamado a partir do reconhecimento de que o proibicionismo fracassou em muitos níveis. Por tempo demais, o modelo repressivo implicou o desperdício de recursos públicos inestimáveis, que pouco resultado proporcionou para a segurança e a saúde públicas
Assim, apoiamos a busca de modelos de regulação legal porque acreditamos que reduzirão o poder do crime organizado e ajudarão a proteger a saúde e a segurança das pessoas. Por este motivo, acho que a proposta do Uruguai de regular a maconha é digna de consideração.
Uma série de fatores leva a concluir sobre a necessidade de um controle regulatório no Uruguai e em muitas outras localidades do mundo. Um fato relevante é que, no modelo repressivo, os usuários estão vinculados ao mercado criminoso. Essas pessoas são efetivamente conduzidas a um mercado ilícito que não impede a venda de drogas a menores de idade, não se preocupa com indivíduos que desenvolvem o uso problemático ou certifica a qualidade sanitária da substância, envolvendo a cadeia de uso em um contexto de violência e delinquência.
Estes são apenas alguns dos riscos para as pessoas que fazem uso de maconha. Porém, o próprio mercado gera preocupações adicionais.
O lucro deste mercado sustenta uma economia informal, cujo alcance pode ser apenas estimado. Os informes oficiais indicam que o tamanho do mercado de maconha no Uruguai gira em torno dos US$ 30 a US$ 40 milhões por ano.
Quanto deste dinheiro é utilizado para corromper as forças de segurança ao largo das fronteiras dos países de origem da droga? Quanto deste dinheiro é utilizado para subornar a polícia ou é “lavado” através de instituições financeiras? E quanto acaba sendo empregado na compra de armas e financiamento de quadrilhas criminosas?
Tais preocupações não são derivadas do consumo de drogas, mas consequências de uma política que ignora as condições do mundo real.
A proposta de regulação que se discute no Uruguai não parece centrar esforços na geração de lucros, mas na promoção da saúde e segurança públicas. Também é evidente que essa proposta possa significar uma soma pela subtração: simplesmente retirar recursos do crime organizado seria um benefício em si mesmo.
Como em qualquer lugar do globo, a transformação interna na política sobre drogas gera controvérsia, simpatizantes e antagonistas.
No Uruguai, diversas organizações sociais e personalidades públicas consolidaram seu apoio à plataforma “Regulación Responsable”, que tem por objetivo enriquecer o debate cidadão com dados reais e tornar visível o apoio à iniciativa de regulação da maconha. Com muito entusiasmo, saúdo o compromisso da cidadania uruguaia e com satisfação declaro publicamente minha adesão a Regulación Responsable.
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Re: Operações Policiais e Militares
Isso mesmo, FHC! Aproveita o entusiasmo e fica de uma vez aí no Uruguai, esse super populoso e gigantesco país de tantas etnias e tão heterogêneo, tão difícil de administrar....Clermont escreveu:Apoiando o Uruguai na regulação da maconha.
Fernando Henrique Cardoso - Blog do Noblat, 16.07.13.
Há dois anos, em minha qualidade de presidente da Comissão Global de Política sobre Drogas, realizei um chamado público pela descriminalização do consumo de drogas e pela experimentação com modelos de regulação legal.
Eu e meus colegas fizemos este chamado a partir do reconhecimento de que o proibicionismo fracassou em muitos níveis. Por tempo demais, o modelo repressivo implicou o desperdício de recursos públicos inestimáveis, que pouco resultado proporcionou para a segurança e a saúde públicas
Assim, apoiamos a busca de modelos de regulação legal porque acreditamos que reduzirão o poder do crime organizado e ajudarão a proteger a saúde e a segurança das pessoas. Por este motivo, acho que a proposta do Uruguai de regular a maconha é digna de consideração.
