SYRIA
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Re: SYRIA
ONU confirma uso de armas químicas na Síria
Novo relatório coordenado pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro diz haver provas de que arsenal proibido de Assad foi empregado pelo menos 4 vezes
DAMASCO - As Nações Unidas reconheceram ontem, pela primeira vez, que armas químicas foram usadas na guerra civil síria. A constatação está no novo relatório da Comissão Independente de Inquérito da Síria, instaurada pela ONU sob o comando do brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. O documento será divulgado hoje.
Além do emprego do arsenal proibido, a investigação lista outros crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos em território sírio, como a imposição de cercos militares a cidades e o deslocamento forçado de comunidades civis. Segundo o levantamento da ONU, a violência na Síria já provocou 4,25 milhões de deslocados internos.
O inquérito afirma ainda que os rebeldes cometeram crimes de guerra, incluindo tortura e pilhagem. Essas violações, porém, "não atingiram a intensidade e a escala daquelas cometidas pelas forças do governo e de milícias associadas (a ele)".
Sobre as armas químicas, o relatório lista quatro incidentes em que foram encontradas provas de que "quantidades limitadas" de gases tóxicos foram empregadas - dois em Alepo, um em Damasco e outro em Idlib. "Não foi possível, com base nas evidências disponíveis, determinar precisamente que tipo de agentes químicos foram usados, seus sistemas de emprego nem os perpetradores (do crime)", ressaltam os investigadores das Nações Unidas.
Ainda de acordo com o documento, para se obter "conclusões definitivas" seria necessário obter mostras de tecido das vítimas desses ataques. Para isso, o regime de Bashar Assad deve permitir a entrada de especialistas estrangeiros.
Atrasado. Ao comentar ontem a crise síria, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deixou escapar que Washington "chegou tarde" para a negociação diplomática. O comentário foi imediatamente interpretado como uma admissão de culpa do governo americano - a revolta síria começou em 2011, quando Barack Obama iniciava seu terceiro ano na Casa Branca.
"Esse é um processo muito difícil, em que chegamos tarde", afirmou o secretário de Estado ao responder uma pergunta sobre a cúpula de paz que ele, juntamente com o chanceler russo, Sergei Lavrov, convocaram, na Suíça, para este mês. / REUTERS e NYT
Novo relatório coordenado pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro diz haver provas de que arsenal proibido de Assad foi empregado pelo menos 4 vezes
DAMASCO - As Nações Unidas reconheceram ontem, pela primeira vez, que armas químicas foram usadas na guerra civil síria. A constatação está no novo relatório da Comissão Independente de Inquérito da Síria, instaurada pela ONU sob o comando do brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. O documento será divulgado hoje.
Além do emprego do arsenal proibido, a investigação lista outros crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos em território sírio, como a imposição de cercos militares a cidades e o deslocamento forçado de comunidades civis. Segundo o levantamento da ONU, a violência na Síria já provocou 4,25 milhões de deslocados internos.
O inquérito afirma ainda que os rebeldes cometeram crimes de guerra, incluindo tortura e pilhagem. Essas violações, porém, "não atingiram a intensidade e a escala daquelas cometidas pelas forças do governo e de milícias associadas (a ele)".
Sobre as armas químicas, o relatório lista quatro incidentes em que foram encontradas provas de que "quantidades limitadas" de gases tóxicos foram empregadas - dois em Alepo, um em Damasco e outro em Idlib. "Não foi possível, com base nas evidências disponíveis, determinar precisamente que tipo de agentes químicos foram usados, seus sistemas de emprego nem os perpetradores (do crime)", ressaltam os investigadores das Nações Unidas.
Ainda de acordo com o documento, para se obter "conclusões definitivas" seria necessário obter mostras de tecido das vítimas desses ataques. Para isso, o regime de Bashar Assad deve permitir a entrada de especialistas estrangeiros.
Atrasado. Ao comentar ontem a crise síria, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deixou escapar que Washington "chegou tarde" para a negociação diplomática. O comentário foi imediatamente interpretado como uma admissão de culpa do governo americano - a revolta síria começou em 2011, quando Barack Obama iniciava seu terceiro ano na Casa Branca.
