NOTÍCIAS

[Penguin]

A Rússia pode ter mudado sua disposição em disponibilizar tecnologias para o Brasil.

Curioso que há alguns poucos anos atrás, a MB publicou no seu site o seguinte:
http://www.mar.mil.br/menu_v/ccsm/temas ... rpene.html

Provável que no momento da avaliação dos RFI, a FAB tenha chegado a um veredicto semelhante.

Eu já escrevi, não sei mais em qual tópico, que a recusa em transferir tecnologia se dava pela falta de um acordo como o assinado com a França, que garantia o não traspasso de tecnologia para terceiros, o pagamento e não cópia da mesma (chineses), etc.
O Mangabeira Unger negociava este tratado, assinado depois pelos dois países.
AGORA, não há mais motivos para que a tecnologia não seja repassada, caso típico do que vemos na AA.

Responder ao um RFI está muito longe de ser o selecionado. Os russos poderiam ter respondido ao RFI de forma adequada e condicionado, caso o Su-35 fosse o selecionado, a obrigatoriedade da assinatura de acordos adicionais para proteção intelectual, antes da assinatura de algum contrato envolvendo transferência de tecnologia (outra possibilidade é que tenham respondido da melhor maneira possível, mas comparado aos selecionados no short list, ficaram aquém).

Mas isso é curioso, uma vez que os russos já haviam participado do F-X1 quando ofertaram o Su-35 com transferência de tecnologia, associados à Avibrás.

Inclusive antes desse último acordo, já haviam outros nas áreas científica, técnica, tecnológica e militar entre os dois países:

21/11/1997 - Acordo Básico de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica (promulgado em 18/01/2000).
21/11/1997 - Acordo sobre a Cooperação na Pesquisa e nos Usos do Espaço Exterior para Fins Pacíficos (promulgado em 14/10/2002).
09/04/2002 - Memorando de entendimento sobre Cooperação no Domínio de Tecnologias Militares de Interesse Mútuo.

Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas ... ssia-1/pdf

Sobre o Memorando de entendimento de 2002 que está em vigor desde 2005 ( http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_A ... /D5666.htm ), o Ministro da Defesa da Federação da Rússia, General Sergei Ivanov, comentou o seguinte em entrevista em 2003:

Sobre o Memorando de Entendimento de 2002, trata-se de um documento que estabeleceu um marco de cooperação entre o Brasil e a Rússia, possibilitando que as duas partes não fiquem limitadas só ao setor aeroespacial. O Memorando nos dá a possibilidade de cooperação em qualquer área de interesse mútuo. Alguns campos de cooperação já estão definidos: as tecnologias aeroespaciais, navais e em outras direções, mas ainda é prematuro falar sobre isso.

Fonte: http://www.defesanet.com.br/br_ru/notic ... na-AVIBRAS

[kirk]

Na verdade na epoca da shortlist ele foi divulgado antes da Russia assinar o acordo com o Brasil que justamente Daria as vantagens que o Brasil queria no shortlist.

Assim nao havia como os caras garantissem o que o Brasil queria.

Agora os tempos Sao outros

Quem dera que na realidade abrissemos os olhos p essas possibilidades pelo menos no que diz Respeito a aviacao de combate ja que o F-X esta parado.

[]s
CB

Esse é um velho argumento de um velho conhecido que simplesmente não cola

O Brasil não assinou "acordo" com nenhum dos proponentes e isso não os impediu a propositura da ToT elencada no RFI, acho que é uma fantasia, ou apenas uma desculpa mesmo, depois da eliminação

Sds
kirk

[Penguin]

Minha opinião é a seguinte, os russos não conheciam muito bem o Brasil e, de uma forma geral, nem como fazer negócios aqui. Com o passar do tempo irão aprender. Melhor, já estão aprendendo.

[Carlos Lima]

Na verdade na epoca da shortlist ele foi divulgado antes da Russia assinar o acordo com o Brasil que justamente Daria as vantagens que o Brasil queria no shortlist.