Uma série de fatores leva a concluir sobre a necessidade de um controle regulatório no Uruguai e em muitas outras localidades do mundo. Um fato relevante é que, no modelo repressivo, os usuários estão vinculados ao mercado criminoso. Essas pessoas são efetivamente conduzidas a um mercado ilícito que não impede a venda de drogas a menores de idade, não se preocupa com indivíduos que desenvolvem o uso problemático ou certifica a qualidade sanitária da substância, envolvendo a cadeia de uso em um contexto de violência e delinquência.
Estes são apenas alguns dos riscos para as pessoas que fazem uso de maconha. Porém, o próprio mercado gera preocupações adicionais.
O lucro deste mercado sustenta uma economia informal, cujo alcance pode ser apenas estimado. Os informes oficiais indicam que o tamanho do mercado de maconha no Uruguai gira em torno dos US$ 30 a US$ 40 milhões por ano.
Quanto deste dinheiro é utilizado para corromper as forças de segurança ao largo das fronteiras dos países de origem da droga? Quanto deste dinheiro é utilizado para subornar a polícia ou é “lavado” através de instituições financeiras? E quanto acaba sendo empregado na compra de armas e financiamento de quadrilhas criminosas?
Tais preocupações não são derivadas do consumo de drogas, mas consequências de uma política que ignora as condições do mundo real.
A proposta de regulação que se discute no Uruguai não parece centrar esforços na geração de lucros, mas na promoção da saúde e segurança públicas. Também é evidente que essa proposta possa significar uma soma pela subtração: simplesmente retirar recursos do crime organizado seria um benefício em si mesmo.
Como em qualquer lugar do globo, a transformação interna na política sobre drogas gera controvérsia, simpatizantes e antagonistas.
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Re: Operações Policiais e Militares
Governo do Rio admite excessos da polícia durante protestos.Clermont escreveu:Skyway escreveu:REVOLTANTE a ação da PMERJ na noite passada. Vontade de quebrar a cara do governador com um taco de baseball depois da ação que só pode ter vindo com a autorização dele.
A PMERJ na noite de ontem chegou em todas as aglomerações ATIRANDO e lançando gás, TODAS! Não estavam caçando baderneiros não, estavam dispersando a manifestação NA PORRADA, não importa onde. Teve gás dentro de bares e restaurantes, tiros em um grupo de 20 pessoas que estavam TODAS SENTADAS com as mãos ao alto na praça 15, tiros e gás na escadaria da ALERJ sendo que o grupo alí estava só sentado com cartazes, NINGUEM estava fazendo absolutamente NADA em nenhum dos casos...
UM ABSURDO!Há controvérsias. Acabei de escutar uma entrevista com um coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, ex-comandante do BPChoque. Ele considerou equivocadas as ações das polícias militares, inclusive contrariando a própria doutrina vigente de controle de distúrbios. Eis alguns pontos que chamaram minha atenção:Clermont escreveu: Depois que a poeira assentar, seria bom que todas os comandos de Polícia Militar envolvidos, sentassem e reavaliassem as suas doutrinas de controle de distúrbios.
Realmente, é ou não é possível que uma força de controle de distúrbios consiga discernir entre 100 mil ou 200 mil pessoas, aquela fração que está disposta - não importando as motivações - a provocar vandalismo? Seja essa fração de 200 ou 2 mil pessoas? Como respeitar e proteger os 200 mil manifestantes e reprimir apenas os 2 mil baderneiros?
Que métodos devem ser empregados? Como fazer as distinções? Quem deve ser dotado ou não de armas de borracha? Porque manifestantes são atingidos por elas na cabeça, quando especialistas afirmam que elas devem visar, apenas do tronco para baixo? Isso foi proposital, ou foram "balas perdidas"? Ou foi desobediência à ordens?
Acho fundamental que a polícia aja de forma que não dê margem à criação de mártires - sejam verdadeiros (as vítimas inocentes) ou falsos (os baderneiros que se fazem passar por vítimas). Isso é que desmoraliza a polícia e encoraja os radicais antigovernamentais e antipolícia.