"Esse é um processo muito difícil, em que chegamos tarde", afirmou o secretário de Estado ao responder uma pergunta sobre a cúpula de paz que ele, juntamente com o chanceler russo, Sergei Lavrov, convocaram, na Suíça, para este mês. / REUTERS e NYT
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a vida é assim: esquenta e esfria,
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Re: SYRIA
E o urso se rende.
Putin: Russia hasn't sent S-300 missiles to Syria, won't to preserve 'stability'
Putin's statement to EU leaders seems to put an end to often contradictory Russian and Syrian stories about whether the Assad regime would get the weapons.
Russia has changed its story, yet again, about its intention to fulfill a 3-year old contract to sell "game-changing" S-300 advanced air defense systems to the Bashar al-Assad regime in Syria. Now the answer is "no."
In direct contradiction to what top Russian officials were saying just last week, President Vladimir Putin told European Union leaders at a summit in the Urals city of Yekaterinburg Tuesday that Russia has suspended the $900 million contract to supply six batteries and 144 long range, deadly-accurate surface-to-air missiles, in the interests of preserving stability in the turbulent Middle East.
"The S-300 systems are, really, one of the best air defense systems in the world, probably the best," Mr. Putin told the leaders, who included EU Council President Herman Van Rompuy, European Commission President Jose Manuel Barroso, and EU foreign policy chief Catherine Ashton.
"We do not want to disturb the balance in the region. The contract was signed several years ago. It has not yet been realized," Russian news media quoted Putin as saying.
Just last month Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu visited Putin at his summer residence in Sochi and begged him not to supply the missiles to Syria. Mr. Netanyahu said the S-300s would threaten planes flying in Israeli airspace, though most experts say the real concern is that the missiles would deeply complicate the ability of Israel, and the US, to intervene in Syria's civil war using air power.
Coming out of that meeting, Putin offered no commitment either way, leaving the door open to weeks of speculation and clashing media reports about what was decided.
In the wake of the EU's decision last week to drop its arms embargo against Syria, opening the door to arms shipments to the rebels by Britain and France, Russian deputy foreign minister Sergei Rybakov insisted the S-300 sale would go ahead – for exactly the same reason Putin now says it has been halted – to preserve "stability" in the region.
"We believe [S-300 sales] are to a great extent restraining some ‘hot heads’ from considering scenarios in which the conflict may assume an international scale with the participation of outside forces," Mr. Rybakov said.
"We understand all the concerns and signals sent to us from various states. We see that this issue worries many of our partners. We have no reasons to reconsider our position in this sphere," he added.
Russian Defense Minister Sergei Shoigu went further, telling journalists last week that Russia is now prepared to sell Syria not only "defensive" weapons like the S-300, but "offensive" ones like tactical missiles, tanks, and fighter planes as well.
Mr. Assad put in his own misleading two cent's worth, telling a Lebanese TV station that the Russians had firmly promised to supply him with the S-300s and suggesting that the first shipment of them might have already arrived in Damascus.
Experts say it now appears likely that Putin did, in fact, agree at that May meeting with Netanyahu to suspend S-300 deliveries to Syria. That's not unprecedented: His predecessor Dmitry Medvedev negotiated a secret deal with Netanyahu that led to Russia cutting off S-300 and other major weapons' exports to Iran in 2010.
"When will everybody learn that the main thing is to listen to what Putin says? He is the truth of the last instance in this country," says Alexander Sharavin, director of the independent Institute of Military and Political Analysis in Moscow.
"People can say all sorts of things, and maybe they have their sources, but there is only one person in Russia who can actually decide whether to deliver S-300s to Syria or not. We know this person's name. And he seems to have made his decision quite some time ago," even if he's only informing us of it now, he adds.
http://news.yahoo.com/putin-russia-hasn ... 02759.html
Putin: Russia hasn't sent S-300 missiles to Syria, won't to preserve 'stability'
Putin's statement to EU leaders seems to put an end to often contradictory Russian and Syrian stories about whether the Assad regime would get the weapons.
