O que não pode é dizer genericamente "o uso causa a doença X" quando que na verdade o que se quis dizer foi "o abuso causa o problema tal", enquanto que o abuso dessa substância é algo típico a menos de 9% do total dos que utilizam. Quanto custa explicar a verdade?Marechal-do-ar escreveu: Ignorar o que uma dosagem mais alta (mas ainda possível de ser consumida) pode fazer seria o mesmo que dizer que o álcool não atrapalha na direção e explicando que só nos casos onde houve abuso que houveram acidentes... Muitoas vezes quando existe uma proibição ou mesmo um controle é para evitar abusos.
Dizer isto é ótimo argumento para que se criem regras e punições rígidas quanto à associação do álcool à direção ou outras coisas, que se responsabilize criminalmente a pessoa que abusou pelo dano causado e se eduquem as pessoas tal qual se faz com o cigarro, com resultados positivos ao longo dos anos. Mas jamais para a criação de uma conjuntura em que:
-Muito mais pessoas vão morrer, se ferir ou perder algo em ações decorrentes da aplicação da medida do que pela substância em si. É o que eu costumo dizer, tratar tumor na cabeça com amputação do membro.
Então acabamos por ter de cuidar de dois problemas, o primeiro, que é o original, derivado da própria relação do homem com a substância. O segundo, decorrente da forma de se lidar com a questão, ou que só é tão grave e aterrorizante por causa disso. Em suma, recebe a maior parte dos recursos, humanos e financeiros, o problema causado (ou agravado) pela própria maneira de se abordar o problema, e este último uma questão de saúde.
O principal antecedente para uma campanha igual a esta, que foi a lei seca, é um antecedente de fracasso e estamos seguindo à risca.
Pra mim isto é uma distorção absurda e só não vê quem não quer.
abraços]