1) As ações de controle de distúrbios violaram a doutrina atual de emprego.
2) deveria ter seguido um protocolo antes da ação, prevendo os procedimentos a serem empregados, de acordo com a evolução dos acontecimentos.
3) deveria ter sido precedida por ações de inteligência, para que a tropa tivesse comportamento compatível com o nível de ameaça.
4) a ação deveria ter caráter, exclusivamente, de dissuasão. Para dispersar a multidão, não para entrar em combate contra ela.
5) o armamento não-letal deve ser utilizado de acordo com o comportamento da turba. Armamento do tipo "bala de borracha" só devemser atribuído a sargentos e oficiais. Ele só pode ser utilizado com absoluta precisão, visando o alvo do pescoço para baixo.
6) ocorreu a utilização indiscriminada de gases de controle de distúrbios (pimenta e lacrimogêneo). Houve descontrole do comando, com policiais disparando gás aleatoriamente. O gás só deve ser utilizado para impedir a turba de atacar a tropa.
7) uma vez que o grosso da multidão seja dispersado, as ações devem ser repassadas para a unidade local de polícia ostensiva, não mais para o batalhão de policia de choque. Este último deve retirar-se do cenário, deixando as ações de limpeza contra grupos dispersos à cargo da polícia ostensiva.
Ou seja, provavelmente, existem sim, lições que deverão ser retiradas para uma posterior ação das forças policiais na proteção tanto dos bons e honestos manifestantes, como na proteção das propriedades públicas e privadas, contra a ação de vândalos.
Após reunião com ativistas, secretário de Direitos Humanos anuncia regras para disciplinar ação de PMs.
Gustavo Goulart - O GLOBO, 16.07.13.
RIO - O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Zaqueu Teixeira, admitiu nesta segunda-feira que houve excessos nas ações da Polícia Militar durante as manifestações que aconteceram nas ruas da capital fluminense. Segundo ele, em razão disso, há policiais militares afastados das operações de repressão a atos de vandalismo. Teixeira disse não saber quantos foram retirados da função. O secretário informou também que será criado um curso de capacitação em direitos humanos para os PMs que atuam na ponta dos protestos, o que inclui policiais de unidades onde os eventos têm ocorrido e do Batalhão de Choque.
As informações foram dadas após três horas de reunião com o comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho; o corregedor da PM, coronel Waldir Soares; o diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, Átila Roque; Marcelo Chalreo, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ; e Pedro Strozenberg, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, além de representantes de outros órgãos.
— Chegou-se à conclusão de que alguns procedimentos precisam ser aperfeiçoados. Houve excessos no uso de gás (lacrimogêneo) e de outros equipamentos não letais. Precisamos que ele (policial militar) possa dosar e fazer uso moderado da força. Junto com a Secretaria de Segurança, vamos criar um grupo de trabalho que possa regular o comportamento desses policiais, com normas de procedimento. Em 30 dias, estaremos anunciando a grade curricular da capacitação — disse Zaqueu Teixeira.
O secretário falou ainda que os policiais miliares devem se apresentar com seus nomes estampados nas fardas. Segundo ele, o comandante da PM pediu a quem observar essa transgressão em alguma manifestação que anote a hora e o local onde aconteceu para que a Corregedoria da Polícia Militar possa investigar. Após a reunião de ontem, o comandante da PM, Erir Ribeiro Costa Filho, deixou a sede da secretaria sem dar entrevista.
Caso de publicitária será investigado.
O secretário também afirmou que vai pedir à Polícia Civil uma investigação sobre o caso da publicitária Renata da Paz Ataíde, de 26 anos, que perdeu a visão de um olho ao ser atingida por estilhaços de uma bomba lançada por PMs no Centro, no dia 20 de junho, como O GLOBO revelou na edição de domingo.