Russia has changed its story, yet again, about its intention to fulfill a 3-year old contract to sell "game-changing" S-300 advanced air defense systems to the Bashar al-Assad regime in Syria. Now the answer is "no."
In direct contradiction to what top Russian officials were saying just last week, President Vladimir Putin told European Union leaders at a summit in the Urals city of Yekaterinburg Tuesday that Russia has suspended the $900 million contract to supply six batteries and 144 long range, deadly-accurate surface-to-air missiles, in the interests of preserving stability in the turbulent Middle East.
"The S-300 systems are, really, one of the best air defense systems in the world, probably the best," Mr. Putin told the leaders, who included EU Council President Herman Van Rompuy, European Commission President Jose Manuel Barroso, and EU foreign policy chief Catherine Ashton.
"We do not want to disturb the balance in the region. The contract was signed several years ago. It has not yet been realized," Russian news media quoted Putin as saying.
Just last month Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu visited Putin at his summer residence in Sochi and begged him not to supply the missiles to Syria. Mr. Netanyahu said the S-300s would threaten planes flying in Israeli airspace, though most experts say the real concern is that the missiles would deeply complicate the ability of Israel, and the US, to intervene in Syria's civil war using air power.
Coming out of that meeting, Putin offered no commitment either way, leaving the door open to weeks of speculation and clashing media reports about what was decided.
In the wake of the EU's decision last week to drop its arms embargo against Syria, opening the door to arms shipments to the rebels by Britain and France, Russian deputy foreign minister Sergei Rybakov insisted the S-300 sale would go ahead – for exactly the same reason Putin now says it has been halted – to preserve "stability" in the region.
"We believe [S-300 sales] are to a great extent restraining some ‘hot heads’ from considering scenarios in which the conflict may assume an international scale with the participation of outside forces," Mr. Rybakov said.
"We understand all the concerns and signals sent to us from various states. We see that this issue worries many of our partners. We have no reasons to reconsider our position in this sphere," he added.
Russian Defense Minister Sergei Shoigu went further, telling journalists last week that Russia is now prepared to sell Syria not only "defensive" weapons like the S-300, but "offensive" ones like tactical missiles, tanks, and fighter planes as well.
Mr. Assad put in his own misleading two cent's worth, telling a Lebanese TV station that the Russians had firmly promised to supply him with the S-300s and suggesting that the first shipment of them might have already arrived in Damascus.
Experts say it now appears likely that Putin did, in fact, agree at that May meeting with Netanyahu to suspend S-300 deliveries to Syria. That's not unprecedented: His predecessor Dmitry Medvedev negotiated a secret deal with Netanyahu that led to Russia cutting off S-300 and other major weapons' exports to Iran in 2010.
"When will everybody learn that the main thing is to listen to what Putin says? He is the truth of the last instance in this country," says Alexander Sharavin, director of the independent Institute of Military and Political Analysis in Moscow.
"People can say all sorts of things, and maybe they have their sources, but there is only one person in Russia who can actually decide whether to deliver S-300s to Syria or not. We know this person's name. And he seems to have made his decision quite some time ago," even if he's only informing us of it now, he adds.
http://news.yahoo.com/putin-russia-hasn ... 02759.html
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Re: SYRIA
O Putin esqueceu de dizer que os S300 PMU-1 ainda não foram pagos e que muita gente duvida que serão.
É preferível gastarem o dinheiro que têm disponível em balas, pickups armadas de metralhadoras pesadas e RPG's.
O problema agora é que não há revolução gloriosa para subsidiar com dinheiro russo. O dinheiro russo agora é convertivel e vem dos impostos. E se a Russia quer ser uma potência global e jogar globalmente não pode entrar em maluquices despesistas.
Além disso as ameaças de Israel foram claras: Eles poderiam por os mísseis fora de ação, antes de eles estarem operacionais. E de todo o processo estar concluido (para se poder pagar tudo).
Podemos até prever o filme:
Os russos entregam os mísseis
Israel destroi os mísseis
Os sírios desculpam-se com a não entrega e não operacionalidade e não pagam.
De qualquer forma, há muita confusão com a questão dos S300. A Síria já recebeu sistemas S300, só que recebeu radares, sistemas de controlo e mísseis de séries muito mais antigas.