Assim nao havia como os caras garantissem o que o Brasil queria.

Agora os tempos Sao outros

Quem dera que na realidade abrissemos os olhos p essas possibilidades pelo menos no que diz Respeito a aviacao de combate ja que o F-X esta parado.

[]s
CB

Esse é um velho argumento de um velho conhecido que simplesmente não cola

O Brasil não assinou "acordo" com nenhum dos proponentes e isso não os impediu a propositura da ToT elencada no RFI, acho que é uma fantasia, ou apenas uma desculpa mesmo, depois da eliminação

Sds
kirk

Ver resposta do Marino acima.

[]s
CB_Lima

[Penguin]

Eu já escrevi, não sei mais em qual tópico, que a recusa em transferir tecnologia se dava pela falta de um acordo como o assinado com a França, que garantia o não traspasso de tecnologia para terceiros, o pagamento e não cópia da mesma (chineses), etc.
O Mangabeira Unger negociava este tratado, assinado depois pelos dois países.
AGORA, não há mais motivos para que a tecnologia não seja repassada, caso típico do que vemos na AA.

Responder ao um RFI está muito longe de ser o selecionado. Os russos poderiam ter respondido ao RFI de forma adequada e condicionado, caso o Su-35 fosse o selecionado, a obrigatoriedade da assinatura de acordos adicionais para proteção intelectual, antes da assinatura de algum contrato envolvendo transferência de tecnologia (outra possibilidade é que tenham respondido da melhor maneira possível, mas comparado aos selecionados no short list, ficaram aquém).

Mas isso é curioso, uma vez que os russos já haviam participado do F-X1 quando ofertaram o Su-35 com transferência de tecnologia, associados à Avibrás.

Inclusive antes desse último acordo, já haviam outros nas áreas científica, técnica, tecnológica e militar entre os dois países:

21/11/1997 - Acordo Básico de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica (promulgado em 18/01/2000).
21/11/1997 - Acordo sobre a Cooperação na Pesquisa e nos Usos do Espaço Exterior para Fins Pacíficos (promulgado em 14/10/2002).
09/04/2002 - Memorando de entendimento sobre Cooperação no Domínio de Tecnologias Militares de Interesse Mútuo.

Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/temas/temas ... ssia-1/pdf

Sobre o Memorando de entendimento de 2002 que está em vigor desde 2005 ( http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_A ... /D5666.htm ), o Ministro da Defesa da Federação da Rússia, General Sergei Ivanov, comentou o seguinte em entrevista em 2003:

Sobre o Memorando de Entendimento de 2002, trata-se de um documento que estabeleceu um marco de cooperação entre o Brasil e a Rússia, possibilitando que as duas partes não fiquem limitadas só ao setor aeroespacial. O Memorando nos dá a possibilidade de cooperação em qualquer área de interesse mútuo. Alguns campos de cooperação já estão definidos: as tecnologias aeroespaciais, navais e em outras direções, mas ainda é prematuro falar sobre isso.

Fonte: http://www.defesanet.com.br/br_ru/notic ... na-AVIBRAS

Com relação ao Memorando de Entendimento de 2002 ( http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_A ... /D5666.htm ), na seção que trata de PROTEÇÃO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS, ficou estabelecido que as formas de proteção das referidas informações serão estabelecidas em acordo separado:

PROTEÇÃO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS

5. Cada Parte empreenderá o esforço indispensável para garantir a proteção das informações sigilosas a que tiver acesso no quadro da execução das disposições do presente Memorando de Entendimento.

6. As formas de proteção das referidas informações serão estabelecidas em acordo separado.

Em 2013, o Ministro de Defesa do Brasil concedeu uma entrevista ao Diário da Rússia, quando os russos se queixaram que o Brasil não havia ainda feito a sua parte:

VR: A Rússia nos informa que existe uma lei que protege a propriedade intelectual justamente na área de defesa entre a Rússia e o Brasil. Esse acordo, na verdade, já foi ratificado pelo Parlamento russo e, segundo eles, só falta agora o Brasil ratificar também.