— Precisamos verificar os motivos pelos quais isso aconteceu com ela e, a partir daí, adotar outros procedimentos de acordo com aquilo que for identificado pela polícia. Ela foi atingida de que forma? Com que instrumento? Precisamos que a polícia faça essa apuração e apresente os elementos para que, a partir daí, a gente possa verificar se houve violação dos direitos humanos. E, se tiver havido, como é que o estado deve entrar para reparar essa violação. É um caso que precisa de um cuidado especial. E vamos ter — afirmou.
Por meio de nota, o comando da Polícia Militar do Rio informou nesta segunda que as armas não letais utilizadas durante a manifestação do dia 20 de junho, quando Renata foi ferida, não têm capacidade de fragmentação. “As balas de borracha não fragmentam, e as granadas de luz e som utilizadas hoje em dia são inteiriças e de material que não gera resíduos que causem ferimentos”.
PM diz que aguarda investigação.
Apesar disso, a PM admitiu que a explosão de uma granada pode gerar deslocamento de objetos, como uma pedra. Embora ainda desconheça o que aconteceu exatamente naquela noite, já que ainda aguarda o término da investigação da Polícia Civil, a PM acrescentou que a possibilidade de o ferimento ter sido causado pelo deslocamento de outro objeto é remota. A versão da PM contraria a análise do ex-capitão do Bope Paulo Storani que afirmou ao jornal que granadas de luz e som soltam pequenos fragmentos de plástico e podem causar ferimentos se forem detonadas muito próximas das vítimas.
Já a Secretaria municipal de Saúde informou que já entrou em contato com Renata para esclarecer dúvidas sobre o procedimento médico ao qual ela foi submetida no Hospital Souza Aguiar. O órgão afirmou que a aguarda para uma nova consulta. De acordo com a secretaria, durante a internação, a paciente foi submetida a uma blefaroplastia (cirurgia estética) no olho esquerdo, que também foi suturado.
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Re: Operações Policiais e Militares
Ainda a tempo de evitar a desastrosa lei antidroga.
O Globo - Editorial - 17.07.13.
Incluído na “agenda positiva” do Congresso, criada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sob pressão das ruas, projeto de lei aprovado na Câmara para alterar a legislação antidrogas está no lugar errado — porque ele nada tem de positivo. Um dos equívocos do projeto, agora no Senado, é inverter a tendência de descriminalização do consumo de drogas, o envio de usuários para tratamento de saúde e não aos presídios.
Ao aumentar a pena por tráfico de cinco para oito anos de detenção, sem que esteja tipificada a diferenciação entre traficante e usuário, a nova lei aumenta a possibilidade de dependentes serem trancafiados e, devido ao tamanho da pena, terem de cumpri-la em regime fechado.
Caso o Senado a aprove em definitivo, o Estado brasileiro cometerá, em maiores proporções, o crime social de forçar o convívio de viciados — que às vezes praticam o pequeno tráfico para sustentar o vício — com traficantes pós-graduados, prontos para aliciar dependentes e jogá-los, aí sim, na criminalidade sem volta.
Na edição de segunda, O GLOBO trouxe estatísticas eloquentes sobre este enorme drama: nos últimos dois anos — portanto, ainda sem a nova e draconiana legislação —, o número de condenados por tráfico cresceu 30%, três vezes mais que o da população carcerária total, no período.
Segundo os últimos dados, 25% dos presidiários — 138.198 de 548.003 — já são de “traficantes”. A proporção só tende a crescer. Mais grave: 90% deles são pequenos traficantes, informa o juiz Luís Lanfredi, de São Paulo, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). Menos de 10 % dos condenados podem ser considerados grandes intermediários de drogas.
E se todo este enorme e constante arrastão de encarceramento reduzisse o consumo de drogas e o contingente de viciados, seria possível admitir o êxito da política. Mas não é o caso. A curva das prisões continuará apontada para o alto, e o problema em si da droga persistirá nas atuais dimensões — ou piores, como é mais provável.