É preferível gastarem o dinheiro que têm disponível em balas, pickups armadas de metralhadoras pesadas e RPG's.
O problema agora é que não há revolução gloriosa para subsidiar com dinheiro russo. O dinheiro russo agora é convertivel e vem dos impostos. E se a Russia quer ser uma potência global e jogar globalmente não pode entrar em maluquices despesistas.
Além disso as ameaças de Israel foram claras: Eles poderiam por os mísseis fora de ação, antes de eles estarem operacionais. E de todo o processo estar concluido (para se poder pagar tudo).
Podemos até prever o filme:
Os russos entregam os mísseis
Israel destroi os mísseis
Os sírios desculpam-se com a não entrega e não operacionalidade e não pagam.
De qualquer forma, há muita confusão com a questão dos S300. A Síria já recebeu sistemas S300, só que recebeu radares, sistemas de controlo e mísseis de séries muito mais antigas.
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Re: SYRIA
esta noticia passou aqui despercebida. Mas mostra como os ventos estão a mudar e os que berravam por sangue já podem começar a meter a viola no saco.
Secretário-geral da NATO rejeita intervenção militar na Síria
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, rejeitou, esta sexta-feira, uma intervenção militar do Ocidente na Síria, mas advertiu que para a Aliança Atlântica há uma «linha vermelha»: a segurança do seu aliado, a Turquia.
«Acho que todo o mundo percebe que qualquer intervenção militar estrangeira poderia ter imprevisíveis repercussões regionais», sustentou Rasmussen, em declarações à CBS, após uma reunião na Casa Branca com o Presidente norte-americano, Barack Obama. segundo «E é por essa a razão que é tão importante que se centrem as atenções na procura por uma solução política», aditou.
O conflito na Síria foi um dos principais assuntos sobre a mesa no encontro de sexta-feira com o Presidente norte-americano, segundo disse o secretário-geral da NATO, numa outra entrevista posterior concedida à cadeia televisiva CNN.
Lusa
Triste sina ter nascido português
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Re: SYRIA
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
A iniciativa mudou já faz algumas semanas!
Saudações
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"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: SYRIA
PT , acho que a Rússia tem desde a guerra fria um interesse profundo , e geoestratégico neste país , a questão dos impostos é pertinente , embora agora tenha uma grande folga , enquanto a commodities estiverem em alta .
Achas que estas manifestações na Turquia , não terão a mão da Rússia , curiosamente a este vai ser o país do mundo que vai crescer mais a nível económico, tenho amigos que visitaram zonas industriais , e ficaram espantados .
Achas que estas manifestações na Turquia , não terão a mão da Rússia , curiosamente a este vai ser o país do mundo que vai crescer mais a nível económico, tenho amigos que visitaram zonas industriais , e ficaram espantados .
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Re: SYRIA
Exército sírio e Hezbollah derrotam rebeldes em Qousseir
France Presse
DAMASCO, 05 Jun 2013 (AFP) - O Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, assumiu nesta quarta-feira o controle da estratégica cidade de Qousseir, reduto dos rebeldes há um ano, em uma importante vitória para o regime de Bashar al-Assad.
Qousseir, que fica entre Homs (centro) e o litoral sírio, perto da fronteira libanesa, é considerada uma localidade estratégica, já que permite a entrada de armas e combatentes para os rebeldes a partir do Líbano.
Para as forças leais a Bashar al-Assad também é estratégica, pois fica entre Damasco e o Mediterrâneo, em plena região alauita (confissão de Assad).
Sobre essa conquista, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, considerou que o presidente sírio 'marcou um ponto'.
'É um revés' para os rebeldes, 'mas não significa o fim da guerra', afirmou por sua vez Khattar Abou Diab, professor de Relações Internacionais da Universidade Paris-Sud.
A televisão estatal síria exibiu imagens de soldados erguendo suas armas em frente a edifícios completamente destruídos, como o da Prefeitura e do centro cultural.
O Exército sírio assumiu o controle 'total' da região de Qousseir, antigo reduto dos rebeldes, após uma ofensiva de três semanas centrada na cidade.