CA: Há um pequeno problema interno, mas isso vai ser superado. Nós tivemos muito recentemente uma lei de acesso à informação, que não tem nada a ver com a parte tecnológica. Então, é preciso estudar todos esses acordos – não só com a Rússia – que envolvem cláusulas de confidencialidade para que possam ficar dentro da lei brasileira. Mas eu não vejo nenhuma dificuldade nisso. É um problema puramente burocrático de atualização.

Fonte: http://www.diariodarussia.com.br/intern ... ooperacao/

Será que isso se refere ao Acordo assinado em 2002 ou ao Acordo de 2008? Ou à ambos?
Independente (tanto faz), o problema é que hoje, 2013, o Congresso brasileiro ainda não ratificou o que deveria, "supostamente" prejudicando os russos.

[knigh7]

Minha opinião é a seguinte, os russos não conheciam muito bem o Brasil e, de uma forma geral, nem como fazer negócios aqui. Com o passar do tempo irão aprender. Melhor, já estão aprendendo.

Isso se a ROSOBORONEXPORT não considerar as exigências de offset "irrealistas" novamente sobre o processo de seleção dos caças, pois foi esse o argumento usado pelos funcionários da empresa na época (2008) à imprensa depois que o Su35BM foi desclassificado.

Havia muita promessa e panfletagem no início, até com um certo jornalista espalhando pelos fóruns que o Brasil iria entrar no projeto do Pak Fa sem custos, apenas com a Embraer entrando na ajuda de vendas. Depois, na hora do vamos ver...

[Penguin]

Minha opinião é a seguinte, os russos não conheciam muito bem o Brasil e, de uma forma geral, nem como fazer negócios aqui. Com o passar do tempo irão aprender. Melhor, já estão aprendendo.

Isso se a ROSOBORONEXPORT não considerar as exigências de offset "irrealistas" novamente sobre o processo de seleção dos caças, pois foi esse o argumento usado pelos funcionários da empresa na época (2008) à imprensa depois que o Su35BM foi desclassificado.

Havia muita promessa e panfletagem no início, até com um certo jornalista espalhando pelos fóruns que o Brasil iria entrar no projeto do Pak Fa sem custos, apenas com a Embraer entrando na ajuda de vendas. Depois, na hora do vamos ver...

Irrealistas para eles. Mas ao que parece não o foram para os 3 selecionados no SL, embora ToT fosse um aspecto avaliado e longe de ser o único.

[]s

[Carlos Lima]

Bom... Estamos em 2013. O F-X nao foi decidido e o Su-35 esta por ai.

Se os Russos realmente estao levando a coisa a serio eu acho que seria excelente.

[]s
CB

[knigh7]

Isso se a ROSOBORONEXPORT não considerar as exigências de offset "irrealistas" novamente sobre o processo de seleção dos caças, pois foi esse o argumento usado pelos funcionários da empresa na época (2008) à imprensa depois que o Su35BM foi desclassificado.

Havia muita promessa e panfletagem no início, até com um certo jornalista espalhando pelos fóruns que o Brasil iria entrar no projeto do Pak Fa sem custos, apenas com a Embraer entrando na ajuda de vendas. Depois, na hora do vamos ver...

Irrealistas para eles. Mas ao que parece não o foram para os 3 selecionados no SL, embora ToT fosse um aspecto avaliado e longe de ser o único.

[]s

Sim.

Aliás, a justificação da desclassificação dos russos foi bastante clara e segue a mesma linha, dos 3 lados: foi dita por funcionários da empresa (exigências irrealistas), pelo Comandante da Força Aérea (que não concordaram com ToT) e pelo Ministro da Defesa (não concordaram com ToT).