Publicado na edição de ontem, artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escrito para o GDA (Grupo de Diarios América), do qual O GLOBO faz parte, elogia a decisão do Uruguai de regular o uso da maconha, como em muitos lugares do mundo.
Presidente da Comissão Global de Política sobre Drogas, FHC pergunta quanto do dinheiro envolvido na droga no país vizinho, e que deixará de ir para o tráfico, é usado para corromper forças de segurança. Para ilustrar, na segunda-feira, em São Paulo, o xerife antidrogas do estado, delegado Clemente Castilhone Júnior, foi preso, junto com seis agentes do departamento de repressão ao narcotráfico, por receber alta propina de traficantes. Vários deles soltos, claro.
O Senado deveria refrear o furor na aprovação de projetos para, diante deste, fazer um balanço sério e frio da política de enfrentamento das drogas apenas pela via da repressão policial, em que os figurões do crime compram a liberdade e usuários entram nas estatísticas como “traficantes”.
O Globo - Editorial - 17.07.13.
Incluído na “agenda positiva” do Congresso, criada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sob pressão das ruas, projeto de lei aprovado na Câmara para alterar a legislação antidrogas está no lugar errado — porque ele nada tem de positivo. Um dos equívocos do projeto, agora no Senado, é inverter a tendência de descriminalização do consumo de drogas, o envio de usuários para tratamento de saúde e não aos presídios.
Ao aumentar a pena por tráfico de cinco para oito anos de detenção, sem que esteja tipificada a diferenciação entre traficante e usuário, a nova lei aumenta a possibilidade de dependentes serem trancafiados e, devido ao tamanho da pena, terem de cumpri-la em regime fechado.
Caso o Senado a aprove em definitivo, o Estado brasileiro cometerá, em maiores proporções, o crime social de forçar o convívio de viciados — que às vezes praticam o pequeno tráfico para sustentar o vício — com traficantes pós-graduados, prontos para aliciar dependentes e jogá-los, aí sim, na criminalidade sem volta.
Na edição de segunda, O GLOBO trouxe estatísticas eloquentes sobre este enorme drama: nos últimos dois anos — portanto, ainda sem a nova e draconiana legislação —, o número de condenados por tráfico cresceu 30%, três vezes mais que o da população carcerária total, no período.
Segundo os últimos dados, 25% dos presidiários — 138.198 de 548.003 — já são de “traficantes”. A proporção só tende a crescer. Mais grave: 90% deles são pequenos traficantes, informa o juiz Luís Lanfredi, de São Paulo, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). Menos de 10 % dos condenados podem ser considerados grandes intermediários de drogas.
E se todo este enorme e constante arrastão de encarceramento reduzisse o consumo de drogas e o contingente de viciados, seria possível admitir o êxito da política. Mas não é o caso. A curva das prisões continuará apontada para o alto, e o problema em si da droga persistirá nas atuais dimensões — ou piores, como é mais provável.
Publicado na edição de ontem, artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escrito para o GDA (Grupo de Diarios América), do qual O GLOBO faz parte, elogia a decisão do Uruguai de regular o uso da maconha, como em muitos lugares do mundo.
Presidente da Comissão Global de Política sobre Drogas, FHC pergunta quanto do dinheiro envolvido na droga no país vizinho, e que deixará de ir para o tráfico, é usado para corromper forças de segurança. Para ilustrar, na segunda-feira, em São Paulo, o xerife antidrogas do estado, delegado Clemente Castilhone Júnior, foi preso, junto com seis agentes do departamento de repressão ao narcotráfico, por receber alta propina de traficantes. Vários deles soltos, claro.
O Senado deveria refrear o furor na aprovação de projetos para, diante deste, fazer um balanço sério e frio da política de enfrentamento das drogas apenas pela via da repressão policial, em que os figurões do crime compram a liberdade e usuários entram nas estatísticas como “traficantes”.