'O Exército sírio controla totalmente a região de Qousseir, na província de Homs, depois de ter matado um grande número de terroristas e capturado outros', anunciou o canal de televisão Al-Ikhbariya.
Depois da reconquista, o Exército advertiu que pretende 'esmagar' os rebeldes na Síria.
'Depois das sucessivas façanhas na guerra contra o terrorismo organizado, nossas Forças Armadas afirmam que não hesitarão em esmagar os homens armados, onde quer que estejam e em cada esquina do território sírio', indica um comunicado militar.
Em Beirute, o canal Al-Manar do Hezbollah falou de uma 'grande conquista'.
Ainda não há um registro preciso do número de vítimas. A Comissão geral fala de 'centenas' de insurgentes mortos e o Hezbollah lamentou a morte de dezenas de combatentes. Mas o número de perdas entre as forças leais ao governo é desconhecido.
A Comissão Geral da Revolução Síria, uma rede de ativistas, indicou que os rebeldes conseguiram 'retirar civis e feridos' de Qousseir.
Segundo o Observatório Sírio dos Direito Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, 'o Exército e o Hezbollah conseguiram controlar Qousseir, depois de bombardear intensamente a cidade durante a noite. Os grupos rebeldes se retiraram para outras áreas porque estavam sem munições'.
O chefe interino da Coalizão opositora síria, George Sabra, afirmou nesta quarta-feira que seu movimento continuará a combater o regime 'até a libertação' do país, apesar da tomada da cidade.
Qousseir 'é uma pequena batalha na qual nós (os rebeldes) provamos um heroísmo fora do comum, mas outras batalhas ainda virão até a libertação de todo o país', declarou Sabra durante um discurso em Istambul difundido pelos canais árabes.
-- Reuniões preparatórias para conferência de paz --
O conflito no país, que já causou mais de 94.000 mortes e provocou a fuga de cinco milhões de pessoas desde março de 2011, segundo a ONU, foi o tema da reunião desta quarta-feira entre Estados Unidos e Rússia, que preparam a conferência de paz internacional sobre a Síria, que pode acontecer em julho.
Mas as posições inflexíveis dos protagonistas do confronto tornam difíceis a organização desta conferência.
O regime concordou, em princípio, em participar da conferência, enquanto a oposição exige como pré-condição a renúncia do presidente Assad, o fim dos combates, e a partida da Síria de combatentes do Irã e do Hezbollah.
'Nós iremos trabalhar de maneira intensa nas próximas semanas e iremos nos reunir novamente em Genebra em 25 de junho', declarou o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, ao final da reunião preparatória.
Para Brahimi, esta conferência poderá ser realizada em julho.
O objetivo é levar 'as partes sírias, sem pré-condições, para analisar de que modo poderiam aplicar o comunicado' de Genebra, adotado em 2012 pela primeira conferência internacional, declarou Brahimi. 'As partes sírias não estão prontas, chegamos a um ponto delicado', admitiu.
Na primeira conferência de Genebra foi lançado um apelo por um processo político por um restabelecimento da paz, mas não houve menção ao futuro do presidente Bashar al-Assad tenha sido.
Neste contexto, Paris e Londres anunciaram ter provas da utilização de gás sarin no conflito. O presidente francês, François Hollande, considerou que a França 'forneceu elementos de prova que obrigam a comunidade internacional a agir'.
E Londres afirmou ter provas 'fisiológicas' da utilização do gás sarin pelo regime.
Contudo, Paris descartou uma decisão 'unilateral', quanto a uma intervenção militar para destruir os estoques de armas químicas na Síria.
France Presse
DAMASCO, 05 Jun 2013 (AFP) - O Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, assumiu nesta quarta-feira o controle da estratégica cidade de Qousseir, reduto dos rebeldes há um ano, em uma importante vitória para o regime de Bashar al-Assad.
Qousseir, que fica entre Homs (centro) e o litoral sírio, perto da fronteira libanesa, é considerada uma localidade estratégica, já que permite a entrada de armas e combatentes para os rebeldes a partir do Líbano.