[Penguin]

Bom... Estamos em 2013. O F-X nao foi decidido e o Su-35 esta por ai.

Se os Russos realmente estao levando a coisa a serio eu acho que seria excelente.

[]s
CB

Cancelar o FX-2 e comprar o que quiser é um prerrogativa que o Brasil tem. Disso ninguém discorda.
Porém, cancelar o FX-2 e imediatamente comprar (sem concorrência) uma aeronave que já foi eliminada do processo, pode causar muitos desgastes com a França, EUA e Suécia (importantes parceiros comerciais/investimentos do Brasil). Se uma oferta russa não for realmente algo do outro mundo, acho muito difícil. Vejo mais chances se houver um FX-3, com o PAK-FA.

[]s

[Carlos Lima]

Bom ... Somos um Pais soberano, e EUA, Franca e Suecia Sabem disso.

Alem disso o cancelamento de um processo em Pro de uma aeronave do calibre do Su-35 so tem a favorecer quem deve ser favorecido desde o inicio que e o Brasil alem de nao ser algo inedito na historia mundial das concorrencias.

E nao acho que EUA, Franca ou Suecia vao deixar de vender / comprar do Brasil por conta de 36 avioes.

Faz parte.

[]s
CB

[NovaTO]

Solução : 24 SU-35S para ontem, mais compromisso de 24 PAKFA para daqui uns 8/10 anos. Ao mesmo tempo fechar com o Gripen E no FX-2 (36+36).

24 SU-35S
24 PAKFA
72 Gripen E
-----------
120 caças muito mais capazes, que os 12+46+11+53=122 de hoje.

Em 10/15 anos a FAB teria renovado seus caças com duas plataformas (Hi-Lo), com sistemas de origem bem diversas.

[]'s

[Bourne]

Desgastes????? Acompanhem mais as notícias sobre conflitos comerciais na OMC e reuniões multilaterais, especialmente em relação aos processos e acusações mutuas. A briga é uma situação normal. No caso dos caças em compras entre nações ou grandes contratos parecem novelas com idas, vindas, mudanças de roteiro e finais surpreendentes.

Sobre o Su-35, a oferta genérica na imprensa é uma coisa. Na hora de negociar os termos e valores a coisa é diferentes. O mesmo vale para outros concorrentes e propostas mirabolantes.

[Penguin]

Desgastes????? Acompanhem mais as notícias sobre conflitos comerciais na OMC e reuniões multilaterais, especialmente em relação aos processos e acusações mutuas. A briga é uma situação normal. No caso dos caças em compras entre nações ou grandes contratos parecem novelas com idas, vindas, mudanças de roteiro e finais surpreendentes.

Sobre o Su-35, a oferta genérica na imprensa é uma coisa. Na hora de negociar os termos e valores a coisa é diferentes. O mesmo vale para outros concorrentes e propostas mirabolantes.

Aquisições de armas e certas tecnologias não passam pela OMC ou organizações multilaterais.

[LeandroGCard]

Desgastes????? Acompanhem mais as notícias sobre conflitos comerciais na OMC e reuniões multilaterais, especialmente em relação aos processos e acusações mutuas. A briga é uma situação normal. No caso dos caças em compras entre nações ou grandes contratos parecem novelas com idas, vindas, mudanças de roteiro e finais surpreendentes.

Sobre o Su-35, a oferta genérica na imprensa é uma coisa. Na hora de negociar os termos e valores a coisa é diferentes. O mesmo vale para outros concorrentes e propostas mirabolantes.

Aquisições de armas e certas tecnologias não passam pela OMC ou organizações multilaterais.

O Bourne se referiu à menção de que a escolha agora do SU-35 poderia causar algum desgaste nas relações com os países dos concorrentes da short-list. Comparado com o que acontece em negociações muito maiores e mais importantes na OMC e outros fóruns este desgaste seria irrelevante.


Leandro G. Card