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Re: Operações Policiais e Militares
Em debate, as balas de borracha.
Ilimar Franco, O Globo - 17.07.13.
Giuliana Vallone, jornalista atingida por bala de borracha.
Por causa das sequelas provocadas pelo uso de balas de borracha, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) quer abolir seu uso. Ele relata que a Comissão Europeia recomenda a proibição, devido a mortes e danos irreversíveis.
O centro britânico Omega-Overarching, justifica, tem estudos que concluem que “a imprecisão dessas armas pode levar ao ferimento de qualquer um, e não do indivíduo visado, mesmo de terceiros sem relação com os distúrbios”.
O Centro de Inovação de Tecnologia Não Letal da Universidade de New Hampshire diz que “é muito fácil cegar alguém” com essa munição. Seu uso, aqui no Brasil, também fez vítimas inocentes nos protestos.
Ilimar Franco, O Globo - 17.07.13.
Giuliana Vallone, jornalista atingida por bala de borracha.
Por causa das sequelas provocadas pelo uso de balas de borracha, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) quer abolir seu uso. Ele relata que a Comissão Europeia recomenda a proibição, devido a mortes e danos irreversíveis.
O centro britânico Omega-Overarching, justifica, tem estudos que concluem que “a imprecisão dessas armas pode levar ao ferimento de qualquer um, e não do indivíduo visado, mesmo de terceiros sem relação com os distúrbios”.
O Centro de Inovação de Tecnologia Não Letal da Universidade de New Hampshire diz que “é muito fácil cegar alguém” com essa munição. Seu uso, aqui no Brasil, também fez vítimas inocentes nos protestos.
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Re: Operações Policiais e Militares
19 de julho de 2013 at 10:21
COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO CRITICA MÍDIA E DIZ: “BOA OU RUIM, É A PM QUE VOCÊS PRECISAM”
Posted by Gérsio Mutti
http://www.planobrazil.com/comandante-d ... -precisam/
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Carpe Diem
- Viktor Reznov
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Re: Operações Policiais e Militares
A PM do Rio tem que voltar a meter borrachada nos vagabundos.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- rodrigo
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Re: Operações Policiais e Militares
A PMERJ deu uma pequena demostração do que pode acontecer, se não houver intervenção policial com armas não letais. Isso, se aplicado a um evento maior, como acontecem nas periferias do Rio e de outras capitais, pode significar prejuízos de dezenas de milhões de reais, assim como ameaça à vida de muita gente, porque nesses momentos, os acertos de contas são muito fáceis. A esquerda e afilhados não tem noção de que no ambiente de anarquia, tudo pode acontecer, principalmente a ação de radicais de diversas correntes ideológicas, que põe em risco a estrutura social e a ordem pública. Isso é muito bonitinho na teoria, de causar caos à caminho da revolução, mas na vida real, ninguém está seguro.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Operações Policiais e Militares
28/07/2013 15h36 - Atualizado em 28/07/2013 18h09
Caminhão com 6,5 ton de maconha é apreendido na Raposo Tavares
Polícia Rodoviária Estadual de Palmital, SP, parou veículo neste domingo.
Carga da droga foi pesada em uma balança usada para veículos grandes.
Do G1 Bauru e Marília
(...)
http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/no ... vares.html
Caminhão com 6,5 ton de maconha é apreendido na Raposo Tavares
Polícia Rodoviária Estadual de Palmital, SP, parou veículo neste domingo.
Carga da droga foi pesada em uma balança usada para veículos grandes.
Do G1 Bauru e Marília
(...)
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Re: Operações Policiais e Militares
Não sei se já colocaram este vídeo, mas é muito interessante sobre a atividade policial. A policia, quando acionada, deve resolver logo, curto e grosso, sem frescura.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.