Para as forças leais a Bashar al-Assad também é estratégica, pois fica entre Damasco e o Mediterrâneo, em plena região alauita (confissão de Assad).
Sobre essa conquista, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, considerou que o presidente sírio 'marcou um ponto'.
'É um revés' para os rebeldes, 'mas não significa o fim da guerra', afirmou por sua vez Khattar Abou Diab, professor de Relações Internacionais da Universidade Paris-Sud.
A televisão estatal síria exibiu imagens de soldados erguendo suas armas em frente a edifícios completamente destruídos, como o da Prefeitura e do centro cultural.
O Exército sírio assumiu o controle 'total' da região de Qousseir, antigo reduto dos rebeldes, após uma ofensiva de três semanas centrada na cidade.
'O Exército sírio controla totalmente a região de Qousseir, na província de Homs, depois de ter matado um grande número de terroristas e capturado outros', anunciou o canal de televisão Al-Ikhbariya.
Depois da reconquista, o Exército advertiu que pretende 'esmagar' os rebeldes na Síria.
'Depois das sucessivas façanhas na guerra contra o terrorismo organizado, nossas Forças Armadas afirmam que não hesitarão em esmagar os homens armados, onde quer que estejam e em cada esquina do território sírio', indica um comunicado militar.
Em Beirute, o canal Al-Manar do Hezbollah falou de uma 'grande conquista'.
Ainda não há um registro preciso do número de vítimas. A Comissão geral fala de 'centenas' de insurgentes mortos e o Hezbollah lamentou a morte de dezenas de combatentes. Mas o número de perdas entre as forças leais ao governo é desconhecido.
A Comissão Geral da Revolução Síria, uma rede de ativistas, indicou que os rebeldes conseguiram 'retirar civis e feridos' de Qousseir.
Segundo o Observatório Sírio dos Direito Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, 'o Exército e o Hezbollah conseguiram controlar Qousseir, depois de bombardear intensamente a cidade durante a noite. Os grupos rebeldes se retiraram para outras áreas porque estavam sem munições'.
O chefe interino da Coalizão opositora síria, George Sabra, afirmou nesta quarta-feira que seu movimento continuará a combater o regime 'até a libertação' do país, apesar da tomada da cidade.
Qousseir 'é uma pequena batalha na qual nós (os rebeldes) provamos um heroísmo fora do comum, mas outras batalhas ainda virão até a libertação de todo o país', declarou Sabra durante um discurso em Istambul difundido pelos canais árabes.
-- Reuniões preparatórias para conferência de paz --
O conflito no país, que já causou mais de 94.000 mortes e provocou a fuga de cinco milhões de pessoas desde março de 2011, segundo a ONU, foi o tema da reunião desta quarta-feira entre Estados Unidos e Rússia, que preparam a conferência de paz internacional sobre a Síria, que pode acontecer em julho.
Mas as posições inflexíveis dos protagonistas do confronto tornam difíceis a organização desta conferência.
O regime concordou, em princípio, em participar da conferência, enquanto a oposição exige como pré-condição a renúncia do presidente Assad, o fim dos combates, e a partida da Síria de combatentes do Irã e do Hezbollah.
'Nós iremos trabalhar de maneira intensa nas próximas semanas e iremos nos reunir novamente em Genebra em 25 de junho', declarou o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, ao final da reunião preparatória.
Para Brahimi, esta conferência poderá ser realizada em julho.
O objetivo é levar 'as partes sírias, sem pré-condições, para analisar de que modo poderiam aplicar o comunicado' de Genebra, adotado em 2012 pela primeira conferência internacional, declarou Brahimi. 'As partes sírias não estão prontas, chegamos a um ponto delicado', admitiu.
Na primeira conferência de Genebra foi lançado um apelo por um processo político por um restabelecimento da paz, mas não houve menção ao futuro do presidente Bashar al-Assad tenha sido.
Neste contexto, Paris e Londres anunciaram ter provas da utilização de gás sarin no conflito. O presidente francês, François Hollande, considerou que a França 'forneceu elementos de prova que obrigam a comunidade internacional a agir'.
E Londres afirmou ter provas 'fisiológicas' da utilização do gás sarin pelo regime.
