Skyway escreveu:REVOLTANTE a ação da PMERJ na noite passada. Vontade de quebrar a cara do governador com um taco de baseball depois da ação que só pode ter vindo com a autorização dele.
A PMERJ na noite de ontem chegou em todas as aglomerações ATIRANDO e lançando gás, TODAS! Não estavam caçando baderneiros não, estavam dispersando a manifestação NA PORRADA, não importa onde. Teve gás dentro de bares e restaurantes, tiros em um grupo de 20 pessoas que estavam TODAS SENTADAS com as mãos ao alto na praça 15, tiros e gás na escadaria da ALERJ sendo que o grupo alí estava só sentado com cartazes, NINGUEM estava fazendo absolutamente NADA em nenhum dos casos...
UM ABSURDO!
Guerra escreveu:Clermont escreveu:
Depois que a poeira assentar, seria bom que todas os comandos de Polícia Militar envolvidos, sentassem e reavaliassem as suas doutrinas de controle de distúrbios.
Realmente, é ou não é possível que uma força de controle de distúrbios consiga discernir entre 100 mil ou 200 mil pessoas, aquela fração que está disposta - não importando as motivações - a provocar vandalismo? Seja essa fração de 200 ou 2 mil pessoas? Como respeitar e proteger os 200 mil manifestantes e reprimir apenas os 2 mil baderneiros?
Que métodos devem ser empregados? Como fazer as distinções? Quem deve ser dotado ou não de armas de borracha? Porque manifestantes são atingidos por elas na cabeça, quando especialistas afirmam que elas devem visar, apenas do tronco para baixo? Isso foi proposital, ou foram "balas perdidas"? Ou foi desobediência à ordens?
Acho fundamental que a polícia aja de forma que não dê margem à criação de mártires - sejam verdadeiros (as vítimas inocentes) ou falsos (os baderneiros que se fazem passar por vítimas). Isso é que desmoraliza a polícia e encoraja os radicais antigovernamentais e antipolícia.
Tem mais nada para ser revisto. Simplesmente não pode negociar, nem tão pouco revidar. A tropa ta lá para apanhar. Se alguém atirar na tropa, a tropa não pode atirar de volta (mas dão arma para tropa). As normas de ação é uma declaração de covardia. É um verdadeiro boi de piranha.
O problema é que o cara que esta lá peitando uma turba enfurecida tem c#. O cara esta entre a cruz e a espada. E se é para alguém chorar, que seja o lado de lá.
Há controvérsias. Acabei de escutar uma entrevista com um coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, ex-comandante do BPChoque. Ele considerou equivocadas as ações das polícias militares, inclusive contrariando a própria doutrina vigente de controle de distúrbios. Eis alguns pontos que chamaram minha atenção:
1) As ações de controle de distúrbios violaram a doutrina atual de emprego.
2) deveria ter seguido um protocolo antes da ação, prevendo os procedimentos a serem empregados, de acordo com a evolução dos acontecimentos.
3) deveria ter sido precedida por ações de inteligência, para que a tropa tivesse comportamento compatível com o nível de ameaça.
4) a ação deveria ter caráter, exclusivamente, de dissuasão. Para dispersar a multidão, não para entrar em combate contra ela.
5) o armamento não-letal deve ser utilizado de acordo com o comportamento da turba.
Armamento do tipo "bala de borracha" só devemser atribuído a sargentos e oficiais. Ele só pode ser utilizado com absoluta precisão, visando o alvo do pescoço para baixo.
6) ocorreu a utilização indiscriminada de gases de controle de distúrbios (pimenta e lacrimogêneo). Houve descontrole do comando, com policiais disparando gás aleatoriamente. O gás só deve ser utilizado para impedir a turba de atacar a tropa.
7) uma vez que o grosso da multidão seja dispersado, as ações devem ser repassadas para a unidade local de polícia ostensiva, não mais para o batalhão de policia de choque. Este último deve retirar-se do cenário, deixando as ações de limpeza contra grupos dispersos à cargo da polícia ostensiva.
Ou seja, provavelmente, existem sim, lições que deverão ser retiradas para uma posterior ação das forças policiais na proteção tanto dos bons e honestos manifestantes, como na proteção das propriedades públicas e privadas, contra a ação de vândalos.