Contudo, Paris descartou uma decisão 'unilateral', quanto a uma intervenção militar para destruir os estoques de armas químicas na Síria.
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Re: SYRIA
Valor desses mísseis para uma economia do tamanho da Rússia é irrisório!pt escreveu:O Putin esqueceu de dizer que os S300 PMU-1 ainda não foram pagos e que muita gente duvida que serão.
É preferível gastarem o dinheiro que têm disponível em balas, pickups armadas de metralhadoras pesadas e RPG's.
O problema agora é que não há revolução gloriosa para subsidiar com dinheiro russo. O dinheiro russo agora é convertivel e vem dos impostos. E se a Russia quer ser uma potência global e jogar globalmente não pode entrar em maluquices despesistas.
Além disso as ameaças de Israel foram claras: Eles poderiam por os mísseis fora de ação, antes de eles estarem operacionais. E de todo o processo estar concluido (para se poder pagar tudo).
Podemos até prever o filme:
Os russos entregam os mísseis
Israel destroi os mísseis
Os sírios desculpam-se com a não entrega e não operacionalidade e não pagam.
De qualquer forma, há muita confusão com a questão dos S300. A Síria já recebeu sistemas S300, só que recebeu radares, sistemas de controlo e mísseis de séries muito mais antigas.
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Re: SYRIA
A Rússia precisa da Síria. O Mar mediterrâneo é muito importante para eles.gaia escreveu:PT , acho que a Rússia tem desde a guerra fria um interesse profundo , e geoestratégico neste país , a questão dos impostos é pertinente , embora agora tenha uma grande folga , enquanto a commodities estiverem em alta .
Achas que estas manifestações na Turquia , não terão a mão da Rússia , curiosamente a este vai ser o país do mundo que vai crescer mais a nível económico, tenho amigos que visitaram zonas industriais , e ficaram espantados .
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Re: SYRIA
Isso era assim no tempo em que a economia de mercado (essa invenção do malvado capitalismo) não tinha entrado na Russia.Hades767676 escreveu:Valor desses mísseis para uma economia do tamanho da Rússia é irrisório!
Um dos problemas que explica os atrasos, é exatamente a trapalhada que é a estrutura do complexo militar industrial russo. Eles têm uma produção muito descentralizada e é preciso pagar a todos. Se não houver dinheiro para alimentar todos os pequenos fabricantes de componentes (que nem aparecem nas estatísticas) a estrutura deixa de funcionar.
Quanto à necessidade que a Rússia tem da Síria, ela tem tanta necessidade da Síria, como tinha da Líbia, como tinha do Egipto ou como tem da Argélia (a república árabe onde ainda não houve primavera).
O importante mesmo é a Turquia, porque é através da Turquia que os russos passam.
Creio que existe muita confusão quanto às «bases» da Rússia na Síria.
Aquilo são instalações reduzidas, com capacidades reduzidas. A principal instalação é o aeroporto, que permite aos homens dos navios no Mediterrâneo desembarcar e seguir de avião para a Rússia. Depois existem instalações para reabastecimento de navios.
Não tem nada a ver com as bases americanas pelo mundo, por exemplo. Os marinheiros russos não são vistos nas ruas e são canalizados em transportes especiais do porto para o aeroporto de Latakia.
O aeroporto também serve para o transporte por avião de peças de reposição urgentes para os navios russos, embora seja sempre enviado um navio rebocador com os navios de guerra para o caso de não ser possível reboca-los por outros meios.
- cabeça de martelo
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- romeo
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Re: SYRIA
Os efetivos do exército sírio retomaram a cidade de Al Qusayr.
A forma que eles foram recebidos mostra qual dos lados tem o apoio da população daquele país.
http://translate.googleusercontent.com/ ... GB4tMY_Iow
A forma que eles foram recebidos mostra qual dos lados tem o apoio da população daquele país.
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- FOXTROT
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Re: SYRIA
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Rebeldes fugindo na direção de Israel!
Penso que já podem cancelar a conferência de paz, eis que a mesma, está sendo obtida a ferro e fogo!
Saudações
Rebeldes fugindo na direção de Israel!
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"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.